Divergente's Refúgio - Interativa escrita por MaryDuda2000


Capítulo 3
Safira


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Cá está mais um capitulo e desculpe a demora, mas o tempo de postagem eu fiz uma estimativa nas notas da história.
Obs: esqueci de colocar na ficha uma coisa importante: a personalidade dos seus personagens. Cinco já estrearam na história, mas ainda aceito as personalidades de todos aqueles que já apareceram e vão aparecer ainda por MP, ok?!



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Na medida do possível, tudo agora parecia bem. O seu amanheceu nublado com ventos frios, sem vida nem frescor, só gelados mesmo que juntamente ao céu acinzentado não trazia a idéia comum da manhã: esperança.

Caleb acordou, levantou-se e caminhou cuidadosamente pela floresta para não acordar os que ali ainda repousavam solenemente. Ele, ao sair da espécie de circulo de acampamento, seguiu floresta adentro querendo explorar o que ali havia.

Passou por árvores e arbustos, uns após outros em grande escala e sequência, olhando para o chão com folhas e pedras, grandes e pequenas sem se preocupar com nada, como se sua cabeça estivesse distante naquele momento, e, na verdade, estava. O rapaz nada mais pensava na sua burrice de ser piamente leal a facção deixando toda família de lado. Sentia-se culpado não só pelas mortes dos pais, contudo de outros que também, indiretamente, contribuira.

Dentre idas e vindas naquele local fechado por árvores e ao mesmo tempo aberto pela passagem dos ventos, Caleb para ao perceber certo brilho. Logo, ele volta exatos dois passos e percebe o brilho novamente mirando seu rosto, mais precisamente, próximo ao olho direito de modo que quem olhasse muito tempo poderia cegar-se.

Era difícil dizer de onde realmente era emitido tal brilho, sendo assim, só restou ao jovem procurar. Aproximava-se ao máximo tendo como guia a mão iluminada pelo rastro de luz. Logo, ajoelhando-se, começou a procurar o que por ventura emitia tal brilho, até que, novamente, o brilho atingiu-lhe o rosto e olhando firmemente para frente pode ver uma corrente.

Sendo assim, Caleb não perdeu tempo e de imediato iniciou a procura que, em pouco tempo, recompensou no encontro de uma linda pedra de safira incrustada em metal num medalhão.

Admirado com tamanho o brilho que a pedra remetia ao encontra-se com raios solares, o rapaz não percebeu os passos cada vez mais próximos atrás dele e ao virar-se, deparou-se com uma linda jovem de cabelos compridos, negros e lisos toda de preto ao estilo Audácia com uma adaga apontada para seu rosto.

– Quem é você e o que faz aqui? – perguntou a moça

– Olha, isso é seu? Eu não queria pegar. Achei por caso. Toma! – falou Caleb, nervoso entregando o medalhão a jovem. – Quem é você?

– Sou eu quem faço as perguntas aqui. Me responda agora.

– Sou Caleb. Calma, não vou fazer nada não.

– Hahaha! – ria a moça – Você não vai fazer nada? Quem é que está na melhor agora?

Percebendo o pavor de Caleb e vendo que ele estava desarmado, ela prendeu novamente a adaga a cintura.

– Muito bem! Agora diga fale logo. O que você ta fazendo aqui?

– Estava só caminhando. Você é de Chicago né? Audácia?

– Sim, mas isso não te interessa. E você?

– Da Abnegação, mas estava na Erudição.

Logo a jovem retirou a arma que estava na sua cintura ao lado direito do cinto e apontou para a cabeça de Caleb.

– Você ta metido com essa gente que tentou dominar a cidade? Responda agora ou... – dizia ela quando interrompida.

– Não! Não! Não! Eu não sabia de nada. Alguém que você gostava morreu? Desculpa, mas eu não sabia de nada. Minha mãe também morreu nessa investida e eu mais que ninguém me sinto culpado. – desabafou Caleb com a total desconhecida.

Suspirando, a moça assentiu com a cabeça concordando com que o rapaz dizia e abaixou a arma.

– Os meus dois pais morreram nessa brincadeirinha tentando me proteger... Droga! Por que eu tinha que ser Divergente?!

– Você também é Divergente?

– Sim, por quê? – irritada já quase retirando a adaga novamente do cinto

– Nada não. Calma. Minha irmã também é. Podemos te ajudar. Tem outros refugiados lá. Vamos?!

– Como saberei que posso confiar em você?

– Não saberá! Basta confiar.

– Ok!

– Aliás, uma pergunta?! Qual seu nome?

Hiendi!

Nesse momento, a jovem abaixou um tanto a guarda e seguiu com Caleb em direção ao local onde se encontrava o grupo.

Poucos minutos após a saída de Caleb do recanto onde dormiram, Violet acordou e seguiu em direção ao lago onde Quatro e os outros a havia encontrado. A menina descia lago abaixo se deliciando com as águas cristalinas e de cor azul esverdeada, quando avistou a figura de outra jovem ao longe, vindo em direção a ela.

Ao mesmo momento, Violet nadou de volta o mais rápido até a margem do lago, pegou sua pequena bolsa e cinto e correu floresta adentro amedrontada com quem poderia ser. Pouco depois a sua entrada, a menina foi surpreendida por uma mão que lhe puxara para trás de uma árvore.

