Regressive Infectio escrita por Inocense


Capítulo 41
Capítulo Trinta e Cinco


Notas iniciais do capítulo

Oi minha gente linda... E então, vocês querem drama? Alguém me falou sobre drama? Então, tomem drama. Porque esse é um capítulo cheio disso. Mas é um dos que eu mais odiei, ok, estou preparando o terreno nas ações tempo todo, mas não tem como, sinto que não tem coerência nas atitudes, não é pra ter realmente, mesmo assim... Não sei, não gostei.
Quero a opinião de todos e talvez até ideias XD Ah e nas notas finais uma questão que gostaria da opinião de vocês.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/501963/chapter/41

Sentou-se enquanto as lágrimas corriam pelo rosto.

O ar não entrava em seus pulmões. Como se respirava exatamente? Como controlar o choro para que a sua situação não fique mais humilhante? Como fazer algo parar de doer?

Se Lucy soubesse a resposta para qualquer uma destas questões, ela se sentiria a pessoa mais feliz do mundo. Ao menos naquele momento.

— Com tudo esclarecido. – Sting voltou a falar e tudo o que ela queria fazer era gritar para que ele se calasse. Ele já havia dito coisas demais. Ela não queria nunca mais ouvir sua voz. – Podemos ir de uma vez. – balançou nas mãos as chaves do carro esporte de luxo que gostava de usar.

No rosto nenhuma expressão que indicasse qualquer coisa senão a mais profunda naturalidade. Isso não poderia ser natural. Ela se recusaria a aceitar.

Há menos de dois minutos ele havia encerrado o seu discurso que explicava detalhadamente sobre como ele não tinha mais interesse em manter um relacionamento com ela, sobre o quão chato era lidar com uma garota inexperiente e que agia como uma princesa. Uma fala sem nenhuma razão ou racionalidade.

Francamente, Lucy nem mesmo havia acreditado nele. Porque era tão sem logica que não tinha como o fazer.

Há menos de vinte minutos eles estavam no banho e se divertiam. Ele disse que a amava.

— Você... – murmurou erguendo o rosto e então o encarou. Como ela poderia acreditar nele quando embora a expressão fosse leve, os olhos pareciam se trincar de tristeza? O que estava acontecendo? – Do quê está falando? – questionou e observou uma pequena expressão de dor passar pelo rosto dele.

— Não me faça ser cruel novamente, sabe que não quero ser esse tipo de cara. – abaixou a cabeça e se escorou no batente da porta.

— Você não é...

— Não sou? – o sorriso que surgia era tão cruel que ela sentia vontade de ordenar para que ele parasse. Não queria ver o mesmo no rosto do namorado. – Sabe que sim. Sou Sting Eucliffe. – abriu os braços. – O único cara desta cidade, de vivos ou mortos-vivos, que pegou a Heartfilia. – uma expressão convencida surgiu em seu rosto. – Pegou de verdade. – completou fazendo com que a fala doesse mais ainda.

Ele já havia dito algo assim, quantas vezes? Talvez essa fosse a terceira e em todas as vezes doíam, mas Lucy fazia questão de perguntar novamente, porque nem mesmo a dor a fazia acreditar as palavras que saiam de Sting.

— Não. – fez um sinal negativo e limpou o rosto. Não iria chorar, não era verdade, ela não precisava chorar.

— Blon... – parou de falar e então respirou fundo. – Lucy. – estava se aproximando e embora ela quisesse o abraçar, sentiu vontade de sair correndo. Apavorada com sua presença. – Sempre foi a garota mais inteligente da cidade. – se abaixou para que ficasse no mesmo nível que ela. Como um adulto que fala com uma criança birrenta. – Não me decepcione agora. – segurou ambas suas mãos. – Você entende o que está acontecendo aqui, certo? – questionou.

— O quê? – ela obviamente não entender.

