Regressive Infectio escrita por Inocense


Capítulo 39
Capítulo XXXIII


Notas iniciais do capítulo

Olá, depois de tanto tempo XD

Poderia estar matando, roubando ou me prostituindo, mas estou aqui apenas, tendo a mais completa cara de pau e voltando. Como sempre disse, iria completar a história. Então, antes de tudo, vou explicar como que vai acontecer (não quero os deixar na mão).
A história em si eu irei dividir em partes e vou postar até o fim da primeira parte aqui (acho que já ate mencionei sobre). Para o fim, faltam poucos capítulos que já foram escritos, mas mesmo com os capítulos já escritos, sou uma aberração. Então vou postar todos de uma vez e agendar para ser semanalmente (então se ocorrer de nem sempre responder ou ter notas mais pessoais, é porque tudo já está escrito).

Acredito também, que será o fim das minhas postagens no Nyah, ocorreram muitas coisas nesse meio tempo e vou procurar uma plataforma que dê mais visibilidade principalmente para originais (não sei como, uma vez que faço fanfic até dos personagens dos meus originais, Deus no comando, no mínimo kkkk). Mas é assim que vai ser, então, provável vou terminar R.I e partir.

Qualquer coisa, vou estar seguindo os comentários e sempre que tiver um tempinho, respondo porque realmente, de postar e realizar todo esse trabalho, os comentários são o que sempre me motivou e me fez querer seguir uma carreira (que no Brasil é pedir para morrer de fome e por isso planejo ir para fora, então, vai que um dia não vejam um livro meu por ai). Todas as críticas ajudaram a história a crescer e vocês todas tiveram um lugar no meu coração.

Então, antes de me prolongar demais e nem é o fim... O capítulo...

Ah, tem um pouco de cenas meio quentes (não muito porque não achei coerente a situação - no fim explico - para algo de uau, que sexo selvagem) para quem não gosta, PULE O ITÁLICO.

De resto, espero que gostem



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Por um momento o coração de Lucy congelou enquanto entrava no escritório do seu pai.

O local estava aberto e tinha uma ótima iluminação, principalmente por ser meio dia, estavam na hora de almoço e como estavam fazendo nos três dias que se mudaram para a mansão, escolheram um lugar diferente para almoçar. Isso deveria ser normal, era normal.

Mas ela não evitou ficar parada na porta e encarar o loiro.

Semblante serio observando o notebook, os olhos obscuros e a pose quase majestosa. Tentou tirar o pensamento da mente, mas não conseguiu, por alguns instantes viu o próprio Jude Heartfilia sentado ali e quando ele a encarou, com olhos duros, ela quase tremeu.

— Aproveite que hoje a comida está ótima. – Gray, alheio a qualquer sensação de déjà vu que Lucy poderia ter, se aproximou animado do amigo. – Ela está melhorando. – explicou e o loiro fez um sinal positivo enquanto fechava o notebook.

Não falou nada. Sua expressão não era a melhor e Lucy poderia saber o motivo, afinal o que ele tinha em mãos era o notebook dela, que ainda possuía Natsu de plano de fundo. Mas ela não soube naquele motivo. Apenas o encarou sem expressão.

Ela sempre encarava o pai assim. Ele não gostava de sentimentos.

— Vai ficar aí? – Gray questionou se sentando em uma das cadeiras de frente para Sting. Lucy acabou fazendo um sinal negativo e caminhou até a mesa. Os olhos do loiro fixos nela.

— Você está me lembrando meu pai. – foi tudo o que disse para Sting que franziu a testa por alguns instantes e observou suas vestimentas. Estava com um pijama de Jude e o pé erguido. Não conseguia entender qual semelhança tinha com o patriarca da família.

— Poderoso? – arrumou a gola do pijama e sorriu.

— Você é loiro, apenas isso. – Gray debochou e Lucy deixou o copo de suco na frente do prato do namorado antes de se sentar. Só então notou o notebook.

Então os olhos se arregalaram e ela se deixou cair na cadeira. Como oferecer uma explicação para o loiro na frente de Gray? Agiria normalmente e depois conversariam.

