Regressive Infectio escrita por Inocense


Capítulo 12
Capitulo X


Notas iniciais do capítulo

Olá. Sei que estou atrasada, mas sabem como que é, nem sempre se consegue ser bom em alguma coisa e eu não sou boa com prazos. Fato.
Mas tenho uma desculpa até que bem convincente. Neste capitulo explica um pouco a respeito de como esta o mundo e admito que foi complicado escrever, queria algo convincente, mas que não tirasse muito do mundo FT (admito que falhei miseravelmente, mas como eu disse, não podemos ter sucesso em tudo T-T)
Então preferi deixar desta forma que era mais fácil de ser compreendido e mais real, do que dizer que eles vivem em Fiori. Isso porque caso usasse o mundo deles seria complicado usar a respeito de países e Estados, logo a grandiosidade do que estava ocorrendo talvez não fosse compreendida.
Espero que gostem, por ser um capitulo complicado eu acho que é bem capaz de encontrarem falhas na escrita, mas me perdoem 8)
Espero que gostem e até a próxima.



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Quando acordou no outro dia foi com a chuva e Erza a balançando. A temperatura parecia ter caído drasticamente enquanto ela dormia e foi quase com um susto que despertou. Nunca havia se lembrado de desejar tanto ficar na cama.

– Os meninos já vão vir dormir. Levante de uma vez que eu já estou indo. – avisou e alguns instantes depois Lucy pode ouvir o som da porta batendo.

Agarrou um travesseiro qualquer que estava ao seu lado e o abraçou firme por alguns segundos aproveitando para forçar os músculos dos braços. Só então se sentou e levantou com uma agilidade que nunca teve, ate ir ao acampamento e descobrir que em trinta minutos tinham que se levantar, tomar banho e arrumar as camas. Encarou-se em um espelho próximo a uma mesa com alguns produtos de beleza, como escovas, cremes de cabelo e batom. Os fios loiros estavam desalinhados e o rosto um pouco amassado, mas nada realmente assustador.

Passou a escova rapidamente pelos cabelos, tomando cuidado com a região que tinha o corte recém-cicatrizado. E então era só lavar o rosto. Era estranho, após o banho, comer direito – ou o mais próximo disso, já que não sabia se salgados gordurosos poderiam ser considerados comida saudável. – e dormir em uma cama confortável, Lucy poderia se sentir nova.

Com pequenos e doloridos passos a loira se encaminhou ate a porta. Vendo antes a figura de Natsu aparecer e a encarar sem nenhuma expressão raivosa enquanto entrava no quarto. Parecia entediado e com sono. Mais com sono na realidade. Continuou seu caminho o ignorando, não tentaria uma conversa quando sabia que ele jamais iria desejar isso.

– Quer ajuda? – perguntou quando ela estava próxima a porta. O encarou incrédula por alguns instantes, ele falando com ela era estranho, ate suspeito. – Algum problema? – bufou incomodado.

– Não. – murmurou já acostumada com a versão Natsu incomodado com sua presença. – Não preciso de sua ajuda para nada. – completou cerrando os punhos e dando passos maiores e mais decididos, mesmo que lhe causassem dor. Muita dor.

Só quando passou pela porta do quarto e andou um pouco ate desaparecer da vista do rosado que deixou a careta surgir em sua face e murmurando pequenos “ai” se escorou na parede para observar o pé. Não era possível ver muito, mas um contorno estranho surgia. Algo como uma bola. Passou a mão de leve notando algumas bolhas doloridas e grandes. Mais uma vez murmurou alguns “ai”.

– Esta doendo tanto assim para andar? – Sting a encarou surpreso. Por não escolher uma roupa do antigo morador da casa, o loiro andava apenas com uma bermuda a espera que suas verdadeiras roupas secassem.

– Eu acho que forcei demais. – explicou prestando mais atenção na ferida, não conseguia se concentrar em dotes físicos alheios quando sentia dor.

– Então te levo. – decidiu e em movimento rápido ergueu a garota nos braços e começou a caminhar ate a área de comercio da residência.

