Blood Curse escrita por Soul Kurohime


Capítulo 53
Jaula


Notas iniciais do capítulo

oooooooooooooooooi gente linda desse Brasil ♥
Como estão? Eu estou bem, obrigada.
Primeiro, gostaria de desculpar-me por minha demora para com esse capítulo.
Semanas passadas eu estava MUITO ocupada com o projeto cultural de literatura: acho que meus cabelos estavam caindo de tanto estresse.
Pior ainda é quando se é uma das duas líderes. Muito. Mais. Estresse.
Enfim, voltei para vós.
Acho que to escrevendo os capítulos para umas quatro pessoas, pelo menos são as que comentam, né?
Mas tudo bem, enquanto ainda houver uma pessoinha esperando pela minha estória, eu continuarei. ♥
Enfim, obrigada a todos que estão comigo ainda. *-*
ahhh
GOSTARIA DE AGRADECER À HILLARYGUI PELA RECOMENDAÇÃO! MUITO OBRIGADA! DE VERDADE!
Capítulo dedicado a você. ♥
HILLARYGUI
HILLARYGUI
Ok, parei.
Podem ler, amadinhos.
~Soul



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Os olhos heterocromáticos do garoto de roupas vitorianas brilhavam: se era de raiva, esperança, os dois juntos, ou algo a mais, Nina não sabia, mas a reação inesperada de Lysandre a havia surpreendido e feito o seu coração saltar.

A loira deslizou seus olhos lilases para Violette que, também admirada com a atitude do rapaz, estava embasbacada. Lysandre, ansioso ainda a espera de uma resposta, ergueu uma sobrancelha.

– Seu... irmão? Eu não conheço o seu irmão!

Embora as alegações de Violette houvessem parecido convincentes aos ouvidos de Nina, Lysandre foi rápido e alcançou a mão da garota de tranças, apertando-a com força e a levando para a frente do seu campo de visão. A loira institivamente recuou um passo, mas a cena estava interessante demais para se retrair: ela avançou ainda mais para perto do garoto.

– Se toda a sua história sobre viagem no tempo é mentira, eu nunca dei esse anel a você, uma vez que ainda uso o meu. Foram feitos apenas dois deles, pelos próprios anjos: um para mim, e outro para meu irmão. Se eu estou com o meu, esse é, sem sombra de dúvidas, o de meu irmão. Pelo Pai, Violette, onde Leigh está?

A garota, já estabilizada, sorriu.

– É bom ver que você não é tão palerma quanto aparenta.

***

Kentin, ao sentir o chão firmar-se novamente abaixo da sola de seus pés, respirou fundo: estavam na sede da Caninus Lupus. Havia estado ali apenas três ou quatro vezes, embora muitos licantropes vivessem naquele lugar.

Todos os andares do local eram feitos por paredes de vidro, repletas por magia para proteção e privacidade. O sol forte iluminava o local, e centenas de licantropes andavam de um lado para o outro, com uniformes de luta, ternos, espadas, papéis e afins, deslizando seus sapatos e tênis no piso de porcelanato branco. Aparentemente, a sede não passava de um prédio empresarial de alto nível.

Ao perceber a presença de Rosalya e Debrah finalmente atrás de si, Kentin iniciou a andar em linha reta, desviando habilmente de todas as pessoas que passavam apressadas por ali. A passos rápidos, finalmente parou ao apoiar-se com os cotovelos em uma grande mesa para escritórios de metal.

A secretária – de cabelos azuis e roupas cinzas -, quando enfim o notou ali, pulou da cadeira ao vê-lo.

– Kentin! – Ela esbanjava um sorriso de alegria sincera.

– Olá, Letícia.

– É Lety! – Ela cruzou os braços – Achei que não o veria mais, faz tempos que não aparece por aqui.

– Está me vendo agora. – Ele olhou de soslaio para as garotas que o haviam alcançado – Vim tratar de um assunto importante. Pode me fazer um favor?

Qualquer coisa por você, Kentinho. – Ela soou açucarada.

Rosalya franziu o cenho.

– Se é assim que você age com garotos comprometidos, agradeço por não a ver interagindo com um solteiro.

Foi a vez da garota de cabelos azuis franzir a testa.

– Comprometido? – Ela olhou de Kentin para a feiticeira – Com você?

– Querida, se fosse o meu namorado, você não estaria viva depois de dar em cima dele.

– Comprometido? – Soando cética, ela voltou seu olhar ao garoto.

– Sim, Letícia, eu estou namorando. – Kentin figurou-se impaciente – Voltando ao assunto importante: preciso que marque uma hora com o diretor para mim o mais urgente possível, por favor.

Lety deixou-se cair na cadeira rotativa.

– Não vai ser possível.

– Não? – Rosalya apoiou-se na mesa ao lado de Kentin – Isso é por ele não ser mais solteiro?

– Talvez. – Respondeu a secretária – Ou talvez seja por estarmos em temporada de competições e é impossível marcar qualquer coisa com o diretor nesses dias.

– Impossível? – Debrah finalmente se pronunciou.

