Tetra escrita por Mari Darko


Capítulo 5
Capítulo 5 - Gabriel


Notas iniciais do capítulo

‘’A força não provém da capacidade física. Provém de uma vontade indomável.’’

Mahatma Gandhi



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Na segunda-feira, tive que acordar cedo e ir ao colégio. Só gostava disso porque quando eu chegava lá ia direto para meu grupo de xadrez, nós jogávamos antes das aulas, e lá eu era imbatível. Já estava me preparando para sair quando meu pai escancarou a porta do meu quarto e berrou:

–Ô garoto preguiçoso, vai logo pra escola!

Eu não sei o que meu pai tinha contra mim, mas ele sempre era assim, rude e me mandava fazer tudo aos berros, nunca estava satisfeito comigo. Que raiva! E estava pior desde que nossa situação financeira também piorou. Eu nem abri minha boca, não valia a pena. Peguei minha mochila coloquei meu capuz e meus fones no último som com Metallica, e saí de casa, batendo a porta atrás de mim.

O dia estava nublado, com cara de chuva. Achei que esse seria mais um dia comum e desgastante, mas acabou sendo bem diferente disso. Cheguei lá e já comecei a jogar xadrez. Para mim não era difícil ganhar do pessoal da escola, nem do meu amigo Carlos, que depois de mim, era o melhor dalí.

–AÍ Gabriel, hoje eu ganho de você cara!

–Vai sonhando!

De repente a Diretora entrou no ginásio, onde a gente jogava, e pediu para que todos fôssemos ao pátio do colégio onde ela daria uma notícia. Eu tive um mau pressentimento, mas a notícia não era nada mal. Ela anunciou que a escola presenciaria um evento para os alunos mostrarem suas habilidades e coisa e tal. Nem entendi muito bem, mas os melhores ganhariam um prêmio em dinheiro,e apesar de ter raiva do meu pai, eu o ajudava pagando umas dívidas, mas o salário do meu emprego de meio período não adiantava muito então eu precisava de uma grana extra. O problema é que os alunos precisavam formar grupo de quatro pessoas, e eu não falava com quase ninguém, e pra ajudar o Carlos não queria participar.

Eu já estava quase desistindo, mas na hora do intervalo alguém veio falar comigo, era o Rodrigo. Não entendi no começo. Por que aquele cara metido a atleta veio falar comigo? Mas ele veio na hora certa:

–Hein, Gabriel né? Eu sou o Rodrigo. Eu tenho um grupo para o evento que a diretora falou, mas tá faltando alguém, você estaria interessado?

– O quê? Por que me juntaria com vocês? Por que você não chama seus amiguinhos jogadores?

–Cara, eu não vim aqui pra escutar besteira, e eu não vou falar duas vezes, você tá com a gente ou não?

Esse Rodrigo parecia ser muito chato! Mas eu queria participar, e sei que não teria outra chance. Então resolvi aceitar.

–Tá, tá bom – Respondi bufando - Só vou porque preciso da grana. Mas quem é que tá no grupo? E por que me escolheram?

–Sou eu, a Júlia e a Carol. Você já estudou com elas. Eu resolvi te pôr no grupo porque sei que você é bom em estratégia, pode ser útil.

''Pode ser útil’’? Quem era esse cara para falar que eu ‘poderia’ ser útil? Mas fiquei surpreso pelas meninas terem me aceitado no grupo, quando estudei na sala delas passei a pior imagem possível de mim.

–Hum. Então tá, quarta-feira a gente se junta para se inscrever.

–Na verdade, falei com as meninas para a gente se encontrar na frente do colégio depois das aulas. Quero combinar umas coisas. Tudo bem pra você?

–Tá.

Não sentia muita firmeza nesse grupo, achei que eles poderiam me enrolar a qualquer minuto e me deixar para trás. Mas me enganei completamente.


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Notas finais do capítulo

E aí?



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