Blood Curse escrita por Soul Kurohime


Capítulo 42
Arquibancada


Notas iniciais do capítulo

Oooooooooooooooooooooi pessoas!
Venho aqui, na maior cara de pau, trazer atrasadamente o capítulo para vocês. u.u
Desculpa gente, mas nas férias fico com mais preguiça do que no período de aula. e.e
O capítulo ficou pequeno, mas é porque eu simplesmente não poderia ter colocado mais coisas no capítulo do que foi colocado. No final do capítulo vocês entenderão.
A primeira parte do capítulo é a conversa do Castiel e Lysandre que fiquei devendo a vocês. Gomen, aqui está. s2
Antes de me despedir, gostaria de agradecer à DYSNEY-CHAN PELA RECOMENDAÇÃO! MUITO OBRIGADA, DE VERDADE! Fiquei muito feliz, muito. s2 Capítulo dedicado a você. :3
To tão animada hoje. :3 heuheue FÉRIAS. *-*
Enfim, vou deixar vocês lerem. Boa leitura. s2
~Soul



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– Ela não é como a Debrah, Castiel.

O ruivo se levantou e passou a andar em círculos. Suas têmporas e nuca estavam suadas. Castiel virou para Lysandre, abriu a boca, mas, no fim, nada disse.

Lysandre suspirou e abaixou o olhar.

– Há algo que você queira acrescentar?

Castiel apertou os dentes.

– Sou um idiota.

– Nenhuma novidade, então? – Ele se levantou – Já disse, Cas. De acordo com o que você me disse sobre essa bruxa, ela e Rain não têm nada em comum.

Castiel desviou o olhar e os abaixou.

– ...ainda assim... – Ele engoliu em seco – Nos últimos dias, olhar para Rain faz com que eu me lembre de Debrah.

Lysandre se aproximou do outro.

– Porque estar apaixonado novamente te faz lembrar da única outra garota que você amou. Isso é simples. – O garoto de olhos heterocromáticos sorriu.

Castiel engasgou e, em um impulso, se afastou do amigo.

– Eu não estou-

– Apaixonado pela Rain? – Lysandre o tocou no ombro – Pare de negar, Castiel. Já está evidente. Por qual outro motivo você a beijaria?

O ruivo balançou a cabeça.

– Isso não... está certo. – A voz soou falha.

– É compreensível a sua reação, na verdade.

Castiel ergueu os olhos para o amigo, surpreso.

– Você se apaixonou por Debrah e ela transformou você em um vampiro. – Lysandre explicou – Agora, você está com medo de amar novamente, de se decepcionar mais uma vez. Mas, pelo o que eu pude ver, Rain é uma boa garota, Cas.

O ruivo apertou o lábio inferior e uma linha de sangue escorreu.

– Debrah também parecia ser uma boa garota até se descobrir uma bruxa louca. – Ele olhou novamente para Lysandre, para logo desviar os olhos – Eu só não posso, Lysandre.

– Ela parece também gostar muito de você. – Disparou.

– Eu não posso. – Ergueu o tom de voz – Pelo menos não enquanto o fantasma vivo de Debrah me assombrar.

– O que você pretende fazer? – Lysandre cruzou os braços.

– Seguir meu plano original: Vingança. Eu vou caçar Debrah e matá-la. – Ele suspirou – Depois, talvez eu resolva os outros problemas da minha vida.

– Problemas? – Lysandre sorriu – Rain não me parece ser o tipo de garota que vai esperar sem explicações.

– Não há nada para explicar. Isso tem a ver comigo, não com ela.

– E se alguém aparecer na vida dela? – Ele franziu o cenho – O que você vai fazer?

– Ora, Lysandre, mas que pergunta. – E, pela primeira vez, o ruivo sorriu. – Eu a pegarei de volta, é claro.

*

Os olhos de Debrah se arregalaram e ela se afastou do ruivo.

– Ir para Sweet Amoris? Você está louco?

Castiel revirou os olhos.

– É nossa melhor chance. Você deve protegê-la, não é verdade?

– Sim. – Ela jogou as mãos ao alto – Mas eu não vou ser muito bem aceita no Internato. Se você ainda não notou depois de todos esses anos, eu sou uma bruxa.

Castiel se aproximou de Debrah em uma velocidade o suficiente para que ela piscasse, e a ergueu contra a mesa pelo maxilar.

– Sim, eu sei muito bem o que você é. E não se preocupe, sou eu quem vai matar você. Uma morte dolorosa o suficiente para que sofra pelo o que fez a mim e a Lysandre.

