Blood Curse escrita por Soul Kurohime


Capítulo 17
Convocação


Notas iniciais do capítulo

Oin! *-* Tudo bem? Eu estou ótima! Cansada, mas ótima! Cansada porque... Lá na escola, estamos organizando um evento literário. As apresentações são dividas por salas. A minha sala é, simplesmente, a mais bagunceira, que tem mais briga, intriga e desentendimento da escola inteira! Sério, é horrível de trabalhar com gente assim. Fomos até ameaçados de sermos retirados da apresentação! *suspiro* Toda semana mostramos o andamento das coisas para a professora, e o que ela faz é gritar, dizer que não ta bom, e o diabo a quatro. E aí, nós, que fazemos alguma coisa, levamos bronca por aqueles que não fazem. Velho, eu fico mordida de ódio! Já pensei em sair inúmeras vezes, mas estou realmente animada em participar. Ou estava. Enfim, voltando ao assunto da fic, vocês são muito maravilhosos, ai mds! Não consigo acreditar que a fic está crescendo, muito obrigada por todos os comments, amo muito vocês! *-* Decidi que todo domingo terá um capítulo novo! Fica melhor para mim e para a fic! Sem mais delongas, boa leitura! :*
~Soul



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Cheirando a um mundano?

A voz do garoto de cabelos brancos saiu surpresa. Sentia que havia algo diferente em si, mas isso...

– Sim, um mundano! O que houve com você?

– Eu... Eu não sei.

– Ah Lysandre, por Deus! – e revirou os olhos.

Lysandre deixou escapar um sorriso.

– Do que você está rindo? – o garoto de cabelos vermelhos ergueu uma sobrancelha.

– Você disse Deus. Quanta blasfêmia...

O de jaqueta deixou-se cair na cadeira ao lado da cama do outro garoto.

– Não vejo porque é uma blasfêmia... – murmurou.

– Simplesmente por você ser o que é. Ainda assim, é incrível que consiga pronunciar o nome Dele.

– Você sabe que não sou assim porque quis.

– Sim, eu sei.

– Não mude de assunto.

– Você quem mudou. Falando nisso... Estranho...

– O que é estranho?

– Não sinto mais nada.

O ruivo arqueou as costas para frente.

Nada?

– Nenhum sintoma da doença. Nenhuma tontura, nem ânsia, nem fraqueza...

– Você... Está curado? – ele apertou os olhos.

– Eu...

Os olhos do ruivo se arregalaram.

– Algum problema? – indagou o enfermo.

– Esse cheiro...

– Que cheiro?

Mas Castiel não estava mais lá. A porta do quarto bateu, e Lysandre suspirou. Levou a mão direita para a frente de seus olhos heterocromáticos e sussurrou:

– Um humano... Hem?

*

Ele seguiu o cheiro da morena que havia impregnado suas narinas. Não tinha dúvidas. Aquele cheiro unicamente agridoce, tão diferente, só poderia ser dela. Chegou após poucos segundos em frente a porta de onde vinha o cheiro de Rain, e parou. Achou melhor abrir a porta silenciosamente, e foi o que fez: tirou um clipe do bolso, e sem dificuldades, graças ao costume, a destrancou.

Sabia bem de quem era aquele quarto. Se seu sangue pudesse esquentar, talvez já estivesse fervendo de raiva. Não tinha conhecimento ainda sobre o que estava acontecendo do outro lado da porta escura de madeira, mas algo naquela situação o deixava extremamente nervoso.

Girou devagar a maçaneta, e na mesma velocidade empurrou a porta. Então... Ele viu. Ela algemada na cama, e ele em cima dela, com suas presas imundas enfiadas no pescoço da morena.

Ele não sabia o que pensar, o que fazer, mas quando deu conta de si, estava empurrando Nathaniel contra ela.

