O amor não precisa de palavras.

by

~Wasaku~

Capitulo - 2.

Por volta das uma e vinte da tarde, eu abria as portas de casa e era recebido pelo silencio do recinto - ou seja, estava sozinho. Minha mãe nunca parava em casa. Era raro quando eu a encontrava e sempre que ela tinha folga ela trabalhava em outros serviços extracurriculares. Nossa casa não era assim tão ruim.

Tínhamos conforto, um lugar onde a vizinhança era de classe media e alta, a casa era grande e arejada! Minha mãe dizia que não podia parar de trabalhar caso ela quisesse viver ainda naquela região e que fosse um local perto do seu serviço. Meus pais brigaram muito quando eles se separaram, um não queria a ajuda do outro. Mais por causa da lei e por ainda eu ser menor de idade - em tais circunstancias. Meu pai pagava as despesas da casa como água e luz e a pensão. Já os alimentos ficavam por conta de minha mãe.

Eu tinha brigado varias vezes com ela, sobre eu ter um emprego e a ajudar, mais nossas conversas sempre terminavam em: "Não quero que você repita o ano outra vez, as contas pode ficar comigo. Quero que termine seus estudos e faça uma boa faculdade. E depois você pode fazer o que quiser de sua vida! Mais enquanto você ainda morar na minha casa e for menor de idade, eu mando em sua vida moçinho! Você pode já ser um homem mais ainda é meu filho!"

Então decidi não deixar minha mãe mais triste e estou fazendo o que um filho obediente deveria fazer. Obedecer e fica calado! Encaminhei-me na cozinha e pegue na geladeira a caixinha de suco, subi pro meu quarto e depositei minha mochila no chão. Entre goladas longas e rápidas eu me refrescava com o liquido gelado que descia pela minha garganta me proporcionando um conforto em minha garganta seca. Joguei a caixinha no lixo perto da minha escrivaninha e retirei minha camisa. Um bom banho relaxaria meus músculos. Retirei os óculos e me dirigi ao banheiro e tomei um banho bem demorado me deixando levar pelas sensações da água morna que tocava meu corpo.

–-

Desci as escadas e na cozinha eu sentia o cheiro de comida fresca sendo preparada. Abracei a mulher em meus braços e num apertado por trás, sendo recebido por um sorriso.

– Oh que cheiro bom de banho tomado! Chegou cedo hoje Sasuke! - minha mãe me respondia ainda de costa e virando o alimento sendo preparado.

– Sai mais cedo, mão estava com cabeça pra aula hoje! - eu desfiz o aperto e me encostei-me à bancada na pia, olhando ela preparar o alimento. Ajeitando meus óculos.

– Matou aula hoje Sasuke? Sabe que não gosto disso. Espero que seus estudos estejam em dia, moçinho.

– A senhora sabe que estão. Disso eu não tenho preocupação. E por falar nisso tem o boletim desse trimestre pra assinar, depois desço com ele.

– Ok depois você me traz. Esta com fome? - ela me perguntou desligando o fogo e retirando do armário dois pratos.

– Não muito, mais aceito!

Comemos em silencio. Somente nossos talheres eram ouvidos. Depois que terminamos a ajudei a lava a louça e depois ela subiu ao seu quarto. O que fiz o mesmo. Entrei e me joguei na minha cama. Retirei os óculos e esfregue meus olhos. Estava cansado e minha cabeça começava a lateja. Rapidamente somente sentir meus olhos pesarem e deixei que o sono me invadisse.

–-

Aquela tarde eu tinha dormindo muito que acabei emendando com a noite, somente acordei por volta das seis da manha do outro dia onde o despertador estava tocando. Nunca tinha dormindo tanto em minha vida. Talvez estivesse realmente cansado. Tinha um bilhete na minha escrivaninha, era de minha mãe.

"Assinei seu boletim, estou indo pro trabalho tenha um bom dia!"

Eu agradeci por ela não ter me chamado. Talvez eu não conseguisse me levantar disposto hoje pela manhã. Dirigi-me ao banheiro e tomei uma ducha rápida, depois me troquei e peguei minha mochila e desci as escadas. Sai de casa comendo uma maça e me dirigir a caminho da escola em direção aos metros. Não demorou muito e dentro de dez minutos eu já estava dentro do veiculo em direção ao colégio.

–-

As duas primeiras aulas foram um tédio sem fim. Calculo e mais cálculos já entravam em minha cabeça e saiam levando minha disposição. Não era ruim em álgebra, mais a voz daquela professora que tinha a cara de que chupou limão, deixava a aula ser mais entediante do que nunca. Eu via gente que dormia, outras que não sabia se ficavam acordadas ou dormindo, umas que não estava prestando atenção nas aulas e uns que lia historia em quadrinhos escondidos dentro dos livros. Resumindo ninguém prestava atenção na explicação em que a professora de Álgebra a Koharu explicava e muito menos eu por coincidência, eu agradecia que a matéria eu já sabia e isso não me mataria caso houvesse provas sobre o assunto.

O sinal do intervalo tocou e graças a Deus eu agradeci, pois já estava vendo a mim mesmo o destino de começa, a saber, se ficava dormindo ou acordado na aula. Peguei minha mochila ajeitei meus óculos e me dirigi para fora sala, os corredores já estavam lotados de gente transitando para todos os lados, somente me esquivei de algumas pessoas e fui para fora do colégio, nos fundo e me dirigindo ao meu cantinho de sempre. O banco debaixo da arvore.

