Regressive Infectio escrita por Inocense


Capítulo 1
Introdução


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, estou aqui começando um projeto novo, ate porque estou viciada em Fairy Tail e só escrevo essa história.Espero mesmo que gostem dela, ate porque é minha estreia no gênero. Bom, nunca achei uma estória sobre o assunto usando a Fairy Tail e se achei não de forma meio tensa e tudo mais. Então espero que gostem e tudo mais. E sim, a introdução é dramática e parada, mas é para explicar o que ocorreu antes e mostrar para o que a estória veio.Sem me delongar mais, espero que gostem.



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Lucy olhou pela janela por alguns instantes, através do vidro completamente forrado pela poeira, a garota conseguia ver um pequeno grupo de cinco pessoas em volta do que parecia ser uma pedra. Suspirou fundo, então era isso. O tumulo de sua única amiga seria apenas uma pedra.
Quando teve a impressão de que alguém se virou na sua direção deu um pulo saindo da janela. Suas costas tocaram a madeira ressecada da pequena cabana onde se encontrava, era apenas isso, um cômodo três por três feito totalmente de madeira ressecada e que rangia quando encostava-se a ela. O chão de terra batida, uma pequena cama de solteiro com o colchão tão fino que mais parecia um cobertor, uma mesa pequena com um banco ambos de madeira e diversos equipamentos para caça e construção de armadilhas pendurados na parede.

Era em frente a este local que Levy McGarden seria enterrada.
Passou os braços em volta de si embora não sentisse frio e foi escorregando pela parede ate que se encontrasse no chão. Estava sozinha com desconhecidos agora, não tinha mais ninguém e nem sabia se um dia iria encontrar a sua família.

Ainda se lembrava do inicio do mês quando ela havia saído de casa para passar duas semanas em um acampamento com ninguém menos do que seu amor de infância, Natsu, um dos garotos mais populares de todo o colégio. Só havia feito isso com a ajuda de Levy e porque sabia que a colega de classe estaria com ela. Não imaginava que em duas semanas o mundo iria mudar, e nem que em três semanas poderia estar observando o enterro da amiga através de uma janela suja e perdida no mundo.

Nas duas semanas de acampamento nem Natsu ou qualquer um dos seus amigos populares haviam parecido olhar na direção de Lucy, se não fosse por Levy, ela passaria as duas semanas dentro do chalé do acampamento sem falar com ninguém ou abrir a boca. Havia sido Levy que a tirou do chalé e quem ficou ao seu lado enquanto descobriam pouco a pouco que ao menos na reserva do acampamento havia diversos zumbis.
Sem Levy, Lucy ficaria sozinha. Ninguém realmente gostava dela, mal haviam falado com ela nessa semana que estavam procurando por uma estrada ou qualquer ajuda, presos em uma mata rezando para sobreviver ao dia seguinte. Com certeza nem iriam a querer por perto, talvez a esperassem dormir para deixá-la para trás.

Seria melhor os abandonar agora. Lucy sentia que seria algo que todos preferiam. Eram atletas, Gajeel, o namorado ou ex-namorado de Levy, era um lutador de MMA, Gray alem de artes marciais ganhava medalhas em natação no colégio, Natsu seguia pelo mesmo caminho a diferença era que ao invés de natação ele ganhava medalhas em corridas, Sting fazia artes marciais, academia e jogava futebol, diziam que ele era bom, na verdade ótimo. Por fim Erza, a garota demônio, que colocava medo em todos os garotos juntos. Como Levy dizia, na pequena cidade de magnólia para ser popular tinha que se destacar no esporte. Lucy nunca conseguiu fazer isso, era inteligente, rica e bonita, mas nunca foi para o lado dos esportes. Por isso jamais foi vista por nenhum deles. Nem quando estava no chalé, cercada pelos populares.

Mordeu o lábio inferior nervosa e abraçou as próprias pernas. Não tinha coragem de deixá-los, sabia que iria morrer se o fizesse e caso não morresse enlouqueceria vagando sozinha por sabe-se lá quanto tempo em uma mata. Só não queria morrer, mas não queria incomodar, não queria ter visto à amiga morrer sem ter feito nada, não queria ter visto uma pedra sendo usada como lapide da amiga. Não queria ter visto um zumbi! Só queria voltar a ser a Lucy de sempre, seguidora de Natsu, melhor amiga de Wendy e Rogue e competidora quanto à inteligência com Levy. Não queria nunca ter ido ao acampamento, não queria ter sido a culpada pela morte de Levy, não queria passar por isso.

