Troblemaker. escrita por Anjinha Herondale Uchiha


Capítulo 9
Baile.


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoinhas!
Como vão?

Eu tenho aqui a minha carga horária para que saibam quando eu tenho tempo para postar.

Segunda, quarta e sexta eu tenho curso preparatório de 8:30 às 11:30.
Aos sábados eu tenho curso de 9:00 às 16:00.
Estudo de 13:00 às 18:00.
Então, só me sobram terças e quintas, além de domingos - que são dias mais complicados para a postagem, porque muita das vezes eu tenho compromissos familiares.
Não fiquem chateadas comigo! Eu quero mesmo atualizar minhas histórias e eu sei que eu demoro a postar, que meus capítulos são pequenos demais e que há muitas outras autoras que postam regularmente e capítulos muito maiores... Só peço para que vocês não me abandonem, porque eu estou me esforçando para postar com frequência, estou deixando de estudar para provas e afins para escrever os capítulos (Não que minhas notas estejam ruins ou algo parecido. Das duas provas que tive essa semana tirei 10, Cof Cof. Tenho que me esforçar para que minha mãe não me tire o PC).
Olhem, suas lindas, eu não posso ir dormir muito tarde, porque, acreditem, meu professor não merece uma aluna dormindo (PQP, ele é muito gato! Sério, tenho que tirar uma foto do professor gatão) então fiquem com esse bônus, que era pra ser parte do capítulo anterior, mas que está aqui pq ficou muito tarde.
Beijões e postarei o próximo capítulo em The Next Door.

Para Jaky Fray: Eu sei que eu sou chata, mas nunca que vou parar de te mandar coisas pelo whatsapp. Então, sugiro que você me bloqueie enquanto ainda tem tempo. Kissus.

Psicoticamente, A.

Hey, Léo! S2 S2 S2 - Pra ti! ;*
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A Pain Gaming Ganhou! Então eu estou oferecendo a vocês um capítulo grande e com Claaaaaaace! Enjoy!



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POV Autora.

Jace e os outros três garotos afinavam os instrumentos no palco do ginásio. As pessoas estavam salpicadas pelo local, umas dançando ao som do DJ contratado, outras bebiam a bebida que ainda não havia sido batizada, algumas apenas vegetavam no meio do nada.

Isabelle havia caprichado na decoração, pendurando pedaços de tecidos longos e metalizados desde o teto até o chão, transformando-os em cortinas fragmentadas e isoladas. Pôs balões metalizados, mesas decoradas, cadeiras e afins forrados, enfeitou o palco com balões, serpentinas, TNT prateado. O ambiente era futurístico e tecnológico, com direito à fumaça de gelo seco por todo o chão, dando a impressão de mistério, e flashes luminosos branco-prateados e azuis.

Os garotos haviam combinado de não virem acompanhados ao baile, justamente porque iriam se apresentar durante a festa chata e não seria legal para com seus acompanhantes. Estavam apenas esperando Alec para começar o "show", mas então, quando ele chegou, Jace desejou que um ônibus tivesse fechado a rua e enguiçado para atrapalhá-lo.

Estava acompanhado. Muito bem acompanhado. A ruiva estava ali, toda linda, sorrindo e contente. Algo em seu peito palpitou, avisando-o de que fizera a escolha errada.

Ok, ele devia aquela ao seu irmão. Alec não merecia um coração partido e, mesmo que tivesse de se sacrificar, ele o evitaria. Ele o recebeu bem quando os Lightwood o adotara, ele cuidou de Jace, ele o fez entender que seus pais estavam em um lugar melhor - e tudo isso com apenas sete anos. Mas aquilo era demais. Alec sabia das regras: Não trazer garotas nos dias de apresentação. A banda vinha em primeiro lugar, as garotas depois. Eram uma família, uma representação adolescente de uma família: Sebastian era o pai, todo autoritário e líder nato; Alec era a mãe, por ser sentimental, calmo e tudo mais o que uma mãe é - cuidava dos instrumentos, providenciava os lanches, tocava piano...; Jordan era o avô, com seu mantra de paz e calma e seus discursos enormes e chatos; Magnus era a filha da família, com seu jeito de se vestir e toda aquela purpurina - tirando o fato dele literalmente beijar garotos. E, por fim, Jace era o filho rebelde.

Seu sangue ferveu ao olhá-lo junto de sua garota e, pela primeira vez, Jace se considerou traído. Aquele era o dia deles, o dia de comemoração. Era mais um passo na carreira deles e eles tinham de estar juntos.

Apoiou a guitarra no descanso e pulou do palco, jogando a cabeça para o lado para poder ajeitar os cabelos loiros levemente bagunçados. Meninas sozinhas olharam para ele, meninas acompanhadas olharam para ele, meninos acompanhados olharam para ele.

Chegou até Alexander, que praticava um monólogo sobre o teclado. Revirando os olhos, segurou-o pelo colarinho de maneira despeitosa.

A surpresa invadiu o olhar da garota, que negou-lhe o mais ínfimo dos sorrisos.

