Our Strange Duet escrita por Elvish Song


Capítulo 31
Felicidade


Notas iniciais do capítulo

Aqui acompanharemos a reação do casal à gravidez de Celine. Erik sente que foi abençoado ao compreender que, pela primeira vez em sua vida, terá uma família.



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POV Celine

– Eu estou grávida. Nós vamos ter um filho. – Ela soltou aquelas palavras de uma só vez, ainda sem conseguir assimilar totalmente sua veracidade. Ela seria mãe?! Se alguém lhe dissesse isso há um ano, riria em voz alta, e agora...

Se ela havia levado um susto com a informação, Erik parecia completamente atônito! Durante um momento sua expressão foi de confusão, para então passar a pura incredulidade, e então completa surpresa. Ajoelhando-se à frente de sua esposa – para que seus rostos ficassem mais ou menos à mesma altura – ele lhe segurou as mãos e repetiu:

– Grávida... – sua voz soava atônita – Isso é mesmo verdade? Nós vamos ter um filho?

A idéia começou a assumir tom de realidade para a jovem, enchendo-a de felicidade! À sua frente, o Fantasma abriu o sorriso mais luminoso que ela já vira e, segurando-a pelos ombros, ergueu-a para envolvê-la num abraço apertado. Retribuindo, ela sorriu e sussurrou:

– Vamos ter uma família, meu Anjo! – seus olhares se encontraram quando o casal se afastou um pouco – Eu ainda não consigo acreditar que é verdade.

– Eu consigo – ele desceu a mão até acariciar-lhe a barriga ainda lisa – De todas as coisas maravilhosas que nos aconteceram nesses meses, essa é a mais perfeita de todas! Celine, meu amor, você está grávida! Imagine só: uma família! – A alegria na voz e nos olhos do artista era muito maior do que ela já vira algum dia. Um novo abraço protetor a envolveu, e ela soube que seu amor lutava contra as lágrimas quando sua voz soou embargada – Meu Anjo, minha Estrela... Você me deu tudo! Uma nova vida, amor, uma razão... Não existem palavras para descrever o que você significa, para mim.

– E você, para mim – uma lágrima de felicidade escapou dos olhos da jovem. Ela entendia o que representava para Erik, pois ele lhe representava o mesmo: uma luz em meio à escuridão, um anjo que a salvara do inferno, um amor inacreditável que a fizera encontrar motivo pra viver... Para Celine, seu Anjo era o seu coração a bater em outro peito. Nunca, em sua vida anterior, havia pensado que poderia ser feliz. Seu Fantasma lhe dera a plenitude! Um lar, carinho, amor... E agora um filho! O filho dele, a crescer em seu corpo! A criança que os transformaria de casal em uma família. Parecia simplesmente bom demais para ser verdade.

Madame Giry bateu à porta poucos minutos depois, entrando em seguida. Tinha um sorriso delicado no rosto, e foi com profunda alegria que abraçou seu amigo de infância:

– Eu sabia que você, um dia, encontraria a felicidade. Você vai ser um pai maravilhoso. – O olhar dela parecia pedir desculpas por não ter sido essa a sua opinião quando do nascimento de Meg.

Ver o sorriso no rosto de seu marido aqueceu o coração de Celine, que recebeu com alegria as felicitações de Antoinette.

POV Erik

Naquela noite, em sua casa, Erik e Celine se sentaram juntos ao piano. Em êxtase com a idéia da paternidade, ele a acariciara, beijara e cantara para ela, que compartilhava de sua euforia, retribuindo cada agrado. O Fantasma mal pudera conter as lágrimas: depois de anos no escuro, sozinho, abandonado por todos, ele de repente descobrira o amor, a felicidade e, agora, teria uma família.

A princípio, tivera medo de não ser um bom pai: ele nunca tivera uma família... Não teria um modelo no qual se basear, mas baniu esses pensamentos sem demora: ele seria o melhor dos pais, pelo simples motivo de que já amava o seu filho, ou filha. Ele seria o melhor que pudesse, por sua estrela e pela criança que crescia em seu ventre. Uma idéia, porém, o incomodava profundamente; ele não a externara, até que sua amada lhe perguntou:

– O que o preocupa?

– Quem disse que algo me preocupa? – ele tentou esconder a preocupação com um sorriso, mas ela não se deixou enganar:

– Ah, Erik! Eu conheço você! – ela puxou a mão dele para seu ventre – o que poderia preocupá-lo, numa hora dessas? Nós vamos ter um bebê!

– É com ele, ou ela, que me preocupo, minha amada...

– Você está preocupado que o bebê nasça com o rosto deformado, não é? – o Fantasma apenas assentiu, acariciando o ventre de Celine – Eu também pensei nisso, meu Anjo. Mas não me preocuparia: Meg não tem qualquer problema, e não acho que nosso bebê terá. Mas, se o tiver...

– Nós o ensinaremos a amar a si mesmo, e a se proteger contra a maldade das pessoas, do mesmo modo como o faremos se nascer com um rosto normal. – Ele completou. Já amava aquele pequeno ser de todo o seu coração, mesmo sem saber como ele – ou ela – seria. A paternidade lhe parecia maravilhosa, mas se tornava ainda mais especial porque seria o filho dele e de Celine! O filho da mulher a quem amava tão loucamente!

Por longas horas eles desfrutaram da companhia um do outro no quarto branco – como Celine passara a chamar os aposentos que Erik fizera para ela – em meio ao som de flauta, violino e harpa. Não falaram muito, pois palavras não poderiam expressar a alegria que sentiam: apenas a música que tocavam, revezando-se, era capaz de externar o que havia em seus corações!


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Notas finais do capítulo

Nosso querido Erik! Afinal ele conquistou o que sempre lhe fora negado: uma família.
Celine, sua amada estrela, deixa para trás todos os pensamentos sobre o passado obscuro. A ambos importa, agora, o futuro. Uma vida inteira pela frente, juntos.