Não era longe, alguns passos apenas passando pela sala pequena do local e então pela porta que dava para a Gasolanche, onde uma Erza mexia em algumas panelas parecendo realmente perdida. Lucy já havia visto que as capacidades culinárias da ruiva deixavam a desejar.

– O pé esta com problemas? – Erza perguntou no momento que a viu. O local era iluminado por diversas velas e uma janela de vidro que deixava um pouco da luz do inicio do dia passar.

– Não, só uma dorzinha mesmo. – tratou de amenizar a ruiva enquanto era posta no chão por Sting. – Acho que o que fizemos ontem adiantou, porque já deu algumas bolhas e o inchaço e vermelhidão quase sumiram. – avaliou o local. Uma área, a que ela imaginava ser a do corte já que se assemelhava a uma linha estava um pouco escura e mais dura, contudo não doía nem quando tocada. Era o que menos estava a preocupado no momento.

– Isso é bom, bolhas significa que estão cicatrizando não é? – o loiro avaliava a lesão, agora abaixado.

– Só temos que tomar cuidado para não estourarem antes do tempo e logo estará pronta para outra. – Erza sorriu.

– Não. Não estarei pronta para outra. – arregalou os olhos e engoliu seco se lembrando da dor que sentiu. Definitivamente não estava pronta para outra.

Sting passou mais um tempo conversando com as duas para só depois ir dormir e então Erza e Lucy começaram a preparar alguma comida. Colocaram pães de queijo e salgados no forno, água para esquentar e fazer café e pegaram leite, o que estava fechado nas caixas, já que o aberto encontrava-se estragado. Aproveitaram para empilhar latas de refrigerante que mais tarde seriam levadas para o caminhão.

Assim que os salgados e pães de queijo ficaram prontos, montaram uma mesa com direito a um forro velho verde, suco, café, leite e biscoitos. Procurara ate flores ou um enfeite para a mesa, mas estavam ficando sem tempo e o local não dispunha de tais adornos. Ao menos ambas se divertiram montando a mesa, como se por alguns momentos estivessem em casa e nada de ruim realmente acontecesse.

– Que cheiro é esse? – Gajeel passou pela porta no momento em que Lucy ajeitava o local onde ficaria o pão de queijo e Erza trazia uma jarra de plástico com suco de caju.

– Já acordou? – a ruiva estranhou observando um relógio de madeira que ficava na parte superior do balcão. Marcava sete e dez. – Está vinte minutos adiantado.

– Minha barriga me despertou. – explicou com a boca salivando. Pareceu ter aprovado a mesa já que um sorriso surgiu em seus lábios. – Posso pegar um? – apontou em direção ao pão de queijo.

– Não. Só quando todos acordarem. – foi dura.

– O deixe pegar um, ficar com vontade por vinte minutos? – Lucy interferiu por ele como uma criança pidona. – Nós já comemos também. – lembrou a ruiva que arregalou os olhos.

– Er... Só um não terá problema, mas só para constar experimentamos apenas para ver se estava bom. – cruzou os braços com uma expressão estranha fazendo Gajeel e Lucy sorrirem.

– Que barulheira é essa? Por isso não consigo dormir? – Sting mais uma vez apareceu, tinha um olhar debochado e sarcástico. A loira pensou que ele realmente não havia dormido, já que quando dormia não era acordado por barulho e nem com um humor bom o suficiente para sobrar espaço ao deboche e sarcasmo. – Brincaram de casinha? – debochou pegando um biscoito.

– Por que esta pegando a comida? – Erza o encarou com raiva.

– Oras, o Gajeel esta comendo. – de alguma forma havia uma inocência em sua voz quando ele arregalou os olhos e apontou para o moreno.

– Só esse, vamos comer todos juntos. – decretou quase gritando. Havia planejado um café em que todos iriam se maravilhar com a comida que ela fez, mas fariam isso juntos. E assim seria!

– Sim senhora. – concordou se sentando ao lado de Lucy. – Poso me servi com café? – perguntou fazendo a loira se lembrar de um filho. Um simples olhar da ruiva foi a resposta. – Tudo bem, eu espero. – deduziu.