– Oi, Clary! Me empresta o Alec um minutinho? Obrigada. - Não deu-lhe tempo para responder, apenas arrastou seu irmão para algum canto deserto.

– Mais que porra, Jace! O que está fazendo?

– Ah, o que eu estou fazendo? O que você está fazendo?! - Acusou. - Esse é o nosso dia, nós íamos comemorar só nós cinco, e então você me vem com essa de trazer A garota para cá.

– E qual é o problema? Ela também é irmã do Sebs, ela vai ir conosco!

– Qual é o problema? QUAL. É. O. PROBLEMA? - explodiu, soltando uma risada maligna. - Você me faz um discurso sobre família e amigos em primeiro lugar, sobre o quão importante é o vínculo sanguíneo, mas não entende metade das palavras que fala.

– Mais que você eu garanto que entendo. - Alfinetou. - Você não saberia o que é o afeto legítimo nem se ele bater em sua porta e gritar "Olá, babaca! Eu tô aqui!".

– Isso foi cruel. - Jace declarou, olhando-o desafiadoramente.

Alec estava com a garota de seus sonhos em um baile onde iria beijá-la, não tinha como sua noite ser estragada, então nem ligou muito para a conversa.

– Eu estou pouco me fodendo para a sua definição de cruel.

A risada que saiu dos lábios de Jace fora assustadora.

– Quer saber, Alec? Nosso trato está desfeito. Você quer a garota? Brigue por ela. Brigue comigo, tente abandonar um pouco dessa covardia.

– Você não pode fazer isso! - Exasperou-se. - Você prometeu!

Alec teve certeza de ter visto um sorriso de canto em seus lábios quando o mesmo respondeu.

– Eu estou pouco me fodendo para o que eu prometi.

~||~

Clary estava ao lado de uma Isabelle paqueradora e uma Lauren Milán engenhosa. Ambas estavam tentando lhe explicar sobre a verdadeira festa. Não entraram muito em detalhes, mas explicaram que aquela era apenas um prelúdio.

Isabelle chamou Jordan e cochichou algo em seu ouvido, deixando a ruiva extremamente curiosa. Jordan a olhou, sorriu, e depois saiu correndo do local, avisando alguns meninos no canto da festa. Ele estava encarregado de batizar o ponche de frutas. Depois de alguns minutos, o mesmo fora batizado com sucesso, enquanto Charlott distraia um inspetor.

Jordan Kyle aproximou-se com dois copos da bebida agora misteriosa, estendendo um para Isabelle e outro para Clary.

– Aqui está, madame. - Brincou, vendo Clary aceitar o copo com uma careta estranha.

– Huh, valeu. - Agradeceu, observando o líquido fúcsia brilhante. - O que é isso?

Isabelle soltou uma risada, bebericando seu próprio copo.

– Ponche. É bom, prove. - Afirmou, com um sorriso sutil.

Com receio, Clary tomou um gole do líquido em seu copo. Quis cuspir no mesmo instante, sentindo a garganta arder.

– Puta merda, o que é isso? Gasolina? - Desdenhou, devolvendo o copo.

– Hum, quase. - Disse Lauren, dando de ombros. - Pensei que soubesse que estava alcoolizado, o que pensou que esses adolescentes anencéfalos fariam?

– Me ofereceriam um copo de água. - Respondeu Clary, como se fosse óbvio. - O que será que meu irmão fará contigo quando souber que você ofereceu querosene à irmãzinha menor de idade dele? Eu aposto que ele come seu rim, e você Izzy?

– Aposto que ele corta o seu... - Reformulou a frase para parecer educada. - ... Pescoço.

– Ah, foi mal, Clary. - Desculpou-se Jordan. - Eu pensei que, huh, você não fosse careta. - Fez uma cara meio estranha. - Tente relaxar um pouco, vai te fazer bem... - Completou, saindo de perto das duas com um sorriso desdenhoso.

Isabelle e Clary se encararam por alguns instantes antes de caírem em gargalhadas. Lauren, desinteressada, revirou os olhos e se afastou de tamanha maluquice.

As risadas romperam-se quando uma das garotas de algum lugar da quadra soltou um gritinho estridente e admirado.

– Olhem só, são eles! - Outra berrou e, depois, acompanharam o murmúrio.

As luzes se apagaram, deixando tudo no breu por alguns instantes, até que lasers acenderam-se em verde, azul e prateado. Uma luz esbranquiçada e arredondada, pálida, deu foco no garoto loiro que mostrava seu sorriso perigoso.

Clary reparou que estava menos tenso, mais confiante. Abriu seu sorriso galante e, em seguida, a encarou - piscando para a mesma. Clary olhou ao redor para ver se Izzy estava atrás dela ou do lado talvez, mas não, ela estava a uma distancia considerável, falando sobre algo com Lauren Milán. Sentiu o rosto esquentar. Estaria mesmo ele piscando para ela?

– Somos a Undefined! - Anunciou Jace, sendo recebido por palmas e assovios, além de cantadas nada discretas. Algo do tipo "Me chama de lagartixa e me jogue na parede". - E vamos mostrar para vocês que ainda não viram o que é uma banda de verdade.