Debrah balançou as pernas no ar a procura do chão.

– Lysandre? – Sua voz saiu com dificuldade.

Castiel a jogou com força o bastante para que ela colidisse contra a parede do outro lado da sala.

– Você tortura as pessoas e nem ao menos se dá ao trabalho de saber seus nomes?

– Ah. – Ela se levantou, apoiando-se na parede – O anjo. Não sabia que era o cachorrinho de estimação da Lilith. Ela ficou furiosa quando descobriu quem era o anjo que eu torturava e me obrigou a libertá-lo. – Ela deu de ombros – Fazer o quê.

– Por que você o torturou, finalmente?

– Achei que seria uma boa ideia fazer um antídoto. Se Rain fosse... imune à Graça dos anjos, seria impossível alimentar a parte demônio dela. No fim, não passou de uma ideia.

Castiel respirou profundamente.

– Então, você não vem?

– Não. – Ela se apoiou na parede, com os braços envolta do torso – Não posso deixar meu pessoal assim. Eles precisam de mim. Além disso, Noir está a caminho. Ele me relatará a tempo caso algo ocorra.

O ruivo expirou.

– Nesse caso, eu estou indo.

– Você é rápido. Embora Noir tenha saído há mais de um dia, talvez você o alcance.

– Eu estou indo, Debrah. Mas, quando tudo isso acabar, eu voltarei para te matar.

Debrah sorriu.

– Estarei esperando, Castiel.

– Não force. – Ele estava a milímetros dela, segurando-a mais uma pelo maxilar – Só estou deixando-a viva porque pode ser a única pessoa que pode ajudar Rain. Mas não pense que isso muda alguma coisa.

Ela abriu a boca para responder, mas, ao piscar, ele não estava mais lá.

*

Rain abriu as portas do vestiário e andou em direção à Violette, que a aguardava, em pé, no meio da quadra de luta. Ela vestia as mesmas roupas que usava quando treinava com Jade nesse mesmo lugar: calça de lycra, tênis e camiseta.

Violette ergueu um pequeno recipiente na direção de Rain quando esta se aproximou.

– O que é isso? – A garota de cabelos lilases indagou.

– ...um copo. – Rain deu de ombros.

– Sim, mas dentro?

– Água?

Violette balançou o copo, formando um pequeno redemoinho dentro do mesmo.

– Isso. Sua magia, teoricamente, é fácil. Sangria. Manipulação do sangue. Você pode manipular o seu e qualquer outro da forma que quiser.

Rain engoliu em seco.

– Jesus transformou a água em vinho. – Continuou Violette – Na primeira parte do seu treinamento, você deve transformar a água em sangue.

Como você quer que eu faça isso?

– Simples. – Violette sentou na quadra e colocou o copo na sua frente. Rain repetiu o gesto, ficando também de frente ao copo. – Vi você fazendo isso centenas de vezes. É parecido com o processo de liberação dos pontos de magia. Você deve olhar atentamente para esse copo, Rain, e ver além. Observe não o todo, mas as partes. Concentre-se nas moléculas e imagine-as mudando.

Rain obedeceu.

– Você vai sentir suas veias queimando, e pode ser um pouco doloroso no início, mas não se preocupe, é normal ao usar magia.

A morena assentiu. Imaginou, imaginou, imaginou.

Nada aconteceu.

– Bem... é mais difícil do que parece. – Ela estava ofegante.

– No entanto, você está arfante. É um bom sinal, na verdade. Significa que a magia está fluindo. Além disso, há ali um ótimo motivo para você dar tudo de si. – Ela apontou com a cabeça.

Rain seguiu o olhar de Violette e encontrou Kentin. Ele a observava, sentado distante no auditório. Kentin sorriu ao perceber que ela o olhava, mas logo desviou o olhar. Rain também desviou o seu e voltou ao que estava fazendo.

Kentin voltou a olhá-la, e estava tão absorto naquilo que mal percebera Iris se aproximando dele, mas aqui estava ela, sentando-se ao seu lado.

– Oi. – Ele a cumprimentou.

– Boa tarde. – Ela respondeu – Vejo que está melhor.

– Sim, estou.

– Não o vi desde minha última visita à enfermaria.

Ele a olhou de soslaio.

– Estive ocupado. Várias coisas aconteceram nas últimas horas.

– E essas coisas se chamam Rain? – Kentin abriu levemente a boca – Desculpe, mas é quase impossível não perceber que você a estava olhando. Além disso, vocês parecem ser bem próximos.

