Blood Curse escrita por Soul Kurohime


Capítulo 26
Mapa-múndi


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoinhas! *-* Voltei, se-ma-nal-men-te! Acho que, se eu seguir a minha cronologia dessa semana, vou conseguir voltar a postar toda semana com a Glória do Senhor. Enfim, enfim. Obrigada por não terem me deixado gente, amo muito vocês! T_T
Sem mais delongas, aproveitem o capítulo feito com todo o coração para vocês! :*
~Soul



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Rain olhou na direção da porta que abriu ao seu lado. Saía de lá um rapaz alto, lindo, e com a pele tão branca quanto pó de arroz que a olhava com olhos brilhantes tão dourados quanto seus fios de cabelo. Tão dourados quanto ouro puro.

Na-thaniel...– Rain sussurrou.

O garoto deslizou seus olhos para ela, e sorriu. Os fios que caiam sobre a testa balançaram de um lado para o outro quando ele cruzou os braços e a fitou.

– Rain, há quanto tempo!

O intuito de Rain era tocá-lo para se certificar de que não era uma miragem, ou um sonho. Fechou sua mão com força, e abaixou a cabeça ao lembrar da história de Ambre sobre Melody. Ele sabia, ou não sabia? Rain queria descobrir, mas tinha receio de que, caso não soubesse, sua pergunta poderia soar estranha o suficiente para fazê-lo suspeitar.

– Rosalya, posso falar com você depois? – ele olhava para ela – Creio que eu precise conversar com Rain um pouco.

Rosalya cruzou os braços e olhou para Rain. A morena correspondeu o olhar, e Rosa jogou seus braços para o alto.

– Ok, depois! Espero que não esteja me evitando novamente, Nathaniel. Esse trabalho é seu, e eu não vou mais ficar responsável por isso, entendeu?

– Claro, Rosa, entendi. – ele sorriu – Não se preocupe, pretendo retomar meu posto em breve.

A garota com olhos de gato suspirou, e saiu. Nathaniel esticou o braço na direção de Rain e tocou, com seus dedos frios, a mão da morena. Ela institivamente recuou, e logo se arrependeu disso, até porque, Nathaniel não estava são na noite que a atacou.

Ele esticou novamente a mão, e segurou a dela. Em seguida, ele a puxou para seu quarto e trancou a porta atrás dela. Ele a soltou, e se afastou, indo para o outro lado do quarto.

– Fiquei feliz por você. Sabe, essa história de você ser uma feiticeira e tudo.

Ela levantou os olhos e olhou para ele. Realmente, assemelhava-se ao Nathaniel que a havia recebido no dia que tinha chegado em Sweet Amoris. No entanto, parecia que os pontos haviam-se sido abertos, e ela simplesmente não conseguia mais confiar em estar sozinha com ele.

– Sim. – respondeu com dificuldades, sem olhar para ele.

Silêncio.

– Soube que foi você quem me levou a enfermaria, e que me visitava constantemente. Desculpe por tudo isso.

Ela finalmente o encarou.

– Quem... Disse a você?

– Ambre. – ele estava apoiado em uma mesa. Rain percebeu, então, o quão diferente estava o quarto de Nathaniel das vezes em que estivera ali.

Os móveis estavam afastados, todos encostados nas paredes. O quadro da família real não estava mais ali, mas sim de costas, em algum canto de parede. No lugar, um imenso mapa-múndi, com praticamente todos os países, estados e municípios mundanos e também os escondidos dos olhos humanos. Nele, haviam centenas de pequenos marcadores vermelhos, em todos os continentes, percorrendo todo o território do planeta.

– Ambre aparentar gostar muito de você. Não que isso não me apeteça, mas Ambre nunca foi próxima de nenhuma outra garota além de Li.

– Quem é Li? – indagou Rain, enquanto aproximava-se do mapa. A mesa que Nathaniel estava apoiado era lado a lado ao mapa.

– Uma escrava do castelo. Ou a dama de companhia da princesa. – desdenhou – Ambos os termos são cabíveis.

