Blood Curse escrita por Soul Kurohime


Capítulo 31
Capsulas de ópio


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoinhas! s2
Perdoem-me pelo meu atraso. ;-; Estou organizado um seminário para apresentar essa semana na escola, então estava ocupada! Me desculpem. ;-;
Queria dizer que Rain morreu! Não, não a Rain da Blood Curse. A minha docete. Não consigo lembrar o e-mail, então, finalmente, desisti dela. Me perdoe, querida! s2 Então agora a minha docete oficial é essa: http://www.amordoce.com/profil/Satire
Me. Adicionem. u.u
Gostaria de agradecer a StherChan e a Aghatachan pelas recomendações! Fiquei MUITO, MUITO feliz gente, muito obrigada MESMO! ;-; *--* Capítulo dedicado a vocês! :3
Acho que não há mais nada para eu falar... Hum...
Boa leitura! *-*
~Soul



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Ela empurrou a porta com a ponta do pé e entrou silenciosamente com a bandeja de ouro branco em mãos, colocando-a, com cuidados calculados, em cima da cama onde o garoto estava, ainda, desmaiado.

A menina tirou a blusa rasgada dele com um único puxão e limpou as feridas com um pano quente e molhado que trouxera na bandeja. Ela engoliu em seco ao sangue dele. Era tão... Doce. Sora o puxou pelo pulso, obrigando-o a deitar de costas. Depois, andou mais uma vez até o objeto de ouro que havia trago e pegou uma taça de vidro e prata cheia até a borda de um líquido viscoso e vermelho.

A garota ergueu a cabeça do loiro e o obrigou a engolir um gole do sangue da taça. Aguardou trinta segundos e, quando estava prestes a fazê-lo beber mais um gole, ele acordou. Sora suspirou aliviada e repousou a taça no chão. Quando ela levantou os olhos, Nathaniel já estava de pé, olhando para ela. Sora levantou-se também.

Nathaniel molhou os lábios.

– Sangue humano?

– Recém tirado da fonte.

Os fios de Sora balançaram e Nathaniel estava a centímetros dela.

– Eu não bebo sangue humano. – sussurrou.

– Eu sei. – ela piscou – Mas seu corpo estava fraco. Não, espera, está fraco. Normalmente, suas feridas curariam segundos após as chicoteadas. Passaram-se três horas desde que eu o tirei de lá e elas ainda estavam abertas.

– Você... Enfrentou meus pais?

Sora assentiu.

– E, com apenas uma gota, seus ferimentos cicatrizaram. Não sei que dieta louca foi essa que inventaste de fazer, mas saiba que, se continuar, daqui a um mês estarás morto.

Ele se afastou dela.

– Não sabe nada sobre mim.

– De fato. – pausa – Mas sei sobre a medicina. – ele olhou para ela de soslaio – Sei que seu cheiro está muito fraco. Que sua melanina está baixa. Que seus órgãos estão sendo afetados. Você não pode alterar a cadeia alimentar achando que nada vai acontecer!

– Isso não tem nada a ver com você.

– Isso tem muito a ver comigo. Você é o meu noivo, caso tenha esquecido.

– Quanto a isso... – ele riu abafado – Não vai acontecer.

Sora arregalou levemente os olhos.

Como?

– Desculpa mas, eu não vou me casar com você.

Sora fechou os olhos e suspirou profundamente.

– Sinto muito, mas não há chances de nosso matrimônio não acontecer. – ele olhou para ela. – Eu vim do outro lado do continente para isso! – Nathaniel percebeu que as mãos da garota tremiam – Eu nasci para ser a Rainha! Literalmente! – sibilou -Quando a notícia que a Rainha havia dado luz a um menino percorreu por todo o reino, todos os casais apressaram-se para terem filhas. Eu nasci e, devido as influências de meu pai, eu fui a escolhida. Dia após dia, eu estudei, eu treinei, eu matei.... Tudo para que pudesse ser uma boa rainha. Meu contato com o mundo exterior simplesmente... Não existiu. Todos os dias eu escutava os grandes feitos do Príncipe... O garoto prodígio, o grande orgulho de nossa raça!

Nathaniel mexeu nos fios loiros desconfortavelmente.

– E confesso que, sabendo que um dia eu casaria com ele, acabei aprendendo a amá-lo. E por tê-lo amado, você quebrou meu coração. E por ter quebrado meu coração, eu finalmente não ligo se você me ama o suficiente para casar comigo ou não. Eu vivi pelo meu futuro mais do que todos e eu não vou deixar você descartar minha vida desta maneira!

– Eu... – ele desviou os olhos.

– Sei que és o futuro rei, e me perdoe por isto, - ela suspirou - mas o nosso sistema é bem maior que as suas vontades. – Nathaniel voltou os olhos para ela - Então, como o futuro rei, aceite suas obrigações, e case-se comigo!

