Blood Curse escrita por Soul Kurohime
Notas iniciais do capítulo
Gente, essa é minha última semana de férias. Eu só tenho alguns dias livres, já estou chorando por isso. :(
Provavelmente, os capítulos deverão voltar a ser postados somente no domingo. Isso se eu conseguir postar, uma vez que o vestibular está próximo. :( Enfim, farei o meu melhor.
#fighting
Não tenho muito o que dizer.
Boa leitura pandinhas.
Saudade de chamar vocês assim. haha
Enfim, sem mais delongas, boa leitura.
~Soul s2
– Rain?
Sua voz falhou.
A garota de longos cabelos negros sorriu com seus lábios avermelhados e descruzou as pernas. Ela se levantou e, equilibrando-se no fino salto alto da sua bota de couro, andou até a menina com as pernas escolhidas na sua frente. Violette, forçando-se a não sorrir, levantou e recuou. Claro que estava feliz em rever Rain, mas... não era a Rain.
– Parabéns, Violette. – Repetiu ao se aproximar da outra – Achou mesmo que eu iria dizer isso?
– R...Rain. – A voz de Vio falhou novamente.
– Ah, por favor, pare de gaguejar. – Rain ergueu impacientemente o tom de voz – Qual o seu problema?
A garota de cabelos lilases engoliu em seco.
– Apenas... não... esperava reencontrá-la.
– Ah. – Ela ergueu as sobrancelhas – Por isso estava babando tão abertamente pelo meu Kentin? Achei que fossemos amigas, Violette. – A morena soou incompreensão – Estava chorando por que ele a deixou? Eu deveria estar chorando pelo fato do meu namorado não me amar mais.
Rain a segurou pelo maxilar e a empurrou contra a parede. Violette gemeu.
– Ele ainda a ama. – Sussurrou.
A morena respirou fundo e a soltou. A garota de cabelos trançados deixou-se cair no chão, e Rain agachou-se em sua frente.
– Sim, eu sei. – Ela sorriu – Ele me ama de uma forma que nunca vai amar você, e você sabe disso. – Vio apertou os lábios e abaixou o olhar – Mas tudo o que ele disse... é tudo culpa sua, sua vaca estúpida! Você não tem ideia do quanto eu quero matar você. – Rain mordeu o lábio inferior com força e sorriu. Violette respirava forte e descompassadamente. – O que foi, Vio? Parece que viu um fantasma.
Violette a encarou.
– Não. Eu vi um demônio.
Rain gargalhou e se afastou da garota.
– Não se preocupe, Vio, nós somos amigas, eu não machucaria você. – Ela girou – Ah! – Ela virou-se novamente para Violette – Você tinha dito uma coisa interessante alguns meses atrás: que era minha melhor amiga, e que, como me havia prometido, não me deixaria morrer, me protegeria, e encontraria meus pais. E quer saber? – Vio engoliu em seco – Você não cumpriu com o prometido. Eu morri e meus pais estão mortos, os adotivos pelos menos. Amigas não quebram promessas, querida Violette. Acho que não somos amigas. Uma pena. – Ironizou.
Violette se levantou, apoiando-se na parede.
– Isso significa... que você vai me machucar?
– O que? Só por isso? Não. – Ela deu de ombros e sorriu – Por ter sido uma vaca e ter afastado meu Kentin de mim... Sim.
Violette engoliu mais uma vez em seco e incitou em correr, mas Rain já estava na sua frente.
– Mas sabe, no fim, talvez você não seja tão inútil. – Ela sorria divertidamente – Você não acha que essas paredes precisem de um pouco de cor? – Rain olhou para o alto e sinalizou – Sorte nossa que vermelho é minha cor preferida no momento, não acha?
– Rain... – Ela recuou.
A morena ergueu as sobrancelhas.
– Sim, você tem razão. – Ela cruzou os braços. – Apenas matar não teria graça alguma. Mas não se preocupe com isso, Vio. – Ela sussurrava – Eu sou ótima em torturas.