— Olhe a sua volta Lucy, a porra do mundo está fudido! – se exasperou. – Acha mesmo, que tendo que lutar dia após dia para sobreviver, com essa merda toda ocorrendo, um romance realmente forte iria surgir? – havia deboche em suas palavras, crueldade em seus olhos. – Não seja idiota. – era quase um pedido.

— Mas você disse...

— O que precisava dizer! – fez um sinal negativo se erguendo. – Eu te falei, no inicio, sei como agir com garotas românticas à moda antiga. – e ele havia dito. No caminhão ainda, quando todos estavam na escola, essa era quase exatamente a frase que Lucy ouviu sair da boca dele. Ela se lembrava do quanto achou romântico. – Foi o que fiz, não menti, sabe? Queria pegar você antes, não do acampamento, mas desde que chegou lá e bem, não é como se eu tivesse escolha, a Erza nunca transaria comigo, ela não cai em qualquer conversa e é muito brava, além de claro...

— Cala a boca. – pediu firme e o viu sorrir.

— Você tem uma facilidade de ignorar o que quer, não? – colocou as mãos na cintura e olhou para o teto. – O problema de ignorar os problemas, é que eles acabam batendo com força para serem notados. – voltou a encarar a garota.

— Por que está fazendo isso? – fechou os olhos com força, não iria chorar, mas já chorava.

— Necessidade. – deu ombros. – Agora vamos voltar para o restante do grupo, não tenho nenhuma intenção de continuar bancando o namorado, eu não menti, acho isso, essa palavra, namorado, uma coisa grotesca. – havia desprezo em suas palavras e nojo, tanto nojo que Lucy se sentia mais mal que em qualquer momento, porque isso era sincero.

— Eu tinha certeza que...

— Nada. – desdenhou. – É só uma garota carente que queria um romance literário. – rodou os olhos.

— Você arriscou sua vida por mim! – não tinha como ele não se importar. Não tinha mesmo.

— Um pouco. – maneou a cabeça. – Quando entrei, não era tão perigoso assim. Estava perto de você, cheguei antes. Era fácil. – fez pouco caso. – Ainda assim, faria isso por qualquer pessoa, muito mais por qualquer outro do grupo, por você não. – o problema da fala não era a dureza, era a forma que ele dizia as palavras, como se estivesse pensando alto, algo natural que saia de si. – E você ficaria surpresa do que já fiz por uma foda. – sorriu, como quem tem uma lembrança.

— Uma foda? – sussurrou se encolhendo.

— Quando não se tem muito mais os instintos primitivos sobressaem. – para ele parecia simples. – Sono, fome, prazer. – enumerou. – O prazer é um deles. – moveu os ombros. – Normalmente, pela situação, eu até iria te propor que continuássemos sem compromisso. Um acordo, sabe? Você não é tão ruim de cama, embora já tenha tido melhores. – a encarava de cima. – Mas, concordamos que você não consegue diferenciar sentimento de necessidade. – se abaixou novamente. – Eu não faria isso de te oferecer o que realmente quero quando vai te magoar mais. Só pelo que já passamos é capaz da Erza me matar. – respirou fundo e então pareceu pensativo. – Acha que consegue, Lucy? Entender que eu não tenho interesse em amar você, mas ainda posso querer repetir a dose? – era uma proposta humilhante.

Ela o encarou por alguns instantes. Sem expressão, a dor era tamanha que não movia mais nenhum musculo.

— É, acho que não. – se ergueu levantando as mãos. – Então, estamos acertados ou você vai preferir ficar dramatizando um caso romântico quando está acontecendo o apocalipse? – questionou.

Com uma pergunta, Sting tinha feito o mesmo que seu pai. A dor que Lucy sentia a fazia se sentir culpada por isso, por sofrer por algo tão banal em meio a tantos problemas.  Então ela sofria pela culpa e se sentia culpada por isso.

Talvez não fosse só impressão. Sting e Jude não deveriam ser tão diferentes.

— Quem cala consente. – ele definiu por si mesmo e novamente ergueu a chaves. – Vamos? Natsu acordou! – sorriu, como se isso fosse o suficiente para que tudo se abrandasse e ela esquecesse as palavras que haviam sido ditas há poucos segundos.

