Anteriormente em diário de uma garota quase perfeita...

— Não é o obsessão por tudo aquilo que é meu, é obsessão por quem eu sou — Corrigi.

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Abro meus olhos, a luz do sol entra pela janela, então, refletindo em meu rosto. É manhã de segunda-feira. Como de costume, arrumo-me para ir a escola, tomo um bom banho quente, escolho uma roupa e enfim desço para tomar meu precioso café.

Confesso, a dois dias não durmo, não sei o quê fazer e nem muito menos o quê pensar, tenho tido sonhos estranhos, em todos eles Anna aparece. Não sei descrever e nem ao menos sei o quê significam. Talvez seja este quarto, ele me trás muitas lembranças de nós duas. Desde que minha vida voltou ao normal a dois dias, isto é, reconquistei o Pedro, mas briguei novamente com Anna, algo de muito errado vêm ocorrendo.

— Bom dia, dormiu bem? — Uma voz familiar adentra meus ouvidos assim que o tal me ve descendo as escadas.

— Ah Pedro! — Desço a rapídamente em direção a ele que estava em minha sala de estar, segurando um buque de rosas vermelhas cor sangue e vestindo um colete marrom com calças da mesma cor.

— São para você! — Ele diz sorridente.

— São lindas — Digo suspirando após cheirar as flores.

Quando fiz o ato anterior, lembrei-me das manhãs de domingo, quando eu, Anna, Renny e Ágata nos reuniamos no café da manhã, aquele cheiro era devastador para mim. Senti que minhas lágrimas não demorariam para chegar, pórem segurei-as, sem conseguir desfarçar minha tristeza, Pedro pergunta:

— Tudo bem? Não gostou da surpresa?

— Quem me dera se o meu problema fosse esse. — Respondo abaixando meus olhos.

– Anna? – Questiona novamente, curioso.

— Eu não sei qual vai ser a reação dela com tudo isso. — Começei — Ela não vai ficar nem um pouco feliz, tenho medo do que Anna pode fazer, como da última vez e ...

– Ela não vai fazer nada. Eu estou aqui com você Carina. Alias, nós não vamos deixar ela estragar nosso dia, não é? Preparei varias coisas para nós hoje — Interrompeu

— Tipo o quê? — Pergunto com um olhar um tanto quanto carismático e com traços de málicia disfarçados.

Assim que me virei, avistei a mesa do café da manhã posta, sobre ela estava uma toalha branca bordada com detalhes em dourado. Haviam também diversos tipos de bolos, tortas, sucos, frutas, iogurtes, pães, chás entre tantas outras guloseimas deliciosas de que adoro, pelas quais fazem parte de um café da manhã.

Aproximei-me. Pedro também. Ele puxou a cadeira para que eu pudesse sentar, e por sua vez fez o mesmo. Foi então que percebi, ao meu lado, tinha um prato com grãos de café e um bilhete amarrado com uma fita de mesma tonalidade dos grãos. Pedro passou a me fitar atento e pediu para que eu abrisse. Assim eu fiz:

Carina,

Foram muitas noites sem você,
Estavamos tão distantes e ao mesmo tempo tão perto um do outro,
O amor que nos une pode vencer barreiras,
É mais forte que o tempo. Ele sim poderia atravessar a imensidão do espaço e transcender os limites da vida.
Sim... Como ele é forte, pois esse amor nada nem ninguém destruirá.
Que perdure enquanto nossas almas existirem...
Que nem a distância, nem o tempo e nem mesmo os nossos erros, terminem com o nosso amor,
Nada é mais valioso do que ter você para mim,todos os dias, todas as horas, a todo minuto.

Seja minha querida! Minha e de mais ninguém...

Assim que acabei de ler, pulei no mesmo minuto no colo de Pedro, o beijando e sorrindo.

— Você é o melhor namorado do mundo — Suspirei — Apenas lembre-se, você é a única coisa, da qual nunca me canso. Então vou lhe falar o seguinte: Isto pode ser amor porque, eu tive as melhores horas da minha vida. Não, eu nunca me senti assim. Sim eu juro é verdade. E devo tudo a você — Cantarolei, ainda em seu colo.

— Eu te Amo! — Exclama, Pedro envergonhado.

— Eu também — Digo rindo e o beijando novamente, mais feliz do que nunca.