*
Rosalya ergueu o pulso esquerdo e abaixou os olhos para fita-lo: um delicado relógio de ouro marcava as horas.
– Faltam três minutos para as vinte. Estão todos aqui?
A porta do quarto dos feiticeiros gêmeos fechou-se ao fundo, e Rosalya suspirou.
– Tudo bem, quem é o atrasadinho?
– Sou eu. – Kentin apareceu no meio da multidão – Desculpe.
– Certo. Acho que finalmente – Ela olhou para o moreno – estamos todos aqui. Bem, eu terminei o portal há exatos dois minutos atrás. Pena que os atrasados perderam o espetáculo.
– Aqui. – Debrah ergueu uma pequena mochila na direção da garota de olhos de gato. – Tomei a liberdade de entrar no seu quarto e arrumar sua bagagem para a viagem. – Ela sorriu por um segundo – Por nada.
Rosalya, sentindo uma estranha formigação, desviou os olhos ao alcançar a bolsa.
– Obrigada... – falou baixinho – Bem, vamos então?
Rosalya se virou para o grande portal na sua frente, e Debrah se prontificou ao seu lado. Castiel, que até então estava encostado em uma parede no fundo ao lado de Lysandre, se aproximou das duas, de braços cruzados. Ele ergueu a mão direita e a colocou de leve em cima do portal.
– Parece gelatina.
– Apenas parece. – Respondeu Rosalya – Não vão se molhar, nem se melar. – Ela respirou fundo. – Ok, atravessemos.
Rosalya fechou os olhos e passou pelo portal. Sentiu uma estranha leveza no estômago, e seus membros se separarem e encacharem infinitas vezes, embora não sentisse dor alguma. De repente, sentiu o chão se solidificar embaixo dos seus pés calçados pelas longas botas, e se permitiu abrir os olhos. Estava a poucos metros de distância do castelo de Nathaniel. A grama verde dançava ao soprar dos ventos, e uma grande lua os iluminava.
Ela respirou fundo: o ar era fresco e o mórbido silêncio era estranhamente aconchegante. Ela olhou para a sua esquerda e direita, e viu, respectivamente, Castiel e Debrah, ainda de olhos fechados. Rosalya permitiu escapar uma leve risada e os chamou.
– Já chegamos.
– Bem, não foi tão ruim. – Castiel estralou o pescoço.
– Aqui faz muito frio. – Comentou Debrah, passando rapidamente as mãos por seus antebraços – Mesmo de jaleco, estou congelando.
Rosalya olhou para o seu relógio mais uma vez. Ela amava aquele relógio. Ele era lindo, muito lindo, e o havia ganhado de uma pessoa muito especial. Mas não foi por isso que ela o fitou: os ponteiros giravam loucamente, em sentidos contrários. Parecia uma bússola confusa. Ela o continuou fitando, até diminuírem sua velocidade ao ponto de marcarem às cinco da manhã, e voltarem a sua velocidade normal.
– São cinco da manhã. – Rosalya informou – Aqui, pelo menos.
– Vampiros não dormem de madrugada, Rosalya. – Comentou Debrah.
Rosa revirou os olhos.
– Obrigada por nada. Quis dizer que, não importa onde, estamos bem longe de Sweet Amoris. – Ela suspirou – Enfim, vamos lá?
– Muito bom ver toda a sua empolgação, Rosalya, mas como sabe que Nathaniel vai nos receber de braços abertos? – Indagou o ruivo.
– Ei! Até hoje eu sou a maldita representante, mesmo odiando isso. Ele me deve!
– Ele é um rei. Por que acha que ele daria a mínima para um cargo de escola? – Debrah perguntou.
– Não me importa! Não faço algo esperando ganhar nada em troca. Nathaniel vai me pagar, querendo ele ou não.
Rosalya abaixou-se para apertar o laço da sua bota de couro longa e levou a mochila às costas. Ela deu um passo, e deu de cara com Nathaniel, que estava a poucos centímetros dela. Ele a encarou com seus olhos dourados, que pareciam brilhar no meio de toda a penumbra da madrugada, e sorriu.
