Scorpius & Rose (vol. 1) escrita por Janne Esquivel


Capítulo 6
Capitulo 5 - Uma trégua, pode ser?


Notas iniciais do capítulo

Oie, jujubas! Enfim, achei o pen drive, não foi tão difícil sua busca, gracias! Mais um cap para vocês e espero que gostem.

Boa leitura!



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Scorpius & Rose

Capitulo V – Uma trégua, pode ser?

Algumas semanas tinha se passado depois da primeira aula de DCAT para o sexto ano. Outubro já havia chegado, trazendo consigo uma carga consideravelmente pesada para pôr nas costas de Rose. A ruiva, apesar de não ser monitora ou algo do tipo oficialmente, era procurada por muitos alunos de diferentes anos para ajuda-los nos estudos e ela não conseguia dizer não. O campeonato de Quadribol também estava preste a começar e Rose precisava treinar, as férias na Austrália não a permitirão fazer isso e agora ela estava sentindo um certo incomodo com a falta de prática.

Depois de uma segunda-feira recheada de aulas e coberta de treino, Rose decidiu finalizar seu dia na biblioteca. Sozinha, apenas elas e os livros. Para um bruxo normal, uma cama quentinha e macia seria a meta diária, pra ela não. A ruiva tem problema com o sono as vezes, para dormi é muito difícil quando o dia foi cheio, mas por outro lado, para continuar dormindo é muito fácil. Sabendo que não conseguiria pregar os olhos ainda, a mais velha dos Weasleys decidiu gastar as energias que tinha nos estudos. Ficaria ali até a biblioteca fechar.

Haviam poucos alunos nas mesas de estudos ao redor de Rose, uns cinco ou seis a mais que ela. De vez em quando um ou outro atrapalhava sua leitura de um livro de porções para tentar eliminar qualquer dúvida e, como sempre, a ruiva estava com a resposta na ponta da língua. Um dos alunos foi Scorpius e Rose teve uma leve sensação de que não seria mais uma noite só dela e dos livros.

– Vejo que estamos trabalhando o mesmo assunto – comentou o loiro de pé à sua frente com a capa do livro de estudos sobre poções a mostra.

– Qual sua dúvida? – a ruiva foi direta, mas não foi grosseira.

– Então, por que Vesitaserum é considerada muito perigosa?

– Você quer dizer a mais perigosa porção que existe da verdade? – Rose quis confirmar, enquanto Scorpius se sentava na mesa. Ele assentiu – Bom, até os bruxos mais poderosos de toda a história revelariam seus mais profundos segredos se tomarem essa poção.

– Tá, Rose. Disso eu sei, mas sei lá... É uma porção, pode ser reconhecida facilmente.

Antes de responder, a grifinoria olhou com os olhos semicerrados para o sonserino bem sentado à sua frente. Ela tinha que admitir que ele era ótimo beijando, mas absorvendo conteúdo ele parecia ser uma negação.

– O quê?

– Sério, Scorpius? Tópico principal sobre essa porção: ela não tem cheiro e nem cor. Sem falar que só são necessárias três gotas para ela fazer efeito.

O loiro de repente estava fora de orbita e Rose esperou pacientemente até ele pronunciar um longo “Ah” de entendimento.

– Ninguém tinha me dito esse ponto ainda – falou se explicando.

– Talvez se você não estivesse dormido na aula, alguém tivesse ti falado – ela alfinetou.

– Eu sou muito bom nas aulas, ouviu mocinha?

– Vou fingir que acredito.

– Estou falando sério, ruiva. Eu sou ótimo nessas coisas.

– Tá eu já disse que acredito, okey? – Rose garantiu rindo e voltando para sua leitura antiga.

– Em poções principalmente – Malfoy finalizou cruzando os braços orgulhoso, mas depois arregalou os olhos. Ele tinha se entregado.

Rose levantou a cabeça lentamente e focou bem no loiro. Poderia dizer que ela tinha gotas de raiva no olha. Um diálogo intenso e de sussurros, estava preste a começar.

– Realmente, uma pergunta daquelas pra quem já cursa o sexto ano é motivo de fracasso total! O que você quer, de verdade? – ela cuspiu.

– Tá, tá bom! Eu sei muito bem as propriedades de Vesitaserum. Eu só queria mesmo era um motivo para conversar com você.

– Para quem arrasa com a mulherada, as chegadas estão ficando bem toscas – e lá estava um grande amigo de Rose, o sarcasmo – Você deveria melhorar isso.

– Dá pra parar de dizer que eu sou seu primo! – Scorpius se defendeu – Eu não saio por ai pegando todo mundo, okey? Eu conheço as pessoas primeiro, eu gosto de conhece-las. Eu não sou um Albus que está com uma garota diferente toda noite.

– Okey, foi mal. Anotarei esse detalhe importante sobre você.

– Você nem se esforça para acreditar, Rose. Esse é o problema.

A ruiva teve que elevar a cabeça novamente, pois já estava com ela enterrada no livro, só que desta vez a inclinou em dúvida, deixando alguns fios ruivos caírem sobre seu ombro. A trança que fizera antes do dia começar, já quase não existia mais.