— Veja como isso está gostoso. – o moreno levou um pouco de macarrão até a boca. Era um macarrão simples, o fato de estar bom era porque Lucy havia colocado algum tipo de carne enlatada e essa já vinha temperada. – Está valendo a pena ficar aqui. – concluiu.

— Hum. – Sting fez um sinal positivo. – Como fui arrumar uma namorada que é boa em tudo? – encarou a loira.

— Deu sorte. – brincou sorrindo para ele. – Por falar nisso, teve alguma noticia de ontem? – ela sempre perguntava. Ou Sting, era Gray quem fazia a comunicação com Erza e Gajeel.

— Sim, linguei para Erza e tudo continua igual. – ou seja, Natsu ainda não havia despertado.

— Não te vi ligando. – comentou suspirando. Já fazia mais de uma semana que o rosado não acordava. O grupo inteiro tentava entender o motivo, mas ninguém conseguia chegar a nenhuma conclusão.

— Por que será? – o moreno estava sugestivo demais. Lucy sentiu o rosto arder, não era como se estivesse cometido um crime quando estava no seu quarto com Sting. Só estava descobrindo coisas novas, pouco a pouco. Não era errado, era?

— Eu dou muito trabalho. – Sting tinha um sorriso malicioso nos lábios e encarava a namorada, ansioso para ver a expressão mais e mais envergonhada dela.

 - Fica quieto! – a loira arregalou os olhos. – De todas as formas, como o Sting possui mais dificuldade com o manuseio das armas, é normal que passemos mais tempo juntos. – achou o que poderia ser a desculpa perfeita. O loiro fez um som de desagrado. Ele treinava e treinava muito, mas não melhorava realmente.

Era uma aberração e nem mesmo sua força de vontade conseguia mudar isso.

— Bom, de toda forma, mesmo com a comida boa. – Gray tomou a fala quando os loiros se encararam por tempo demais. – Acho que vou voltar para a enfermaria. – completou chamando a atenção de todos. – Já aprendi o suficiente, posso trocar com alguém para que você ensine. Acredito que a Erza e o Gajeel terão até mais serventia do que eu aprendendo. – ele tinha um ponto que Lucy e Sting concordavam.

Não era como se Gray fosse um ótimo atirador, mas conseguia se sair bem. O fato que mais importava era a sua serventia para o grupo, analisando tudo de forma racional, todos sabiam que ele havia ido apenas para oferecer suporte à amiga. Gray não puxaria o gatilho mesmo que isso causasse a sua morte ou a de outro colega.

— Provável que Gajeel venha. – Sting comentou, quase animado. Era sutil e Lucy precisou de meses para notar, mas Sting e Gajeel eram muito unidos, quase melhores amigos. Ou ao menos, após o inicio do relacionamento dos loiros, isso ocorreu.

— Sim, ele está interessado sempre em algo para exterminar essas coisas. – Gray concordou preso em seus pensamentos. Provável sobre sua forma de lidar com tudo. Ele não conseguia deixar de se sentir incapaz com a sua forma de agir, mas não conseguia mudar. Não bastasse as dores que havia sido imposta a ele pela situação, Lucy sabia que ele também se impunha outras.

— Ele é bem diferente de nós dois, não? – ergueu a mão até a dele e ofereceu seu maior sorriso. Então piscou para o moreno que apenas sorriu.

— Na minha frente? – Sting questionou erguendo a sobrancelha. – Azarando a minha namorada, na minha frente? – se fez de ofendido. Ele havia começado a fazer isso quando não estavam sozinhos, se referir à Lucy como “namorada” e não Blondie.

Algumas vezes usava um tom carinhoso e alegre, outras frio e distante. Ela desconsiderava sempre o frio e distante. Sting era um namorado que estava tranquilo, ela acreditava nisso e ninguém iria lhe dizer outra coisa.

— Cale a boca, você é só um namorado. – Gray fez pouco caso, já longe do seu mundo de martírio.

Lucy encarou Sting com um sorriso nos lábios, agradecida pelo que ele havia feito para o amigo. O loiro retribuiu com um olhar convencido e desdenhoso, fazendo pouco do que havia feito. Mas eram cumplices e se entendiam.