– Você parece não gostar muito da monarquia dos vampiros.

– Não tenho nada contra monarquia. É a forma de governo que mais me agrada. Mas tudo muda quando se é o príncipe prestes a receber o poder.

– Ambre não aparenta ter problemas com a sua posição. Acho que ela usa isso muito bem ao seu favor, aliás.

– Eu disse, prestes a receber o poder. Ambre nunca foi e nunca será a escolhida para receber a coroa. Meus pais a acham muito fútil para tal responsabilidade. Mas, se minha opinião conta, apenas acho que eles não queriam que ela passasse pelo mesmo treinamento que eu tive que passar.

Rain olhou para ele de soslaio, e voltou a contemplar o mapa.

– Sabe, a maioria dos sonhos das garotas mundanas, quando crianças, é ser uma princesa. Mas, olhando para você, lamento por elas estarem tão enganadas.

– Foi o seu, um dia? – ele havia se aproximado dela sem que ela percebesse. Talvez, se ele respirasse, ela poderia sentir a respiração dele em sua pele.

Rain riu fraco.

– Da maioria, eu disse. Não, não foi o meu. Estranhamente, meu sonho era apenas envelhecer ao lado da pessoa com quem eu amaria, e ser feliz com ele do mesmo jeito que meus pais são.

– Feiticeiros não envelhecem. Chega um ponto de suas vidas em que eles param de envelhecer, e manterão a forma até morrerem, mesmo que dure séculos.

Rain abaixou a cabeça. Ela viveria durante séculos? Não havia conectado todos os pontos desde que havia descoberto que era uma feiticeira.

– Você está bem? – indagou Nathaniel.

– Não seria um sonho se fosse tão fácil de ser conquistado. – sussurrou, simplesmente. – E então – ela olhou para cima -, para que serve esse mapa?

– Eu estou... Procurando por Melody.

Rain sentiu o tom de Nathaniel mudar. Sentiu Nathaniel mudar. O ar havia ficado mais pesado, e ele estava estranhamente sério. Parecia o Nathaniel que a atacara. Rain engoliu em seco.

– Cada “x” vermelho desse é um local que eu explorei. Bem, ainda não a achei, mas sinto que no próximo irei encontrá-la.

– Você acredita que pode encontrar Melody? – ela sentiu os dedos tremerem.

– Eu fui treinado para a guerra, Rain. Táticas de guerra. Localização do inimigo. Se há alguém vivo neste globo, eu posso acha-lo. Não importa quem seja.

Rain sentiu-se enjoar.

– Me pergunto que tipo de treinamento você fez.

– Desde o meu nascimento, fui criado para ser um rei. Passei por treinamentos mais árduos do que poderia aguentar. Com cinco anos, era eu quem executava os traidores e reféns de guerra.

– Nathaniel, por que acha que Melody quer ser encontrada por você?

– Como assim? – Nathaniel olhou para ela com olhos semicerrados.

– Bem, se ela não está aqui, talvez signifique que ela não queira estar com você.

– Realmente, Melody estava ficando cansada da minha indecisão. Mas eu não estou mais indeciso. Quero ficar com ela. Eu a amo, e estou disposto a abrir mão da coroa, do reino, e de tudo, se isso significar que posso ficar ao lado dela.

– E... Se você não a encontrar? – Rain entrelaçou seus dedos. Sua temperatura estava baixa e os dedos tremiam, além das pernas.

– Estou a três meses procurando por ela e não desisti. Não pararei, até encontrá-la.

– Mesmo que isso signifique toda a eternidade?

– Rain, por que você está tão estranha? Achei que, ao menos você, me apoiaria. Todo o resto da escola não. Nem mesmo a minha irmã. Tudo o que Ambre fala é sobre a cerimônia de coroação e...

– Acho que você deveria escutar a sua irmã. – ela se afastou. – Nathaniel. – ela o encarou – Tem algo que eu preciso falar para você.

– E o que seria? – ele ergueu uma sobrancelha.