– Olha só menina! Me diz uma coisa, onde você conseguiu essa sua pulseira?

– Me solta, Marcus. Tem gente vindo ai. Temos que avisar os outros.

– Não até você me falar. – dizia Marcus num tom misterioso, mas ao mesmo tempo preocupado como se conhecesse tal artefato.

– Me solta! – ponderou Violet dando uma bela e dolorida pisadela no pé esquerdo de Marcus e saindo correndo.

Logo, Violet chegou aforada ao acampamento. Lena foi a primeira a acordar seguida de Quatro, Tris e Isabela.

– Tem alguém vindo para cá. – disse repetidamente Violet encharcada e sem fôlego pela corrida.

– Ok! – Falou Quatro pegando uma arma e seguindo para a direção que Violet tinha vindo.

Logo foi pasmado por uma bela jovem de cabelos compridos, ondulados de cor castanha escura meio bagunçados e aparência nada feliz fazendo Marcus de refém.

– Filho, me ajuda.

– Calado. – falaram Quatro e a jovem para Marcus que se aquietou imediatamente.

– O que você quer? – perguntou Quatro.

– Nada que você possa me dar. Liberdade? Viu? Não pode me dar o que quero, então calado você também. – respondeu a jovem.

Seguindo os passos de Quatro, a moça acabou por parar numa fileira de árvores nada distante do “acampamento” onde o grupo ficara.

– Desde quando vocês sabem que eu to aqui? – perguntou a garota.

– Simples. Não sabíamos. – retrucou Quatro gozando do nervosismo da menina.

– Sei... Então porque esse porco estava a minha espera quando eu passava por aqui? Hein?! – disse soltando Marcus e lançando-o ao chão.

– Ele é muito intrometido, só isso! Mas porque ao invés de criar discórdia e rincha, você não se junta a nós? – propôs Quatro.

– Nós? Quem?

– Pelo visto você está sozinha e logo, logo, Jeanine vai mandar um grupo para além dos muros de Chicago e aprisionar todos aqueles que fugiram e matá-los. – respondeu Quatro.

– Digamos que eu aceite. O que eu vou ganhar em troca?

– Proteção. O que você quer mais, vadia! – intrometeu-se Marcus e logo levou um belo chute entre as pernas da menina.

– Ok! Parem! – gritou Quatro antes que Marcus tentasse fazer algo com a jovem. – Qual é o seu nome?

Alek

– Bom, eu sou o...

– Poupe suas palavras líder. Sei quem você é. Quatro, o mais odiado por Eric. – gargalhou.

– Certo! – murmurou o rapaz seguindo a caminho do “acampamento” e sem deixar de dar uma risadinha da esperteza da moça. – Mas afinal, como sabe...

– Eu era da Audácia. Sei bastante sobre você e mais outros membros de lá.

– Percebi!

Em seguida, Quatro, Marcus e Alek já voltavam para o “acampamento” juntando-se ao restante do grupo.

– Gente, essa é a Alek. Vai se refugiar aqui com a gente. – anunciou Quatro.

– Desde quando? – perguntou Lena um tanto preocupada com a presença da garota da qual não gostara nada nada desde que vira.

– Desde que ela quase me matou. Acho que era isso que o Tobias queria né? Ver o pai morto, logo, para não ter mais quem cuidar?! – falava aos ventos Marcus ignorante.

– Olha só! Aqui estamos todos refugiados e se não queremos ser mortos e trabalhando em conjunto. – respondeu a Quatro a Lena ignorando o pai.

– Gente, vocês nem adivinham! – gritou Caleb vindo correndo sendo acompanhado por Hiendi

– Caleb, onde você tava? – perguntou Tris antes mesmo de se dar conta da presença da moça ao lado do irmão.

– Eu e Hiendi estávamos caminho e vimos que aparentemente parte do muro que cercava a cidade foi derrubado. Vários refugiados vieram para cá. – falou Caleb.

– Percebe-se! – indagou Isabela o óbvio.

– Gente, acho que nessa situação não há mais nada o que fazer. Devemos nos unir realmente. Se vários refugiados do sistema imposto a nós pela Erudição estão fugindo, logo o exército de Jeanine virá e mais forte, com drogas agora capazes de nos controlar. Sei disso, pois senti na pele o experimento. – recitou Quatro em alto e bom tom. – Acho melhor a gente formar o nosso exército.

– Mas como se somos tão poucos? – perguntou Marcus (dizendo finalmente algo que prestasse).

– É? – consentiu Lena.

– Somos poucos, mas como Caleb falou foi feito um rombo no muro. Muitos dos refugiados podem estar perto e longe de nós aqui nessa mesma floresta. Nos resta agora só não começar uma guerra aqui e se preparar para qualquer coisa que Jeanine possa estar planejando agora porque sei que ela está. – discursou Tris.

– Alguém de acordo? – perguntou Quatro.

– Sim. Estamos. – respondeu Isabela por ela, Lena e Violet, que estava ao lado delas.

– Aham! – assentiram o restante do grupo, agora determinados a fazer uma verdadeira frente de batalha contra o exército de Jeanine.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e aguardo a personalidade dos seus personagens (aqueles que já não me mandaram) por mensagem privada. Beijinhos e até a próxima!
Personagem dos leitores:
— Alek Warlock
— Hiendi Miller