Rain olhou para ele com os olhos opacos, assustada, um tanto pálida, e banhada em sangue. Procurou Nathaniel com os olhos, e o viu levantando-se dos escombros de o que um dia foi um guarda-roupa de um internato.

Castiel murmurou alguma coisa que Rain não conseguiu decifrar o que havia sido, e Nathaniel sorriu, limpando o sangue que escorria de sua boca com a mão.

Ele deu um passo para o lado, e Castiel avançou, o prendendo na parede com seu braço esquerdo.

– Castiel... Você sabe que isso não tem nada a ver com você, não sabe?

O ruivo fechou a expressão e socou o loiro com o punho direito. Ou tentou. O loiro esquivou, afastando a cabeça milímetros para o lado. A parte da parede atingida virou pó aos pés de ambos, e Nathaniel contra atacou.

Deu uma palmada no estomago do ruivo, saiu de sua prisão, e tacou sua cabeça na parede. Reapareceu atrás dele, olhou para Rain, sorriu malicioso mais uma vez, e começou a andar em sua direção, mas Castiel entrelaçou seus pés nos do loiro e puxou, fazendo-o cair no chão. O ruivo puxou pelos fios dourados e tacou a cabeça do príncipe dos vampiros no chão.

Castiel levantou-se e passou por cima do garoto, que segurou sua perna esquerda com bastante força. Ignorando a possível dor, o ruivo virou-se, quebrando, assim, os ossos de sua perna esquerda, e pisou na cabeça do loiro com força o suficiente para esmagar um crânio.

Mas o loiro girou no chão a tempo e, sangrando, correu até a porta. A socou, e passou por ela. Castiel olhou uma última vez para Rain e, tendo os ossos reconstituídos, correu atrás do outro.

Rain mexeu-se com dificuldade e, apoiando-se com os cotovelos, sentou-se na cama. O sangramento impressionantemente já havia estocado, e sua visão, que outrora estava turva, voltava ao normal. Um ou dois minutos depois, já estava perfeitamente normal. Levantou-se da cama e correu para fora do quarto, em busca dos dois garotos que a haviam deixado para trás.

Os encontrou sem nenhuma dificuldade: estavam trocando socos no fim do corredor. Rain engoliu em seco e correu na direção deles, mas parou no meio do caminho quando Castiel gritou para ela não se aproximar. O ruivo chutou a lombar do outro, que gritou e caiu no chão ajoelhado. Castiel preparou para dar outro chute, girou em um ângulo de trezentos e sessenta graus, mas Nathaniel segurou-lhe o pé e o derrubou no chão. No outro segundo, o pegou pelo pescoço e o arrastou na parede mais próxima. Os pés pairavam a vários centímetros do chão.

Rain sentiu-se afligir, e começou a correr de novo. Castiel, ao vê-la correndo em sua direção, com suas próprias mãos, quebrou o braço do outro – o que o apertava o pescoço.Com os dentes arrancou um pedaço da carne do ombro de Nathaniel, e pulou, apoiando-se nas costas do loiro. Pousou a poucos metros à frente de Rain e virou-se novamente para o outro vampiro.

– Tem gosto de peixe podre. – afirmou.

Nathaniel levantou-se e virou-se para o outro. Rain sentiu o estomago embrulhar vendo o braço do garoto se juntar e voltar ao normal, e ao ver os músculos e a carne crescendo no lugar onde Castiel havia mordido.

– Você é fraco, Castiel. – segurava um sorriso – Achei que pudesse me divertir com você. Sempre achei que fosse forte, admito. Não se preocupe, a culpa é totalmente minha por estar decepcionado. Não deveria esperar tanto de um vampiro genérico.

Rain viu os ombros do ruivo enrijecer e aproximou-se dele.

– Nathaniel não está são, Castiel. Temos que leva-lo à enfermaria.

Temos? – desdenhou – Ele quase matou você, e você ainda quer ajuda-lo?

– Ele não me mataria!

