Troblemaker. escrita por Anjinha Herondale Uchiha


Capítulo 8
Capítulo 7.


Notas iniciais do capítulo

Oiiiie, genteeee!
Heeey JaceCóticas!
Tô MORTA de sono! Passei a tarde inteira dormindo, fui grossa com meu irmão quando ele me trouxe uma pizza - eu tava de mal-humor por causa do sono '-', e perdi a fome ( O queeee?)
É que hoje fui num passeio pra petrópolis, e eu tive que acordar 5 da manhã pra tomar banho, já que eu tinha q estar na escola as 7 e minha casa é tipo MUITO longe da escola. Foi um dia divertido, eu e meus amigos ficamos cantando músicas no ônibus para irritar a galera que tava junto e, vejam bem, deu certo!
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Vou escrever rapidão esse capítulo, porque eu tenho que por o sono em dia, amanhã tenho curso e não posso ficar igual a um zumbi.

Beijos
Psicoticamente, A.



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POV Clary.

Eu estava digitando uma redação de 1000 palavras sobre o livro Hamlet, do tio Shakespeare, quando uma suave batida à porta da detenção despertou minha atenção. Aquela sala virou minha segunda casa, já que os xenofóbicos dos meus professores passavam tempo demais julgando meu sotaque para perceber que, de fato, eu era uma boa aluna. Não haviam muitas pessoas naquela detenção, o único lugar onde os dois sexos se misturavam em horários letivos, do 2º ano.

Ali estavam apenas três meninas da minha turma, a primeira era Victória– uma menina asiática que passava grande parte do tempo livre comendo vômito de gato, vulgo strogonoff de frango. Ela usava o uniforme uns dois números maior que o necessário e de seus fones de ouvido o alto som dos Sex Pistols abalava a monarquia Inglesa. Tive vontade de gritar "É isso aí, Sid Vicious!", mas acho que é crime provocar anarquia por aqui...

A segunda era uma loira, aparentemente natural, alta e usava um uniforme de líder de torcida nem um pouco indecente... (Ironia Mod On). Izzy havia lhe chamado de Mari mais cedo.

Já a ultima, ela me dava um pouquinho de medo. Era uma menina baixinha, ruiva tingida e tinha um olhar de psicopata. Eu cheguei a olhá-la por mais que alguns segundos, esperando alguma reação de sua parte, mas a mesma só me perguntou se eu havia perdido o olho. Eu até desviaria o olhar, mas me lembrei de que era americana, então respondi que sim e perguntei se ela poderia procurá-lo para mim. Ela parecia ser bem durona, e eu queria-a como amiga. Sua mochila tinha um rabiscado em letras garrafais: Kratky.

Dorotha, parecendo despertar de seu topor depressivo, foi atender a porta.

– Ah, oi Alexander! - Sua voz cumprimentou. - Ah, claro! Um minutinho! - E então ela voltou para dentro da sala. - Clary, mon amour, tem visitas na cadeia e ela quer te ver.

Assenti e baixei a tela do notebook, ajeitando a saia demasiadamente curta do vestido e erguendo-me para ir até a porta. Dorotha entrou soltando um "está bem requisitada, senhorita".

Deparei-me com ninguém além de Alec ( Alec? ), silenciosamente parado, com o uniforme negro perfeitamente passado. A gravata, contrária à de Jace, estava feita em um nó clássico e bonito.

Irredutível e um tanto quanto ressentida, parti para a agressividade.

– Olha, se você também veio aqui para terminar comigo, saiba que: um, eu já tive minha cota de fim de namoro por essa semana e eu nem estava namorando. E, dois, eu tenho dever de literatura, então...

– Hã... O que? - Perguntou, assustado e confuso. - Eu... deveria terminar com você? Quer dizer... nós estamos namorando? Tipo, wow, isso é muito... Não que eu não queira namorar contigo - começava a ficar vermelho e nervoso, gesticulando sem parar. - Você é tão... Você e tudo mais, só que eu realmente não sabia que Jace era tão bom assim e...

