Blood Curse escrita por Soul Kurohime


Capítulo 28
Game Over


Notas iniciais do capítulo

Me digam, que tipo de pessoa lesada esquece o e-mail de login do amor doce? Sim, eu! Eu esqueci meu e-mail. Ainda não creio nisso. Pobre Rain. Espero que eu me lembre logo. Ou algum dia. Por que eu não anotei? ToT
Voltando à fic, peço desculpas pelo meu atraso! Eu deveria tê-lo postado domingo, mas não tive tempo, então vim postá-lo na terça, se contar que já são mais de uma da manhã e eu estou caindo de sono.... ;-;
Gatinsk-chaaaan! MUITO OBRIGADA PELA RECOMENDAÇÃO! Eu fiquei extremamente feliz, pode ter certeza. Esse capítulo é totalmente dedicado a você, como forma de agradecimento! s2 Sei que é pouco, mas é o que eu posso. ;-;
Gente, mais uma coisa! O resultado daquele mini concurso finalmente vai sair. Entrarei em contato com a ganhadora essa semana ainda! :3 É para o próximo capítulo, se ela não me responder vai ser fogo! e.e
Sem mais delongas, boa leitura
~Soul *-*



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Ele retirou a mão da nuca dela e a deslizou suavemente pela pele nua da morena. O ruivo passava os lábios suave e rapidamente pelas bochechas e o queixo da garota, e depois os umedecia: o gosto dela era realmente estupidamente delicioso. Então, ele voltou a focar-se na boca macia e carnuda da menina, incitando-a a um beijo intenso que fez os pelos da nuca dela se arrepiarem.

Quando Rain estava prestes a se entregar a ele, Castiel passou apertar os braços da menina, e se afastou dela. Ele a olhava como um aracnofóbico encararia uma aranha, e desviou o olhar. Rain o olhou surpresa, misturada com algum tipo de sentimento confuso enquanto seu coração desacelerava. Ela percebeu que os dedos deles tremiam e se aproximou dele.

– ...Castiel? – indagou receosa, ao tocar com seus dedos frios a mão ainda mais gelada dele.

Ele a fitou novamente e recuou um passo.

– O que houve? – ela se aproximou e o tocou novamente.

– ... Não me toque! – ele gritou, empurrando-a de leve.

Rain ficou boquiaberta e confusa, mas no outro segundo, ele não estava mais lá. Havia pulado pela janela. A morena olhou através dela para o céu escuro inundado de estrelas e caiu no chão.

*

Ele pousou no chão e correu com passos velozes até a entrada do campus, debaixo de uma árvore. Não sabia para onde ir. Não sabia o que havia feito. Não entendia o que havia feito. Compreendia que a fome de um vampiro poderia leva-lo à loucura, mas não estava com tanta fome ao ponto de torna-lo insano.

Não, não era a fome. Era o Nathaniel. Era o maldito representante. O maldito príncipe. Não era de hoje que aquele garoto o deixava tão irado. Sempre foi assim, desde que se conheceram. Eram como água e óleo, e nada iria mudar esse fato. Nem os reis. Nem a coroa. Eram completamente distintos, e não poderiam conviver um com o outro.

Mas, a Rain? Por que ele sempre estava com ela? Por que com ela? Queria mata-lo por isso. Queria se matar pelo o que havia feito. Queria matá-la pelo o que ela poderia vir a fazer. Ele socou a árvore com força, fazendo-a voar doze metros além do portão até pousar deselegantemente em um asfalto.

O que era isso? Era evidente que não queria matá-la. A ideia de matá-la o enojava. No entanto... Ele não poderia simplesmente deixar que tudo aquilo acontecesse novamente.

– Você terá problemas se continuar a destruir as árvores da escola.

Castiel se virou para onde a voz viera e arregalou os olhos.

Lysandre? ...Achei que havia ido embora...

– Voltei, como pode ver. Tenho coisas importantes para resolver aqui.

– Quando voltou?

– Uma semana após vocês partirem. Não dei sorte.

Uma semana? – a voz dele soou incrédula.

– Sim.

Castiel franziu o cenho.

– Há quanto tempo nós fomos?

– Três meses. Por quê?

Três meses? – o ruivo sorriu ironicamente – Não passamos nem um dia inteiro lá.

– Sério? – foi a vez de Lysandre franzir o cenho – Ouvi falar que em dimensões diferentes o tempo passa distintamente.

– Isso é uma bela porcaria. Não teria ido se soubesse disso.

– Tenho certeza que Rain ficou grata por sua ajuda. – ele sorriu.

Castiel desviou os olhos dele.

–... Grata... Com certeza... – balbuciou.

– Algum problema?

– Só estou... Faminto, apenas isso.

– Hm. Você sabe onde Rain está? Preciso falar com ela.

– Última vez que a vi, ela estava em nossa ala. – ele franziu o cenho – Por quê?