Fiquei uns cinco minutos no meu silencio e lendo as crônicas de Andre Vianco "O Bento". A brisa estava boa e bem refrescante. Não queria voltar para dentro das salas e encara mais pessoas chatas e rabugentas. Estava muito bem aqui e sem alguém para me encher o saco!

Senti do outro lado do banco uma elevação e depois um tremor, tinha alguém sentado do meu lado. Droga! Outra pessoa para chatear mais meu dia. Eu somente olhei de lado, não queria que a pessoa desses contar que a percebi e me surpreendi com quem estava ao meu lado. A garota de ontem que me tinha deixado no vácuo. Ela era mais linda de perto. Seus cabelos balançavam contra o vento que assopra em nossa direção. Um vento suave e fresco. Ela lia uma revista e sua atenção estava bastante direcionada as paginas. Parecia que ela não tinha me notado outra vez!

Minha garganta coçava, eu queria dizer "olá" outra vez, mais tinha uma sensação que ela iria me ignorar novamente, eu estava entre um vai e vem se deveria reagir ou não. Droga o que estava acontecendo comigo, parecia que eu era um garoto na puberdade em que seria a primeira vez que conversava com uma menina, eu ria da minha situação minhas mãos estavam suadas. Suadas eu digo, coisa que para mim Uchiha Sasuke isso nunca aconteceu. Eu poderia ter qualquer garota ao qual eu quisesse. Eu fui assim no passado. Bastasse eu apenas estralar meus dedos e as garotas se jogavam em meus pés, mais isso me cansou. Pois todas eram iguais... Mesquinhas, frívolas, mentirosas, gananciosas e principalmente traiçoeiras. Mais sentia que dentro de mim essa garota ao meu lado não possuía isso ao certo. Sua aura e seu semblante eram diferentes, muito ao contrario das garotas ao qual eu conhecia. Um semblante, calmo, paciente, meigo e tímido. O que me deixou mais curioso.

"- Vamos Sasuke seja corajoso, a garota vai embora e você não disse nada... Vamos... vamos!"

Eu olhei para frente e reunir coragem, tomei um fôlego de ar e soltei, coloquei um pequeno sorriso em meu rosto e olhei na direção dela e puxando de dentro de mim pronunciei novamente a palavra que desferi anterior a ela.

– Olá! – eu esperei sua resposta e ela nem tinha movido sua cabeça em minha direção. Ta de brincadeira, essa garota tinha me ignorado! Eu olhei para ela e ainda ela continua a ler a revista e paginava as paginas entretida... "Acho que falei baixo demais vamos tentar de novo..."

– Olá! – ela não me respondeu. Serio agora eu tinha sido a parede ou levado o maior vácuo do ano. Não, eu seria ignorado pela terceira vez, eu ainda iria ouvir a resposta desse meu "Olá".

– Olá?! – eu disse com mais clareza! E num tom mais elevado.

Sem respostas. Ela não me respondeu e muito menos me olhou ou tirou sua atenção da revista. Desisto. Tinha o pensamento de que ela era diferente, mais ela é a mesma coisa de garotas as quais eu conheci. Apenas me estiquei e voltei minha atenção ao livro. Eu senti que ela se moveu e olhei. Ela estava olhando para mim, e quando nossos rostos ficaram cara a cara, ela esboçou um sorriso pequeno e me olhava analisando. Essa garota tinha problema, eu disse varias vezes "olá" e ela não me respondeu e depois fica sorrindo para mim!

– Eu te disse varias vezes 'olá'. Você não vai me dizer um oi? - puder perceber que ela se assustou com minhas palavras e seu olhar mudou me analisando. Droga agora assustei a garota. Ela balançou a cabeça lentamente em uma afirmação negativa. Ela fez uns jeitos com suas mãos, apontando para seu peito e fazendo pequenos círculos e indicando seus ouvidos e lábios. Eu não precisava de alguém para traduzir o que ela quis me dizer eu compreendi no momento e me senti um idiota por ser grosso com ela!

"Sou muda."

Na verdade eu não sabia ao certo o que dizer. Ela não me ouviu, pois não conseguiu entender o que pronuncie. E eu tinha ficado com raiva por ela não ter me dado a atenção.

– Oh... Er... Desculpe-me. - eu fiquei sem graça e queria sair dali e esconder minha cara, eu fechava meu livro e minhas mãos tremiam. Ela segurou minha mão e eu olhei para ela, a mesma balançou a cabeça como se quisesse que eu não fosse embora. E depois ela soltou suas mãos de mim e pegou um caderno e a caneta e escrevia algo ao qual eu não conseguia entender. Ela virou o caderno e depositou no meio de nos dois e pude ver pela sua caligrafia fina e delicada o recado ao qual eu li.

"Tudo bem. Meu nome é Hinata."

Eu li e depois a olhei. Ela me olhava como se quisesse puxa um conversa. Eu peguei uma caneta e escrevi.

"Meu nome é Sasuke."

Assim que acabei de escreve levantei meu rosto e sorri de canto para ela a analisando. Ela sorriu e suas bochechas ganharam uma coloração rosada. Ela pegou o caderno e abraçou sorrindo gentilmente. Eu tinha a sensação de que tinha ganhado uma nova amizade. Ou seja, uma amizade especial. Uma amizade com Hinata!

Continua...