– O que eu devo a você, Rosalya?
A garota, pelo susto, recuou. Nathaniel estava ainda mais rápido do que quando estudava em Sweet Amoris.
– Perdão, eu estava por perto, não me contive.
– Então, o rei gosta de fazer piadinhas com os outros? – Debrah se aproximou.
Nathaniel deslizou seus olhos para ela.
– Língua afiada, garota. Quer que eu a arranque para você?
A garota de cabelos castanhos engoliu em seco. Havia algo tenebroso em Nathaniel. Ele era forte, muito forte. Ela conseguia perceber somente em olhá-lo. Apenas em estar em sua presença fazia com que todos os pelos dela se arrepiassem.
– Rosa... – Ele desviou sua atenção a ela – Além de vir sem minha permissão, você trouxe o genérico e essa garota. Me dê um motivo para eu não matar os três, aqui e agora.
A garota engoliu em seco e mordeu o lábio inferior.
– Precisamos da sua ajuda, Nathaniel.
– Incrível como, mesmo eu sendo o rei, e estando ameaçando você, ainda consegue se referir a mim tão informalmente.
– Vocês não são amigos? – Castiel olhou para Nathaniel. O loiro retribuiu o olhar.
– Amigos não seria a palavra certa. Além disso, como rei dos vampiros, e você como genérico, eu tenho total direito e dever de matar você. Está poluindo minha raça.
Castiel abriu a boca para responder, mas foi interrompido por Rosalya, que fez para ele um gesto de silêncio.
– Por que eu vim mesmo? – Ele olhou para ela.
– Ordens do Lysandre. – Ela deu de ombros.
Nathaniel franziu o cenho.
– O que está acontecendo?
– Eu certamente não dou a mínima, mas acho que vocês, vampiros, deveriam sair daqui. O sol já está nascendo, afinal. – Debrah cruzou os braços.
O loiro suspirou.
– Estou interessado na história de vocês, finalmente. Venham ao meu castelo, darei quartos para descansarem até quando o sol cair novamente.
Os três se entreolharam e, dando de ombros, assentiram.
*
– Por que tivemos que estar todos aqui, se apenas eles três iriam? – Armin revirou os olhos, o que fez Alexy suspirar.
– Talvez Rosa quisesse que todos presenciassem que sua magia funcionou. – Lysandre sorriu.
– Sim, Rosalya faz bem o tipo que gosta de se vangloriar por seus feitos. – Alexy levou os braços para atrás da cabeça, sorrindo. – Depois de todas as dificuldades que ela teve para finalmente poder usar magia, no lugar dela eu faria o mesmo.
– Mas isso se deve ao fato de que, assim como Debrah disse, o pai de Rosalya é um demônio qualquer. Demônios de baixos níveis produzem feiticeiros fracos. – Explicou Armin.
– Rosalya não é fraca! – Retrucou Alexy – É verdade que ela teve dificuldades no início, mas ela trabalhou duro para chegar onde está.
– Sim, Alexy, é verdade o que dizem: o trabalho duro vence o dom natural. Mas, finalmente, não tivemos que trabalhar arduamente para estar onde nós estamos. E somos os melhores.
Alexy suspirou.
– Você está muito estressado, irmão... – murmurou.
– Por que essas malditas reuniões têm que ser no nosso quarto mesmo? – Ele ergueu o tom de voz – Já viu o tamanho dessa escola?
– E por que elas te incomodam tanto? – Indagou Kentin, que estava sentado em uma poltrona no fundo do quarto – Não é como se passássemos vinte e quatro horas por dia aqui.
– Na verdade, vocês realmente –
Armin foi cortado por um grito estridente vindo do primeiro quarto do corredor. Sem pensar duas vezes, eles correram, até chegar no quarto onde Violette havia sido feita prisioneira.
*
– Confesso, estou ficando com um pouco de pena de você. – Rain franziu o nariz, e um corte se fez no ombro de Violette.
