Team 4 escrita por Evajolie


Capítulo 8
Capítulo Sete – Amargas Lembranças


Notas iniciais do capítulo

No próximo cap, teremos os primeiros pontos de vistas da fic! E de Steve e Johnny. :D



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O sol já estava nascendo e, Sif continuava sem a dizer uma única palavra. Estava visivelmente tensa e apreensiva. Não gostava de reviver aquelas malditas lembranças, mas era preciso...Com os orbes marejados, fechou os olhos, sentindo algumas lágrimas escorrerem brandamente por seu rosto.

Aconteceu há dezessete anos. Um pouco depois de eu e Thor termos terminado... Odin organizou um banquete para os asgardianos, anunciando um acordo muito promissor entre dois mundos. Eu estava desolada, de coração partido. Achei que fosse morrer de tanto desgosto e acabei bebendo umas doses de hidromel. – ela fez uma pausa para respirar, ainda de olhos fechados, sabia que Clint a observava fixamente. – meu irmão Heimdall tentou me impedir de beber. Mas ninguém diz não a deusa das guerras, tivemos uma pequena briga, ganhando a atenção de todos os presentes. Inclusive de Thor. Embaraçada, dirigi-me para fora do castelo...- novamente uma pausa. – Foi quando eu encontrei Loki. Eu o usei como saco de pancadas, soquei e chutei sua cara cretina inúmeras vezes mas ele não reagiu. Então percebi que ele também estava mal. – suspirou fundo e abriu os olhos, agora limpando as lágrimas. – Acabamos bebendo mais hidromel do que deveríamos e acabei indo para a cama com ele. Foi a minha primeira vez e, infelizmente teve conseqüências. Eu engravidei. – passou a língua pela parte superior do lábio, com a visão embaçada olhou para O Gavião. – Não tive outra alternativa senão fugir. Entende? Loki é perigoso. Ambicioso. Um maldito. – ela respirou fundo. – Eu pedi ajuda á Frigga e a Odin, eles recomendaram que eu escondesse a criança em Midgard pois seria o ultimo lugar em que ele procuraria. Quando minha barriga começou a crescer, fugi para cá e fiquei até dar a luz a criança. Esconderam-na muito bem...O problema, é que meu filho é mais poderoso do que se possa imaginar. E Loki sabe disso, descobriu alguns meses atrás, com a guerra entre os elfos.” – ela se deixou desabar, chorando compulsivamente.

Clint Barton raramente ficava perplexo com alguma coisa. E aquela historia, sem sombra de duvidas o deixaria traumatizado para o resto da vida. Mas, a parte cômica é que Loki realmente foi espertinho...Na opinião do Gavião, aquilo tudo (de ficar quieto e deixar ela bater) foi uma grande encenação. Ele balançou a cabeça, tentando não pensar muito em suas teorias.

Levantou-se do sofá e rumou em direção a Lady Sif, abraçando-a de lado.

– Eu... Sinto muito por você ter dormido com aquele nojento. – foi a primeira coisa que veio a sua mente, pensando que talvez ela precisasse rir. E surpreendentemente, ela riu. Com amargura e certa secura, mas riu.

– Até que ele é bom de cama. – ela limpou algumas lágrimas que insistiam em cair. – Meu filho, Clint. É tão poderoso quanto ele. Eu...tenho medo do que ele possa fazer. De como Thor vai reagir. Você entende?

– É coisa demais com que se preocupar. – ele depositou um beijo carinhoso em sua testa, abraçando-a fortemente. – Não esquenta com isso, Sif. Eu não contarei a ninguém.

Ela inspirou e respirou fundo várias vezes consecutivas, tentando controlar os tremores de seu corpo.

– Eu tenho medo do que o Loki vá fazer. Mas sobretudo, de qual lado meu primogênito vai ficar. Ele tem o sangue de um mentiroso nas veias.

Clint nada respondeu, apenas observou-a seriamente. Se o filho era de Loki, havia a real possibilidade do garoto ser um psicopata traiçoeiro como o pai. Mas por outro lado... Podia ser como a mãe.

– Eu não sou expert no que se diz respeito a maternidade nem nada, mas a criança não te odeia e nem nada do tipo né?

Agora foi a vez da asgardiana ficar em silêncio: algumas memórias ainda mais desagradáveis vieram-lhe a mente, invadindo de maneira sorrateira. A mais recente, foi de uma visita surpresa que fizera ao filho, também após a guerra contra os elfos negros. Odin e Thor estavam absortos em uma discussão, quando ela pediu a Heimdall para transportá-la para a Terra.

– Por que eu não posso morar em Asgard?! – indagava o garoto alvo de olhos claros e cabelos negros. – Eu quero morar com você, deusa Sif. E não aqui em Midgard. Me leve com você!

