Scorpius & Rose (vol. 1) escrita por Janne Esquivel


Capítulo 7
Capitulo 6 - Nem que seja por pouco tempo


Notas iniciais do capítulo

E ai, Jujuba? Eu resolvi posta esse na semana porque já tava pronto e eu sou muito boazinha.

Espero que gostem e boa leitura?



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Scorpius & Rose

Capitulo VI - Nem que seja por pouco tempo.

– Caramba, Rose! Acorda! – Dominique sacodia a prima sem pena, apesar dessa aparentar ter morrido – Poxa vida! Nunca vi uma criatura tão parecida com o pai! Acorda! Acorda! Acorda!

– Me deixa dormi – a ruiva resmungou se enrolando ainda mais em suas cobertas. A voz estridente de Nick parecia a quilômetros de distância e suas sacudidas tinham um efeito muito fraco.

– Vamos! Você não pode voltar a dormi. Vamos perder o café da manhã e eu juro a você que te esgano se não conseguimos pegar uma carruagem a tempo!

– Eu estou com suas pernas por acaso? – Rose murmurou ainda de olhos bem fechados.

– Não exatamente, mas tá todo mundo te esperando lá embaixo! – a loira avisou já entrando em desespero – Quer saber? Fique ai, vou dizer a todos que você não vai a Hogsmeade hoje!

– Valeu!

Nick se retirou do quarto e desceu as escadas do dormitório como um furacão. Rose agradeceu pela paz completa ter voltado a reinar ao seu redor, se entregou ao sono mais uma vez, porém não demorou nenhum minuto se quer. Mãos bem determinadas pegaram os seus tornozelos e a arrastaram para fora da cama.

– Nunca peça para uma mulher fazer o trabalho de um homem – James anunciou orgulhoso com as mãos na cintura.

– Caramba, Sirius! Eu já estava acordando! – Rose reclamou se levantando com dificuldade do chão. Sua bunda estava doendo.

– Uhum, sei... Pois bem, vai logo pra ducha e depois veste uma coisa bem legal, mas não demora. Hoje o dia promete – enquanto dizia isso, o moreno empurrada a prima para o banheiro.

Rose não disse mais nada. Apenas se deixou guiar, estava morrendo de sono ainda. Se olhando no espelho do banheiro, viu que sua cara estava muito inchada, resultado de quem tinha passado metade da madrugada acompanhada dos livros e a outra metade dormindo profundamente em cima deles. A água quente a acordou o bastante para poder se trocar rapidamente. Vestiu uma calça jeans justa, um suéter vermelho com um R bem bordado e um all-star botinha, seu calçado preferido. Amarrou o cabelo em uma trança embutida bem frouxa e desceu até o hall da Torre.

– Você não tinha uma roupinha melhor não, Z? – a loira quis saber abraçada ao namorado.

– Bom dia para você também, Dominique.

– Está ótimo assim, Rose! Você tá linda – Lily falou – Agora precisamos ir. O Café da Manhã já deve ter começado!

A pequena ruiva se virou e seguiu para a saída da Sala Comunal, seguida intimamente por Hugo. James chegou a se levantar e cerrar os olhos para eles, mas Rose foi mais rápida e os estapeou para roubar a atenção. Nick, Louis e Roxanne olharam para cena incrédulos.

– O que deu em você, criatura?

– Não poderíamos ir antes de eu descontar o seu atrevimento, Sirius – Rose respondeu cinicamente – E como já resolvi, podemos ir numa boa.

Ela saiu na frente deixando seus primos para trás ainda paralisados. Correu o mais depressa possível para alcançar Lily e o irmão, os dois estavam de mãos dadas quando Rose conseguiu se colocar no meio deles.

– Vocês poderiam ser mais discretos se ainda quiserem manter isso em segredo.

– Não sabemos do que você está falando, Rose.

– Ah não, irmãozinho? Pois me deixe ser mais clara, se não fosse eu, Sirius teria te lançado uma maldição sem nem pestanejar.

Os três adentraram no Salão Principal. Hugo ficou um pouco nervoso com o comentário da irmã, Lily ria baixinho do quase-namorado e Rose revirava os olhos de ante daquilo.

– Olha, vocês deveriam se resolve ou assumir logo se já então resolvidos – propôs.