Jordan iniciou uma contagem com as baquetas da bateria e logo Magnus arrancou com o baixo. Alec não estava com seu teclado e sim com uma guitarra branca reluzente. A música não teve a introdução musical, Jace acompanhou a melodia quase que imediatamente. Clary gostava daquela música, era de uma de suas bandas favoritas.

Vão dar um trato no seu visual, com todas as mentiras imagináveis para transformá-lo num cidadão. Pois eles dormem armados e ficam de olho em você, filho, assim podem ver tudo que você faz. - Cantou, tocando sua guitarra vermelha com a boca próxima ao microfone. - Pois as drogas nunca funcionam, eles lhe darão um sorriso cínico, porque eles têm métodos para mantê-lo limpo. Vão arrancar as suas cabeças triturar as suas aspirações. Outra engrenagem na máquina assassina.

E então, Magnus e Alec cantaram juntos o refrão, acompanhando Jace.

– Dizem, "Me cago de medo de todos os adolescentes, eles estão pouco se lixando desde que alguém sangre!". Então escureça suas roupas ou faça uma pose violenta. Talvez eles deixem você em paz, mas não a mim.

Não havia interrupção na música, a voz de Jace logo estava cantando a segunda parte - sem tempo para solos e afins.

– Os garotos e garotas da "panelinha", os nomes horríveis que usam... Você não vai se misturar bem, rapaz. Mas, se estiver magoado e com problemas, isso que você tem debaixo da sua camisa irá fazê-los pagar pelo que eles fizeram. - Cantarolou sozinho, logo sendo acompanhado pelos outros dois garotos no tempo do refrão.

– Dizem, "Me cago de medo de todos os adolescentes, eles estão pouco se lixando desde que alguém sangre!". Então escureça suas roupas ou faça uma pose violenta. Talvez eles deixem você em paz, mas não a mim.

Sebby gritou:

Todos juntos agora!

E então Jace abandonou o microfone, praticando um solo de guitarra alucinante. Os dedos passeavam pelas cordas rapidamente e, do nada, subiu uma onda de fumaça de gelo seco - num clima sombrio regado pela música agitada. As luzes começaram a se refletir e as pessoas a dançar. Não era nada muito anormal e nem incivilizado, afinal, haviam inspetores ali para afastar qualquer aproximação indecente.

– Dizem, "Me cago de medo de todos os adolescentes, eles estão pouco se lixando desde que alguém sangre!". Então escureça suas roupas ou faça uma pose violenta. Talvez eles deixem você em paz, mas não a mim. – Todos no ginásio gritaram, empolgados pela música. – Dizem, "Me cago de medo de todos os adolescentes, eles estão pouco se lixando desde que alguém sangre!". Então escureça suas roupas ou faça uma pose violenta. Talvez eles deixem você em paz, mas não a mim.

E então, com alguns acordes explosivos do baixo de Magnus, a música foi encerrada. Todos gritaram de empolgação.

Os meninos agradeceram, fazendo uma pequena pausa para a troca de instrumentos. Jace permaneceu com a guitarra, Alec pegou um violão, Magnus aderiu a guitarra branca que Alec usava e Jordan continuou na bateria. Sebatian trocou o baixo que usava por uma guitarra elétrica e foi ao vocal. Clary ficou surpresa, já que Sebby nunca fora muito fã de cantar.

O olhar do garoto brilhava e ele fez questão de olhar para Isabelle enquanto anunciava a música que havia composto para a mesma.

– Essa é para uma garota muito especial. - Declarou, recebendo vaias e assovios dos alunos - eram seus amigos, que debochavam do mesmo. Um até gritou "e você vai levá-la para casa!" - E... eu sinceramente não sei mais o que dizer, então só... aproveitem.

Jace começou a introdução na guitarra, mudando de acorde com maestria a cada segundo. Era ágil, seus dedos esguios e marcados pelas cicatrizes de anos de aprendizagem diversificada em lutas eram rápidos e atenciosos, nunca esbarrando na corda inferior, nunca pulando casas ou posições.

Jordan o acompanhou com a bateria, enquanto Alec complementava os agudos do violão com um som mais melódico e ritmado, algo mais leve e doce que a agressividade contida da guitarra.

Sebby começou a cantar, com a bela voz, encantando a legião de garotas ali pertencentes.

She is a wave and she's breaking
She's a problem to solve
And in the circle she's making
I will always revolve

And on her sight
These eyes depend
Invisible and indivisible

E então, Jace começou a cantar o coro do refrão junto de Sebby.

That fire you ignited
Good, bad and undecided
Burns when I stand beside it
Your light is ultraviolet

Visions so insane
They travel unraveling through my brain
Cold when I am denied it
Your light is ultraviolet
Ultraviolet

Jace afastou seus lábios do microfone e voltou a apenas tocar.