A garota mordeu o lábio inferior com força para aguentar a dor. Não daria para ela o prazer de gritar.
– Por que você não grita? Por que? Por que?
Rain balançava o dedo indicador como se um fosse maestra de um concerto clássico, e a cada vez novos cortes apareciam, embora superficiais.
– Para que? – Disse com dificuldades – Para te satisfazer? Prefiro morrer.
Rain fechou o rosto.
– Às vezes, Violette, nós devemos escolher com cuidado nossas palavras. – Ela levantou – Nunca se sabe quando a pessoa realmente está afim de cometer um homicídio. E para sua má sorte, eu quero muito matar você.
Rain levantou o braço, a outra soube: aquela era sua sentença final. Rain a mataria. Sua melhor amiga, sua irmã, a mataria. Poderia ser uma boa forma de morrer, se a outra não estivesse se divertindo tanto com a situação. Violette fechou os olhos.
Rain incitou em abaixar o braço e, assim, cortar todas as veias do coração da outra. Ela era capaz disso. Mas alguém, segurando-lhe o braço, a impediu.
– Noir. – A morena franziu o cenho.
– Nos separamos por alguns minutos e você já está fazendo outra vítima? – Violette se permitiu abrir lentamente os olhos – Se não estivéssemos em uma escola, eu a parabenizaria.
– Já se matriculou? – Rain sorriu de lado.
– Sim, nos matriculamos. – Nina respondeu. Rain a contemplou e sorriu por meio segundo.
– Pode me soltar agora? – Rain olhou para Noir – Tenho um trabalho para terminar.
– Não, sinto muito. – Ele apertou ainda mais o pulso dela – Vamos ser expulsos.
Rain suspirou e, levantando o seu braço livre, torceu os músculos do braço esquerdo de Violette até que seus ossos se partissem.
E ela, que até então havia aguentado toda a dor, gritou.
– Ah, você finalmente gritou? – Rain sorriu – Deveria ter sido severa contigo desde o início. Mas não se preocupe, agora que aprendi, podemos recomeçar. – Ela voltou seu olhar para Noir – Me solte.
– Rain, por favor, pare. Você será punida.
– Me solte, Noir. – Ela sibilou – Ou eu mato você.
Noir engoliu em seco, mas a encarou. Sabia que Rain era incapaz de ter bons sentimentos, mas ele continuava a se surpreender com ela. Assim que o moreno a soltou, mesmo que contra sua vontade, a porta do quarto foi aberta com força.
Lysandre, Armin e Alexy ficaram estáticos.
– Ah! – Rain sorriu ao vê-los – Bem-vindos à festa, meninos. Arrumem espadas, vamos brincar de... perfurar....
Ela se interrompeu quando Kentin passou por eles e entrou no quarto. Ele estava boquiaberto, e com os olhos arregalados, olhando para Violette, depois para Rain. Para Rain. Ela estava mesmo na sua frente?
Rain fechou a boca e controlou sua respiração: ela estava estranhamente descompassada, o coração acelerado. Kentin estava na sua frente. Kentin.
Ignorando a tudo e a todos, a morena correu em direção ao garoto e pulou no seu pescoço. Rain o apertou forte contra si, como se sua vida dependesse daquilo. Com as mãos trêmulas, ela o apertou ainda mais forte, e lágrimas quentes escorreram de seus olhos.
– Eu senti... tanto a sua falta, Kentin. – Rain soluçou – Eu te amo tanto, tanto.
Boquiabertos, Alexy, Armin e Lysandre se entreolharam.
Embasbacados e franzindo seus cenhos, Nina e Noir se entreolharam.
O que estava acontecendo?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que esta aconteceeeeeeendo??? O.O
:3
Gostaria de dizer que todos sairão ganhando. Não direi como, nem porque, nem o que, apenas isso. hahaha
Comentem, comentem, comentem, comentem!!
Espero que tenham gostado, obrigada por lerem, beijinhos.
Soul ama vocês. s2
~Soul