– Os assuntos que vim resolver dizem respeito a ela. Conversamos depois Castiel.

Lysandre virou-se e começou a andar em direção ao dormitório, mas Castiel o interceptou, segurando-o pelo braço.

– Algum problema?

– Estou... Precisando conversar com você. – ele não o olhava nos olhos.

Lysandre arregalou os olhos.

– Essa expressão... Você só a usa quando sua conversa diz respeito a-

Castiel apertou o braço do outro, fazendo-o se interromper. O ruivo finalmente olhou nos olhos do amigo.

– É, é isso aí. – ele o soltou.

– Não prefere conversar logo?

– Não. Vá conversar com a Rain, eu preciso me alimentar, e, depois, vou falar com Iris.

– Iris? – ele ergueu uma sobrancelha – Há algo que precise dela?

– Talvez. Passo no seu quarto depois.

Lysandre abriu a boca para responder mas, como não era novidade, Castiel não estava mais lá.

*

Rain não sabia o que pensar. Lembrar-se do beijo fazia seu coração acelerar e o ar lhe faltar, no entanto, a sua reação depois a angustiava. Por que ele a havia olhado daquela maneira? Ela havia feito algo para ele sem perceber? E, o mais importante, por que a havia beijado?

Ela se levantou do chão com dificuldades – não sabia quanto tempo havia se passado, mas suas pernas estavam dormentes e sua cabeça girava. Olhou ao redor e se surpreendeu ao notar todas aquelas armas – todas distintas – presas nas paredes. Fora isso, não havia mais nada que não fosse comum com os outros quartos.

Ela saiu do quarto e fechou a porta atrás de si. Era exatamente na frente do quarto de Nathaniel. Sentiu seu coração apertar ainda mais. Será que ele havia escutado a respeito de... Melody?

Talvez sim, vampiros têm uma perfeita audição. Ela suspirou pesado. A imagem de Melody enforcada voltou a sua mente e aquilo a angustiou ainda mais. Não conseguia mais suportar. Onde estava seus pais quando ela mais precisava deles? Rain começou a caminhar pelo corredor desorientada, em direção as escadas, quando esbarrou em alguém.

– Estava procurando por você. – ele sorria e, logo em seguida, a abraçou.

Alexy?

– Sim. – ele sorriu novamente – Não fiquei nada feliz em saber que você voltou através da Rosa. Nós somos praticamente vizinhos de quarto, sabia?

– Ah. Sinto muito.

– E essa cara de quem acabou de voltar do Inferno? – ele franziu o cenho – O seu outro lado era tão ruim assim?

– Um Inferno. Exemplificou bem. – ela ajeitou a franja desconfortavelmente – Disse que estava me procurando?

– Sim. – ele parecia contradito – Estava conversando com Armin e Rosalya e concordamos em ajudar você a controlar sua especialidade mágica. Se você quiser, é claro. E não precisa ser agora, a gente só –

– Não, isso é ótimo, vocês são ótimos. Podemos começar agora mesmo, se você poderem.

Ele ficou sério.

– Você... Tem certeza? Você não parece estar bem. Não prefere descansar um pouco?

– Na verdade, não. Acho que estou justamente precisando me distrair. Você não poderia ter chegado em uma hora mais perfeita. – ela sorriu forçado.

– Se você acha... Então, qual a sua especialidade? – ele parecia repentinamente animado.

– Bem... Acho que vai ser um pouco mais complicado do que isso. – ela deu uma curta risada.

*

O garoto bateu na porta. Uma, duas, três vezes. Nenhuma resposta. Ele continuou batendo, cada vez mais forte, cada vez mais impaciente. Passou pela sua cabeça a ideia de arrebentar a porta mas, felizmente, abriram-na a tempo.

Ele entrou rápido como a luz e trancou a porta atrás de si. Um segundo depois, estava apertando os ombros da garota na sua frente, enquanto mantinha sua coluna levemente curvada. Ele não a olhava nos olhos.

– Você está me machucando... – disse, calma – Poderia me soltar, por favor?

– Ah, desculpa.

Ele a soltou, mas no segundo seguinte, a empurrou com força digna de um vampiro, jogando-a na parede do outro lado do quarto. Antes da garota se levantar por si só, ele já estava a erguendo por sua mandíbula.

– O que... Está fazendo? – ela cuspiu sangue.

– Sabe... Eu ouvi uma história interessante nos corredores...

– E o que eu tenho a ver com isso?

– Ah, mas diz respeito a você, minha amada irmãzinha. Melody está morta. Então, pode confirmar isso para mim?

Ambre arregalou os olhos por um milésimo de segundo, depois os desviou.

– Eu não faço ideia do que está falando.

Ele a pegou pelo pescoço e a empurrou com força contra a parede.

– Sempre com o mesmo joguinho... Mas você sabe que isso não funciona comigo. No entanto, você quem sabe. – ele deu de ombros - Ambos sabemos de nossa imortalidade, e eu tenho, literalmente, todo o tempo do mundo para espancar você até que resolva me contar.