–... E ainda o defende. Você mesma acabou de dizer que ele não está são, tem certeza que ele não mataria você? Desculpe desapontá-la, mas tenho quase certeza de que, se eu não tivesse chegado a tempo, você estaria morta agora.

Rain calou-se. Sentia que Castiel estava dizendo a verdade, sentia que se ele não tivesse chegado a tempo, poderia não estar mais viva agora, mas ao mesmo tempo, se tratava de Nathaniel. Ele a havia ajudado quando ela não tinha mais ninguém. Foi gentil com ela, mesmo que não a conhecesse. Foi graças a ele que havia se tornado amiga de Rosalya e, consequentemente, sabido que Kentin estava ali. Não podia deixa-lo assim.

– Então... Isso é tudo que uma imitação barata de vampiro feito você sabe fazer?

Rain olhou para Castiel, que estava novamente enrijecendo. No outro segundo, ele não estava mais lá. Havia partido para cima do outro em uma velocidade tão formidável que o loiro não viu o chute que vinha em sua direção.

O chute acertou em cheio, e o garoto de cabelos dourados atravessou a parede e pousou no chão cimentado ao lado do dormitório, dois andares mais baixo. Castiel aproximou-se do buraco na parede, e sorriu ao corpo imóvel no chão. Nathaniel levantou suas costas do chão com muita dificuldade, e Castiel, em um pulo, deu uma joelhada com força na barriga do loiro. Ele cuspiu sangue, e finalmente caiu ao chão.

O ruivo levantou-se e puxou o outro pela gola da camiseta cinza.

Isso é o que um vampiro genérico consegue fazer. Quem está rindo agora? – e sorriu vitorioso.

Rain aproximou-se do buraco, e viu Castiel soltar Nathaniel no buraco do chão cimentado feito por sua joelhada. E então, ele sumiu, e alguns segundos depois, ele estava no fundo do corredor, atrás da morena, perto das escadas.

Rain entendeu: o sol nascia no horizonte. Havia aprendido em uma de suas aulas que as horas mais mortal para o vampiro era o nascer do sol. Em contra partida, a que o fortalecia mais era quando ele se punha.

– Castiel – gritou - Nós precisamos...

– Não vou me arriscar no sol. Se quiser fazer algo por ele, faça você. Minha cota de solidariedade acabou por hoje.

Rain não discutiu: correu até o final do corredor e ia descendo as escadas quando Castiel a puxou pelo pulso.

– Não que eu me importe, mas o sol vai nascer antes mesmo de você conseguir chegar nele.

Rain suspirou. Não sabia o que poderia fazer por ele, mas precisava fazer alguma coisa. Ele a havia ajudado, ele...

– Tive uma ideia! – Rain animou-se.

Passou por Castiel e correu para o terceiro andar. Nunca havia ido no quarto dos gêmeos, mas uma vez, quando saía para uma aula, viu Armin saindo ao mesmo tempo, e ele a acompanhou, com uma conversa gostosa e agradável, até à sala de aula.

Correu de novo até a quinta porta do lado direito do corredor, e bateu na porta repetidas e contínuas vezes, sem pudor, até que alguém a abriu. Alguém de cabelos azuis e pijama colorido. A expressão de sono transformou-se em raiva quando os olhos lilases do garoto encontraram o rosto aflito da morena.

– Você tem ideia de que horas são?

– Desculpe por bater assim à sua porta nesse horário Alexy, mas eu estou precisando de ajuda.

– Acho melhor você pedir para outra pessoa.

– Pode chamar o Armin para mim, então?

– Não vou acordar o meu irmão por você!

– Por favor Alexy, o tempo está correndo!

– Sim, o tempo que eu poderia estar dormindo. Agora se me dá licença...

– Mas-

Ele empurrou a porta. Antes que ela pudesse fechar, um braço apareceu por cima da cabeça de Rain, segurando-a. Alexy abriu novamente a porta, com uma expressão de verdadeiro ódio em sua face.