– Você parece ser uma boa pessoa. Não quero que trace o caminho que escolhi para mim.

Sora suspirou.

– Agradeço o elogio, mas eu vou ser sua esposa, droga. Eu irei aonde você for. Sempre estarei ao seu lado. Se você for para a guerra, eu irei com você. Se você cair, eu cairei com você. Se você morrer, eu morrerei com você. Mas, ainda assim, eu preciso do seu consentimento para isso. – ela riu e estendeu a mão direita – Você me permitiria ficar todo o resto da minha imortalidade ao seu lado?

Nathaniel olhou para ela por alguns segundos, e apertou a mão estendida da garota com ambas as suas mãos. Ele se aproximou dela e a encarou. Mesmo com toda a sua postura controlada, Sora sentiu-se nervosa.

–...Obrigado.

Ela sentiu seu coração que mal batia acelerar e desviou os olhos. Nathaniel soltou a mão da garota por meio nano segundo, e logo já a apertava novamente com sua mão esquerda. Na direita, Sora percebeu, ele segurava o cálice que ela havia trago.

– Eu... Tenho um plano. – Sora desviou a atenção do cálice para os olhos dourados dele. Nathaniel bebeu um gole do sangue e prosseguiu. – Talvez você ache que seja um absurdo, mas... – ele riu abafado – não há nada que me fará mudar de ideia.

– Um... Plano?

– Sei que está ciente que minha reputação não está em sua melhor forma. – ele afastou-se dela e sentou na cama. – Sempre estive ciente que minhas escolhas para com a Melody estavam decaindo a minha popularidade. – ele fez sinal com a cabeça para que ela sentasse ao lado dele. Ela obedeceu – Mas foi tudo por isso mesmo.

Sora sentiu-se confusa.

– Não entendi.

– Simplificando... A licantrope era uma ótima forma de afronta aos meus pais. Ambre pode se vangloriar por ter matado Melody o quanto ela quiser, mas ela não sabe que eu mesmo a matei antes de desmaiar por conta das pastilhas que eu tomava. Não, não eram pastilhas de sangue, era ópio em capsulas. Acho que abusei tanto daquela droga que ela perdeu o efeito. – ele riu abafado – Por conta do sangue animal, passei meses desacordado. Quando finalmente acordei, Ambre veio até mim em uma encenação patética, dizendo que estava preocupada por que Melody desaparecera. Entrei no jogo dela, e fingi que a procurava, mas nunca desisti da minha coroa. Ambre se acha inteligente, mas nem mesmo nisso ela me supera.

Ela ficou boquiaberta.

– Achei... Acreditei fielmente que a amasse.

Nathaniel riu.

– A licantrope? Sério? Licantropes são nojentos. Daí você tira o tanto que eu tive que me rebaixar e aguentar para que pudesse ir contra a vontade de meus pais. Você sabe... Aquele cheiro de cachorro molhado era... Argh.

– Então, você percebeu que ela possuía sentimentos por você e se aproveitou disso? A usou?

– Exatamente. Você é tão inteligente... Estou encantado, confesso. No fim, parece que terei algo a agradecer aos meus pais. – ele ergueu a mão direita dela.

– Hum... E como saberei que não estás a fazer o mesmo comigo?

Nathaniel bebeu mais um gole do cálice.

– Sinto minha força voltando... – sussurrou – Quando eu finalmente for coroado, eu irei renascer. Não só eu, mas todo o reino. Eu serei a lei, não precisarei mais impressionar ou contestar ninguém. No entanto, eu ainda preciso de alguém forte, como você, ao meu lado. Achei que não podia confiar em você, mas, finalmente, você conseguiu me fazer mudar de ideia. Ninguém nunca... Havia falado comigo da forma que você falou.

Sora sorriu.

– Conquistei seu coração sendo rude com você?

Nathaniel a empurrou levemente pelos ombros, forçando-a a deitar na cama. Logo, o loiro estava em cima dela, a pouquíssimos milímetros de distância.

– De fato. – ele derramou o resto do sangue do cálice na clavícula da garota – Sinto muito por ter partido o seu coração com o meu pequeno teatro, mas eu não sabia de sua existência. – Nathaniel limpou o sangue que havia derramado em sua noiva com a língua, enquanto passeava pela cintura dela com as mãos. – Eu tenho um plano. – ele subiu o suficiente para que pudesse encará-la. – Estás comigo, milady?

Sora sorriu mais uma vez.

– Estou deveras feliz em saber que o príncipe prodígio não se deixou mudar por uma licantrope, confesso. Mesmo que eu tenha me forçado aceitar a situação em que eu achava que me encontrava, é extasiante saber que nunca o perdi para uma vira-lata. – Nathaniel sorriu – Irei até o Inferno com você, se for preciso.