Uma conversa rápida surgiu, com direito a Erza repreender Gajeel duas vezes por ele tentar pegar outro pão de queijo. Sete e meia em ponto Gray passou pela porta com grandes olheiras e uma aparência cansada. Parecia não ter dormido um segundo sequer. Os olhos negros brilharam ao notarem a comida.

– Vou chamar o Natsu. – Gajeel deu um sorriso estranho e quase correu para a parte residencial do local.

Passaram-se alguns instantes antes que o moreno voltasse, com Natsu furioso atrás dele por ter sido acordado ao cair no chão. A briga não foi muito longe porque o rosado viu a comida e perdeu todo o interesse que tinha na discussão com Gajeel. As suas mudanças de humor do garoto eram assustadoras, ou fascinantes, dependendo do ponto de vista.

Erza se incumbiu de não deixar que nenhum assunto que tivessem durante o café fosse ligado ao que ocorria no momento com o grupo, por isso Lucy ouviu em silencio enquanto cada um se atropelava para falar sobre algum acontecimento do passado. Eram divertidos e engraçados, muitas vezes humilhantes para alguns. A maioria de quando ainda eram crianças. A loira desconfiou que todos escolheram esse tempo pois não conheciam as amigas e namoradas que já haviam perdido.

Contudo o café da manhã acabou e pouco a pouco voltaram para a realidade. Ainda chuviscava, mesmo assim todos começaram a se mover de acordo com o que Erza achava que seria melhor. Varreram a parte inferior da carroceria do caminhão, levaram os colchões e travesseiros, e o que já havia sido embalado no dia anterior.

A Lucy ficou o trabalho de pegar os poucos suprimentos que ainda não haviam sido acondicionados em caixas de papelão e os embalar. Por sorte a parte dos fundos era cheio destas caixas e das de madeira. Também separou os botijões que Gajeel havia falado, eram pequenos com vinte centímetros de largura e trinta de altura, ainda assim tinham um peso considerável. Pegou biscoitos, garrafas de vidro com concentrado de frutas, todas as guloseimas possíveis ou qualquer coisa que fosse comestível.

Havia notado que o que estavam levando era mais do que o necessário, de automóvel era no máximo dois dias ate a sua cidade. Talvez todos estivessem desconfiando que teriam problemas para a frente, ou seus subconscientes os mandava fazer algo que seriam obviamente necessário e só não viam porque estavam cegos de esperança.

Foi com esse pensamento que se encaminhou em direção as revistas já que tudo o que precisava empacotar já havia sido devidamente cuidado e não ter nada para ler era aterrorizante, afinal Lucy sempre se protegeu do mundo nos livros. O único problema era que na briga do dia anterior metade da estante havia caído e grande parte das revistas era sobre agricultura, pesca, rodovias ou caminhões. Nada interessante.

Procurando por algo que lhe chamasse atenção, tentou erguer um pouco a estante. Porem tudo o que conseguiu foi um jornal que prontamente jogou para o lado, iria ir atrás de outra leitura. Então parou. Jornal. Se algo havia ocorrido não seria de um dia para o outro, deveriam ter noticiado. Era o mínimo. Pegou o jornal novamente e observou a data.

14 de julho. Quase dois dias antes de serem atacados no acampamento. Uma quarta. Parecia ser um jornal regional semanal e com um caráter religioso forte já que o nome era “Povo de Jeová” e na primeira pagina além de noticias havia um horário de cultos. Isso claro, além do material ser completamente diferente dos jornais convencionais.

Abriu o jornal e apoiou as mãos e os joelhos no chão para lê-lo. Descobriu que próximo a aquele local havia um pequeno distrito onde nada ocorria no fim das contas. As paginas eram repletas de palavras aos fieis e o que ocorreria nos cultos. Estava quase desistindo quando algo que o pastor dizia chamou a sua atenção. “... estamos vendo que o inicio do fim do mundo já se iniciou, a ira de Deus cairá sobre os pecadores, mas não temam, porque mesmo que os mortos se levantem, de nada eles farão com o rebanho do senhor...” era algo que passaria despercebido, se não fosse na parte que mais tinha destaque no jornal e o que vinha ocorrendo com ela e o restante do grupo.