– Ah, Rose... Só engole seu café da manhã rapidinho, porque já-já as carruagens vão começar a sair – Lily cortou a prima com um sorrisinho de marota. Ela e Hugo adoravam o jeito que as coisas andavam entre eles, não queriam mudar isso tão cedo.

A ruiva bufou e se sentou no meio do casal, recebeu um olhar bem ameaçador deles em seguida, mas não se importou. Seus outros primos finalmente começaram a aparecer, se servindo e rindo de uma piada provavelmente tosca que Albus tinha contado. Todos comeram rapidamente e se retiraram para pegar suas carruagens, que já os esperava.

Dominique, James, Albus e Rose entraram nessa ordem no veículo, a última olhou para todos os lados antes de se acomodar a procura de um certo loiro tipo vela, mas não o viu, o que a deixou um pouco chateada.

– Ei! Como assim Hugo e Lílian estão indo na mesma carruagem e sozinhos? – James questinou ficando de pé e olhando para o horizonte. Era uma fila enorme de carruagens, vários alunos se acomodavam no seu tempo em cada uma delas. O grupo de Rose ocupava a penúltima, Lily e Hugo riam felizes na primeira.

– Temos que fazer alguma coisa! – anunciou Albus estupefato se virando para focar a irmã.

Rose e Dominique trocaram olhares cumplices, a ruiva começou a rir pelo nariz se levantando e empurrando o primo para que ele voltasse a se sentar.

– Juro que se você sair dessa carruagem, termino tudo – foi a loira quem falou sem pestanejar.

– Isso é um complô contra os irmãos que só querem o bem da irmã mais nova? – Albus parecia não acreditar.

– Aquilo é uma pouca vergonha! Eles são primos! – James argumentou.

– E você acha que você e Nick são o quê, seu hipócrita? – Rose o calou.

– Pois bem, Jay pode até não ter o direito de ir lá e acabar com essa pouca vergonha, mas eu tenho!

– Chega pra lá, Albus e cala a boca! – Scorpius falou aparecendo do nada entrando na carruagem e se sentando no mesmo banco que Rose e Albus.

Sem saber porque, o moreno se apertou mais no meio do banco dando lugar ao amigo. As meninas trocaram um piscar de olhos, achando que o assunto já tinha morrido.

– Achei que você não viria – a ruiva comentou.

– Eu me atrasei no café da manhã – o loiro se explicou.

– Tá, tá bom. Depois vocês vomitam docinhos aqui! – Severus interrompeu – O que quero saber é por que o Malfoy aqui sabe daquela safadeza e eu e James não?

Nick e Rose voltaram a bufar. James pigarreou olhando firme para o loiro a sua frente.

– O quê? – este perguntou levantando as mãos – Todo mundo sabe o lance indefinido que rola entre aqueles dois ali na frente, okey? Não tenho culpa se os irmãos dela são dois lesados!

James se encostou no apoio do banco incrédulo.

– Isso é uma merda! - declarou.

– Poxa Jay, hoje o dia tá lindo! Deixa de marcação na sua irmã e aproveita, caramba!

– Se eu fosse você fazia o que ela está dizendo, acredito que a ameaça feita no início dessa conversa ainda está de pé – Rose avisou encerrando de vez o assunto.

Albus também não falou mais nada, ele ia ter que se acostumar com a ideia de Lily começar a namorar, mesmo se impondo fielmente a isso, nada iria influencia no gênio forte da irmã. James tratou de ouvir a prima e se aconchegou já calmo mais perto da namorada, passando o braço por seus ombros. As carruagens começaram a seguir o seu destino, uma atrás da outra. As conversas de todos os tipos fluíam agradavelmente em volta do grande grupo de alunos. O dia estava agradável, frio, mas não o bastante para incomodar, pois o sol ainda podia ser bastante visto e sentido. O inverno se aproximava lentamente.

– Então, qual é programação deste sábado? – Scorpius quebrou o silêncio.

– Nem sei, Jay e Nick não vão estar com a gente quando chegarmos lá – respondeu Albus sem muito interesse olhando para Rose – Vocês dois vão ter que me aguentar de vela, pode ser?