Eles se entendiam.

.

.

— Pense, Blondie, a casa ao menos é nossa.  – o loiro se deitou na cama e Lucy o encarou de lado. Gray havia ido embora poucas horas antes e ela já sentia falta dele. Sting não tinha sensibilidade para entender isso, na verdade, parecia ver apenas a casa vazia.

— Não me chame de Blondie! – murmurou encarando o teto do seu quarto. Vez ou outra via o pai ainda pendurado. Geralmente essa sensação desaparecia com Sting e por isso ele sempre estava com ela no quarto.

— Hm, tanto faz. – deu ombros e então sorriu. – Mas sabe? Nós, os seres humanos normais, sempre esperávamos por essas oportunidades, de ficarmos sozinhos com nossa garota em casa, dela ou nossa. – explicou.

— Já vi isso em filmes. – e livros, mas mais os filmes americanos. Ou comentários em redes sociais, mas bem, Lucy não era um ser humano normal. Não estava inserida nesta vida.

— Você é muito estranha! – debochou antes de lhe roubar um selinho. – Eu ficava imaginando, se um dia eu conseguir me aproximar daquela Heartfilia, como vamos fazer? – admitiu fazendo Lucy o encarar sorrindo.

— Desde quando quer se aproximar da Heartfilia? – se virou para ele.

— Muito, mas queria apenas te pegar, não crie essas expectativas. – deixou bem claro e ela o encarou questionadora. – Mais que a maioria. – suspirou se dando por vencido.

— Porque sou difícil. – lhe beijou a bochecha.

— E bonita demais, e uma incógnita e intocável e uma serie de outros motivos. – concordou puxando o corpo dela para perto do seu. – Agora, não é mais isso e eu continuo aqui, antes era Deus me mantendo longe de problemas e por isso não achava formas de me aproximar. – debochou. Ganhou como resposta um tapa da loira. – O fato, aqui e agora é, estou onde sempre quis estar, na situação que sempre quis estar e com quem mais queria estar. – se moveu de forma que ficasse sobre a loira, encaixado entre suas pernas.

Lucy sempre ficava chocada com a facilidade que Sting tinha de se mover na hora dos “amassos”, mesmo com a bota imobilizando a perna.

— Sim e o que planeja fazer? – questionou o encarando. Presas nos olhos azuis brilhantes dele. Sting acabou mordendo seu queixo de forma delicada e sorriu.

— O que sempre quis fazer. – respondeu simplesmente e ela o encarou. Não precisava de uma explicação detalhada, mesmo que não fosse obvio, o que era, nos últimos três dias, ela havia aprendido muito com Sting e dentro daquele quarto. Não era mais tão inocente.

Ela gostava de perder a inocência com Sting. Ela gostaria de perder tudo com Sting.

— Então, faça. – murmurou o encarando e quando ele sorriu, ela teve a impressão de que o sorriso dele poderia ser a coisa mais linda que ela colocaria os olhos enquanto estivesse viva.

Isso era o que alguns chamavam de amor?

.

.

— Faça? – a pergunta dele era seguida de uma expressão incerta, quase preocupada. – Blondie, você...

— Posso dizer o que quero. – garantiu se erguendo e apoiando os cotovelos na cama. – Eu gosto de você, Sting, e se está correndo riscos no lado sentimental, se possui medo e mesmo assim, está aqui, querendo continuar, eu também vou continuar. – e as palavras eram reais. Muito reais.

— Seu descanso de tela ainda é o meu amigo e quase irmão. – normalmente, ela sabia, se falasse apenas sobre ter vontade de ficar com ele, Sting não tocaria no assunto, mas ela havia envolvido sentimentos e isso era forte demais.

— Sim, estou montando um seu, mas não tenho tantas fotos. – admitiu e se sentou, o loiro se moveu para que ficasse sentado também. – Eu não posso mudar o que sentia pelo seu amigo, não posso mudar a preocupação que sinto agora que ele está naquela maca ou qualquer outro sentimento. – o encarou seriamente. – Mas isso não significa algo, ele sempre vai ser especial, foi o meu primeiro amor e eles são eternos, mas... – suspirou. – É por você que estou apaixonada, me disse que faria que eu me apaixonasse por você, estava tão certo disso antes. – franziu a testa, não pela simples afirmação dele. Mas de certa forma, desde que havia sofrido o acidente, Sting parecia cada vez mais cercado de incertezas. – Eu não sentia nada por você direito e você era tão confiante, porque agora que conseguiu isso está assim? – era quase uma cobrança.