Precisava de um jornal que abordasse os assuntos de forma profissional. Ergueu um pouco a estante e começou a puxar o máximo de papeis que conseguia. Alguns sujos, do sangue podre do corpo o qual Erza e Gajeel haviam derrubado no dia anterior, lhe sujaram a mão. Não que a loira tivesse se importado.

– Estava pensando em tomarmos um banho antes de irmos, não sei quando... – Erza se aproximou. – O que esta fazendo? – franziu a testa.

– Me ajude a erguer essa estante. – pediu se levantando rápido, o que causou uma pontada de dor no pé.

– Mas, por quê?

– Só me ajude, depois eu explico. – fez uma pequena careta e embora a ruiva a encarasse desconfiada, acabou ajudando.

Não foi fácil, mesmo com as duas, a estante cheia tinha um peso surpreendente. O que a fez desconfiar da força de um morto-vivo por alguns instantes. Isso antes de conseguirem em fim a deixa de pé. Então procurou por um jornal. Não foi tão difícil, eram poucos exemplares, mas logo ela achou um que era conhecido e renomado no Estado. O pegou rapidamente e analisou a primeira pagina. Em letras garrafais a manchete falava sobre um a possível guerra entre China e EUA. Olhou a data. 20 de julho.

– Em que dia estamos? – perguntou ao se dar conta que não tinha a menor ideia de qual era.

– Dia? – Erza perguntou e ficou pensativa. – Trinta ou trinta e um de Julho. Por quê?

– O ultimo jornal aqui é de dez dias atrás. - explicou rapidamente o abrindo e colocando sobre uma mesa.

– Acha que é o tempo em que morreram? – se interessou no jornal e seguiu a loira.

– Ou quando pararam de entregar. No dia quatorze já falavam sobre isso no jornal comunitário, algo sobre o fim do mundo com mortos se erguendo. – murmurou passando os olhos sobre a reportagem.

Falava sobre acusações de um país ao outro. Cada um dizia ter sido atacado por um vírus e se defendiam das acusações dizendo que não haviam o feito com os outros países. Um vírus que deixava seus cidadãos violentos e atacava o sistema nervoso central de forma que nada além da morte os parava. Apenas explicações lógicas e sofisticadas para definirem os mortos vivos, Lucy pensou tremula. Em um box anexo contava como diversos países estavam lidando com o vírus. Algo sobre o enorme contingente de mortos que eram deixados em países que estavam conseguindo conter o vírus e sobre o descontrole dos que já haviam sido tomados. Países como Paraguai, Guatemala, Filipinas, Honduras, entre outros.

– Meu Deus! – Erza estava apavorada.

– Deve falar daqui. – Lucy falou notando que a voz soava embargada. Talvez a ruiva também chorasse. Não olhou para conferir, apenas passou as folhas rapidamente às sujando com o sangue que se encontrava impregnado em sua mão.

Demorou a achar a noticia, mais devido ao seu nervosismo do que dificuldade. Da primeira leitura não conseguiu nenhuma informação, ate porque foi interrompida por Gray que se aproximou perguntando o motivo de ambas estarem pálidas. Erza em um grito histérico o mandou se calar.

Na segunda vez que leu Lucy conseguiu absorver melhor as informações. Unindo com as da outra reportagem um quadro se formou em sua cabeça. Os ataques do “vírus” haviam começado nas principais cidades dos países, o que não era o mesmo que sua capital. Nos EUA fora em Nova York e no Brasil, que mais a interessava, havia sido em São Paulo. Locais com maior número de habitantes por metro quadrado onde ela sabia, o vírus se espalharia rapidamente e descontroladamente. A reportagem falava sobre ter inicio no dia 01 de julho e que havia um confronto político de acusações por não terem colocado toda a cidade de quarentena desde o inicio. Também afirmava que agora, quando já era quase tarde demais, todo o Estado estava em quarentena, com pessoas desesperadas atrás de parentes que não poderiam sair. E terminava falando rapidamente sobre os Estados ao redor de São Paulo, com ênfase nas cidades de divisa, muitas já estavam contaminadas.