Ele sorriu.

– Porque nós somos.

– Sabe quem também é bastante próximo dela? Castiel.

Kentin franziu o cenho.

– Castiel?

Iris assentiu.

– Sinto informar que Alexy não o disse apenas para irritar você, ou o que quer que seja. – Ela deu de ombros – Eles realmente são próximos. Ou eram. Ninguém sabe que fim levou Castiel, no final das contas.

Ele virou o rosto para olhá-la.

– O que você quer dizer com próximos?

– Próximos o suficiente para que Castiel, que nunca quis se envolver socialmente com ninguém aqui, passasse todos os seus dias ao lado dela. Próximos o suficiente para que ele, ao perceber que ela estava apaixonada por ele, me procurasse em busca de uma poção inversa do amor, uma poção de ódio, para que o amor dela por ele se extinguisse.

Iris observou calmamente o rosto de Kentin empalidecer.

– Ela não... está... – gaguejou.

– Se você tivesse visto os dois juntos, juraria, assim como todos nós, que eram um casal feliz.

– E por qual motivo ele quereria uma poção... do ódio?

– Se o conhecesse, veria de longe que Castiel é o tipo de cara que odeia a si mesmo. Talvez ele achasse que não merecia ser amado por ela. – Ela deu de ombros – Claro, eu me recusei. Essa poção acarretaria em muito mais malefícios do que simplesmente Rain deixar de amá-lo.

– Isso é... impossível. – Kentin se levantou.

– Por quê? – Ela piscou ao imitar o movimento do garoto – Vocês estão juntos?

Kentin apenas olhou para ela.

– Passou pela sua cabeça que ela está com você apenas para esquecer Castiel? Não se sabe o que aconteceu entre os dois, afinal.

O garoto, com um giro, virou-se na direção dela e a segurou pelos braços. Suas juntas esbranquiçaram graças a força com a qual ele a apertava.

– Kent...

– Não insinue que Rain é esse tipo de garota! – Ele a empurrou, obrigando-a a ceder ao desequilíbrio e cair sob os degraus da arquibancada – Ela não... brincaria com meus sentimentos assim...

Iris observou, com os olhos arregalados, Kentin desviar seus olhos dela e contemplar o nada. Ele sempre fazia isso com ela. Sempre deixando claro para ela que coisa alguma era mais interessante do que ela. A ruiva o viu apertar os dentes e, como se parecesse que fosse explodir, deu as costas a ela, saindo, a passos pesados, do prédio gêmeo destinado ao treino de combate.

Sentiu seus olhos arderem. Sabia que tinha falado mais do que devia. Sabia que aquele papel bobo que estava fazendo, deixando explicito para todos – inclusive a ele – que o amava, não a levaria para lugar algum. Ele nunca retribuiria seus sentimentos. Mesmo que Rain namorasse Castiel, mesmo que ela partisse o coração dele, ele a continuaria amando, de uma forma que jamais poderia amá-la.

Mas era uma fada. Não podia controlar dizer a verdade. As palavras apenas jorravam de sua boca, por mais que quisesse contê-las. Agora, depois de tudo que disse, Kentin deveria estar odiando-a.

Ela suspirou e voltou seus olhos para Rain.

Embora Iris o amasse, aquilo, finalmente, não tinha mais importância. Até porque, tudo chegaria ao fim amanhã.


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Notas finais do capítulo

Gente, importante.
Como devem saber, estou animada com uma próxima fanfiction que está levando minha cabeça à loucura de ideias. Enfim, gostaria de saber: preferem que eu termine a Blood Curse, de uma forma resumida, mas de uma vez só, ou faça uma segunda temporada, mais elaborada e detalhada?
— Resumidamente.
Prós: Vocês saberão o fim logo e não precisam mais ficar ansiosos pela continuação.
Contra: É uma forma resumida. Várias ideias serão descartadas e não será tão aprofundada.

— Segunda temporada.
Prós: Vou aprofundar bastante na continuação da história, acrescentar mais ideias, jogar um pouco mais com o triângulo amoroso da BC.
Contra: Como eu estou animada para escrever a outra, só irei escrever a segunda temporada de BC quando a outra chegar ao fim.

Essa dúvida realmente está me matando, por favor, me ajudem.
COMEEEEEEEEEEEEEEENTEM.
Tia Soul está com muito sono, são quatro da manhã. *boceja e cai no teclado e hiberna*
Obrigada por ler, beijinhos, amo muito vocês.
xoxo
~Soul