— Porque eu não podia te perder antes. – murmurou e fechou os olhos. Lucy sorriu, poderia considerar o medo dele no mínimo idiota e irritante, mas naquele momento, quando o medo de perdê-la se mostrou o motivo principal, não se evitou de ficar feliz. Quantas pessoas tinham medo de perdê-la?

— Não vai. – sorriu com uma certeza que poucas vezes teve na vida. – Nesse mundo louco, acho que não nos perdermos é uma das maiores certezas que posso ter. – se aproximou dele. – Claro, se tiver outros planos...

— E onde iria achar uma loira inteligente, bonita e doce pra gostar? – questionou deslizando as mãos pela cintura dela e aproximando o rosto do dela. Um beijo rápido e molhado.

— Doce? – se moveu para aproximar ao máximo os corpos.

— Muito. – sorriu, as mãos descendo para as coxas, ela vestia apenas a camisola e sabia a pretensão do loiro. Por um momento se acanhou. Talvez as luzes deveriam estar apagadas. Ela poderia ter colocado um bustiê bonito. Nos livros e filmes todos usavam roupas agradáveis por baixo. Sua calcinha era branca e ela com certeza deveria ter escolhido um dos seus conjuntos comprados para momento nenhum. Ou melhor, inconscientes, para esse momento. – Me deixa te provar. – o sussurro dele foi o suficiente para que ela deixasse as incertezas de lado.

Não respondeu, mas ele pareceu ter entendido e então deslizou o pano de algodão pela coxa e então quadril. Fazia lentamente, quase em uma dança e Lucy se sentia desengonçada demais, então deixou que o loiro a guiasse para qualquer direção.

Quando terminou de retirar a camisola, ele não ficou a encarando sem roupa, provavelmente porque sabia o que isso a causaria, pelo contrário, apenas lhe tomou os lábios e inclinou o corpo, depositando suavemente nos lençóis. O pijama que ele vestia foi retirado tão rápido que não fosse o fato de ter se separado por alguns segundos, Lucy nem notaria.

Ela o puxou para perto, querendo o beijar, mas ele mudou o caminho e se atentou ao pescoço. Ela já conhecia isso, havia adquirido o famoso chupão na noite anterior, e ele sabia os efeitos que a causavam. Desta vez, não foi diferente, Lucy sentiu o corpo se relaxar e então elas vieram, as sensações.

Fechou os olhos as sentindo, quando as mãos dele, que antes estavam na nuca, se movimentaram, acariciando as costas e então indo na direção dos seios. Ter as mãos de Sting em seus seios descobertos era assustador. Abriu os olhos de imediato, mas não se moveu. Apenas relaxou, era o namorado afinal. Era Sting, não conseguia encontrar nenhum motivo para se sobressaltar além da situação nova. Nada que a impedisse de pouco a pouco ir se afundando nas sensações.

E se afundou, os toques e o carinho, não tinha como se impedir. Quando ele desceu os lábios e foi até o seio esquerdo, ela apenas apoiou a cabeça no travesseiro. A atenção fixa no que ele fazia, a língua que percorria o bico, quase em uma brincadeira de ciranda e então o abocanhar. A mão agora massageava o esquerdo e as sensações eram tão fortes que extravasaram por sua boca em um gemido.

As sensações eram isso, prazer, Sting Eucliffe estava lhe proporcionando prazer sexual e embora, nos filmes eróticos que ela e Wendy assistiam tentando primeiro entender o mundo adulto e então preparar a pequena para a primeira noite com Rogue, parecesse algo sujo, com Sting era apenas uma coisa...

Era bom.