Ergueu a cabeça um pouco atordoada. Não conseguiu pensar com clareza por alguns instantes. Só poderia ser mentira. A cidade era demais, mas o mundo? Países perdendo a guerra contra o vírus. Completamente tomados.

– E então? – Erza perguntou, ao que parecia não havia lido. Não chorava, mas seu rosto não tinha cor e ela tremia tanto que ao seu lado Natsu segurava sua mão e passava o braço por seu ombro a dando apoio.

– Aqui fala que... – Abaixou a cabeça engolindo seco, mais uma vez a voz embargada. Respirou fundo. – Que surgiu um vírus, ao que parece na maioria dos países em capitais ou cidades mais populosas e importantes. Aqui foi em São Paulo, que já foi colocado em quarentena... Só que... Bem... Parece que os Estados vizinhos tiveram ocorrências também. Deve falar do nosso Estado em especial mais para frente. – passou algumas paginas e então deixou o jornal cair. – Droga! – o queixo tremeu ao resmungar e ela se abaixou para pegar.

– Não precisa ler agora Lucy. – Sting se abaixou junto a ela e pegou o jornal. Quando se ergueu trouxe a loira junto consigo, para logo em seguida a abraçar.

– Tem países que não conseguiram conter a invasão e... Países entrando em guerra. – murmurou com o rosto enfiado no peito do loiro.

– Calma. – foi tudo o que a voz tensa de Sting respondeu. Não conseguia dizer muito a loira. Achava que estava pronto para enfrentar o pior, mas notou que estava enganado, terrivelmente enganado.

– Então esta me dizendo que isso não foi só na reserva e nas áreas ao redor? – Natsu a encarou bravo, a irritação não era com a loira e sim com a situação, ele não tinha como aceitar isso. Não tinha como ele ficar calmo. – Me responde, porra! – gritou segurando o braço de Lucy e a puxando.

– Natsu. – Sting repreendeu o rosado segurando a loira pela cintura.

– Mas que merda, deixe de ser inútil e me responda. – Natsu gritou novamente, o desespero tão evidente nos olhos dele que poderia desesperar os amigos, se já não estivesses desesperados.

– Pare com isso. – Erza puxou o amigo que apenas se desfez dos braços dela de forma bruta.

– Não... – Lucy murmurou cerrando os punhos. O tom que ele gritava, a raiva que destinava a ela e o aperto. Já havia sentido isso tantas vezes por quem mais amava. Não. Não aceitaria que ninguém gritasse com ela desta forma, não quando não tinha culpa. Natsu não era quem a loira amava, era apenas um idiota que a odiava por algum motivo que não interessava. Ela já estava farta de ter o ódio destinado a si. – Não me encoste ou grite comigo. – o empurrou com força fazendo o rosado dar alguns passos. – Se quer saber pegue e leia. Não tenho nenhuma obrigação com você, Dragneel. – cuspiu as palavras, principalmente ao chegar ao sobrenome. Se ele odiava o dela, então tinham direitos iguais.

– O quê... – ele tinha os olhos arregalados a encarando incrédulo. Conhecia a loira desde crianças, era irritantemente meiga e pacifica, nunca havia erguido a voz ou dado uma palavra violenta.

– Ei, vocês dois, começar uma briga não é a melhor opção no momento. – Gajeel que, graças a sua ex-namorada, já estava acostumado com garotas aparentemente inofensivas se rebelando, foi o primeiro a tomar a frente.

– Não estou começando uma briga. – Lucy respondeu dando alguns passos para trás ate que quase se escorou em Sting. – Só estou farta. – murmurou mais para si mesma. Era isso, estava cansada de ser destratada pelo rosado.

– Voltando ao que importa, acho que devemos ir o mais rápido possível para a nossa cidade. – Erza tomou a frente. – Agora mais do que antes, nossas famílias podem estar precisando de nós. – completou.

– Se formos rápido. – Lucy falou pensativa pegando o jornal da mão de Sting e o abrindo para conferir algo. – Isso, aqui esta falando que o vírus esta espalhando, teve inicio em São Paulo. No caso estamos mais próximos de São Paulo do que a nossa cidade de fato. Talvez ainda não tenha chego lá. – apertou o jornal com força.

