Destino & Escolhas escrita por No Name


Capítulo 7
A Decisão Mais Sensata


Notas iniciais do capítulo

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Ela não podia. Não devia. Era crueldade e egoismo demais para uma única pessoa. Esse não poderia ser seu último ato na vida. Estava descidida.

Christine foi levada para casa depois de dois dias. Eric a visitou todos os dias no hospital, mas ela sempre fingia que estava dormindo. Era o melhor a ser feito, ela acreditava. O garoto ainda não havia reparado na distância que se criava entre os dois. Contudo logo saberia de sua existência.

Em casa, devolta para seu quarto, Christine se sentiu mais cansada. Portanto não voltou as aulas por um longo tempo.

Era final da tarde e Eric iria visitar pela primeira vez, desde a alta do hospital, sua namorada. O nervosismo tomava conta de parte de seu corpo. Respirou. Inspirou. Então, tocou a campainha. Um, dois, três. A porta foi aberta pelo pai de Christine.

─ Ela esta lá em cima─ John alegou. ─ Queria falar com você─ isso não parecia ser um bom sinal.

Degrau por degrau, Eric subiu as escadaria. Uma batida, Duas batidas. A porta foi aberta.

Seus cabelos negros continuavam o mesmo. Sua palidez voltava a normalidade. Os lábios, antes rochados, retornavam a cor avermelhada. Suas roupas eram composta de uma regata, conerta por um casaco de lã e shorts de pijama, a deixando um pouco envergonhada. Era linda do jeito que era.

─Eric─ Christine se supreendeu. ─ Entre─ deu-lhe passagem na porta.

Eric ainda não estava familharizado com o quarto. Não era grande ou supreendente. As paredes eram de uma cor azul cinzento e os móveis de madeira pintado de branco. A cama estavam desarumada e o abajur sobre a cabiceira era a única coisa que iluminva o ambiente. Deixou as flores que trouxe para prezentea-la na escravaninha de frente para a janela.

─Como você esta se sentindo? ─ foi a primeira pergunta que surgiu em sua mente.

─Me recuperando─ Christine disse se animo.

─As pessoas da escola estão preocupadas. Carrie queria ter vindo comigo, mas achei melhor conversarmos a sós.

─Você não precisava ter vindo, deve estar indisposto─ o cansaço tomou novamente Christine, então se deitou na cama. ─Meu pai me disse as noites que dormiu no hospital. Você também deve se cuidar.

─Christine, estou esgotado, tanto quanto você─ Eric se sentou na ponta da cama, junto a ela. ─ Mas sempre estarei com você─ se aproximou para tocar seu rosto, mas Christine se afastou.

A garota doente se levantou, se caminhando para a janela perto da mesa com seu material, tentando evitar o olhar preocupado de seu namorado. Sua mente a obrigava dizer o que havia pensado a noite inteira, entretanto seu coração implorava para não fazer. Iria doer. Porém era melhor nela do que em Eric.

─Eric─ chamou-o com a voz tremula. ─ Eric─ uma gota discreta caiu de seus olhos que ela logo tratou em limpa-la.

─O que houve Christine? ─ o garoto clamado perguntou segurando o rosto fino e branco da frágil menina.

─Não podemos continuar assim─ ela se segurou para não chorar. ─ Não é certo. Você sabe, eu sei, meu pai também. Estamos prejudicando a vida um do outro. ─ se soltou de seu aperto e caminhou para o outro lado quarto, dando-lhe as costas para não olhar em seus olhos caramelados, pois assim seria mais fácil.

Eric reparou onde ela queria chegar e não ia deixa-la levar adiante. Não tinha motivo, sendo que se amavam, era como ele pensava.

─Christine você não sabe o que esta falando. Pense direito.

Ela não o pertiu continuar a falar: ─Eu sei o que estou fazendo Eric, posso estar doente, mas meu cérebo funciona da mesma maneira─ sentiu raiva sem causa e se virou para fita-lo.

─Não foi isso que quis dizer─ Eric praticamente a implorava perdão. Não era suas intenções rebaixa-la.

─Eu sei, me desculpe─ Christine limpou uma lágrima e se encolheu mais em seu casaco. Eric tentou se aproximar mas ela se afastou, não o deixando encosta-la. ─Isso não muda minha decisão. Não quero e nem posso continuar assim Eric, com você.

─Por que Christine? Me diga porque? ─ ele a perguntava desesperado.

─Temos que enxergar a verdade Eric. Eu vou morrer, você querendo ou não! Isso esta muito longe da sua ou da minha vontade- ela de fato gritou em sua cara, não se importando o que lhe causaria.

─Eu te amo Christine...─ Eric foi cortado repetidamente.

─Temos que ser realista Eric. Amor não trara nada para nós. Apenas mais sofrimento e dor. Já sintou remorso por causar tirsteza em meu pai, não preciso me responsabilizar por mais ninguém─ disse com a frieza que nunca tiverá.

─Você acredita que esse é seu destino? Viver pelo resto do seu dias sabendo o que poderia ter, mas não quis? ─ ele chegou ao seu limite.

─Já lhe disse, isso é muito maior que meu desejo─ retomou a sua fala.

─Maior que seu desejo? Sua vontade? ─ repitiu sua fala com irritação. ─ A vida foi lhe dada para fazer o que quiser e será assim que agirá? O nosso destino não esta escrito Christine! ─ Eric se aproximou dela e deu-lhe uma leve chaqualha nos ombros com uma tentativa falha de acorda-la da sua igenuidade. ─ Você me ama, não estou certo? Não é isso que se importa? A maior felicidade não é amar e ser amado? ─ Christine chorava com mais intensidade naquele momento. ─Mesmo que a nossa exista mais ou menos tempo, não devemos aproveita-la da melhor maneira que pudermos? Me responda Christine, você me ama ou não?! ─ ele a suplicou.

Com muita angústia e agonia no coração, Christine tomou toda sua coragem e determinação para responder o que sua mente lhe mandava, o que julgava ser mais sensato: ─Eu não lhe amo mais Eric. Apenas aceite que não lhe amo─ então, se soltou do aperto nos braços do garoto com uma tamanha insensibilidade.

─Como pode? ─ Eric repetiu num tom baixo para sí mesmo. ─ Você sabe que está mentindo, como eu também. Não sou tão idiota Christine!─ enquanto protestava, ia para trás em direção a porta e logo estava correndo escada abaixo.

Christine não consegui mais se manter em pé, suas pernas fraquejaram e ela com a desconsolção iniciou se a chorar com nunca antes. Seu pai logo entou no quarto para ver o que ocorria e os dois ficaram abraçados ao chão. John com a filha desamparada nos braços, sem saber com poderia ajuda-la a melhorar. Não era assim que queria se lembrar da vida de seu fruto.

Já Eric, com seu Plymouth Fury, saiu em disparada pela a rua. Ela não podia fazer isso com ele. Dizer que não lhe amava havia o machucado de uma tal forma que nunca mais desejava sentir aquela desgraça no peito. O sinal ficou vermelho, dando a chance do garoto bater com força e frustração no volante. Para onde iria? Não sabia, então foi para casa, onde pediria ajuda para o pai. Christine não podia morrer! Era o que repetia em sua mente. Ela estava mentindo, ela me ama. Esta tentando me proteger. Abriu a porta de casa e subiu para seu quarto. Socou na parede com a maior rigidez que tinha e não se importou com sua mão. Isso não ficaria assim.

Uma vez tomada a decisão de não dar ouvidos mesmo aos melhores contra-argumentos: sinal do caráter forte. Também uma ocasional vontade de se ser estúpido.

Friedrich Nietzsche


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