Lucy o encarou e por um momento quis caminhar até ele e pegar as chaves. Fazer que ele fosse sozinho e á pé. Enquanto encarava o rosto bonito de Sting, sentiu vontade de usar toda a história que ele havia a dito contra ele. Explicar a sua situação, quem ele era e de onde havia vindo, quem ela era e a quem pertenciam o carro esporte que ele não deixava a chave de lado por nada. O quanto ele deveria ser grato e aprender a agir como homem antes que ela deixasse de agir como alguém caridoso o suficiente para aceitá-lo em sua casa, mesmo ele sendo um lixo.

Porque Sting Eucliffe estava se mostrando ser menos que um lixo. E não era nem mesmo um lixo racional.

Mas apenas ficou em silêncio o encarando. Qualquer dor que o infligisse, isso se conseguisse o fazer, não amenizaria nada. Então, não gastaria essa energia.

— Vá à frente. – foi tudo o que saiu da sua boca.

— Vai escolher a ideia da traída dramática. – concluiu. – Você que sabe, não vou bancar o paciente. – girava as chaves no dedo. – Vou indo, se quiser ir, venha atrás, senão, está na sua casa, Princesa. – se curvou em uma reverência.

Lucy nada respondeu. Apenas deixou que Sting saísse e então deixou o tronco cair sobre o colchão. As primeiras lágrimas saíram antes que ela conseguisse as conter e tudo o que ela se lembrava era do que já havia passado com o loiro.

Não podia ser mentira. Ela até aceitaria o sentimento acabar. As coisas acabam, não? Mas não existir era demais para sua cabeça. Ali, deitada da mesma forma, ele havia contado a musica do Bon Jovi para que ela se animasse e superasse a morte do pai. Havia tido a sua primeira vez, acreditado completamente nele. Na mesma manhã ele lhe despertou aos beijos e sorrindo. No maldito banheiro da suíte ele simplesmente se abriu por inteiro e contou sobre seu passado.

Como Sting poderia pedir que ela acreditasse nas palavras cruéis que ele dizia? Por que simplesmente não foi honesto? Seja lá qual fosse a verdade. Ele gostava dela, não tinha como não gostar.

Eles estavam apaixonados!

Ao ouvir o som do esportivo sendo acelerado com força, acabou correndo até a janela e conseguiu observar apenas os faróis se afastarem e então desaparecerem na imensidão da residência. Ele havia ido embora. Ido e sem ela.

— Volta. – murmurou se deixando desabar de joelhos. – Meu Deus, por favor, o faça voltar. – implorou em meio aos soluços e apoiou a cabeça na parede. – Sting, só... Só não me deixe. – voltou a implorar.

Os pedidos duraram por muito tempo. Ela normalmente não faria isso. Não era o que um Heartfilia deveria fazer. Quem se importava? Havia se apegado à Sting como se ele fosse a cura para todos os problemas. A morte da família, o fim do mundo, o amor não correspondido que sempre teve por Natsu. Sting era a luz que a tirava do fundo do poço depois de anos de clausura.

Porque ela se importaria por estar implorando por um pouco mais? Era a sua felicidade e de que serviria sua dignidade se não estivesse feliz?

Por isso chorou, por isso implorou, rezou. Debateu. Gritou. Quebrou o que podia ser quebrado dentro do seu nível de alcance e quando o cansaço se abateu sobre ela. Voltou a posição inicial, na parede, implorando por ele. Para que acordasse e fosse um pesadelo. Pra perder a sensação de solidão.

— Está aí? – a voz a fez despertar dos devaneios. Não havia adormecido, mas era como se tivesse. Quanto tempo tinha se passado? Não tinha a menor ideia. Supunha que não muito.

Mesmo assim, o corpo doía como se tivesse permanecido muito tempo naquela posição. Congelada e incapaz de se mover. Mesmo assim, ela só conseguia pensar que havia sido desperta e se lembrar de mais cedo, quando Sting a acordou sussurrando em seu ouvido e lhe beijando.