– Castiel. – desdenhou.

– Olha Félix, se não vai ajudá-la, saia do caminho.

– Tch. – retrucou ele.

– Então, vai chamar o seu irmão, vai.

– Não! Já disse que não irei acordar meu irmão. Eu mesmo vou, para o que quer que seja. Vou me calçar, volto já.

Castiel encostou as costas na parede ao lado da porta do quarto dos feiticeiros gêmeos, e cruzou os braços. Rain o olhava com a boca levemente entreaberta.

– Achei que estivesse com raiva de mim. – sussurrou.

Ele olhou para ela.

– Bom, já viu que estava errada.

Antes que ela pudesse responder, o garoto de cabelos azuis reapareceu, visivelmente zangado. Castiel, por sua vez, desapareceu. O garoto a seguiu e parecia perplexo com a história contada pela garota. Alexy usou um feitiço de tele transporte e os levou à enfermaria, bem a tempo do sol nascer. Fecharam-se as cortinas e chamaram a diretora. A mulher ficou embasbacada pelo estado em que se encontrava seu representante.

Deitaram-no em uma das camas e a diretora o examinou. Abriu-lhe as pálpebras e viu os círculos de cobre atrás das íris do garoto. A mulher enrijeceu e permaneceu calada por alguns minutos que mais pareceram horas.

– Então? O que há com Nathaniel?

– Sinto muito, senhorita Rain, preciso fazer algo agora.

E então, a mulher se retirou. Rain bufou, e percebeu, surpresa, que Alexy ainda estava ali.

– Obrigada por me ajudar.

Ele sorriu para ela. Era a primeira vez que ele sorria para ela.

– Por nada. Desculpe por ter-te tratado tão mal. Não achei que fosse realmente urgente.

– Não incomodaria se não fosse.

Ele sorriu novamente. Um silêncio tenebroso formou-se no local. Nathaniel parecia morto: era pálido e praticamente não respirava por ser um vampiro, mas deitá-lo na maca, com as roupas rasgadas e sujo de sangue seco, fazia Rain sentir que estava observando um cadáver. O cadáver de Nathaniel. Seu coração apertou.

A diretora voltou apressada alguns instantes depois. Andou até o armário de medicamentos, tirou uma seringa, um pouco de liquido de um pote marrom, e a aplicou na veia de Nathaniel, fazendo suas veias ficarem azuis e transparecer.

– Vai nos dizer alguma coisa?

Dessa vez, Alexy que havia perguntado.

– Não. Isso não diz respeito a vocês.

– Nós temos direito de saber o que está acontecendo com Nathaniel. – retrucou Rain – Fomos nós quem o trouxemos aqui e, acima de tudo, somos amigos.

– Você conhece ele a quatro dias, senhorita Rain. Além disso, não acho que devo passar informações intimas de alunos a outros alunos.

– Mas –

Alexy a tocou no ombro e abaixou-se para sussurrar no ouvido da garota.

– O caso é que o Nathaniel é o Príncipe dos Vampiros – disse ele – A diretora não vai dizer nada, não importa o quanto insista. Ela não é louca de atentar contra a família real.

– No entanto, – prosseguiu a diretora – eu não tenho o direito de contar nada. Mas, se tiver sorte, talvez convença a irmã do Sr. Nathaniel a contar para a senhorita.

– A... Irmã? – Rain balbuciou.

– Sim. Agora a pouco, quando saí, convoquei a senhorita Ambre. Ela já está a caminho de Sweet Amoris.


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Notas finais do capítulo

Ai mds, a Ambre. A demonha. A capirota. A Annabelle! O.O
Gostaram do cap? Comentem! Comentem! Comeeeeeentem! Wheeeeeee!!
Estou morrendo de sono e ainda tenho três capítulos enormes do livro da escola para ler para amanha de manhã! Sintam-se amados, okay? Deixei de ler para escrever! hue.
Beijoooooooooocas!!!
~Soul



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