– O que você quer dizer com isso, Malfoy?

– Não estou aqui, tentando de um jeito barato, conversar com você só porque eu quero te “pegar” e depois cair fora, poxa! Eu quero te conhecer. Quer dizer, eu quero voltar a falar com você, porque acho que eu já te conheço o bastante. Só isso, custa colaborar?

– Não foi isso que você me mostrou há algumas semanas – Rose o lembrou dando de ombros.

– Eu mandei mal, admito – Scorpius ergueu as mãos um pouco acima da cabeça em sinal de rendição – Mas você também não pode nega que foi bom.

Um pergaminho que estava largado em cima da mesa de estudos, foi lançado da mão de uma ruiva, se chocando no meio da testa de um loiro.

– Au! – ele reclamou no sussurro e fazendo careta.

– Cale a boca! – ela advertiu, ainda sussurrando – E um pedaço de papel jogado dessa distancia não doe tanto assim!

– Foi em você que uma doida jogou?

– Essa doida pode jogar esse livro... Aposto que vai doer muito mais!

Scorpius revirou os olhos e riu pelo nariz em seguida.

– O que você está estudando? – perguntou.

– Correção: o que eu estava estudando – Rose bufou – Caso não tenha percebido, ainda não é possível fazer duas coisas ao mesmo tempo.

– Caramba, ruiva! Uma trégua, pode ser?

– Pra quê trégua?

– Sei lá! Meu psicológico pode ficar afetado com tanto fora que você me dá.

– Um Scorpius louco?

– É. Um Scorpius louco.

– Okey, trégua. Um normal já é demais, imagine um louco?

O loiro não resistiu, gargalhou o mais baixo que pode.

– Amigos então? – quis saber estendendo a mão.

– Amigos – Rose sorriu pegando a mão dele e apertando.

Soltaram-se e voltaram para suas leituras. Passaram um bom tempo em silêncio, realmente concentrados em seus conteúdos. Ficaram ali, inertes ao horário, uma aluna da Corvinal precisou chamá-los mais de uma vez para avisar que a biblioteca já iria fechar. Rose guardou os livros e pergaminhos rapidamente e se pôs a ir embora, Scorpius a acompanhou.

– Então, o que vai fazer durante a semana? – ele quis saber.

– Tentar dividir o meu tempo em estudos e treino, afinal novembro não vai demorar muito a chegar, o time inteiro estar se esforçando desde cedo para esse campeonato.

– Posso imaginar o motivo. A maioria vai sair este ano, não me admiram que queiram muito ganhar para fechar tudo com chave de ouro.

– Sim. É mais ou menos nesta linha. Mas, então? O que a minha agenda te interessa tanto?

– Não pense que seguirei seus passos, Weasley. Não se iluda tanto – Scorpius fez graça. Rose revirou os olhos – Era só para saber mesmo e para abrir caminho para te perguntar se já está acompanhada para ir a Hogsmeade?

– Você não perde uma, não é Malfoy? – a ruiva perguntou um tantinho incrédula – Pois bem, provavelmente eu vá com a mesma galera de sempre.

– Acho que vou com vocês então. Bem, você sabe... Para mudar esse negócio de "de sempre".

Rose não pode deixar de rir. Socou o braço de Scorpius de leve e este fez bico, que só a fez rir ainda mais. Os dois ficaram assim, rindo baixinho um da cara do outro até chegarem a entrada da Torre da Grifinória.

– Acho que é aqui que você fica – o loiro murmurou ficando à frente de Rose – Boa noite, ruiva.

– Boa noite, Scorpius e bem... Você pode ir com a gente a Hogsmeade, por mim tudo bem.

Ele apenas assentiu. Um silêncio se estabeleceu ali, estavam apenas eles dois no corredor. Era fato que ambos queriam um pouco mais de proximidade do que tinham naquele momento, mas apesar disso Rose agradeceu por Scorpius não ter chegado mais perto. Ela terminou por sorrir e bem baixinho disse a senha para a Mulher Gorda, que estava quase cochilando. Malfoy queria chama-la para poder-lhe dizer alguma coisa qualquer afim de tomar mais tempo, mas optou apenas por acenar e vê-la sumir na escuridão do pequeno corredor que dava ao hall da Grifinória.

Ele logo se retirou para as masmorras quando se encontrou sozinho. Se jogou em sua cama ainda de farda, se livrando apenas dos sapatos e demorou um pouco a dormi, o passeio com Rose a Hogsmeade que ainda nem tinha acontecido estava o deixando igual a um adolescente ainda conhecendo a puberdade. Com a ruiva foi um pouquinho diferente, o dia tinha sido bastante cansativo. Ela se trocou rapidamente, vestindo um pijama de algodão e se largou logo em seguida em sua cama. Percebeu que todas as suas colegas de quarto já tinham pegado no sono e não demorou muito a seguir esse caminho. Não se deu a oportunidade de pensar muito em Scorpius antes, mas em compensação, ele ficou bem presente em seus sonhos naquela noite.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Uma trégua merecida, ein? Beijocas!

Até o próximo capitulo!



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