– Isso é possível? – Gray perguntou.

– As chances são mínimas, quase impossíveis, mas... – era tudo o que poderiam tentar acreditar. Caso contrario, poderiam enlouquecer e partir em uma direção oposta.

– Então estamos esperando o quê?! Vamos de uma vez! – Natsu quase gritou enquanto se encaminhava em direção à porta. Parou apenas para pegar uma das caixas que Lucy havia usado para empacotar o que faltava.

Levaram poucos minutos para terminarem de levar o que havia sido embalado para dentro do caminhão. Não foram trocadas palavras desnecessárias nesse meio tempo, a notícia havia tirado qualquer animação que o café da manhã poderia ter trago. O clima era mais pesado e cada um parecia preso em seu próprio mundo. Eram historias, pessoas e medos que embora fossem semelhantes, se tornavam íntimos e completamente diferentes em cada um.

– Falta mais alguma coisa? – Erza perguntou a Lucy, Gajeel e Natsu já haviam subido no caminhão, iriam ir na parte da frente e embora coubesse mais duas pessoas, o restante terminava de ajeitar as caixas, já dentro da carroceria do caminhão. Faltava apenas as duas.

– Não. – apertou o jornal em sua mão, faria o máximo para ler e tirar todas as informações possíveis das notícias. Ate achar uma que confessasse que era tudo mentira. Uma cruel e sádica mentira.

– Então é melhor nos apressarmos. – a ruiva olhou o relógio de parede que havia pego. Era menos de nove e meia de manhã, mas de alguma forma parecia realmente tarde.

Lucy caminhou com a ajuda de Erza ate o caminhão, onde apoiou os braços na carroceria e se ergueu com um pouco de dificuldade, mas ainda assim com uma agilidade que considerou razoável para quem sempre foi completamente sedentária e tinha um pé extremamente dolorido.

Dentro da carroceria o local parecia grande e ao mesmo tempo claustrofóbico. Independente do comprimento a largura era de pouco mais de dois metros, o que fazia o local parecer um corredor sem ventilação nenhuma. No teto metálico lâmpadas pequenas a cada metro que mal iluminavam a sua volta. No caminho as caixas ficavam em uma lateral e os colchões e roupas de cama ao final da carroceria, onde Gray e Sting já se encontravam sentados de forma confortável.

Ergueu-se com um pouco de dificuldade e rumou na direção dos colchões. O de solteira estava na horizontal fazendo uma parte ficar um pouco erguida e o de casal parecia se encaixar quase perfeitamente na largura, sobrava apenas vinte ou trinta centímetros. Atrás de si Erza fechava as portas fazendo todo o local ficar extremamente escuro.

– Ei! – Sting gritou batendo a mão na lataria do local. Alguns instantes antes de Lucy se sentar no colchão de solteiro. O que estava vazio. – Já podemos ir. – completou.

– Beleza. – a voz um tanto distante de Gajeel pode ser ouvida.

Demorou alguns poucos segundos para que o som do motor fosse ouvido e logo as luzes se apagaram deixando o local escuro o suficiente para que fosse possível ver um pouco mais que a sombra de Erza, que rapidamente se sentou no mesmo local que ela só que do lado contrario. Ninguém parecia muito disposto a conversar e por isso Lucy acabou se deitando um pouco depois e o sono rapidamente tomou conta de si. De certa forma, assim era melhor.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Bom, não coloquei o Estado em que eles vivem para que não quebrasse completamente o clima FT, mas tive que colocar no Brasil e São Paulo ao menos. A Infestação lenta vai ajudar a estória a se desenvolver. Então é aguardar como tudo vai se desenrolar.
A Lucy já está perdendo a paciência com o Natsu, mas tenho que admitir que não vai ter aquela coisa de conversa explosiva entre eles. Acho que não iria combinar com a Lucy e nem com o relacionamento deles.

Bom, o próximo capitulo é bem pequeno e será na data de 28, porque eu tenho uma quantidade enorme de provas antes. Até lá espero ver vocês nos comentários XD

Obrigada por estarem acompanhando



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