Blood Curse escrita por Soul Kurohime


Capítulo 19
Pacto


Notas iniciais do capítulo

Heeey, pequenos e amados figurantes da Blood Curse! s2 Tudo bem com vocês? Comigo, tá tudo ótimo! Nossa apresentação no projeto foi perfeita, mesmo com todas as conturbações. Quanto ao Enem, bem, esse ano fui apenas uma treineira, mas já sei que não quero voltar para aquele inferno de novo! ;-;
Bem, realmente espero que vocês leiam as notas, pois agora irei tratar de algo importante! Então, quer que a sua docete apareça na Blood Curse? Achei que seria legal fazer algo do tipo, então pensei nisso. Nos comentários desse capítulo ( além da sua opinião do capítulo, como vocês normalmente fazem), me digam o porquê que a sua docete merece aparecer aqui! *-* A mais criativa, mandarei um MP para pegar os dados e informações da docete! s2
Mais uma coisa: Quero dedicar esse capitulo à Notaru-chan pela SEGUNDA RECOMENDAÇÃO! Nyaaaaaaaaaahhh!! Muito obrigaaaaaaaada!! *--* *--* *--*
Ah, também quero pedir desculpas à Xayne-chan. Minha internet meio que bugou não sei como quando estava respondendo seu comentário, e ficou super incompleto! Sinto muito! :'(
Acho que acabei. Aproveitem o capítulo, e boa sorte para quem participar! *-*
~Soul



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– M... Morta?!

Rain sentiu faltar-lhe a respiração e a visão levemente escurecer. Ambre desviou os olhos e apertou os dedos uns nos outros, uma vez que estavam repousados em suas pernas.

– ...Sim. – falou, com relutância. – São assuntos de família, relacionados ao nosso clã. Não posso lhe dar mais informações.

– Uma amiga morreu e eu devo somente aceitar isso, sem ao menos poder saber o que houve com ela?

– Este é o mundo onde vivemos, senhorita Rain. – ela franziu o cenho – O destino dos mais fracos é aceitar a legislação dos mais fortes.

– Está insinuando que devo obedecer você sem contestar?

A loira levantou-se.

– Quero que entenda que faço isso por meu irmão. Melody era uma grande amiga minha, no entanto, aceitei o fato de seu infeliz falecimento com a cabeça erguida, e fui forte por Nathaniel. Você parecia preocupada com ele... Não pode tentar ser um pouco madura para ajudá-lo?

Rain apertou os olhos... Sentiu o sangue ferver.

– Não parecia estar... Estou preocupada.

– Então, prometa-me que vai me ajudar. Sei que não me conhece, e vice-versa, mas, no momento, não posso escolher meus aliados. Você me parece ser de confiança, além disso. Salvou meu irmão quando podia tê-lo deixado morrer. – ela mantinha seus olhos esverdeados fixos nos azuis de Rain – Além disso, sabe informações importantes a respeito de minha família, simplesmente não posso deixar de considerar-te uma aliada.

Rain olhou para Nathaniel. Depois para Ambre. Suspirou pesado.

– O que quer que eu faça?

A loira sorriu vitorioso.

– Apenas encubra minhas futuras desculpas.

– Como?!

– Não posso deixar que Nathaniel descubra sobre a morte de sua amada.

Rain sentiu-se indignada.

– Mas... Ele precisa saber! – percebeu, logo depois, que havia elevado seu tom de voz.

– Fale mais baixo, por favor. Não precisamos que Nath acorde agora e, por um acaso infeliz do destino, escute qualquer parte de nossa conversa! – suspirou. – Rain... Olhe para meu irmão, o seu estado, e lembre-se da causa que lhe contei anteriormente. Ele não precisa saber que a pessoa que ele mais amava em sua vida não está mais entre nós.

Rain apertou os lábios carnudos.

– Um dia ele vai descobrir... E irá nos odiar por termos escondido isso dele. Ainda acho que ele merece saber, principalmente por tê-la amado.

– Ele ainda a ama. E é exatamente por isso que não quero contar. Não quero nem imaginar as loucuras que Nathaniel possa vir a fazer!

– Mas...

– Então conte! Se está disposta a arcar com as consequências que sua ação irá ocasionar, conte! Mas saiba que estará completamente só.