— Vem aqui. – a voz ele era baixa e rouca quando ele se ajoelhou e a puxou para que ficasse na mesma altura que ele. Os olhos azuis pareciam quase mais escuros. – Você tem certeza disso? – o objetivo era que fosse uma pergunta, mas não foi o tom realmente.  – Caso não tenha, me pare. – era quase uma ordem, mas não esperou que fosse contestado. A puxou para si e beijou novamente.

Lucy nada fez, não queria parar, não iria. Havia entrado na dança e iria até o fim. Apenas retribuiu o beijo enquanto se aproximava ao máximo dele, não era fácil o fazer, Sting já tinha cuidado disso, as mãos agora no quadril a forçava contra sua intimidade. Esfregavam-se e a sensação era tão forte, tão prazerosa. Ela poderia se assustar com o volume além, mas de certa forma, apenas gostou de saber que ele estava ali. Assim como gostava de ouvir os gemidos baixos que ele fazia.

Se afastaram por alguns segundos, ofegantes e sedentos. Os olhos fixos um no outro.

— Sting... – murmurou mordendo o lábio inferior. – Eu não sei o que fazer. – admitiu e ele sorriu de lado, um sorriso bonito e doce demais para o momento.

— Só relaxa. – murmurou erguendo uma mão até a sua nuca. Ele tinha uma mania de puxar seus cabelos de forma que ficasse quase doloroso, e era estranho o quanto Lucy gostava disso. – Faz assim. – o loiro instruiu, a afastando um pouco e separando as pernas, ela apenas observou e por isso assistiu em primeira mão a forma que o loiro se aproximou e então começou a lhe massagear.

Era quase um mundo novo. Novamente era a pratica de algo que a loira já havia ouvido falar na teoria, mas a teoria era tão pequena. A pratica era oposto, era uma sensação, não, mais do que uma sensação apenas, era prazer, era queimar. Era o corpo se mover completamente entregue e perder a razão em nome disso, de algo que o corpo precisava. Era não se importar com o loiro lhe tirando a calcinha e então penetrando um dedo. Era ignorar o desconforto e ardor. Era não se importar com seu desconhecimento e mover as mãos até o membro dele para fazer qualquer coisa que fosse, apenas uma tentativa de fazê-lo sentir o mesmo.

E então era maior que isso. Era mais forte. Era uma tensão inimaginável seguida de um relaxamento extraordinário. Ambos acompanhados por gritos que ela não conseguiu conter.

— Desculpa. – murmurou tapando a boca e ele riu, um sorriso que quase brilhava.

— Pode gritar. – estava a guiando para a cama e pela primeira vez a loira o viu sem roupa. Normalmente considerava o corpo humano como um total feio. Claro, ao observar Sting sem camisa, acharia lindo, porque era. De cueca, seria outra maravilha. Mas quando via sem roupa, ao menos os demais, não entendia exatamente como algo pendurado poderia atrair tantas mulheres de forma enlouquecida. Até os dos filmes pornô, de pé... Bom, Lucy preferia com cueca.

Mas naquele momento, pensou que uma cueca seria quase um sacrilégio.

Enquanto o observava colocar uma camisinha, tentava associar os tamanhos de ambas as intimidades, tentava ser racional, mas ela não conseguiria fazer a conta de um mais um, como saber se algo daquele tamanho caberia em si? À primeira vista não, mas ela não estava certa disso.

— Por baixo mesmo? – ele questionou e ela o encarou. Não era como se tivesse algum conhecimento. Notando isso, Sting sorriu e a puxou para um beijo rápido. – Por isso eu te amo. – fez um sinal negativo a jogando na cama e erguendo ambas as pernas. Lucy ficou um pouco perdida com a brutalidade e rapidez. Então com a posição.

Não teve tempo para tentar entender porque praticamente encarava seus joelhos e o quadril estava erguido. Sentiu Sting. Ele poderia ter dito algo sobre dor, ela não se importou. Estava parcialmente apavorada, parcialmente perdida e em grande parte, ansiosa. Ouvir não era o que ela faria, mesmo que talvez as palavras dele fossem a deixar mais calma.