– Então... Seja bem-vinda à repugnante família real dos vampiros.

Sora riu, mas foi interrompida por um beijo intenso e violento de Nathaniel, que fez todos os pelos da garota se arrepiarem e seu corpo entrar em combustão.

*

– Você entendeu?

– Entendi, mas... A parte onde me torno escrava do Castiel não me agrada muito.

Rosalya virou a cadeira rotativa onde Rain estava sentada e a encarou.

– Essa é a primeira parte do plano. Se não aceitar, todo o resto já era.

– Eu aceito. – Rain jogou as mãos ao ar – Se é o plano que temos, eu não contestarei.

Rosalya sorriu.

– Ótimo. Conseguirei um vestido lindo para você. Até mesmo escravos de sangue precisam estar bem trajados em bailes de coroação.

– Escravos de sangue?

– É o que você será. Ou ao menos, fingirá ser. Escravos de sangue acompanham seus mestres para todos os lugares. O escravo está lá para ter seu sangue bebido a hora em que seu mestre tiver vontade, mas o mestre só beberá o sangue daquele escravo. Para se tornar escravo, o humano precisa ser mordido e, quando estiver quase morrendo, deve beber do sague do vampiro. O sangue de um escravo se recupera seis vezes mais rápido que sangue de humanos. A razão, é claro, é óbvia. Para os escravos, seus mestres são verdadeiros deuses. Eles não possuem sentimentos ou emoções, e só vivem em prol de amar e glorificar seus mestres, que é mais uma reação intuitiva do que qualquer outra coisa.

Rain deveria agir como se amasse Castiel acima de tudo? Ela sentiu suas bochechas queimarem e mexeu na franja desconfortavelmente. Rosalya segurou o pulso da garota e o levou para perto de seus olhos de gato.

– Essa é a marca de proteção que Kentin botou em você? – Rain assentiu – Vamos ter que esconder isso. Vampiros e licantropes se odeiam de uma forma que você nunca imaginaria. É algo que nasce com eles, como um órgão. – ela suspirou – Nós, feiticeiros, não entendemos por que tanto ódio, mas supomos que seja relacionado à cadeia alimentar: ambos disputam pelos humanos.

– Melody e Nathaniel não se odiavam.

Rosalya sorriu.

– Acho que para toda regra existe a sua exceção. Você acha que Nathaniel um dia vai encontrá-la?

Rain desviou os olhos. Nathaniel já sabia, então por que esconder esse assunto?

– Não acho. – Rosalya ficou surpresa – Melody está morta, Rosa.

Rosalya arregalou os olhos.

– Morta? Como assim? Nate sabe disso?

– Sim, ele sabe. Foi por isso que ele voltou ao palácio dos pais. Ele soube recentemente, mas Melody está morta há meses.

– E por que você não me contou uma coisa dessas?

Rosalya estava indignada. Rain suspirou.

– Ambre havia pedido que eu não contasse! E agora, eu realmente me acho uma idiota por ter dado ouvidos a ela! Foi ela quem matou a Melody, e tudo que aconteceu com Nathaniel é parte de um plano dela para se tornar rainha! E isso me faz pensar se a carta ao Castiel não faz parte do plano dela também!

Rosalya engoliu em seco.

– Não, não faz. A carta foi assinada pelo próprio rei, e a não ser que ele esteja metido nos planos da filha, isso seria impossível. Sempre achei que havia algo errado com aquela garota. – ela mordiscou a unha. – Tch. Rain, eu sei que está preocupada com Nathaniel, sei que quer ajuda-lo, mas precisa se concentrar nas runas. Seja um pouco egoísta apenas nesse momento. Se deixar as runas em segundo plano e não conseguir lê-las, todo o nosso plano vai por água abaixo, e ficaremos sem pistas para ajudar você! E talvez, essa seja a única vez que poderá entrar no castelo.

Rain desviou os olhos.

–... Tudo bem.

Rosalya sorriu e se levantou.

– Ótimo. – ela virou a cadeira da morena novamente, deixando Rain em frente ao espelho da penteadeira. - Deixarei você tão bonita, que nem mesmo Castiel resistirá a você. – sussurrou no ouvido dela.

Rain sentiu as bochechas queimarem e abaixou a cabeça, arrancando, assim, risadas de Rosalya.


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Notas finais do capítulo

MDS 'o' Estou cho-ca-da! Quem é você, e o que fez com o Nate? Zoas gente! Como disse nossa amiga Ambre no capítulo anterior: Era o meu doce irmãzinho, puramente o que ele é.
Próximo capítulo: o Baile! Finalmente!
Comentem!Comentem!Comentem!Comentem!Comentem!Comentem! :3
Obrigada por lerem! s2
Amo vocês. :3
~Soul



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