Só queria voltar a ter uma vida normal!

– Lucy. – ouviu uma voz suave a chamando, quando ergueu o rosto observou Erza a encarando. Era uma ruiva de olhos castanhos que ganharia facilmente qualquer competição de beleza com um rosto austero e um corpo digno de causar inveja. – Você tem certeza que não quer ir? – estava se referindo ao “enterro” de Levy, em seus olhos havia a mais pura compaixão e preocupação.

– Eu... – as palavras não saíram da boca de Lucy, apenas um grunhido de dor e desespero, não havia notado ate o momento que chorava descontroladamente. – Me perdoe, eu... Foi minha culpa. Eu... – cobriu a cabeça com os braços e apoiou a testa nos joelhos. – Meu Deus! A Levy... Meus Deus!

– Calma. – Erza segurou os ombros da garota que soluçava. Não a conhecia direito, sabia da sua existência, mas nunca tiveram contato, porem não poderia deixar Lucy se desesperar tanto. Tinham que manter a calma para sobreviverem. – Eu sei como se sente, todos nós estamos nos culpando. – a ruiva caiu de joelhos na frente de Lucy, dos olhos castanhos escuros escorriam lagrimas também. – Calma. – pediu novamente e então abraçou a garota.

Lucy deixou que as lágrimas caíssem se abraçando a ruiva. Sentia que ambas precisavam do abraço, de alguma forma Erza se sentia da mesma forma, embora não soubesse o que havia ocorrido para que Lucy se culpasse tanto. Não. Não iria pensar nisso, iria sobreviver e sair daquele local levando consigo todos em segurança.

– Eu não quero deixar a Levy. – murmurou quando se afastaram. – Aqui, esquecida neste local. Uma pedra. Eu não... Não posso deixar a minha amiga. – a voz aumentou de acordo que o choro voltava. Era algo que Lucy devia a Levy, ao menos um local de descanso que valia a pena.

– Ninguém quer. – Erza a encarou tentando passar firmeza. – Vamos... Vamos fazer o seguinte. – se ergueu e começou a andar pelo quarto. Não parecia ter um destino e se encontrava um pouco perdida pelo seu estado emocional. Contudo logo encontrou o que queria, um caderno com a capa de couro e um lápis rústico. – Aqui! – entregou para Lucy se ajoelhando na frente da menina novamente.

– O quê?

– Eu sei que você é uma das garotas mais inteligentes da escola. Tente anotar ao máximo onde é esta cabana, quando sairmos daqui e chegarmos a nossa cidade daremos um jeito para que Levy tenha um enterro digno. – explicou e deu um sorriso esperançoso que fez Lucy cair em lagrimas mais uma vez.

– Isso. – concordou pegando o caderno e o lápis com força. – Quando voltarmos para nossa casa, daremos a Levy o mais lindo enterro de todos. – era uma promessa, faria que seu pai pagasse tudo de melhor para a amiga.
Erza concordou com um sorriso no rosto e observou enquanto ainda tremula, Lucy abria o caderno e começava a escrever algo. Foi a primeira vez de muitas que Lucy escreveu. O primeiro de muitos locais para voltar e buscar corpos.


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Notas finais do capítulo

E vocês me perguntam, porquê tanto drama criatura. Mas bem, a estória é focada na Lucy e ela é uma personagem já com uma bagagem bem pesada do seu passado, e se coloquem na situação dela. As pessoas mais intimidadoras da sua vida, os amigos do cara que você é platonicamente apaixonada, são sua unica companhia no apocalipse e você alem de se sentir culpada pela morte de sua única amiga, também se sente inútil e que ninguém te quer ali.Te garanto, VOCÊ não ficaria feliz e não iria superar facilmente saindo e partindo cabeças e a Lucy é humana. Então entendam esse lado sensível dela. Como prometi que colocaria, a próxima postagem será ate o dia 19/05, o que não impede de ser antes.Espero que gostem e deem a sua opinião.



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