Rain olhou mais uma vez para o garoto deitado em sua frente. Parecia morto. Sentia que estava na presença de um cadáver. Observou suas feridas, a calça de couro que o verdadeiro Nathaniel não usaria, e lembrou-se dele dizendo-lhe que havia pego a roupa que usava do homem que tinha matado. Matado porque ele queria cobrar-lhe algo, e ele, como o príncipe, não deveria ser contrariado. Talvez ele estivesse se referindo ao ópio dos duendes. Aquele não era Nathaniel! Sentiu o coração apertar. Não queria mais vê-lo assim.

– Ele vai procurar por ela, e vai descobrir que ela está morta.

– Ela vai estar... Desaparecida. Ele irá pensar que ela se cansou de esperar por ele, e foi embora. Ou que ela não quer prejudica-lo, como o herdeiro do trono. Existem várias razões para ela simplesmente ir embora.

– Posso fazer uma pergunta?

– Claro!

– Se você está tão convicta em parecer que Melody simplesmente fugiu, por que me contar a verdade? Seria mais fácil para você se houvesse contado a sua versão da história. Eu não contestaria, e não correria o risco de eu contar para Nathaniel.

– ...Você... É mais esperta do que aparenta, Rain. – ela girou, com o polegar, o anel de ouro do dedo anelar. – Bem... Eu realmente vim para cá com uma história pronta em minha cabeça. Mas quando vi meu irmão, bom... Achei que seria uma carga psicológica muito grande para eu carregar sozinha. Me desculpe por dividir minha responsabilidade com você.

Rain deixou-se cair na cadeira atrás de si.

– ...Acho que temos um acordo então.

– Um pacto! – ela esticou a mão direita.

– ...Um... pacto. – Rain apertou a mão gelada da garota com relutância. Os pelos de seus braços e nuca se arrepiaram...

*

Rain andava pensativa pelo campus, chutando com sua sapatilha cinza uma pedra qualquer. Rapidamente estava anoitecendo, não havia percebido o tempo passar. O crepúsculo pintava o céu de tons alaranjados, e um vento frio soprou em suas pernas nuas: a garota usava shorts, pois o sol estava forte, estranhamente assim como ao longo da semana daquele inverno que acabava no fim do mês.

Estava andando em direção ao dormitório quando sentiu alguém segurar-lhe o pulso. Ele a olhava de cima para baixo, checando cada centímetro do corpo da garota.

– Você está bem?

– Quando você voltou, Kentin?

– Agora a pouco. Estive procurando por você. O que houve enquanto eu não estava por perto?

– Bem, muitas coisas. – ela desviou o olhar – Ocorreu tudo bem?

– Sim. Mas deixando isso de lado, você está bem?

– Estou ótima, Kentin! Para que tanta preocupação?

Ele ergueu delicadamente a mão esquerda da garota, e passou o dedo indicador continuamente por cima da marca que ali havia.

– Eu prometi que protegeria você.

A boca de Rain ficou levemente entreaberta.

– Mas quando você ficou em perigo, eu não pude te proteger. – completou.

– Como soube que...

– Eu possuo a mesma marca que você. – ele a mostrou. – Quando você está em perigo, ela queima a minha pele. – ele sorriu fraco ao rosto incrédulo misturado a uma feição de possível culpa da garota – A marca queimava cada vez mais intensamente, e eu quase fui à loucura imaginando o que poderia estar acontecendo com você.

– Eu...

– Você não tem ideia do quão aliviado estou. – ele estava levemente enrubescido – Passei os últimos três dias imensamente preocupado.

– ...Kentin...

– Enfim... – ele levou a mão direita à nuca – Meu irmão da Caninus está me esperando. Nos vemos depois?

Ela assentiu com a cabeça, e ele saiu.

*

A garota passou pelos prédios duplos e sentou nos degraus que levavam ao campo de futebol. Lembrou-se da noite do ritual de Kentin, e sentiu que havia se passado anos, mas sabia que era tudo questão de dois ou três dias. Melody havia a guiado naquela noite, e, mesmo que não fossem tão amigas, era estranho saber que nunca mais iria vê-la. Mas... Rain podia mesmo acreditar que o que aquela mulher que acabara de conhecer falara era verdade?

Não, ela não duvidava. Não sabia como, mas sabia que ela não mentia. Mesmo assim, não achava certo o que Ambre planejava fazer com Nathaniel. Era adepta da filosofia de que, quanto mais ele demorasse para saber, mais sofreria. Certo, doeria. Perder alguém tão importante não seria fácil para ninguém, até mesmo para o príncipe dos vampiros. Mas, já que iria doer, seria melhor acabar com todo o sofrimento de uma vez...

Suspirou.

