Anteriormente em Diário de uma garota quase perfeita...

Ele, nada disse, apenas começou a fazer o quê deveria fazer e o quê eu havia mandado fazer. Posso dize que foi mágico, da maneira que eu imaginava que seria quando eu e Willy eramos pequenos. Eu sempre fui completamente apaixonada, mas meu medo era maior.

Após aquele momento mais que intimo entre nós eu deito sobre seu peito e a antes que eu pudesse fechar meus olhos, Willian sussurra:

— Você é maravilhosa sabia?

— Ela fez o quê? Com quem? Como você sabe disso?— Berrei assim que escutei as palavras anteriores de Ágata, entre suspiros de tanto a mesma correr.

Belisquei-me e perdi o foco por alguns instantes.

— Escutei ela falando com Láis agora pouco no banheiro, eu creio que ela deve ter pensado que só estava ela e a amiga lá — Responde Ágata ainda tomando folêgo.

— Mas, como pode ser possível? Ela só tem 16 anos Ágata! — Indaguei

— Você também, e ambas sabemos que você assim como ela não é mais... — Não deixei Ágata completar fazendo sinal com as mãos para que ela se calasse.

— Não pronuncie isso em voz alta, por favor! Aquela noite nunca aconteceu. Pedro não pode saber, entendeu Ágata? Aquilo entre mim e Gustavo pode ter passado do um simples beijo, mas eu só fiz por que estava tentando esquecer o verdadeiro cara que eu amava, Pedro — Expliquei e supliquei a ela.

Flashback on.

Depois de um tedioso jantar em familia, subo para o meu quarto e lá fico até tentar esquecer aquele dia devastador de fevereiro. Pedro e eu haviamos acabado de brigar e por fim de imediato em nosso relacionamento. De fato eu estava arrasada com os acontecimentos recentes. Escutei meu celular apitar, desbloquei a tela, vendo que era uma ligação de Anna. Se você está se perguntando, sim, eu havia pensado duas vezes antes de apertar o botão que a colocaria na linha. Nós já haviamos brigado, de tudo ela me obrigou a fazer. Por fim, atendi:

— O quê você quer agora? Eu já disse tudo o quê eu tinha para te falar Anna! — Exclamo com vemência.

— Carina, me escute por favor! — Anna implora.

— Não Anna. Eu estou cansada, e sabe? Me faça um imenso favor de deletar meu número da sua agenda e meu nome da sua vida, pois eu já estarei fazendo isso com você apartir de hoje. — Digo batendo o telefone na cara de Anna, deixando-a falando sozinha.

— Carina, ei abra a janela! — Escuto uma voz vindo de fora do meu quarto, assim que coloco meu celular de volta em minha cabeçeira.

Logo após tal palavras, pequenos cascalhos de pedra abatem minha janela, fazendo um barulho pequeno, porém irritante, a lua estava cheia e brilhante, um foco de luz explendoroso. Levanto a vidraça da janela e me deparo com Gustavo lá, ele sorriu ao me ver:

— Posso entrar? — Pergunta.

Sem dar-lhe chances de resposta, fecho a janela e desço as escadas sorrateiramente, abro a porta, sem pensar duas vezes começamos a nos beijar intensamente.

FlaskBack off.

— Carina! — Grita e me cutuca Ágata, apontando para a frente e tirando-me de todos aqueles pensamentos.

— Oh meu deus — Falo, assim que meus olhos pousam sobre Anna.

Lá estava ela, vestindo um vestido cor de rosa e sapatilhas de mesma cor, adentrando o refeitório ao lado de um belo rapaz de cabelos loiros acinzentado e olhos castanhos cor de mel. Todos ali presentes ficaram boqui-abertos, eu por minha vez, sentei-me na mesa que Pedro nos reservará antes de ir até a cantina pegar nossos almoços e agi como se não me importasse com o acontecido, tentei a todo custo não lançar olhares a Anna, pois sabia que ela fervia seus olhos sobre mim.

Após alguns minutos o choque do novo romance de Anna chegou até mim por meio de fofoca, é claro. Láis, uma das abelhas de Anna, amiga também de Ágata, foi convidada pela mesma a sentar-se em nossa mesa. Confesso, não gostei de tal atitude, mas não queria brigar com Ágata mais uma vez por assuntos passageiros. Pedro havia acabado de apontar da fila da cantina, vindo em direção a mesa e sentando-se ao meu lado. Láis é claro, não perdeu a oportunidade:

— Vocês já estão sabendo do babado né? Acho que devem ter visto a cena agora pouco. Temos um novo casal, Anna e Willy, ou melhor Anlly — Ela diz calmamente e provocativa.