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Após o café, nós dois descemos para a recepção do hotel, onde meu carro e o motorista nos esperavamos para ir até a escola. No caminho para a mesma o medo me tomou por completa; e se o colégio não aceitasse nós novamente? Como Anna iria reagir? E Ágata e Renny? Eu não havia contado a eles ainda. Vai ser um choque a todos... céus!

— Carina? — Uma voz grita na minha mente me tirando da queles pensamentos. — Chegamos — Pedro chama.

Ele desceu do carro abriu a porta para que eu saisse. Assim que fiz isso, percebi que já haviam pessoas nos olhando no portão. Quando chegamos no corredor principal, uma multidão abriu passagem no meio para que pudessemos desfilar, uns gritaram, outros só observavam.

O que foi o caso de Anna que em meio a multidão, apenas lançou um olhar um tanto quanto ciumento, desviando e subindo para o banheiro. Não dei muita atenção, pois ela estava fazendo cena novamente. Eu já estava cansada disso, e acredito que não sou a única.

Logo Ágata e Renny chegaram.

— Parabéns. Até que enfim — Fala Renny rindo e me abraçando.

— Nós voltamos para ficar. Dessa vez. — Respondo olhando para Pedro que solta um sorriso.

— E enquanto a Miss Perfection dois ? — Estranha Ágata, fazendo-me pensar novamente naquele ser.

– Você fala de Anna? Olha, serei sincera.. eu sou assim, sirvo de modelo aos outros. Tento fazer o que é certo, talvez eu não consiga. As pessoas me seguem como uma abelha rainha, deixo nelas uma marca. Mas, a verdade é que não sei por que sou especial. Verdadeiramente, tentei a todo custo descobrir quem sou. Creio que sou uma sonhadora, lider, nasci para isso! Eu sempre fui eu mesma e assim como Anna, só complico o fácil e torno o mesmo dificil. A vida tenha me dado algumas VANTAGENS. São poucas, ou muitas, mas eu sou o quê sou, não tente me mudar, só me melhore cada vez mais — Digo caminhando em direção a sala de mãos dadas com Pedro e ao lado de Ágata e Renny que sorriram após o meu quase desabafo,isto claro se eles já não tivessem me escutado falar isso mil e uma vezes.

Quando chegamos na sala fomos tomados por uma gritaria de felicidade, todos lá presentes, menos Anna é claro, faziam festa.

Algumas garotas vieram até mim e me abraçaram, dando parabéns pelo meu retorno com Pedro, a última delas, Larissa, amiga minha e de Renny, fez questão de recitar um poema na frente de todos, que a pedido de Ágata calaram-se. O silêncio finalmente pairava sobre a sala. Larissa começou:

– Meus caros, esses dois jovens formam o casal mais perfeito e intocavél da escola e mesmo assim são as pessoas mais humildes que alguém poderia conhecer. Sim Carina, eu escutei o quê você disse quando entrava na sala, gostaria que você falasse na frente de todos, pois me pareceu tão sincero.

Neste momento, minhas buchechas coraram, eu não estava preparada para falar o quê eu sentia com relação a minha popularidade, foi ai que todos começaram a fazer uma algazarra para que eu falasse, tomei coragem e repeti o discurso de poucos minutos atrás.

Após as minhas palavras anteriores todos bateram palmas , parte das pessoas pareciam estar orgulhosos e outras chatiados, pois eu deixei de demonstrar meu lado bitch que claro, só aparecia quando Anna me desafiava.

Larissa me abraçou, e então começou a recitar a poesia que tinha de ínicio, preparado:

'Eu amei
Eu amei, ai de mim, muito mais
Do que devia amar
E chorei
Ao sentir que iria sofrer
E me desesperar
Foi então
Que da minha infinita tristeza
Aconteceu você
Encontrei em você a razão de viver
E de amar em paz
E não sofrer mais
Nunca mais
Porque o amor é a coisa mais triste
Quando se desfaz.''

– UM VIVA. – Jonathan levanta-se, pronunciando-se.

Agora com paixão em nossos olhos, não há como disfarçar secretamente. Nós damos as mãos, pois hoje entendemos a urgência. Com meu corpo e alma, eu te quero mais do que você jamais saberá. Por isso vamos nos soltar, não tenha medo de perder o controle.

Nos beijamos longamente, sem pressa, sem se impôrtar no que os outros iam pensar (inclusive Anna), aquele momento era só nosso. Apenas nosso e de mais ninguém.

Continua...