Então ele fez. Devagar, penetrou lentamente. Pela primeira vista, ela estava errada. Coube. Embora doesse. Doesse bastante. As mãos se fecharam nos lençóis de mil fios e os olhos se encheram de água. Ele retirou o membro e então, lentamente penetrou novamente. Desta vez, o deixando lá. Ardia. Essa era a palavra que ela poderia usar para descrever o que sentia.

— Lucy... – ele chamou seu nome, outra pergunta que Sting não conseguiu fazer.

— Continue. – pediu. Melhoraria, todas diziam que melhorava, já tinha lido em revistas adolescentes. Ele só tinha que continuar.

E ele continuou. De forma lenta e delicada, principalmente se comparada a forma que as mãos duras seguravam o quadril a mantendo erguida. Ela não soube como aconteceu. Por tanto tempo doía e ardia, e então ardia mais e queimava. Mas queimava dentro de si, como uma febre.

E o queimar era bom. Quando o prazer surgiu e se a dor havia desaparecido ou apenas se tornado suportável. Isso ela não sabia. Só sabia que Sting soube disso no mesmo momento que ela e então de delicado, passou para rápido e quase agressivo. O queimar pareceu incendiar e os gemidos dela se misturavam com os dele e o som de pele se chocando. Ela ouvia tudo enquanto se contorcia.

As palavras que saiam de sua boca eram sem nexo e automáticas. Então, ela estava o observando a tocar enquanto penetrava. Sentiu vontade de morder a própria mão, um ato feito diante de uma dor, mas que se encaixava ao momento e ela faria. Não fosse o corpo novamente tensionado e o relaxamento em seguida.

Após observar que ela havia alcançado seu auge, o loiro pareceu relaxar e a suada e ofegante Lucy o observou passar pelos mesmos sintomas. Estocadas mais firmes e demoradas, terminando em uma que pareceu ter finalizado junto com o gemido mais alto.

Ele não estava ofegante como ela, mas a respiração se mostrou parcialmente irregular quando o loiro se jogou ao seu lado. A intenção de Lucy era o encarar, mas Sting a puxou para si, fazendo com que a garota se apoiasse em seu peito.

— E então? Pronta para o segundo roud? – questionou lhe tomando os lábios em um selinho. Ela o encarou por alguns instantes, havia o tom de brincadeira, mas não apenas isso.

— Bom... – murmurou após fazer um sinal positivo, embora estivesse cansada. – Quero testar algumas coisas. – apoiou a cabeça no peito dele. Ele ergueu as sobrancelhas. – Com a boca. – completou sentindo o rosto queimar e ele a encarou incrédulo.

— Oral? – o sorriso que surgia era no mínimo maníaco.

— É, já vi em alguns filmes. – concordou e ele gargalhou a puxando para um abraço.

— É, vai servir. – ainda estava rindo quando girou na cama, terminando sobre ela. – O que faço com você? – as mãos subiram até o couro cabeludo dela o massageando. – Mas sabe. – novamente o sorriso de coringa estava ali. – Agora que já tem uma boa memoria, a gente podia levar as coisas a serio. – os olhos se tornavam novamente escuros.

— A sério? – ela já estava levando tudo a sério.

— Relaxa. – a forma que ele a encarava, era mais agressiva do que qualquer momento anterior. Quase selvagem. O suficiente para que ela entendesse que ele havia agido como ela esperava antes. – Vai gostar também. – garantiu lhe tomando os lábios.

Apenas pelo beijo sedento e ferino, ela sabia, iria gostar. E muito.

.

.

 - Morram, seus desgraçados! – Gajeel gritou enquanto os disparos eram efetuados.

Lucy permaneceu parada o encarando e vez ou outra olhava na direção de Sting que fazia o mesmo. Ambos chocados demais com o moreno que simplesmente descarregava o pente em tudo o que via pela frente, não apenas os alvos.

Armas eram perigosas, mas nas mãos de Gajeel estavam se mostrando uma bomba com contagem regressiva.

Quando o moreno parou, estava cansado e ofegante. Era a segunda vez que pegava em uma arma, a primeira havia sido em uma pistola, mas achou muito fora do que pretendia, com uma submetralhadora na mão, pareceu ter se identificado mais.

— Bom, você acertou o alvo. – tentou ser positiva vendo que alguns disparos haviam acertado o que o circulo vermelho. Não o centro.