— Achei você. – para piorar a sua situação, a luz do quarto foi acesa e ela se sentiu exposta e com dor nos olhos. – Lucy, o que está acontecendo? – o tom preocupado era reconfortante.

E quando Gray a puxou, ela só conseguiu o abraçar, como uma afogada que se agarra à boia, tentando sobreviver de qualquer forma. O moreno, apenas ficou sem reação de inicio e então, após entender do que a amiga precisava, retribuiu o abraço.

— O Sting... Ele...

— Não. – Gray a cortou, os braços agiram rápido e a circularam de forma que conseguissem a erguer. – Não vamos falar disso agora. – caminhou até a cama e deixou que Lucy ficasse ali.

— Me perdoe por chorar... O mundo está acabando, mas é que dói. – o encarou e o moreno sorriu. Um sorriso bonito e amigável.

— Chore, se é o que está com vontade de fazer. – se deitou também e ajeitou a garota em seu corpo. – Quem diz o que é certo ou errado? Eu? – fez um sinal negativo. – Se quer chorar Lucy, tudo bem, eu te espero. – completou beijando a sua cabeça.

.

.

.

— Ele gosta de mim. – afirmou enquanto observava a paisagem passar. Estava de manhã, embora Gray tivesse estranhado a loira não comparecer na enfermaria com Sting e em seguida ir até a mansão conferir o que havia ocorrido. Ele permaneceu com ela durante toda a noite.

Nenhum dos dois considerava que Lucy, completamente em prantos, estava em um estado que deveria ser lavada para a enfermaria. Ele preferiu esperar por toda a noite. Não havia feito nenhuma pergunta e sim deixado que ela chorasse e quando sentia vontade, gritasse. Até que o pranto e a dor fosse tão sentida, de forma tão desesperada, que se abrandasse. Só quis garantir que durante todo o tempo ela tivesse em quem se apoiar.

Quando o sol nasceu, ela havia decidido tomar um banho gelado no banheiro social da casa e quando saiu, já não chorava. Não chorou também ao contar o que de fato tinha ocorrido, apenas fez um café rápido e pediu que o moreno a levasse para a enfermaria.

No carro ainda comiam e ainda falavam do rompimento. Lucy considerava que eram duas coisas que não combinavam. Comer e se lembrar do que havia ocorrido entre ela e Sting.

— Acredito que sim. – o moreno concordou e embora uma pontada de esperança tivesse surgido nela, se desfez disso.

De que adiantava um gostar, um carinho ou um amor que se tornava fraco diante de qualquer coisa e não te impedia de machucar o próximo? Não se deveria ficar feliz por ser o alvo de um sentimento tão infundado assim.

— Provável ele também saiba e por isso fez o que fez. – levou o biscoito até a boca e ofereceu um para Gray que apenas pegou um para si e mastigou com força.

— Isso só torna tudo pior. – o desprezo nas palavras eram evidentes e ela sabia, o amigo tentava não demonstrar nada para não a abalar ainda mais. – Ser um sem caráter com as garotas que você não se importa? Isso é ruim, mas aceitável, agora, machucar quem você ama? – a expressão era de nojo, Lucy pensava que nada era aceitável. – É preciso ser muito merda para isso. – completou e Lucy concordou e pensou que para Gray a atitude de Sting realmente era completamente fora do padrão.

Começava a dividir o mundo em duas partes. Os que se importavam apenas consigo mesmo e os que se importavam com os outros. Gray que havia superado a sua depressão apenas para não preocupar os amigos e que até hoje se amaldiçoava pelo que fez a garota que amava, ele participava do pequeno lado em que preferia colocar a pessoa que amava á frente de tudo. Jamais conseguiria entender uma atitude egoísta como a de Sting.

