Our Strange Duet escrita por Elvish Song


Capítulo 12
Ataque


Notas iniciais do capítulo

Aqui, o que aconteceu após a discussão entre nossos protagonistas. Celine mostra o próprio valor.



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POV Celine

Sozinha na noite de Paris, Celine caminhou pelo beco na lateral do teatro, deixando que as lágrimas corressem. Não entendia por que a raiva de Erik a magoara tanto, mas preferia mil golpes de açoite ao olhar de decepção e tristeza que ele lhe lançara. Ele iria odiá-la para sempre, depois daquilo? Teria o seu incipiente relacionamento sido cortado por um impulso tolo?

Perdida em pensamentos, ela só despertou ao perceber que era seguida. Desconfiada, apressou o passo; as quatro figuras que a seguiam também o fizeram. Com um olhar para trás, viu que era um quarteto de homens, todos usando máscaras e capas longas: ela pôde farejar a excitação deles, antes de ver o brilho em seus olhos. Achando que estar sem capa e de calças compridas a ajudaria a fugir, ela correu.

Enveredando velozmente pelas ruas que tão bem conhecera na infância, ela esperava conseguir voltar à rua do teatro e escalar a fachada alta, fácil de subir para uma garota esguia e ágil. Entretanto, três anos longe de Paria haviam sido suficientes para mudar a configuração dos caminhos, e ela se viu diante de um beco sem saída, bloqueado por pedras e tábuas em mau estado.

Assustada, ela pensou em voltar, mas seus perseguidores já estavam à entrada do beco; sem saída, ela tentou saltar por cima do obstáculo, porém a tábua em que se apoiava quebrou sob suas mãos, lançando-a de costas no chão. Sem perder tempo, ela rolou sobre si mesma e, tateando a cintura da calça, puxou a tesoura que guardara ali mais cedo.

Os quatro a cercaram, rindo, e um deles falou:

– Não resista, garota. Prometo que você vai gostar.

Ela empunhou a tesoura como uma espada, fazendo-os rir. O primeiro agarrou-lhe o braço livre, gargalhando; o riso morreu em sua garganta quando o instrumento abriu um talho em seu rosto. Vendo aquilo, o segundo, que parecia o líder, rosnou:

– Vai se arrepender, vadia.

Os quatro a atacaram de uma só vez: movida mais pelo medo do que pela habilidade, ela brandiu o instrumento com toda sua força, cravando-o até o cabo no pescoço de um dos homens. Não conseguiu, contudo, soltar a “arma” da carne, e viu-se totalmente desarmada.

Lutando com fúria, ela quebrou o nariz de um segundo, e chutou a virilha do terceiro. Esses golpes, contudo, apenas os enfureceram. Após uma luta furiosa, ela se viu imobilizada por dois homens, sendo lentamente estrangulada pelo terceiro, que sangrava profusamente do corte que ela lhe fizera no rosto. Ela fechou os olhos, recusando-se a pedir clemência ou a chorar. No momento seguinte, entretanto, ele foi solta e ouviu barulho de luta.

Ao abrir os olhos, viu que dois dos agressores fugiam, enquanto o terceiro lutava desesperadamente enquanto um cordão negro se apertava em torno de seu pescoço, seguro por um homem de capa. Por um longo minuto ele agonizou, os olhos arregalados, a língua pendente; afinal, quando o corpo relaxou, o recém-chegado deixou-o cair no chão.

Ainda trêmula pela falta de ar, a jovem se levantou e, numa exclamação de alegria, lançou-se nos braços de seu salvador:

– Erik!


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Notas finais do capítulo

Acho que eles vão se reconciliar depois disso. E vocês?