Now is a phase and it's changing
It's rotating us all
Thought we're safe but we're dangling
And it's too far to survive the fall

And this I know
It will not bend
Invisible and indivisble

Mais uma vez Jace juntou-se ao microfone. No baixo, bem no meio do ginásio e perto de Isabelle, Clary fora convidada para dançar por um garoto da sua classe de química. Não sabia dançar muito bem, mas esforçou-se para mostrar um sorriso e aceitou, afinal, Alec estava ocupado demais com a banda, não iria se importar em vê-la dançando com outro garoto - ainda mais um garoto que se intitulava gay.

That fire you ignited
Good, bad and undecided
Burns when I stand beside it
Your light is ultraviolet

Visions so insane
They travel unraveling through my brain
Cold when I am denied it
Your light is ultraviolet
Ultraviolet

That fire you ignited
Good, Bad and undecided
Burns when I stand beside it
Your light is ultraviolet

Visions so insane
They travel unraveling through my brain
Cold when I am denied it
Your light is ultraviolet
Ultraviolet

Your light is ultraviolet

Visions so insane
They travel unraveling through my brain
Cold when I am denied it
Your light is ultraviolet
Ultraviolet

Theodore - o tal garoto que a chamara para dançar - era muito habilidoso. Ele a rodopiou, apoiou em seu braço e balançou-a de um lado ao outro, jogando-a para trás e fazendo a mesma se inclinar, com um sorriso abobalhado no rosto. Clary jogou as mãos para o alto, balançando a cabeça suavemente, deixando os cabelos sacudirem ao seu redor. Teddy sorriu e a acompanhou, pondo a mão suavemente em sua cintura. Ela se parecia com sua irmã, ruiva, baixa e magricela. Só que, ao contrário de sua irmã, Clary ao menos se socializava.

Quando a música acabou, um sorriu para o outro e soltou uma ruidosa gargalhada no meio do breu.

– Huh, Clary, não é?

Ela assentiu, ainda sorrindo.

– E você é...?

– Theo Kratky. - Respondeu, copiosamente. Olhou por cima de seu ombro, para onde um loiro e dois morenos o fuzilavam, já que as luzes já marcavam presença. - Hum, eu acho que seus, hã amigos?, estão planejando a maneira de me matar.

Clary olhou por sobre o ombro e se deparou com Alec, Jonathan-Jace e Sebastian a lhe encarar. Virou-se novamente para Theo.

– Não ligue para eles, Theo. Meu irmão é inofensivo, Alec entenderá e Jonathan-Jace só que fazer papel de bravo.

Theo riu nervosamente e desviou o olhar.

– Acho melhor não arriscar. Huh... - Pôs as mãos nos bolsos e fitou o chão. - Você acha que Magnus, hum, olharia para mim?

Clary franziu a glabela, arriscando-se deduzir alguma coisa.

– E por que não, né? - Sorriu para ele, que retribuiu. Era um garoto muito bonito, com a pele morena estranha para os ingleses e um cabelo curto e negro. Não era muito forte, mas era alto.

– Muito obrigada, Clary! Até mais.

– Até. - Murmurou, com um sorriso. Depois que o viu se afastar, percebeu que os garotos estavam tendo uma pausa. Ficou procurando os cabelos castanhos-tingidos de seu irmão que se assustou ao sentir um aperto suave no braço, alguém que estava à arrastando para longe.

– Mas que porra...! - exasperou-se ao ver a figura loira arrastá-la para o corredor vazio. Podia ouvir o murmurio de vozes lá dentro. Puxou seu braço com uma brusquidão desnecessária. - Me solta.

– O que você pensa que está fazendo? - Jonathan-Jace perguntou, totalmente exacerbado.

– Algo que não é da sua conta. - Respondeu. - Afinal, não foi você mesmo que "terminou" comigo?

– Nós não tínhamos nada... - Explicou, dando de ombros. - Acho meio impossível que eu tenha terminado com você quando nós nem um beijo sequer trocamos.

– Ah, é mesmo? Bom saber, agora eu posso dormir tranquila e contente porque Jonathan-Jace não me rejeitou. Yeah! - Desdenhou, fingindo comemorar, para depois mostrar sua carranca. - Olha, cara, eu sou da paz e gosto da paz. Vamos fingir que nada disso aconteceu, você volta para aquele palco e enfia a merda da guitarra onde bem lhe entender, eu volto para minha amiga e tudo fica na boa, sem violência, sem apelo a diretoria, Ok?

– Claro! - Ele concordou, com um sorriso entusiasmado. - Só fique longe dos garotos e tudo vai ficar bem.

Uma risada desdenhosa saiu dos lábios femininos. Ela então tinha entendido, Sebastian o mandara ali. Ou ele apenas estava tirando com a cara dela.

– Mande Sebby à merda, Ok? Diga que eu não me meto na vida afetiva dele então ele não tem direito de se meter na minha. - Pediu, com sua carranca. - E Theo é gay, pelo menos ele disse que era gay... Não que eu deva satisfação ao Sebby, porque não devo.

– Por Deus, mulher, pare de falar de Sebastian! - Pediu Jace, exasperado. - Não vim aqui por causa de Sebastian!

– Então por que você veio aqui, afinal? - Perguntou, curiosa.

– Não é obvio? - Fez uma carranca. - Eu estou te pedindo educadamente para ficar longe dos garotos.