Ela precisou de uma noite acordada e de uma ducha de água fria, que lhe serviu mais como tapa na cara de realidade, para saber com que tipo estava lidando. Entendia o segundo grupo, não por ser exatamente assim, mas sim por conviver com muitas pessoas que poderiam ser a imagem que o representava. O motivo de Sting ter feito o que fez era apenas um, ele mesmo, ele viu algum beneficio para si nesse ato, então ele fez. Não se importava com o resto o suficiente para saber o que estava ocorrendo ou o que o outro estava sentindo, ele não se sentia culpado talvez, porque simplesmente não imaginava que Lucy iria sofrer. Só pensava em si e no que ele mesmo estava sentindo. Em como ele deveria agir, o que ele perderia e ganharia.

Ele, apenas e somente ele.

Realmente, Sting lembrava e muito Jude Heartfilia.

— Quem se importa no fim? – existiam mais biscoitos, mas preferiu não os comer.

— Eu?! – Gray a encarou irritado. – O idiota faz você ficar devastada por ser um merda, quem se importa? Eu me importo e mesmo que ele não se ligue, ele vai sentir o quanto eu me importo. – não era preciso ser o gênio para saber o que o moreno planejava.

— Ele é seu amigo também. – fez um sinal negativo, não achava que Gray tinha que se envolver nisso.

— Mais um motivo, que tipo de amigo eu seria se deixasse ele se tornar esse merda que está se tornando? – questionou irritado.

— Isso só vai criar inimizade no grupo. – argumentou. – Não é algo que queremos, não por enquanto. O Natsu acabou de acordar, as coisas estão melhorando, todos podem ficar bem. – como há dias não ocorria.

— Você não está bem, Lucy! – parecia incrédulo. – Então todos não podem ficar bem.

— Gray. – recostou a cabeça no banco, ele não entendia e para piorar já conseguia ver a enfermaria. Logo ele estacionaria. – Me promete que não vai fazer nada. – pediu.

— Não fazer nada uma ova! – acelerou mais o carro. – Vou quebrar a cara daquele idiota, se ele não virar homem assim, ao menos vai repensar antes de se meter novamente com você toda vez que mexer o rosto. – e pela forma que ele falava, não era como se fosse uma brincadeira ou exagero.

— Não se envolve nisso, por favor?! – tentou ser mais enfática. Gray já estacionava o carro e isso deixava seu rosto mais e mais tenso. As veias do pescoço pareciam se sobressaltar. – Você não precisa se meter na situação, tudo já foi resolvido. – talvez a dureza funcionasse.

— A gente se mete na situação um do outro Lucy. – ele a encarou, mas então deixou que o corpo deixasse de lado parte da tensão.

— Isso não quer dizer que tenha que fazer alguma coisa. – murmurou. – Você já fez o que eu precisava que tivesse feito. – sorriu para ele. – E obrigada! – completou o fazendo sorrir.

— Você é boa demais, mas se ele fizer uma coisinha mínima... – foi a resposta que recebeu antes de Gray sair do carro.

Saiu logo em seguida e por alguns instantes estava observando a enfermaria e pensando se veria Sting. Impediu esse pensamento de passar por si e preferiu se concentrar na parte cheia do copo, Natsu estava acordado.

O que talvez indicasse que ela iria ter novamente alguém que a tratasse mal.

— Então em fim chegaram. – a voz de Erza foi a primeira que se manifestou quando Lucy e Gray entraram. Ela parecia animada e disposta. Provavelmente tinha acordado há pouco tempo.

Além dela, na sala de espera da enfermaria estava Gajeel e o moreno já possuía uma expressão que era no mínimo um contraste gritante com a expressão da ruiva. Ele sabia, Lucy concluiu pela forma que era encarada, com uma mistura de revolta e incredulidade.

— Precisei resolver algumas coisas, lá. – disse simplesmente e ouviu um som estranho de Gray.

— Trouxeram mais capuchino, acho que poderia matar alguém por eles de tanto que quero um. – a garota ignorou tudo e encarou Gray. Ele apenas jogou uma sacola na direção dela.

— Vou ver o Natsu. – enquanto encarava o rosto animado da ruiva, Lucy preferiu se dirigir na direção do quarto. Estava aberto e ela conseguia ver parte do corpo dele.