– Desencana, Severus! – a ruiva bufou – É o seguinte, a programação de três vagabundos adolescentes em Hogsmeade é passar o dia inteiro entre o Três Vassouras e a Dedos de Mel.

– Me dá tanto orgulho ver você falando assim, Rosinha! – James disse sorridente e safado – Meus esforços valeram muito a pena.

Mais tarde, estavam Rose, Albus e Scorpius sentados em uma mesa mais reservada no Três Vassouras servido da terceira rodada de cerveja amanteigada. A ruiva estava só um pouco mais adiantada dos amigos, já era seu quinto copo.

– Você deveria parar com esse aí, Z – Al pediu.

– Não me diga o que fazer, Severus!

– Acho que ele tem razão, Rose.

– Ô velhinhos. Me deixem em paz! Passei a semana me matando de estudar. Acho que mereço uma diversãozinha de vez em quando.

– Bom... Ainda bem que amanhã é domingo, porque do jeito que você tá indo vai continuar com uma ressaca daquelas – Scorpius comentou.

A ruiva deu língua para ele e virou mais um copo. Albus riu balançando a cabeça e se levantando logo em seguida.

– Vou pegar mais uma rodada para gente – disse e se retirou.

O silêncio tomou conta da mesa. Scorpius estava sentado na frente de Rose e só a observava balançar a cabeça como uma louquinha, cantando uma música silenciosamente.

– Está sendo um dia legal – comentou.

– Não está tão ruim assim – ele brincou.

Rose inclinou a cabeça e um movimento chegou a sua mente embriagada. Ela se lançou em cima da mesa redonda e engatinhou até Scorpius, este se assustou com a cena, mas nada conseguiu dizer. Ficaram se olhando, cinza no azul, perdidos na estranheza do momento. Centímetros separavam seus lábios. A ruiva parecia avalia-lo com cautela, ele começou a produzir um ritmo descompensado da respiração.

– Sabe...

– O que?

– Você bem que daria um belo namorado – ela sussurrou.

– Daria? – ele tirou onda, sabia que era o álcool falando e não Rose Weasley.

– É. Mas eu não daria uma bela namorada – a ruiva respondeu pulando de volta para o seu lugar.

Scorpius, sem perceber, respirou um pouco aliviado. Sua cabeça estava muito bagunçada agora.

– Por que? – se atreveu a perguntar.

– Você é tão bobinho, Scorpius – Rose gargalhou jogando a cabeça para trás – Eu quebraria cada célula do seu coração ou seria a culpada se você o fizesse com o meu e acredite, eu não quero isso.

– Mas não precisa ser assim, precisa?

– Não é essa questão – ela respondeu séria agora, passando o dedo indicador pela borda do seu copo seco – É inevitável, Malfoy. Nunca vamos dar certo tendo mais do que temos agora.

Scorpius de repente não sabia o que dizer diante aquela revelação, sabia que precisava argumentar contra, mas não sabia como. Rose voltou a gargalhar como se tivesse ouvido a melhor piada do mundo e se levantou, o loiro não se alterou, ainda estava imobilizado. Ela saiu cambaleando e atravessou o salão do Três Vassouras. Albus, estando de costa encostado no balcão, não pode intervir na sua saída bêbada do local. Scorpius a acompanhou com os olhos por todo o trajeto, mandou que seu corpo se movesse, mas nada o respondia. Queria correr até ela e mostrá-la que eles podiam tentar, porém um pensamento pequeno o impediu, fazendo-lhe ter paciência.

Se a mente embriagada de Rose achava que esse comentário o faria desistir dela, se enganara completamente. O desafio acabara de ser travado oficialmente, Scorpius deixaria de ser um bobão e usaria seu talento para, finalmente, algo que realmente lhe interessava.

– A questão Weasley – ele sussurrou para si mesmo – É que eu quero meu coração quebrado, pois só assim eu terei você. Nem que seja só por pouco tempo, o que eu tenho certeza que não vai ser.


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Notas finais do capítulo

Então? Anuncio que o clima vai verdadeiramente começar agora. Não percam o próximo capitulo, aviso que pode ser até triste um pouco, mas vai unir esses dois sem nem um esforço de Scorpius. Vamos ainda guardar os dotes dele para depois!

Beijocas, até o proximo!