– Até mesmo os computadores dele estão bloqueados. Sem chance.

– E como podemos falar com ele? – A bruxa insistiu.

– Se vocês não puderem esperar alguns dias até que a temporada passe, há uma maneira. – Ela olhou para Kentin e sorriu – Participando de uma competição... e ganhando, logicamente.

Debrah e Rosalya se entreolharam antes de voltarem seus olhares ao garoto.

– Os jogos começam amanhã, as inscrições terminaram duas semanas atrás. – Kentin pensava alto – Além disso, só posso participar se meu irmão participar comigo, e sabe se lá onde diabos Dake se meteu. Sou capaz de mata-lo se o ver novamente!

Leticia levantou-se.

– Primeiro: Dake está morando aqui há meses. Segundo: eu disse que poderia fazer algo por você, posso manipular sua inscrição, se assim desejar.

Kentin ergueu seus olhos esverdeados para a garota à sua frente.

– Dake... está aqui?

O garoto incitou a sair, mas foi barrado por Debrah que rapidamente pôs-se a sua frente.

– Saia da frente.

– Eu sei o que aconteceu, e posso garantir a você: Não foi culpa do Dake.

– Achei que ele trabalhasse para você. – Ironizou.

– E trabalha, mas não esqueça que eu também estou nessa pela Rain.

Rosalya alcançou o antebraço do garoto e o puxou.

Isso também é pela Rain. – Ela sinalizou para Lety, que ligava o computador responsável pelas inscrições – É só ganhar, não é?

Kentin olhou para Rosalya, para Leticia, novamente para Rosa e, suspirando, deu-se por vencido.

– Por favor, Leticia, faça isso por mim. Inscreva a mim e a Dake em combate. Tenho até amanhã para convencê-lo a participar.

– É Lety. E boa sorte aos dois.

***

A garota que estava sentada em cima do pequeno armário de roupas balançava as pernas enquanto observava o garoto de roupas pretas como seu cabelo andar de um lado para o outro.

– Não vá, Noir. – Ela disse, finalmente – Podemos resolver isso juntos e voltar para cá.

– Adoraria leva-la comigo e afasta-la desta escola, mas as ordens de seu pai são claras: devo resolver isso só.

– Você vai levar Iris?

Ele olhou para ela de soslaio antes de deixar escapar uma risada.

– Só significa apenas eu, Rain.

Ela suspirou.

– Não quero que você vá, Noir. Você me faz companhia.

– Nina continuará aqui com você.

– Não é a mesma coisa.

– Seu namorado ainda estará aqui com você.

– Não é a mesma coisa.

– Seus amigos-

– Não é a mesma coisa. – Sibilando, ela o interrompeu.

Suspirando impaciente, Noir jogou a roupa que dobrava em cima de sua cama.

– O que está acontecendo com você?

Rain deu de ombros.

– Nada.

Noir se aproximou dela.

– Não é só o garoto. Tem algo nesta escola que está mudando você! Você está a cada minuto perdendo mais e mais da sua parte demônio!

– O seu discurso só me faz pensar no quanto você não aceita que eu esteja com Kentin e não com você.

– Talvez podemos retomar essa conversa quando finalmente o plano se concretizar e eu tiver o meu império.

Rain piscou.

– Retomar? Você tem certeza de não estar esquecendo nenhum detalhe? – Ela pulou e o encarou – Já parou para pensar no que vai fazer caso o plano falhe?

– Ele não vai falhar.

– Como pode ter tanta certeza? Você mesmo disse que estar com Kentin está me mudando. Talvez eu queira deixar tudo para lá e viver com ele.

– Até que ele morra? Você é imortal, meu amor, ele não.

– Acha que nunca pensei nisso? Mas eu o amo, e é apenas o que importa.

Noir mordeu o lábio inferior ao tentar segurar um sorriso.

– E pensou que o que você sente por ele pode não ser... amor?

Ela cruzou os braços e apertou os olhos.

– Me poupe de suas ladainhas, Noir.

Rain incitou em se afastar do garoto, mas foi impedida pelo moreno que, segurando-a pelo pulso, a puxou contra si.

– Você não ama a ele, Rain, você está ligada a ele. – Ele sorria vitorioso.

– Do que você está falando? – Ela sentiu sua voz falhar. Rain conhecia Noir bem o suficiente para saber quando ele mentia ou não: ele falava a verdade.

– Na hora de sua transformação, Viktor a fez pensar em seus pais pois, além de eles lhe trazerem felicidade, eles já estavam mortos. A magia dele era manipulação da mente, então ele a fez acreditar que seus pais estavam vivos, embora já tivessem passado dessa para melhor. No entanto, você acabou por estender suas emoções também a esse garoto, e como ele, infelizmente, está vivo, você acabou ligada a ele. Agora entende o quão importante era que seus pais adotivos estivessem mortos?

Rain deixou-se cair de joelhos ao chão.

– Você está louco.

– Ainda duvida de mim? Nina pode confirmar toda a história para você.

– Cale a boca, Noir!

Ele se ajoelhou ao lado dela.