A morena respirou fundo, tentando se controlar ao máximo para não quebrar o pescoço daquele leviano.

– Asgard está em guerra. – mentiu brandamente. – Não há lugar para garotinhos, Eros. Há forças malignas sondando o castelo do Pai-de-todos. Não o quero no meio. – ela aproximou-se rapidamente, tocando seu rosto. – Eu amo você filho, odiaria que algo de ruim lhe acontecesse.

– Mas você é a deusa das guerras. – ele tinha lágrimas nos olhos. – Poderia me ensinar...

– Eu disse não Eros! – respondeu com impaciência. – Chega dessa conversa. Heimdall! – gritou e, tão logo apareceu, tão rápido desapareceu.

A morena suspirou, constatando que precisava de mais algumas bebidas. Eros podia não ser maligno como o pai, mas era sem sombra de duvidas traiçoeiro e mimado. Sif temia que ele fizesse algo ruim.

Mas que ironia do destino hein! Ao invés de Thor, ela teve um filho com o cara mais repugnante de todos os nove reinos existentes. Respirou fundo e encolheu-se, ainda mais no abraço de Clint.

(Prisão de Segurança Máxima – Escócia)

Quinze guardas aproximaram-se, todos preparados para silenciar o Soldado Invernal. Alguns corriam em sua direção, outros gritavam por reforços através de walk talkies e Bucky continuava parado, encarando-os com seu braço mecânico. Atrás dele vinha Loki, com sua maldita lança. Não demorou mais que cinco segundos para eles agirem.

O antigo companheiro de Steve Rogers atirou em uns, jogou outros contra a parede e deu uma bela cotovelada nos covardes que tentavam acertá-lo por trás. Já o filho adotivo de Odin, era infinitamente mais prático.

– Um homem que precisa de magia para matar outros, não é homem de verdade. – exclamou Bucky sério.

– E eu não sou um homem. – replicou Loki, com os olhos verdes brilhando em divertimento ao focalizar aquilo que tanto ansiava: a cela de Magneto. – Eu sou um deus. Mais precisamente, o futuro rei de Asgard.

O outro nada disse, limitou-se a assentir e a observar enquanto o rei da mentira marchava até a cela de um “mutante”. Não fazia idéia do que aquilo significava. Mas provavelmente, não era boa coisa.

– Erik Magnus Lehnsherr. – disse, com admiração verdadeira. Magneto não se dignou-se a virar para encará-lo, estava bastante concentrado em sua leitura. – É uma honra, conhecê-lo pessoalmente.

O ex-amigo de Charles, olhou-o de soslaio. O moreno era bastante astuto, tinha de reconhecer e era exatamente isso que estava-o deixando curioso.

– Quem é você?

Erik estava preso em uma sala aparentemente normal e pobre. Foi projetada exatamente para enganá-lo, afinal ele possuía manipular qualquer coisa que quisesse. A aparência interna e externa era semelhante a de uma cela qualquer, e o interior era um pouco aconchegante. Mas possuíam alguns truques... E as câmeras eram um deles. Graças a um dos X-men.

– Loki. De asgard. – o trapaceiro sorriu largamente. – Um grande fã, se me permite.

­–--X---

Natasha sorriu. O Capitão América era uma caixinha de surpresas e, ela estava encantada com a capacidade dele de mentir – ela nem sabia que existia. – por outro lado pensou que isso fosse de família. Enquanto voltava para sua casa, pensando em quão sortuda era por ter encontrado alguém como Steve, ficou a imaginar como deveriam ser os pais dele. Será que o pai era rígido e politicamente careta como ele? Ou malandro e cínico como Storm? E a mãe? Será que ela era bonita como os filhos? Inúmeras hipóteses passavam pela a cabecinha ruiva da agente da shield. Que até aquele momento, não tinha se tocado de uma coisa bastante peculiar: estava tão irritada por Clint ter levado Sif para a balada, que sequer chegou a ter uma conversa com a morena. Suspirou. Era óbvio que a amiguinha de Thor precisava de ajuda e, até de umas orientações não podia passar a vida inteira tendo como tutor o agente Barton e, decididamente não era pelo ciúmes de Natasha.

E sim pelo o fato de Clint ter um sério desvio de caráter. Virou uma curva bruscamente e acelerou o máximo que pôde, indo em direção ao prédio do Gavião Arqueiro. Sem fazer idéia de que estava sendo seguida pelo diabo em forma de gente.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Sim os x-men vão fazer parte da fanfic, assim como outros...Espero que gostem e que não me matem de parar. Lembrem-se: Team 4 está só começando! Xoxo