– E quem você pensa que é para me pedir para ficar longe de alguém, Jonathan-Jace?

– Jonathan Christopher Lightwood. - Respondeu, seu olhar transbordando ousadia. - Você veio até aqui com... Alec, não acha meio promíscuo ficar por aí com outro cara?

Clary bufou, irritada. Seus olhos não demonstravam um pingo de simpatia.

– Escute, isso não é da sua conta. Se Alec não está contente, ele que venha falar comigo. Não te conheço, não te considero como amigo, muito menos como juiz - então saiba que eu não te dou a liberdade para julgar os meus atos, inglês.

Jonathan-Jace soltou uma gargalhada.

– Aí que você se engana. Eu não sou inglês, mini-América. - Desdenhou.

– Mini-América é o seu... Pescoço. - Retrucou. - E se não é inglês é da onde? Da frança?

– De Gales. - Respondeu. - É um país estranho com uma língua desnecessária. Nawr aros i ffwrdd oddi wrth fechgyn!

– O que? - Clary perguntou, não entendendo a última frase.

– Fique. Longe. Dos. Garotos. - Dito isso, saiu.

~||~

Clary estava irritada. Muito irritada.

Antes de Jonathan-Jace subir novamente ao palco, ele falou para alguns garotos para não se aproximarem dela e eles espalharam o aviso. Agora, ela estava perto de Isabelle, dançando sozinha, enquanto todos os garotos faziam questão de ficar no raio mínimo de 3 metros da mesma. Ela podia ver o sorriso satisfeito do loiro que cantava ao palco. Podia ver seu sorriso e queria mesmo matá-lo.

Quem ele pensava que era? Não tinha autoridade sobre ela, não era nada dela - e nem mesmo queria ser. Então quem lhe dera o direito de decidir suas companhias?

Mas não iria dar o gostinho a ele em vê-la chateada. Pois-se a dançar com Isabelle, que estava estranhamente silenciosa.

Dançou até ficar tonta e, quando o mesmo aconteceu, ela sentou-se e ficou bebericando um pouco do ponche batizado. O Álcool nunca à atraíra, mas era a única coisa doce a se beber por ali, além de água. E ela não queria tomar água.

Ela nunca mentira, sempre foi fraca para a bebida. Por algumas vezes, ela e Simon pegavam garrafas do estoque de Jocelyn - que nunca se importara muito com isso.

Na hora em que os garotos começaram a sair para a "festa principal", escondida de todas as autoridades, ela já se sentia meio alta, meio tonta. Pouco a pouco, as pessoas foram migrando para fora do ginásio. Quando chegou a sua hora, Isabelle segurou em seu braço e a puxou para um corredor escuro e um tanto longe da quadra. Andaram até uma passagem estreita que dava em outro corredor, dessa vez mais empoeirado e acabaram por se encontrar nos fundos de uma sala enorme com uma piscina olímpica. Os outros alunos estavam ali, bebendo, dançando ao som alto de duas caixas de som no canto do ambiente. Haviam mesas com garrafas e mais garrafas de bebidas, salgadinhos e petiscos, boias coloridas e coisas do tipo. Algumas meninas estavam na piscina, bêbadas, em cima de boias redondas em forma de rosquinha.

Os cinco músicos da noite vieram recepcioná-la. Jordan estava com os braços ao redor do pescoço de Alec e Sebby; Magnus estava com uma garrafa de bebida pela metade na mão e Jace estava com as mãos nos bolsos, um sorriso matreiro em seus lábios.

Sebastian tropeçou nos próprios pés, em sinal de uma leve embriagues, ao parar na frente de Isabelle. Um sorriso cafajeste brilhou em seus lábios quando o mesmo estendeu a mão para a mesma, que aceitou sem hesitar.

Clary olhou a cena embasbacada, logo depois olhou para Jonathan-Jace, que mantinha a face tranquila.

Mais como assim? Sebby está levando a garota dele! Ele não fará nada?

– Huh, Clary, eu vou pegar algo para bebermos. - Disse Alec, encabulado. Jordan o seguiu, rindo e falando algo sobre ela ser "careta".

Ela assentiu e o deixou ir, ficando a sós com Jace quando Magnus enlaçou o braço na cintura de uma morena que passava e "seguiu a maré".

– Hum, então... - Jace começou, puxando assunto. Havia um sorriso cínico em seus lábios. - Dançou muito?

– Vai se foder! - Ela ladrou, com a expressão furiosa.

– Ui, agressiva! - Desdenhou, erguendo as mãos e revirando os olhos. - Eu avisei, você não escutou. Tive que tomar minhas providências.

– Sua providência vai ser quando eu enfiar minha mão nessa cara bonitinha. - Declarou, raivosa.

O sorriso dele alargou e os olhos ficaram mais gentis.

– Você me acha bonitinho, que fofo! - Disse. - É a primeira vez que me chamam de bonitinho!

– Fala sério! - Revirou os olhos. - Você sabe que é bonito.

