Destino & Escolhas escrita por No Name


Capítulo 2
Aceitando o Convite


Notas iniciais do capítulo

POSTAGENS: SEXTAS ÁS 17:00



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Christine saiu de seu novo colégio em seu primeiro dia de aula. Avistou no estacionamento o carro de seu pai. Como ela estava brava com ele, nunca quis ter mudado de cidade, gostava da antiga, com vários amigos, até um namorado, mas deixou tudo para trás. Foi caminhando tranquilamente até o local onde John, seu pai, a esperava fora do carro, porém a menina nem se importou, foi logo abrir a porta do carro rudemente e entrou.

–Não quero conversar- ela iniciou assim que John deu partida no carro.

–Mas temos- ele a reprimiu.

–Você sabe que estou cansada desse assunto, nunca deveríamos ter mudado de casa- Christine disse.

–Christine...- ele disse docemente.

–Não quero falar!- lágrimas começaram a brotar no rosto da menina, mesmo tentando as impedir- Estou me esgotando!

–Se você não quer falar, não vamos.

Depois de longos minutos em silêncio, John finalmente tentou começar um assunto que fizesse sua filha se animar, pelo menos era o que ele pensava.

–Como foi o primeiro dia de aula?- ele disse esperançoso. Talvez realmente sua filha tivera um bom dia, melhor do que o dele. John ficara o dia inteiro no escritório, cuidando de papeladas. Não era novo na empresa, mas a firma daquela cidade era considerada um novato.

–Como sempre, apenas tirando o fato que dessa vez não tinha nenhum amigo, ou qualquer coisa do tipo- ela respondeu com rudez. Não sabia se poderia considerar Eric como amigo. Só se falaram uma vez e foi uma conversa bem estranha para a garota. Se pudesse ser futuros parceiros, isso dependia de como eles se entendessem, porém naquele momento queria deixar bem claro para seu pai que estava infeliz e não havia nada que pudesse fazer. Absolutamente nada.

–Mas vai ter- seu pai disse. Sua filha ainda era nova no colégio, como ele era na firma. Sabia que era difícil fazer amigos no primeiro dia, não se esquecia da antipatia de Christine nos últimos dias, algo muito fora do normal, e também entendia que a situação não estava das melhores.

–Do que adianta?- essa pergunta afetou o pai, como todas as outras rudes que sua filha fazia. Mas essa em específico o comoveu por dentro de uma maneira diferente. Odiava que sua filha tivesse tais pensamentos. Era triste para ele ter que conviver com esses comportamentos. John a amava, era sua única filha e tudo que restara de sua família. Não consegueria viver com a perda de Christine.

–Chegamos!- John tenta amenizar as coisas.

A nova casa dos dois era gigante e muito solitária. Quando a mãe de Christine morreu em seu parto, John nunca mais foi o mesmo. Uma garota de cinco anos, chorando porque era a única a não ter uma mãe foi uma tortura para o homem. Mas ele sempre tentou ser forte para sua querida filha. Era um rico empresário, porém nenhum dos dois era esnobe ou ganancioso. Estacionou o carro e entraram na casa.

A menina nem se importou com qualquer coisa que o pai disse e correu para sua suíte. Era bem maior que seu antigo quarto, com uma cama de casal, um grande armário e um banheiro. Depois de ter trancado sua porta, Christine logo pulou na cama e se deparou a chorar. Perguntava-se mentalmente do porque disso tudo acontecer com ela, mudar de cidade já era suficiente. John começou a bater na porta, mas é claro, que não tinha resposta alguma. Então se agachou no corredor e não conseguiu evitar que lágrimas saíssem de seus olhos. Um choro silencioso e doloroso.

Na manhã seguinte, Christine que já havia caido no sono, acordou com o despertador. Nem havia percebido que dormira tanto, mas parou de se questionar e foi se arrumar. Tinha perdido o jantar, então a fome era imensa. Pronta para ir ao colégio, desceu as escadas e avistou seu pai na mesa, aproveitando um delicioso café.

–Bom dia- ela disse com frieza.

–Bom dia- ele respondeu. O pai indignado pela postura da filha perguntou:- Chris, por que você não sai mais? Com os colegas talvez?

–Porque não tenho amigos- ela disse como se fosse óbvio, mas então parou, pois se lembra do convite de Eric- Me convidaram para uma festa- ela disse timidamente e não deu muita importância. Sabia que seu pai ia fazer algo grande disso, como todas as coisas que ele pensava que poderiam animar a menina.

–Então vá!- John falou animadamente com a novidade.

–É na sexta- Christine disse olhando para seu prato de comida, pois não conseguiu encarar os olhos de John.

Toda animação do pai também foi embora. Christine tinha um compromisso muito importante, que não poderia faltar. Mas viu a infelicidade de sua filha uma ideia tomou seus pensamentos-Sem problemas, eu desmarco e remarco para Sábado.

–Pai não precisa, você sabe que não posso...- ela continuaria com um sermão, mas foi cortada com a fala do pai: -Eu insisto.

–Se por você esta tudo bem, eu vou.- a garota da um grande abraço no pai e sussurra em seu ouvido- Obrigada.

Christine não conteve a animação e saiu correndo de sua casa para ir à escola. Queria contar a Eric que poderia ir à festa. Fazia um bom tempo que a menina não ia em nenhum lugar divertido e finalmente conseguiria aproveitar um pouco. Ao chegar ao extenso corredor, ela logo avistou o garoto com os cabelos castanho, foi até ele e tentou não demostrar sua alegria, pois seria constrangedor.

–Christine, que bom te ver- Eric logo demostrou animado.

–Eric. Então queira lhe dizer que falei com meu pai e ele me deixou ir à festa- disse ela.

–Que ótimo!- ele sorriu simpaticamente. Ficou realmente feliz por acompanhar Christine a festa. Se bem que ainda não estava claro que iriam juntos, mas o garoto queria garantir isso:- Então me de seu número de celular para você me passar o endereço. Assim posso ir te pegar.

A menina ficou um pouco chocada com aquele pedido, mas não demorou ao passar os seus dados. Seria uma noite legal e tinha tempo que ela não saia de casa para curtir com os amigos. Porém não estava certo que ela e Eric eram amigos, ainda.

–Obrigada Christine, então te pego as oito- agradeceu o rapaz.

–Estarei esperando- completou a fala com um sorriso torto.


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