– Não sei se é verdade, mas, enfim... – ela respirou fundo. – A verdade é que Me-

A porta do quarto se abriu.

Castiel?

Ele entrou e a puxou pelo pulso. Quando Rain deu conta de si, eles já estavam em outro quarto, um que Rain nunca estivera antes. Talvez fosse o quarto de Castiel. Mas, porquê?

Castiel passou a andar de um lado para o outro, aparentemente furioso.

– Por que você estava no quarto dele de novo? Esqueceu o que aconteceu na última vez? O fato de que você poderia estar morta diz alguma coisa para você?

Rain abaixou a cabeça e encostou-se na porta atrás de si.

– Você sabia que Nathaniel está procurando Melody sem parar há três meses? – ela sussurrava – Isso é realmente lindo, você não acha?

– O que? – ele franziu o cenho – Se você acha lindo, por que está chorando?

Rain arregalou os olhos e levou os dedos até suas bochechas. Estavam molhadas.

– Castiel, o que eu faço? – ela enxugava as lágrimas – Não posso deixar Nathaniel continuar com isso.

– Se ele quer, deixe-o continuar. – ele se aproximou dela.

Ela negou com a cabeça.

– Mas Melody está morta, Castiel. Ambre me disse!

– Ambre? – ele desdenhou – Por que acredita em qualquer coisa que ela tenha dito? Melody pode estar em qualquer lugar, esperando para ser encontrada por Nathaniel.

– Mas...

– Agora, mais importante... – ele a segurou pelos pulsos– Por que chorar pelo Nathaniel? Por que se importa tanto com ele? Você... gosta dele?

Rain levantou os grandes olhos azuis para ele, e negou com a cabeça.

– Apenas me dói... Ver alguém tão gentil como o Nathaniel... Correr em círculos atrás de uma felicidade que nunca vai encontrar.

– Você não acha... Que se importa demais com ele?

– Como assim? – ela entortou levemente a cabeça.

– Eu só acho que... Você poderia... Se importar um pouco comigo também. – ele se aproximou mais dela.

– Cas-

– Você não tem ideia do meu esforço para ficar perto de você, Rain. Desde que eu bebi o seu sangue, meses atrás, eu não tenho me alimentado. Apenas o seu sangue me provoca dessa maneira. – ele passou levemente os lábios na jugular da garota, fazendo todos os pelos dela se arrepiarem – Você não entende, e nunca vai entender o que eu sinto. Eu estou faminto, e o seu sangue me deixa louco. Completamente louco. É como se colocassem um bife no focinho de um cachorro abandonado. – Castiel deslizou suas mãos por todo o braço da morena – A minha vontade é de matar você, e beber do seu sangue até não restar mais nada dentro do seu corpo. Mas eu não posso, porque é você. O mais sensato a se fazer seria me afastar de você, mas eu não consigo, porque é você. Seria tudo mais fácil se não fosse você, mas sendo você, só o que me resta é enlouquecer. É o que eu sinto por você, Rain, que você nunca vai entender.

O ruivo lambeu a jugular da morena, e subiu com a língua até o lóbulo da orelha dela, mordicando o mesmo. Ele levou a mão esquerda à nuca dela, aproximando o corpo dela do dele, e sussurrou no ouvido da garota:

– Me deixe sentir seu gosto, Rain.

Finalmente, ele a encarou, e uma última vez dela se aproximou. E então, enfim, com um leve toque, os lábios de ambos se tocaram pela primeira vez.


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Notas finais do capítulo

Porque. A. Soul. Volta. Com. Estilo. Beijos.
Comeeeeeeeeeeeeeeeeeentem! hueheuehu Quero saber o que vocês acharam do capítulo, ou se vocês tem alguma teoria quanto ao rumo da história! s2
Beijos da tia Soul, a gente se vê nos comentários, não é? :3
Bye bye,
~Soul.
P.S: Não sei se perceberam, mas a Soul está muuuuuuuuuuuuuito feliz de ter voltado a postar! *-* beijinhos, beijinhos.