Sentiu alguém tocando-a no ombro, e levantou o olhar. A pessoa sentou ao lado dela.

– O que você tanto pensa aqui fora?

– No certo e no errado. – sorriu fraco – Acho que essa é a primeira vez que vejo você fora do seu quarto.

Ele sorriu.

– Não é só você. Muitas pessoas aqui também nunca me viram.

– Devem achar que você é um novato.

– Ou que eu estou invadindo.

Ela sorriu e olhou novamente para o campo. Ele a contemplou.

– Estava procurando por você...

Ela olhou para ele.

– Por mim?

Ele assentiu com a cabeça.

– Você já conhece as partes mais importantes de minha história. Achei que seria justo contar-lhe que estou deixando a Sweet Amoris.

Os olhos dela se arregalaram.

Deixando?

– Sim. – foi a vez dele olhar para o gramado – Não sei o que houve, mas finalmente não preciso mais da proteção de vossa diretora.

– Como assim?

– Não sou mais um anjo, Rain. – ela ficou perplexa. – Realmente não sei o que houve, mas sou um humano agora.

Ela estava boquiaberta, sem palavras.

– Alguns anos atrás, - ele continuou – poucos anos após ser salvo pela diretora desta instituição, recebi uma carta um tanto... Incomum.

– Incomum?

Ele assentiu mais uma vez.

– Na carta, o autor afirmava ser Lilith. – ele franziu o cenho – Ela, supostamente, havia virado uma humana, e queria conversar comigo. Finalmente, eu não acreditei nas palavras daquela carta e a ignorei, mas agora me arrependo. Não acreditei pois, para mim, ela ainda estava ao lado de Lúcifer e, assim sendo, seria impossível para ela tornar-se, de novo, uma humana.

– E você quer ir embora para procurar por ela?

Ele ruborizou.

– Bem, sim... Quero saber o motivo de isto ter acontecido. Talvez ela saiba.

– Ainda assim... Não acho que você precise ir embora definitivamente. A diretora não irá expulsar você.

– Sei disso. – ele sorriu. – Mas, como humano, mais cedo ou mais tarde acabarei esquecendo tudo sobre este mundo.

– Por que?

– Rain... Nós, seres mágicos, temos uma grande facilidade de sermos esquecidos pelos humanos, assim como quando, por exemplo, você está andando em uma rua, você vê inúmeros rostos diferentes, mas não memoriza nenhum deles. Dependendo da mediunidade de cada ser humano, pode levar minutos ou anos para que eles esqueçam, mas, no fim, eles sempre esquecem.

– Então... se Kentin não fosse um licantrope, ele esqueceria de tudo o que passamos juntos?

– Exatamente.

– ...Mas.... Nós passamos por tantas coisas... - ela sentiu o coração apertar.

– Então, que sorte a sua que ele não é um humano.

– E você?

– Hm?

– Vai acabar esquecendo tudo? – ela se levantou - A mim, a Castiel, a essa escola, a Lilith, e toda a sua história?

Ele franziu o cenho.

É a sua vida! – aumentou o tom da voz - O que você vai virar se toda a sua história for deletada de sua mente?

– Acho que levariam anos para que isso acontecesse...

– Ainda assim é injusto! É a sua vida! É você! O que houve com Lilith?

– ...

Depois de uma pequena pausa, que pareceram dias, ele finalmente respondeu...

– Se o que estiver escrito na carta é verdade... Bem... Lilith está em um hospício agora.

...O... Que?

Ele suspirou, e se levantou.

– No fim, acho que seria bom para mim tentar uma vida comum. Saber como é viver na pele da criação mais perfeita de Deus. Ele me deu uma última chance, seria um desperdício não aproveitá-la. – ele sorriu, e olhou para ela.

– Lysandre... – sussurrou.

– A pior parte... É sair dessa vida com arrependimentos.

– Arrependimentos?

Lysandre virou-se para Rain, aproximou-se dela, e a puxou pela cintura contra si. Ele a abraçou, e ela, por sua vez, retribuiu o abraço.

– Este é o meu adeus... Ainda assim, eu adoraria vê-la novamente, Rain...

Ele sussurrou em seu ouvido. Ela sentiu os olhos arderem ao ouvir pela última vez a voz tão melodiosa do anjo de asas prateadas...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem o que acharam do capítulo! *-*
E não esqueçam de ler as notas iniciais! u_u Depois não venham dizer que a tia Soul não avisou. ù.ú
Aguardarei ansiosamente! Beijos e até mais!
~Soul



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