– Mas foi você que quis saber do que se tratava... – O moreno levou uma mecha do cabelo dela para detrás da orelha.

– Eu tenho certeza do meu amor por ele. Não é uma história sem cabimento dessas que farão meus sentimentos mudarem.

– Talvez não a história, mas veremos quando a ligação estiver quebrada.

Rain olhou para ele.

– Como você acha que a quebrará?

– O matando, é claro. Eu faço isso, ou você quer ter o prazer de ganhar sua carta de alforria a partir do próprio trabalho duro?

A morena o olhou embasbacada. Noir sempre fora assim, mas ele a estava deixando enojada. Voltar para Sweet Amoris realmente a estava mudando.

– Eu não permitirei que o machuque.

Acorda, Rain. – Ele ergueu o tom de voz. – Você não ama o licantrope. Você é incapaz de amar quem quer que seja. É um monstro sem sentimentos, feita apenas para cumprir o plano de seu pai. Você não foi feita para amar.

A garota sentiu o seu mundo desabar. Tudo que ela queria era chorar, mas não se permitiria fraquejar na frente de Noir. Não depois de tudo que ele disse a ela.

– Vá embora.

– Achei que queria que eu ficasse. – Ele parecia surpreso.

– Apenas vá embora, e nunca mais volte, Noir. É uma ordem.

–...como queira, donzela. – Ele se levantou devagar e, a passos lentos, andou até sua mala, a fechou e se dirigiu à porta. – Eu vou embora, donzela, como ordenas, mas antes, eu garantirei o sucesso de nosso plano.

Rain o olhou para ele de soslaio.

– O que você quer agora?

– Eu irei mata-lo antes de ir embora. Se você não o fará, eu o farei.

Noir deixou sua mala cair ao chão e levou suas mãos ao peito: uma dor incrivelmente forte o havia deixado de joelhos. De repente, ela passou.

– O ameace novamente, e irei garantir de explodir as veias do seu coração na próxima vez. Apenas. Vá. Embora.

Rain o encarava e, o observando pela última vez, o viu ser coberto por centenas de sombras e desaparecer.

****

– Meça sua linguagem. – Nina se sentia estranhamente irritada – Você está em desvantagem aqui.

– Além de espiã, você é a guarda-costas? Ou simplesmente a namorada?

Nina a segurou pelo pé esquerdo e o virou em 360º. Violette gritou.

– Melhore sua pergunta: quanto tempo acha que sobrevive enquanto tenta bancar a esperta?

– Não me importa. Viktor está morto, não há mais nada para mim lá fora.

– Não se faça de vítima, você escolheu estar nessa situação.

– Da mesma forma que você escolheu em nos trair. Viktor sempre esteve certo em não confiar em você.

– Tenho que o parabenizar, é verdade. Por mais que eu me esforçasse, ele nunca confiou em mim, até o dia de sua morte. Mas você, Violette, está equivocada: eu não os trai. Na verdade, eu nunca estivesse aliada a vocês.

Lysandre suspirou e sentou-se na cadeira ao lado da cama de Violette. Apoiando os braços nos lençóis brancos, ele olhou para Vio e, calmamente, referiu-se a ela.

– Podemos agilizar logo isso? Por favor, Violette, conte-me o que sabe.

– Você tem certeza que quer acha-lo?

– Logicamente. Ele é meu irmão.

– Talvez um dia tenha sido, mas você sabe melhor do que ninguém o que acontece com um anjo que fica ao lado de Lúcifer. – Ela riu.

Lysandre arregalou os olhos. Ela se referia à Lilith? Então, isso significava...

– Ele virou um demônio?

– Um dos maiores. Ele caiu, aliou-se e transformou-se. Quer mesmo encontra-lo? É um bichinho enjaulado agora. – Ela esticou ao braço e o apertou de leve no pulso. – Podemos ajudar um ao outro, Lys. – O encarando, ela sussurrou.

E, de repente, caiu mole e sem forças ao chão no lado oposto a Lysandre. Ele, surpreso, ergueu os olhos heterocromáticos para Nina, que estava ao lado da garota que havia falecido em menos de um minuto. A loira havia, em meio segundo, quebrado todos os ossos da outra.

– Por que fez isso? – Lysandre se levantou.

– Ela estava me irritando. – Nina deu de ombros.

Lysandre, confuso, franziu o cenho.

– Agora nunca irei achar o meu irmão!

– Não precisamos mais dela.

Precisamos?

Nina desviou o olhar antes de voltar seus olhos lilases a ele.

– Eu estou com você nessa. - Ela engoliu em seco - Eu sei onde ele está, e eu vou com você.


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Notas finais do capítulo

OI DE NOVO!
Eu não to muito bem hoje, desculpa pessoas. Não peguem trauma.
Aos que ainda leem a BC: Por favor, comentem. Preciso saber quem ainda está comigo. Não custa nada, né gente? Passo a noite inteira tentando escrever um bom capítulo para vocês e vocês não me recompensam nem com um comentariozinho?
Me deixam triste. :(
Então, comentem e me deixem feliz. êêêêê!
Beijinhos e até mais. Obrigada por lerem.
~Soul