— Então o novato é mesmo namorado dela? Como de um dia para o outro Anna arruma um namorado e o mesmo passa a estudar aqui? — Questiona Ágata — Há algo de errado. - Concluiu.

— Não foi de uma hora para a outra Ággi. Eles se conhecem desde os 8 anos. — Afirma Láis.

De repente uma luz surgiu em minha mente. Entre algumas conversas de que me lembro com Anna virtualmente, ela citará um garoto cuja ela se dizia apaixonada desde os 8 anos de idade, o pai dele era herdeiro de uma famosa rede de lojas de cookies no bairro mais badalado de NY, cuja é o bairro que a escola Hunter localiza-se e também onde boa parte de nós mora, ou seja, Upper West Side. Aquele lugar era a cara de Anna, pois, noites agitadas com garotas da alta sociedade era o seu nome do meio antes de me conhecer.

Anna sempre forá a garota mimada, pelo qual o pai era amigo de todos os empresarios póssiveis, desta maneira ela se relacionava e mantinha amizades com garotas do seu tipo. Confesso, forá dificil ser amiga de Anna nos primeiros mesês; eu era inapaz de suportar seu jeito de sempre querer ser a melhor e ter tudo, com isso Anna vivia entre duas faces, sua verdadeira e a inventada pela sociedade. Mas com o tempo, consegui acalma-lá e faze-lá ser quem ela era de verdade, isto claro, quando apenas estavamos nós duas juntas, dividindo nossos momentos de amizade, na êpoca, considerada verdadeira por mim.

— Willian Bakery. Seu pai é dono da famosa rede de lojas ''Levain Bakery''. Anna e ele sempre foram melhores amigos, mas ela nutria uma paixão secreta por Willian desde que se conheceram. — Afirmo fitando Láis, que rápidamente olhou para trás onde estava a mesa de Anna e fez um sinal com as mãos.

Os olhos de Anna se encontraram com os meus rapidamente, não pude evitar em sentir que ela estava satisfeita por eu ter me lembrado de nossas conversas no começo da amizade errada. Desviei o olhar e então provoquei, dando um beijo inesperado em Pedro, ele correspondeu e após o beijo susurrou eu meu ouvido.

— Amor, sua memoria é incrivél e você acaba de me lembrar uma coisa, sei que você e eu ainda não tivemos nossa noite juntos. Prometo que ela séra especial, valerá a pena esperar .

Após as palavras anteriores, solto um sorriso e ao mesmo tempo olho para Anna que observava cada gesto ousado entre mim e Pedro com ódio nos olhos:

— Não se preocupe com isso querido! Sou toda sua, o para sempre é nosso até que dure o tempo necessário para se tornar eterno.

No mesmo minuto, Anna deixa a mesa onde se encontrava e caminhou em minha direção.

— Preciso falar com você agora! — Ela se dirige a mim cruzando os braços, soltando sua frase mais comum, quando estava brava. O refeitório todo assistia a cena e clamava por sangue.

Eu, nada disse. Apenas segui-a para fora do local. Assim que adentramos o corredor, ela foi em direção ao seu armário, abrindo o mesmo e tirando de lá, uma foto:

— Você se lembra disso? — Ela pergunta.

Depois de alguns minutos de silêncio inquebrável, observando a foto de duas garotas felizes e abraçadas caminhando na areia, fitei-a nos olhos sentindo algumas lágrimas chegarem ao lembrar daquele dia memoravél, que já mais serei capaz de esquecer, pois fora uma das melhores férias da minha vida, e o mais importante, é que, naquela epôca, eramos únidas e mantinhamos algo concreto...uma amizade.

— Foi a primeira vez que fomos a praia juntas.

— Sim, você está certa. Foi também nossa primeira viagem juntas, ou devo dizer, a viagem que era para ser de nós duas e que se transformou na sua viagem com Pedro? Por que de uma forma muito estranha e incrédula você já sabia que eu já gostava de Pedro nessa êpoca e fazia de tudo para me provocar — Anna esbraveja.

— A verdade é que eu já mais desconfiei, se você não se lembra querida, ambas gostavamos de provocar uma a outra, eu posso ter ido longe de mais naquele verão, mas você mereceu e sabe que é verdade. Afinal por que você guarda essa foto no seu armário se eu e você não somos nada além de duas garotas que se odeiam e brigam até por causa de um cara que sempre foi meu namorado — Explico e questiono já irritada.