Natsu estava acordado, nem tudo eram problemas.

— Lucy. – dois passos antes de chegar ao quarto, Sting surgiu, provavelmente saído do banheiro. Os olhos parcialmente surpresos de a notarem, o rosto inicialmente desanimado, mas então com um pequeno sorriso, de inicio machucado. – Demorou menos do que eu imaginava pra superar e vir. – foi tudo que comentou enquanto o sorriso se tornava forçadamente debochado.

Resolveu ignorar e seguir seu caminho, mas acabou sendo interrompida.

— O que você falou? – Gray questionou atrás da garota. O amigo não tinha prometido nada, então ela não poderia o culpar pelo murro que acertou no rosto de Sting, ou pelo chute na lateral da cabeça, pegando o ouvido e pescoço.

Ela tentou entender a situação, mas tudo acontecia rápido demais. O loiro caiu no chão para em seguida levar um chute, não no estomago ou em qualquer parte do corpo. No rosto, forte o suficiente para o fazer rolar pelo corredor. A perna quebrada parecia ter problemas também, mas quem estava se importando?

— Que merda é essa?! – Erza gritou correndo na direção dos dois. Gajeel apenas assistia tudo, não tinha nenhuma intensão de se erguer. Gray acabou ignorando a amiga e então mais um chute foi dado. O sangue do loiro já escorria, mas ele conseguiu se defender um pouco, principalmente pela ruiva tentando imobilizar Gray.

Não parecia tão fácil quando nos filmes.

Lucy não se interessou nisso. Entrou dentro do quarto e então fechou a porta com força, para em seguida se escorar na mesma e deixar algumas lágrimas caírem do seu rosto. A confusão do lado de fora parecia instaurada e os gritos se confundiam em sua mente.

Ela não queria os ouvir, por isso se afastou da porta. Queria tapar os ouvidos e ficar no mais absoluto silêncio. Não precisava disso. Não por agora, depois poderia ter uma opinião formada. Não agora. Não agora. Queria implorar.

— Lucy – a voz fraca de Natsu foi o que surgiu no quarto chamando sua atenção. Era estranha a forma que a voz dele, mesmo baixa conseguisse ter tanto destaque, era inevitável olhar na direção do rosado. Os olhos negros a encaravam fixamente, pareciam tentar analisar a situação. Lucy tinha se esquecido do quão bonito o abismo que os olhos do rosado conseguiam proporcionar.

— Natsu – sussurrou para logo em seguida mover rapidamente as mãos. Secou as lágrimas que caíram.

— Você... – ainda a encarava e então franziu a testa. – Por que você não está sorrindo? – e ela simplesmente não conseguia entender do quê exatamente o rosado estava falando.

E ela se lembrou, ao que parecia era uma coisa que o preocupava bastante e desde sempre. Ela sorrir. Ergueu as mãos até a boca para abafar qualquer som, mas não teve como impedir que as lágrimas caíssem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Não matem o Sting, um dia explica o que ele está fazendo, um dia, não hoje KKKKK' Vamos ao importante. Eu planejo mesmo melhorar esse capítulo futuramente. Porque sinceramente não gostei, achei infantil e até a parte do Gray na mansão achei desnecessária para terem ideia do meu ranço (amo as partes deles) a da briga eu gostei, achei que mereceu KKKK' O que planejava mesmo, era uma Lucy mais fria, só que, contudo, porem, todavia, entretanto não sei se ela nesta altura do campeonato, com o desenvolvimento até aqui, está pronta para uma atitude de simplesmente aceitar a chave do carro e ir com o Sting até a enfermaria, contudo tiraria toda essa parte desnecessária que realmente, achei muito dramática dada a situação que se encontram.
Gostaria da opinião de vocês... Ah e mais uma coisa... O Natsu acordou mais amorzinho, mas não esqueçam que ele é um ogro. Obrigada, de nada, não esqueçam de comentar KKKKKK



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Regressive Infectio" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.