– Ei, ei, não fique tão nervoso! Respire, sim? - O Interrompi, não entendendo porra nenhuma do que ele dizia. - Espera, o que Jonathan-Jace tem a ver com isso?

– Hã... nada, nada. Esquece, eu só estava divagando aqui... - murmurou, claramente constrangido. Hmm... sei não, não acreditei muito nisso.

– O que você veio fazer aqui, Alec? - Perguntei. - Não querendo ser grossa, nem nada, mas é que está muito estranha esta conversa.

Alec sorriu e ergueu uma sobrancelha, respirando fundo. Quando soltou as palavras, elas vieram apressadas e quase irreconhecíveis.

– Vocêqueriraobailecomigo?– Pigarreou, tentando ajustar sua voz. - Hã, quer dizer, você... o Baile... comigo?

Um choque de pavor me atingiu. Baile? Puta que pariu! Baile? Sério mesmo?

– Huh, ao baile? - Perguntei retoricamente, vendo-o assentir. - É... claro. - Sorri o mais entusiasmadamente que consegui, forçado. - Ér... então tá bem, é só isso?

Ele suspirou e sorriu um largo sorriso.

– Sim, é só isso. Eu te busco às 16, ok? Até. - E saiu.

Voltei para minha detenção, vendo a tal Mari - a líder de torcida loira - levantar os olhos para mim. Ela mexia no telefone, mas tirou sua atenção dele e a pôs em mim.

– Você vai ao baile com o Alec?

– Você escutou minha conversa? - Retruquei, indo recolher meu material. Esperei mais uns belos quinze minutos até o sinal bater, indicando a próxima aula.

~||~

Não sei bem o porque, mas eu permiti que Isabelle me convencesse a participar de um teste para o time de líderes de torcida - do qual ela era capitã.

Eu costumava tirar sarro delas lá na América, e agora eu estava com um daqueles uniformes ridículos e carregando pompons.

Minhas pernas estavam expostas demais na minha opinião e eu estava ainda mais ridícula com o arco em forma de orelhas de gato que Izzy insistira em pôr em mim. Eu amo gatos, sinceramente, mas meu irmão gargalharia de mim se me visse assim.

Pus meus óculos só depois de sair do vestiário, andando meia constrangida junto de Isabelle pelos corredores. Era tarde, por volta das três horas, e eu esperava que ninguém além das meninas me vissem assim. Mas eu estava completamente equivocada. O treino das líderes de torcida ficava no mesmo campo que o do time de futebol. E estavam Sebastian, Jordan e... Jonathan-Jace, correndo suados pelo campo junto de vários garotos.

Parei no meio do caminho, praguejando alto e pronta para voltar pro lugar de onde eu nunca deveria ter saído.

– O que...? Clary! - Isabelle me repreendeu, puxando meu braço para que eu fosse junto dela.

– Merda, me solte Isabelle! Há meninos aqui, eles vão me ver assim... - Murmurei, puxando meu braço com mais força.

– Ah, deixa disso, Clary! Você está muito diva, parece até uma Spice Girl da atualidade, então só fica quietinha e põe um sorriso nessa sua cara de assassina de crianças, ok? - Declarou. - Agora lembre-se dos requisitos para ser uma chefe de torcida: Confiança, empolgação e sensualidade. Ponha na sua cabeça que você é uma garota, não um garoto que gostaria de ser uma garota.

– Huh, - gemi em desgosto. - Você parece com minha mãe falando. Cruzes...

Isabelle sorriu e mexeu no cabelo.

– Isso é um elogio e tanto. Sua mãe é tão legal, eu queria que a minha fosse assim também... - divagou, suspirando. - Bom, então vamos logo que estamos atrasadas.

Assenti, derrotada, me perguntando o porque de eu ter permitido tal convencimento. Eu não era uma loira burra e peituda para ser Líder de torcida. Eu era ruiva, baixinha e magricela.

