Divergente's Refúgio - Interativa escrita por MaryDuda2000


Capítulo 4
Água fria


Notas iniciais do capítulo

Gente, vou avisar que têm personagens faltando a personalidade (que pedi no último capítulo) e completar alguns itens das fichas (como foto e história).
P.S: nem todos os personagens aparecerão todos os capítulos, como são bastantes, a não ser aos originais da própria história de Divergente.
P.S.2: Faltam homens gente! Se souber de alguém que queira participar da fanfic, pode chamar, aceito fichas femininas e masculinas, contudo tem bastante mulher e pouco homem.
P.S.3: Espero seus comentários, não por número, mas também porque gosto de saber suas opiniões, o que acham da aparição e desempenho dos seus personagens e qualquer erro ou mudança avisar por MP.



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Dean caminhava rumando ao fim, o início de algo que lhe traria salvação. Determinado, porém sem muito a fazer, o rapaz só andava e andava, sempre em frente, buscando afastar-se cada vez mais de Chicago e buscar não só companhia, mas também alguma coisa quem nem ele mesmo sabia.

Olhando para o céu e deliciando o pouco de vento que passava pelas folhas das árvores, robustas e altas, tropeçou em algo e caiu ajoelhando cara a cara com uma linda jovem de cabelos loiros. Acho estranho, levantou-se de imediato procurando ter cuidado com talvez uma possível armadilha de algum dos grupinhos formados após a derrubada de parte do muro, cujo foi seu modo de liberdade.

Aproximou-se um tanto e falou em alto e bom som para que a moça acordasse, contudo nem sua respiração era escutada. Tirou de cima dela um pano que encobria seu tórax para baixo do corpo e deparou-se com tal sujo de sangue rubro e fresco. Achou que estava morta, levantou e ia afastando-se ao ouvir um suspiro fumegante. A jovem estava se debatendo, contorcia-se toda e não falava coisa com coisa, somente gemidos de dor.

– Você tá bem? – perguntou desesperado o rapaz. – Claro que não né, idiota! – respondeu o mesmo ao analisar corretamente o que via.

Nesse mesmo momento, pegou a jovem nos braços e a carregou em direção leste, na qual ele havia passado por uma espécie de riacho no caminho até tal encontro desconcertado. Pouco tinha andado, foi intimidado com um vulto, alguém que corria muito rápido mesmo, sem ao menos dar para ver ou detalhar nada.

Abaixou-se e colocou novamente a moça no chão, armando-se para qualquer imprevisto. Em momento importuno, aparente da aproximação constante de tal vulto, a jovem acordo cravando suas unhas grandes no pescoço do rapaz, logo deixando-o vermelho e sem poder respirar.

– O que você quer comigo? – perguntou.

– Nada. Tava tentando te salvar. – respondeu angustiado sem conseguir fazer a garota soltar seu pescoço.

– Sei... – falou em tom de desconfiança, soltando Dean.

– Sou Dean. Acho que lembro de você...

– Só acha mesmo. Eu era da Audácia e você não é de lá, né?

– Como você sabe?

– Haha! Se fosse Saberia como escapar as minhas unhas.

– Ok! Não sou. To me refugiando. Jeanine matou minha família então, fugi em busca de uns amigos...

– Você não é Divergente né?!

– Não, mas como sabe?

– Porque os Divergentes fogem por liberdade. Sou Raven.

– Pois é... – dizia Dean se auto interrompendo e dando atenção ao sangue no pano. – Você está sangrando.

– Ai, percebi – indagou Raven dando um risinho para descontrair, sem aparentar preocupação. – Já tem um tempo que estou assim.

– Você precisa de ajuda!

– Não, não. Logo passa.

– Como assim?

Nesse momento, a jovem pegou a mochila que o rapaz encontrara com ela e abriu lentamente. Logo, ouviu-se gemidos baixos, quase nulos, emanados dali. Ao olhar novamente, Dean ficou paralisado. Raven tirava cuidadosamente da bolsa grande e acolchoada, um bebê que por sorte não morrera sem ar fechado ali dentro.

– Esse é o meu motivo de liberdade e sangramento. – comentou Raven com um leve sorriso no rosto e abrigando em seus braços aquele ser tão pequenino ainda um tanto sujo de sangue.

– Então, você deu a luz aqui? Sozinha?

– Sim... Alyssa é meu único motivo de viver agora. Fugi grávida daquele salafrário que aproveitou o caos de Jeanine e tentou nos matar.

Dean simplesmente ficou ali, quieto e admirando solene força de Raven que contava sua história cuidadosamente, detalhe por detalhe, sem nada a esconder sobre seu romance com Josh, um membro, chefe da Audácia, que se aproveitou da ingenuidade da moça e a levou para a cama.

Enquanto isso corria Alice velozmente, com um cantil cheio de água que pegara de um riacho, não muito longe nem muito perto, para ajudar e salvar a vida da sua pobre mãe que muito mal conseguia respirar após ser receptora voluntária de uma flecha na altura dos pulmões para salvar a filha de apenas quinze anos, lavando o ferimento sem solução.