– Nathaniel, eu juro que não sei do que você está falando. Andou se drogando novamente?

Ele a desencostou da parede e a jogou contra ela mais uma vez, mas com ainda mais força. Ela engasgou com o enforcamento dele. Nathaniel a soltou e ela caiu no chão. Ele ajoelhou-se na frente dela. Ambre olhou com dificuldades para ele, e congelou, engolindo em seco: seus olhos estavam vermelhos como sangue.

– Ambre... – ele sorriu, mostrando as presas, que rasgaram seu lábio inferior – É por você ser minha amada irmãzinha – desdenhou – que eu lhe dou esse aviso. Não comece com seus joguinhos, ironias ou o que quer que seja, ou eu mato você.

– Na – Nate...

– Conta! – ele gritou, puxando os cabelos dela.

Ela grunhiu de dor e apertou o pulso dele.

– Por favor, pare! Eu conto!

Ele a soltou, e a encarou.

– Comece.

Ela respirou fundo e engoliu em seco.

– Me- Melody está realmente morta. – ele se levantou e ficou de costas para ela – Eu não sei como isso aconteceu! Te prometo como não sei! – ela gaguejava. – No mesmo dia que recebi a notícia que você havia passado mal aqui, eu soube da morte de Melody, e foi justo por isso que demorei um pouco a vir – estava cuidado de um enterro digno para ela. Eu a adorava, fiquei arrasada. Você sabe que sempre torci por vocês. Sempre puni por vocês...

Ele havia ficado estranhamente quieto. Ambre se levantou com dificuldades.

– Por que não me contou?

– Não queria que sofresse.

– E preferiu me colocar me uma busca incessante atrás dela sabendo que nunca a acharia? – ele alterou o tom de voz.

– Sim, preferi. Nathaniel, pelo menos daquele jeito você estava um pouco feliz, ao menos tinha esperança. Olhe para você agora! Fiz de tudo para que não tivesse que passar pelo o que está passando nesse momento!

– E o que faria quando eu, depois de anos, não a encontrasse.

Ela deu de ombros.

– Seria mais fácil para você aceitar que ela havia se cansado de você à morte dela.

Ele riu ironicamente.

– E depois, na sua concepção, o que eu faria?

– Não sejas tolo, irmãozinho. Obviamente, governar o império de nossos pais. Você sabe muito bem que tudo que nossos pais fizeram a você foi pelo bem do povo, para que eles tivessem um Rei melhor que nosso pai.

Ele a olhou por cima do ombro.

– Não é raro as vezes que credo que você seria uma rainha melhor do que eu.

Ela sorriu.

– Você sabe que isso é um completo equívoco. Eu não tive criação adequada, tampouco sou forte como você. Além disso, você é o primogênito. É o seu destino.

– O destino pode ser mudado. Eu nunca quis herdar aquele trono. O mais sensato a se fazer seria eu fugir e deixar o trono para você.

Ambre apertou os olhos. Havia ficado repentinamente muito séria.

– O destino não pode ser mudado, Nathaniel. Você é o Rei, e ninguém além de você pode sentar em seu trono. Claro, com a exceção de papai, porque ele ainda governa. – ela riu – Mas sabe, agora que finalmente está inteirado de toda a história, o mais sensato a se fazer é voltar imediatamente a nosso reino e se preparar para a Coroação.

Ele a olhava com olhos derrotados.

– Ah... A Coroação.

– Não foram poucas as vezes que o alertei sobre ela. É nesse final de semana, Nathaniel.

– Você poderia ir no meu lugar...

– A Coroa é sua, Nate. – ela franziu o cenho.

– Quanto mais converso com você, mas acho que você só está empurrando para mim um cargo que não quer.

Ela apenas sorriu de volta.

– Certo, irei arrumar minhas coisas. – ele suspirou - O que resta para mim além de governar pelo resta da minha infinita vida um bando de vampiros que nem ao menos conheço?

Ambre apenas sorriu, mais uma vez. E, como todas as outras vezes, um sorriso forçado, que ninguém percebia que o era pois era o único que ela demonstrava. Ele se retirou em milésimos, sem deixar vestígios. Ela arrumou o vestido rosa que usava, limpou o sangue do rosto, e ajeitou os cachos com os dedos.

E, então, ela mais uma vez sorriu. Um sorriso verdadeiro, dessa vez. Um sorriso vitorioso, nojento e sádico, assim como a sua personalidade.

Game over, irmãozinho.


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Notas finais do capítulo

Gente, não irei me prolongar nas notas finais pois tenho que acordar seis horas amanhã para a escola e, como já disse, passam das uma da manhã. Mas por vocês vale muito a pena! s2
Comeeeeeeeeeeeentem!! Quero saber o que vocês acharam!! :3
Obrigada por lerem, beijinhos e os vejo nos comentários! s2
~Soul