— Ele acertou tudo! – Sting exclamou incrédulo. – Por pouco ele não acerta ele mesmo ou a gente. – completou e Lucy ficou calada. Não precisava concordar com o namorado, não em voz alta e na frente do moreno.

— Acho que precisamos ver primeiro sua forma de lidar com a arma. – caminhou até ele. Se lembrava que para conseguir o porte de armas, era necessário um exame psicológico. Gajeel não passaria no exame. Não assim.

— Senti uma ligação entre mim e essa belezinha aqui. – ergueu a submetralhadora, por um momento Lucy teve medo de ser acertada e Sting entrou na frente dela de forma automática. – Qual o problema de vocês? – ele não parecia entender.

— Bom, não sei como dizer isso, mas...

— Essa ligação que sente aí é só um instinto assassino e louco. – Sting falou o que ela não queria dizer. – Sabe que tem que acertar a cabeça e não atirar como nos filmes, não sabe? – questionou como alguém que entende do assunto.

Ele prestava atenção nas aulas de Lucy, só não conseguia seguir e atirar corretamente.

— E foi o que fiz! – Gajeel parecia ultrajado. – Eu e a Filó tivemos um bom desempenho. – olhou na direção do alvo. Não era como se não tivesse acertado.

— Filó? – Lucy questionou sem entender.

— Pela nossa ligação, eu sei o nome dela. – o grandalhão deu um sorriso convencido. Se existisse amor à primeira vista por bens materiais, Lucy diria que havia acabado de presenciar um. Pena que era um amor impossível, como responsável jamais deixaria que Gajeel e Filó ficassem juntos.

— É, mas pense, se o centro fosse a cabeça, você acabou com o pente de balas e não conseguiu matar um único zumbi. – explicou de forma paciente.

— Mas pra isso tenho meu pé de cabra. – para ele era obvio, para Lucy só restou a pergunta de qual o motivo então dele precisar de uma arma. – Isso aqui é só uma garantia além. – respondeu antes que ela perguntasse.

— Não vai servir de nada se não conseguir usar. – Sting fez um sinal negativo. – Chame a Erza, o Gajeel não pode ter nada em mãos desde gênero, o irmão mais novo escondia até os estilingues dele! – caminhou até uma das cadeiras e se sentou.

— Lily era um marica. – foi tudo que o lutador respondeu voltando a sua atenção para a arma.

Os dois continuaram a discussão sobre as habilidades de ambos. Ao que parecia Gray havia contado da dificuldade de Sting. Lucy não participou, os olhos estavam presos no lutador. Lembrava-se da ultima conversa e a forma que ele falava. A raiva que sentia. Agora, ali, ela notava, após ele falar do irmão no passado, assumindo sua morte. Gajeel não sofria apenas pela morte de Levy, para ele estava claro que todos os familiares estavam mortos.

Isso a fazia pensar sobre a situação do grupo. Sting tinha uma relação difícil com a mãe, ela não sabia dos detalhes, não conseguiu os pegar de quando ele contou a história de sua “vizinha”, mas a forma que ele agia, era como se a independência e solidão fossem suas amigas intimas. Erza também não parecia próxima da sua e pelo pouco que a loira conhecia da amiga, mesmo que fosse diferente, ela não colocaria os seus interesses frente aos demais, sacrificaria isso para manter o grupo unido. Gray não falava do assunto, a mãe e o irmão nunca haviam sido nem mesmo lembrados em uma fala. Lucy poderia dizer que o amigo havia desistido, mas sabia que não, ele não tinha coragem de encarar a família. Não tinha coragem de ter certeza.

Talvez preferisse nunca saber. Estavam vivos e sentiriam vergonha dele e do que havia feito? Ou estavam mortos e se tornariam uma dor além? A saudade era dolorosa, mas Lucy sabia que era o que o moreno preferia sentir. Porque a perda doía mais.

Era estranha a forma que cada um agia. Era difícil entender como cada um se sentia, uma vez que a dor própria era tão grande. Mas vez ou outra, ela o fazia. Principalmente quando um dos amigos usava palavras no passado para se referir a um familiar.