– Oh, claro, não foi isso que eu quis dizer. - Explicou. - Já me chamaram de lindo, perfeito, gostoso, quente, Deus Grego, Deus Romano, Oh Céus!, Alex Pettyfer Galês e muitos outros... Mas nunca de bonitinho.

– Ah. - Murmurou, agora constrangida. Sentiu-se tão infantil por tê-lo chamado de bonitinho. Talvez ele não quisesse nada com ela por achá-la infantil demais...

Mas... e Isabelle?

– Voltamos! - Alec declarou, com um sorriso sobrepondo a desconfiança. Trazia dois copos vermelhos e entregou um deles à Clary.

– Percebe-se... - Jace murmurou, pegando o copo que Alec tinha trazido para si mesmo e tomando um longo gole.

Clary sentiu uma súbita sede, então seguiu o exemplo do loiro e deu uma longa golada, nem reparando no gosto, solvendo todo o líquido do copo, para logo depois identificar como sendo Álcool.

Não conseguiu cuspir o líquido depois de ingerido, então fez uma carranca ao sentir sua garganta e todo o caminho até seu fígado queimar.

– Puta merda, você comprou isso em um posto de gasolina? - Reclamou, lhe entregando um copo. - Qual é o problema de vocês? Gostam de acabar com o fígado de vocês? Ótimo! Mas deixem o meu em paz!

Alec riu, vendo Jonathan-Jace reprová-lo com o olhar e sair de perto de ambos os três.

– Ah, vamos, Clarinha! - Brincou, bagunçando seus cabelos. - Tente se divertir, pelo menos hoje.

Clary ergueu a sobrancelha esquerda e o encarou.

– Alec, você está chapado?

– Estou bêbado. - Corrigiu, remexendo-se no ritmo da música que tocava. - Bêbado de amor*.

Clary deu-lhe um tapa de leve no braço e riu.

– Onde conseguiram tanta bebida? Assaltaram um caminhão?

– Huh, não, não. - Jordan descordou. - Sua mãe comprou pra gente, disse algo sobre sermos adolescentes precisando de diversão. Acho que se não fosse pelo seu padrasto, eu casava com sua mãe. Sério, ela é tipo, mó gata.

– Seu ridículo! - Retrucou, mas não deixou de sorrir. Sentia-se um tanto quanto leve, mais solta, mais feliz.

– Vamos dançar! - Ele disse, puxando-a para o meio do bando de pessoas que se esfregavam umas nas outras. Clary deixou-se levar pela batida pesada da música, estava estranhamente feliz. Passou as mãos pelo pescoço, erguendo os cabelos que colavam ali pelo suor, ainda remexendo os quadris no ritmo da música. Alec tentava se aproximar cada vez mais da menina, rodeando a cintura da mesma com um braço musculoso enquanto dançava. Música após música, eles dançaram próximos. Estavam com calor devido ao suor que pingava do cabelo de ambos. Clary sentiu sede e pediu para Alec arrumar algo para ela beber. Estava eufórica e, quando ele trouxe outra daquelas misturas fortes, nem se importou. Virou tudo com um gole, recebendo sorrisos do moreno. Voltaram a dançar, agora ambos estavam mais soltos e Alec estava mais ousado. Permaneceram assim, remexendo-se ritmo após ritmo. Mais quatro daqueles copos mágicos e a menina já queria se jogar na piscina.

Alec achou uma ótima ideia, ajudou-a a tirar seus saltos e as luvas. Logo estavam na beirada. Ele puxou a camisa pelo colarinho, jogando-a no chão logo em seguida. Tirou os sapatos e deu um mortal, caindo na piscina e espirrando água para tudo quanto é lado.

Logo ele imergiu, sorrindo, com os cabelos para trás.

– Vamos, Clary! Venha! - Berrou, vendo a garota meio lerda pela bebida em seu sangue se animar e jogar os sapatos para longe. Juntou seus braços ao resto do corpo e correu pegando impulso, içando-se e pulando contra a água.

Seu corpo afundou, deixando-a ainda mais eufórica ao prender a respiração. Movimentou seus braços, pensando-se como um peixe em seu tão sonhado oceano. Os cabelos estavam diferentes, mais alegres, e sua pele estava mais pálida. Era uma sereia agora, não mais uma simples humana. Soltou um pouco da respiração, provocando bolhas e admirando-as, até que seu corpo imergiu.

Mas a sensação de ar nos pulmões logo tornou-se escassa, porque Clary se lembrou de duas coisas: A primeira é que estavam em uma piscina olímpica de 2,5 metros de profundidade e a segunda era que não sabia nadar.

Mas quem se importava? Ela estava feliz, podia ser uma sereia, estava sendo uma sereia. Mexeu os braços, aproveitando a sensação do seu corpo mais leve que uma pena, mais gracioso que uma bailarina. Riu uma risada silenciosa infestada de bolhas e mais bolhas - o ar que lhe sobrara nos pulmões.

E então, sentiu alguma resistência obrigá-la a imergir novamente, uma mão forte. Pessoas gritavam do lado de fora enquanto ela só sabia rir.