Mais atordoada seria quase impossível ficar, pelo menos imaginava a menina que se perdera da irmã na derrubada do muro de Chicago. Esta segurava firmemente as lágrimas e escutava os dificultados respiros da mãe juntamente a palavras que indicavam um doloroso adeus que não tardou em chegar.

Após fazer uma oração pedindo a Deus cuidado com a alma de sua falecida e amada mãe e clemência a bondade de reencontrar a irmã, Alice cavou o mais fundo possível com suas mãos pequenas e trêmulas e realizou a terrivelmente dolorosa tarefa de enterrar a mãe.

Com medo de viver ao mesmo tempo morrer, Alice levantou e correu o mais rápido que pôde em direção a um nada que o destino lhe levasse, passando por árvores e arbustos sem nem pensar no que havia a frente, caindo, rolando, levantando-se e voltando a correr mais e mais até esbarrar em alguém e cair numa espécie de poço encoberto por galhos de árvores e folhas secas.

Juntas, Alice e certo alguém caíram no longo trajeto até chocar-se com a água congelante, aos moldes de que fria seria pouco para descrever. Era escuro e apertado. Alice muito pouco enxergava e ao se deparar com a possível parede do poço foi afundada em águas por quem esbarrara. Sentiu o líquido invadindo suas cavidades nasais e mesmo fazendo força não conseguia sair dali. Por um momento de talvez descuido de quem sabe um assassino que ali estava presa, Alice voltou a tona e empurrou tal contra a parede fria e cheia de lodo do poço.

– Me solta! Me solta! Eu tenho que sair daqui!

– Também tenho, mas para.

– Eu quero sair daqui.

– Calma! Calma! – falou Alice olhando para cima. – Fica o mais próximo que puder da parede, assim não vai se afogar.

– Aqui é muito apertado, frio e tem muita água. – dizia repetidas vezes a voz feminina.

– Olha, segura aqui. – murmurou Alice que aumentando o tom de voz ao ser pega pelo desespero da colega de poço, dando sua jaqueta, presa a cintura, para a jovem segurar. – Logo, alguém vai aparecer para ajudar a gente.

– Ninguém vai chegar a tempo. – declarou a moça desconhecida com pessimismo junto ao medo.

– Vão sim. Acalma o coração, senão você vai morrer de verdade.

– Tá, ta bom... Sou Cassie e você?

– Alice, agora, você acha que consegue me acompanhar?

– Em quê?

– Vou tentar escalar isso aqui. Não é tão alto. Consigo ver a luz pouco mais acima.

– Sim. Sim. Sim. Sim, eu consigo. – eufórica dizia Cassie – Tenho que conseguir. – sussurrou em seguida.

– Então vamos.

Por falhar naturais, pedras rachas e por mais incrível que pareça, secas, Alice e Cassie subiam lentamente e depois de muitas paradas e possíveis chances de voltar à estaca zero, Alice consegue colocar a mão direita no “chão” e sentir a terra na ponta dos dedos. Ao fazer seu maior gesto de força para sair definitivamente dali, foi surpreendida por uma mão, forte que a puxara para fora dali rápido. Em seguida, Cassie deixou por um momento de olhar para baixo, o escuro por ela finito em água e olhou fixamente para o rosto do seu anjo salvador.

Alice estava deitada sem menor preocupação do que veria a seguir. O rapaz se levantou ajudando Cassie a levantar também. Alice em seguida recebeu novamente a ajuda do rapaz alto e moreno, perfeito nos olhos de Cassie, a nerd de cabelos repicados ruivos e sardas no rosto cordial.

– Tudo bem? – perguntou o rapaz.

– Sim! – afirmou Cassie.

– Que furada vocês entraram não?

– Pois é. A culpa foi minha. – retrucou Alice, enfim suspirando livremente.

– Quem é você, anjo? – perguntou Cassie, quando voltou a realidade avistando uma jovem de longos cabelos castanhos claros que chamava o rapaz a sua frente e caminhava a sua direção.

– Quatro? Tudo bem?

– Sim. Eu achei essas duas meninas ainda agora.

– Vocês também fugiram de Chicago? – perguntou a jovem.

– Sim – respondeu Cassie e Alice em coro.

– Sou Tris. Esse é o Quatro. Venham conosco. – disse Tris segurando na mão de quatro e fazendo sinal para as duas os seguirem.

Não demorou muito e já estavam no acampamento. Lena, Isabela e Violet dedicavam-se a construção de um arranjo forte o suficiente para aguentar a possível chuva que viria ao anoitecer já próximo, sendo ajudadas por Caleb e Marcus que traziam grandes e pesados galhos de árvores encontrados ao chão da floresta e formando aos poucos uma espécie de cabana sem paredes, rezando forte o suficiente para uma única noite, pois tudo seria desfeito e melhorado no dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Personagens dos leitores:
— Raven Montgomery
— Dean Winchester
— Alice Feresin
— Cassie Schedar