— Te darei uma pistola e você vai treinar bastante. – interrompeu a discussão de Sting e Gajeel. – Até ter controle emocional e mira, é o mais seguro para todos. – completou e pegou a arma do lutador. Ele não a soltou.

— Não seja infantil. – Sting abanou a mão. – Minha namorada sabe o que está fazendo. – completou.

— Desde quando vocês estão de complô? – Gajeel deixou que Lucy pegasse a Filó, os olhos nem piscavam.

— Desde ontem. – Sting respondeu simplesmente fazendo a loira arregalar os olhos. Gajeel pareceu não entender de inicio, o que revelou algo foi a face extremamente vermelha da garota.

Qualquer um entenderia.

— Espero que tenham usado proteção. – foi tudo que comentou.

— Peguei uma caixa naquele posto de saúde da cidade em que morremos. – a conversa só deixava a loira mais e mais envergonhada. Colocou a submetralhadora de qualquer forma na bancada e pegou a pistola.

— Sabe que vai acabar logo se fizerem regulamente. – o moreno avisou e ela viu Sting concordar.  – Não acho que na mansão tenha, mas podemos procurar. – se ofereceu e a loira cerrou os dentes.

— Por enquanto vou ver o ritmo. – o loiro respondeu simplesmente. Para os dois, a conversa era natural, para Lucy, a que havia perdido a virgindade no dia anterior e se sentia exporta, era revoltante.

— Não teve uma ideia? – Gajeel questionou encarando a garota de forma curiosa. Sting franziu a testa com a possibilidade do que o amigo poderia estar pensando. Pouco a pouco a insegurança o deixava mais e mais ciumento.

— Calem a boca. – ela ordenou um segundo após atirar bem no centro do alvo. – Quando conseguirem fazer isso, vocês voltam a conversar. Até lá. – travou a pistola e jogou para o moreno. – Treine.

— Ele é bem mandona quando quer. – Gajeel sorriu não se importando muito e então se virou para frente. – Esse brinquedo de criança jamais será como a Filo. – resmungou.

— Está com raiva, amor? – Sting encarava Lucy que se sentou ao seu lado.

— Não, só estou tentando cuidar para que ninguém morra por estar com uma arma lá fora. – afirmou dura e o loiro sorriu amarelo, é, ela estava irritada.

— Isso nunca iria acontecer. – Gajeel desfez do que ela estava falando. – Armas, salvam vidas. – e atirou, acertou a extremidade do alvo.

O encarou parcialmente irritada, mas o que mais pensava era na frase dele. Armas salvam vidas, tentava entender em qual mundo o lutador vivia. Tentava descobrir uma forma de ou o dizer que deveria, que nunca seria seguro o deixar com uma arma, ou o fazer ser seguro.

A verdade era que por ela, Gajeel jamais sairia dali portando algo assim. Para algumas pessoas armas de fogo só conseguiam ter um efeito. O desastre.


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Notas finais do capítulo

E então? Sei que sentem falta do Natsu, mas acontece. Ele ainda vai surgir e os momentos dele são fofos, então deem tchau a Stincy por enquanto.

Sobre a primeira vez dela, eu precisava fazer uma coisa mais doce, meio desconcertante e confusa e sem jeito porque era a primeira vez de uma garota que começou praticamente BV. Fui até muito legal e deixei ser uma experiencia ótima para ela, geralmente não é tão bom assim de inicio, maaaaaas...

E coloquei essa cena final ai porque já estava sendo boazinha demais até o momento e eu gosto é de dor e sofrimento no fim do mundo. Embora ela tenha sido mais agradável e engraçada e sim, o Sting é meio otário com os amigos, mas eu cortaria minhas mãos antes de fazer um personagem perfeito (excerto se fosse o caso dele ser perfeito por um motivo obscuro), acho que ele tendo esses problemas (que é muito comum em adolescentes "galinhas"), teria esse toque de realidade. Afinal, todo mundo ali é cheio de defeito ele TINHA QUE SER TAMBÉM. Então sim, ele foi meio babaca, tinha que ser um pouco, todo mundo tá gostando demais do cara.

Espero que gostem e até semana que vem XD



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