– Seu irresponsável! No que estava pensando em trazê-la para a piscina? - Jonathan-Jace gritava para Alec, cuja mão lhe tirara de debaixo d'água.

– Ei, Ei! Nós estamos nos divertindo, não é, Clarinha? - Alec respondeu, balançando-a na água. Sua sorte fora a do forro do vestido ser cetim molhado e de a mesma estar usando short por baixo do vestido.

Clary riu e balançou os dedos no ar.

– Pule aqui, Jonathan-Jace! Deixe de ser... huh, careta!

– Careta é a sua avó! - Ouviu ele reclamar, mas não retrucou. - Alec, tire já essa menina daí! Seja útil para algo.

Alec discordou internamente, mas Jace sabia o que fazia, então levou-a para fora da piscina. A garota fez pirraça, lutou e berrou dizendo que queria ficar, mas ele só riu - sendo acompanhado por ela - enquanto a levava para fora. Repousou-a no chão, em frente a Jace, enquanto a mesma se estabilizava.

– Ah, falem sério! Vocês são... - soluçou. - caretas demais para... - soluçou novamente. - Mi-mim. Acho que eu quero vomitar.

– Putz!

– Fique tranquilo, Alec. Eu levo ela para casa...

– Nem pensar!

– Opa, acho mesmo que eu quero vomitar... - A garota falava para ninguém em particular.

– Não acha que já foi irresponsável demais essa noite, Alec? Ela está molhada, bêbada e provavelmente vai passar a madrugada vomitando.

Alec abaixou a cabeça, ciente de que o irmão mais novo estava certo.

– Ok... - Murmurou, não olhando-o nos olhos.

Jace tirou a jaqueta e a jogou por sobre o corpo molhado da menina, pegando-a no colo e pendurando os sapatos nos dedos enquanto a levava para fora da instituição. Não tinha como pegar suas luvas, aquelas já haviam sido perdidas.

~||~

– Vamos, baixinha, só mais alguns metros!

– Mas eu tô com fome! - Resmungou a mais nova.

– E eu estou cansado, mas você não está me vendo reclamar, está?

– Babaca! - Ela retrucou baixinho, rezando para ele não ter ouvido.

– Do que você me chamou, anã ruiva?

– De lindo. - Se retratou, zombeteira.

– Hã bem...

O silencio fez-se presente, até que a garota se pronunciou.

– Jonathan-Jace?

– Sim?

– Sua namorada não vai se importar em ver você me trazendo para casa?

Jace riu, fitando-a corada por alguns instantes antes de desviar o olhar novamente.

– Não sei de quem você está falando, mas estou certo de que está equivocada.

– Ah, vai fingir que não tem nada com ela mesmo? - Perguntou, arisca. - Eu te vi na casa dela, tipo, umas cinco vezes!

– Dela quem criatura? - Sacudiu-a.

Clary riu um pouco e tentou se afastar dele.

– De Isabelle. - Respondeu, fitando os próprios pés. Jace abafou uma risada enquanto a garota divagava. - Você é um cara de sorte. Ela é tão linda...

Não aguentou, acabou rindo. Ou melhor, gargalhando.

– Do que você está rindo? - Perguntou, ao vê-lo olhá-la incredulamente.

– Clary, Isabelle é minha irmã. - Retrucou, achando a ideia dela pensar que eram namorados absurda. Ela não via o quanto ele estava na dela? - Você nunca percebeu? Eu me chamo Jace Lightwood, ela se chama Isabelle Lightwood, Alec se chama Alexander Lightwood... Acho bem óbvio nós sermos irmãos.

Ah. Irmãos? - Ela perguntou, abismada. - Irmãos, irmãos? De sangue e tudo?

– Sim, Clary. De sangue e tudo. - Murmurou, ainda com aquele sorriso.

– Eu... não entendo. - Admitiu, agora derrotada. Antes, pelo menos, ela tinha uma justificativa para Jonathan-Jace não querê-la. Era Isabelle, a linda e perfeita Isabelle. Mas, agora, ela só conseguia ver os próprios defeitos, os defeitos que o fizeram se afastar. Livrou seus ombros do abraço do garoto, tentando recompor-se e esquecer o que quer que tinha pensado. O garoto estranhou, mas resolveu não comentar.

– Então... você gosta mesmo do Alec?

Clary suspirou. Não tinha muito discernimento para responder aquela, principalmente bêbada.

– Alec é um doce. Atencioso, fofo, meigo e tudo mais... Mas não acho que nós combinamos. - Respondeu com a voz trêmula.

– E... nós? Você acha que nós dois combinaríamos? - Nunca iria admitir, mas sentiu-se envergonhado e inseguro ao perguntar aquilo. Ele odiava essa sensação.

– Bem... eu, hã, não sei... - Disse, envergonhada. Queria gritar "Sim, mais é claro que sim!", mas isso iria inflar ainda mais seu ego. - Mas acho provável...

– Huh, é mesmo?

Ela deu de ombros.

– Acho que sim. Você não me parece ser do tipo de pessoa que exige muita atenção e eu não sou o tipo de pessoa que sai por aí distribuindo carinho.