Fomos até as garotas, adentrando o campo aberto - atraindo olhares masculinos desnecessários. Algum engraçadinho assoviou e, quando virei-me para mandá-lo tomar na saída de dejetos, encontrei os dois piores olhares possíveis da face da terra.

Sebastian me olhava com um sorriso de quem estava achando graça do meu constrangimento. Ele formou um círculo com o polegar e o indicador, deixando os três outros dedos erguidos em um sinal irônico de "ótimo". Mostrei o dedo do meio para ele, o meu dedo "amigável".

Já o segundo olhar, estava entre algo feroz e irritado. Jonathan-Jace. Ele me encarou fixamente por uns bons dois minutos antes de se obrigar a desviá-lo, sacudindo a cabeça de um jeito adoravelmente fofo.

Senti meu rosto esquentar, porque ele estava olhando para mim. Ele, o garoto que me deu um fora antes mesmo de termos alguma coisa. O garoto que estava envolvido com minha nova melhor amiga - a mesma garota que meu irmão aparentava gostar.

Tirando-me de meus devaneios, Isabelle marcou os passos e fez com que nós, meras mortais que não queríamos estar ali, fizéssemos também. De relance, pude notar que Jonathan-Jace olhava muito para cá, mas eu não sabia dizer se era para mim ou para Isabelle. Provavelmente Izzy, porque, primeiro, ela era muito mais bonita do que eu e ficava muito mais atraente de uniforme do que a anã ruiva aqui. E, segundo, Sebastian estava secando Izzy também, presumi que fosse algum tipo de fetiche masculino.

~||~

Aquela era a tarde de sexta-feira. Minha mãe terminava de me maquiar enquanto Isabelle ajeitava seu vestido. Isabelle havia encontrado um preto básico nem-tão-básico-assim em uma boutique. Ele era curto, mas não indecente, e tinha um decote em forma de coração bem cavado, deixando uma fina linha de pele a mostra pelo bustiê do vestido. Prendeu as longas madeixas acastanhadas em um rabo de cavalo elegante, usando uma mecha de seu próprio cabelo para esconder a presilha. Pôs saltos vermelhos, que combinavam com o batom e a bolsa da Channel que a mesma tinha a tira colo. Seus olhos estavam marcados pelo delineador e as bochechas coradas de blush. Ela parecia uma Barbie morena.

eu... bem, eu usava um vestido rosa-claro que minha mãe e Isabelle haviam escolhido. Isabelle fez questão de destacar com todas as palavras que eu era baixinha e era fofinha, então deveria usar rosa para me favorecer. Rosa não era nem de longe minha cor favorita, mas eu não me importava. Minha mãe me fez calçar luvas cor-de-rosa, me pôs em um salto meio rosa meio nude e me maquiou com cores claras e leves, colando presilhas em forma de coração em meus cílios. Por fim, encaracolou meu cabelo de uma forma organizada e bonita e enfeitou com um arco.

Alec viera me buscar no horário exato, nem um minuto a mais e nem um minuto a menos. Não vestia terno, smolkin e nem nada do tipo - apenas uma jaqueta em estilo mais sofisticada. Ele sorriu para mim de um modo tímido e me ofereceu o braço - que eu aceitei - guiando-me até o carro.

Eu podia sentir no meu radar biônico minha mãe olhando para nós da Janela de meu quarto.

– Você está linda! - Elogiou.

Sorri envergonhada.

– Hã... Obrigada?

– Oh, não quis dizer que você esteja linda, só hoje. Quer dizer... não é que você não seja linda, você tá sempre linda, mas hoje você está... - Começou a tagarelar, nervoso. - Estupenda.

– Huh, valeu. Você também não está nada mal.

E então, eu o vi. Saindo da casa de Isabelle. Usava uma jaqueta de couro e calças rasgadas. Um bad boy. Ah, um bad boy...

Eu não sabia até aquele momento o quanto eu precisava de um bad boy.


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Notas finais do capítulo

e então? Mereço reviews?

Beijões.
Psicoticamente, A.