— Sabe Carina? Você está certa, talvez eu devesse rasgar isso — Falou ela, com certos traços de irônia no rosto, como se aquilo fosse um disfarce para sua total infelicidade berante a minha frase anterior, como se aquilo tivesse a tocado de uma forma capaz de destrui-lá — mas eu quero que você saiba que não é só por que transei com um cara que não foi para tentar esquecer o outro. Sendo assim ele é todo seu Ca...rina. E sabe do que mais? Eu estou cansada de tentar fingir que eu não sinto mais nada por Pedro e que ainda não me encomodo em ver você com outras amigas suas. Tentar ter tudo o que é seu é ter prazer em fazer isso. não parece mais tão errado — Agora, foi minha vez de fingir não ter ligado por ela estar afirmando aquilo com tanto orgulho e indifêrença – Nossa amizade acabou, e já está na hora de ambas pararmos com esses joguinhos.- Ela para sem folego porém continua — Droga Você sabe o que eu sinto, sabe que é impossivél esquecer tudo o que passamos comigo aqui — Anna parecia querer segurar o choro, e realmente, estava a lutar consigo mesma para não fazer isso. Em certos momentos, sua voz parecia um tanto embriagada e perdia a firmeza — Sendo assim, se você não dar um basta nisso, dou eu. É mais fácil fugir do que lutar pelo que você quer,e o que eu quero de fato é sua amizade de volta. Mas isso nunca vai acontecer. Por quê raios você tem que simplesmente assim? Eu não quero ficar longe de você, será que isso não está estampado no meu salto alto de rainha? Eu sou assim, ninguém vai me mudar, assim como ninguem vai mudar você. Ao mesmo tempo que somos tão diferentes, somos idênticas e eu e você não suportamos ver quem amamos com outra pessoa. E sim, enquanto eu fazia sexo com outro cara eu pensava no seu namorado, que você me perdoe por isso, mas eu não mando nos meus sentimentos e você não vai ser a pessoa que me fará ter controle sobre eles, acredite! — Exclamou e concluiu.

Após o desabafo da mesma, todos na porta do refeitório nos olhavam incrédulos e boqui-abertos. Anna apenas tirou uma carta do seu armário, me entregou e se pos a caminhar até a sala de aula mesmo com todos ali esperando para que o barraco continuasse, eu por minha vez, já chorava bastante, criei então forças para abrir a carta, na parte interior do envelope, havia meu nome e endereço:

Londres, Inglaterra: 14 de Setembro de 2013

Hey,

Sim, é a Anna dando notícias...não sei ao certo por que estou fazendo isso, porém vamos lá:

Eu tenho saudade de todas as amigas que já tive na vida, mesmo aquelas que me machucaram. E tenho saudades de mim mesma quando lembro de alguma amiga que perdi. Eu sei que você sabe quem eu sou, e alias eu não sei se você vai ler isso algum dia, por que eu também nao sei se vou te enviar pois eu não mereço seu perdão depois de tudo o que eu fiz. Tenho pensado em em nossa amizade todo o tempo que fiquei aqui. Ah, como eu sinto sua falta...tenho novas amigas, uma nova vida, tudo o que sempre sonhei longe de você. Está sendo impossivél não lembrar do seu abraço toda a vez que uma amiga faz o que você fazia. Eu tenho dormido mal a noite, pensando no que você deve estar fazendo ai, eu creio que já não deve querer falar meu nome em voz alta, eu sei que desapareci do universo e da sua vida como você havia me pedido, eu sei que nem sempre tivemos uma amizade boa e que nem sempre eu fui uma melhor amiga para você, mas eu não consigo ficar longe! Você e eu...nossa amizade...sempre foi especial, você sempre foi uma pessoa especial acima de tudo.

Quem vira seu amigo não deixa nunca de pensar em você e se sente o maior sortudo do mundo. Eu posso um dia voltar para NY, eu deixei muitas pessoas ai,e até o cara pelo qual eu sou apaixonada, eu nunca te contei, mas eu sou apaixonada pelo seu namorado, só fiz tudo oque fiz por que o queria para mim e por isso que estou longe, por que já te machuquei o suficiente; os seus segredos me passam pela cabeça sempre que estou sozinha, ou no meu quarto conversando com meu melhor amigo Willy. Você se lembra dele?. Sim Ca, (eu sei que não devo te chamar assim, mas neste momento eu estou deixando minhas lágrimas nesse pequeno pedaço de papel e queria muito você aqui comigo para me dizer que está tudo bem) O garoto que eu era apaixonada. Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito. Eu espero que algum dia me perdoe, pois eu já perdoei você no momento que sai de NY com as malas prontas para ir embora.

Sinceramente,

– Anna. King's

Continua...