– Entendi. - Murmurou. Agora havia um sorriso de canto em seu rosto. - Eu posso não ser muito afetuoso, hã, abertamente. Mas sou muito possessivo, você não me parece ser do tipo de garota que gosta de ser repreendida.

– E não gosto. - Respondeu, estava menos tonta e menos alegre também. - Mas, se o cara for muito gostoso, eu posso até abrir uma exceção. - E caiu na risada.

Jace arqueou as sobrancelhas e lhe ofereceu um olhar sugestivo, mas ela não reparou muito nisso.

– E eu posso ser classificado como muito gostoso?

– Pffffff... - Fez um barulho de desdém meio estranho por culpa do seu estado "sóbrio". - Se você não é "muito gostoso", me diz quem é? - Estava desinibida, não ligava para a vergonha mais.

– Uhhh, que elogio!

– Mas não fique todo animadinho! - O cortou. - Você é do tipo "Muito gostoso", mas também é do tipo: "Não estou afim da garota, mas faço de tudo para afastar os garotos dela também".

– Como é que é?

– Ahh, taquei sal na ferida, é? - Zombou. - Ou pensa que só porque eu estou bêbada vou me esquecer de que você mandou que os garotos não chegassem perto de mim? É mole? Eu até entenderia se fosse por ciumes, por atração ou até mesmo por só me achar irritante demais e quisesse implicar comigo. Mas, agora, fazer isso por puro prazer...

– Tem alguém guardando rancor?

– Tem alguém guardando é um soco para enterrar nesse teu rosto. Foi minha promessa, não foi? - Retrucou. - Mas não fique tão contente, Jonathan-Jace. Eu sei que você só terminou comigo porque sabe que eu sou muita areia para esse seu caminhãozinho.

– Muita areia para o meu caminhãozinho? - Riu com desdém. - Sou eu que sou muito nescau para esse seu leite aí.

– Hahahaha, nunca, querido. - Exaltou-se. - Eu que sou muita Nutella para a sua torrada.

– Não, eu que sou o... - Interrompeu-se, vendo que só estava adiando o inevitável. Tinha que ser corajoso, mas aquela maldita sensação no estômago não deixava. Droga! O que estava acontecendo com ele? Respirou fundo, precisava de coragem. - Eu gosto de você.

A garota quase sufocou em meio a surpresa. Ambos pararam no meio do caminho, de frente um para o outro.

Como?

– Eu gosto de você. - Repetiu. - Mesmo. Pensei que conseguiria evitar, mas não dá.

– Ér... - Ela evitou o contato com seus olhos. O que ela iria falar? Gosto de você também? Ele havia terminado com ela... é. - Então porque...

Mas ele não lhe deu tempo para falar mais nada, pois, no segundo seguinte, já estava à beijando.

Era um beijo estranho, com gosto de Álcool de ambas as partes e não muito confortável. Ela estava com frio, molhada em plena noite londrina. E ele estava sem a jaqueta, com apenas uma camisa fina o protegendo do vento. Mas não deixou de ser bom. Bom da maneira deles. Ela nunca fora beijada por ninguém além de Simon e, depois de ter Jace beijando-a, pensou que nunca fora beijada antes. Era totalmente diferente, inédito, especial.

E, quando acabaram, envergonhados demais para olharem um ao outro, seguiram o caminho em silêncio - ambos sorridentes - mas agora na quietitude bem vinda de uma noite estrelada.


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Notas finais do capítulo

Tradução da música da Izzy.
Ultravioleta
Ela é uma onda e ela está quebrando
Ela é um problema para resolver
E no círculo que ela está fazendo
Eu sempre vou girar

E sobre a sua visão
Estes olhos dependem
Invisível e indivisível

Aquele fogo que você acendeu
Bom, mau e indeciso
Queima quando eu estou ao lado
Sua luz é ultravioleta

Visões tão insanas
Elas viajam se desvendando através do meu cérebro
Fria quando eu neguei isso
Sua luz é ultravioleta
Ultravioleta

Agora é uma fase e está mudando
Está rodando a todos nós
Pensei que estavamos seguros, mas estamos pendurados
E é longe demais para sobreviver a queda

E isso eu sei
Não vai dobrar
Invisível e indivisível

Aquele fogo que você acendeu
Bom, mau e indeciso
Queima quando eu estou ao lado
Sua luz é ultravioleta

Visões tão insanas
Elas viajam se desvendando através do meu cérebro
Fria quando eu neguei isso
Sua luz é ultravioleta
Ultravioleta

Aquele fogo que você acendeu
Bom, mau e indeciso
Queima quando eu estou ao lado
Sua luz é ultravioleta

Visões tão insanas
Elas viajam se desvendando através do meu cérebro
Fria quando eu neguei isso
Sua luz é ultravioleta
Ultravioleta

Sua luz é ultravioleta

Visões tão insanas
Elas viajam se desvendando através do meu cérebro
Fria quando eu neguei isso
Sua luz é ultravioleta
Ultravioleta

Música do Jace: My Chemical Romance - Teenagers.

E então? Mereço reviews?
Beijões
Psicoticamente, A.