Scorpius & Rose (vol. 1) escrita por Janne Esquivel


Capítulo 37
Capitulo 36 – Amor, a magia mais poderosa do mundo


Notas iniciais do capítulo

AGRADECIMENTOS – Notas iniciais e finais

Então galera. Chego aqui para vocês com nosso último capítulo de Scorpius & Rose e adianto que estou totalmente realizada com o caminho que essa história levou. Primeiramente eu queria agradecer a vocês e sempre a vocês em primeiro lugar, que me acompanharam e que acompanharam esse casal, vocês que tiveram paciência com meus atrasos e sempre me dão gás a continuar até o fim com seus comentários recheados de carinho. Meus sinceros agradecimentos são pra você leitor, a alma de qualquer história, a alma das minhas histórias.

Depois gostaria de agradecer a J.K Rowling por esse brilhante universo que ela compartilhou conosco, um universo já considerado um clássico contemporâneo. Obrigada J.K, Harry Potter fez e sempre fará parte da minha vida, obrigada por isso. Obrigada por essa fonte inesgotável de ideias e boas histórias que você nos deu ;D

Por fim, agradecerei a equipe do Nyah! Um site maravilhoso e acolhedor. Um salve a vocês, galera que torna isso possível.

Fiquem com o último capítulo e lembrem-se sempre, não é um adeus e sim apenas um até logo. Espero que gostem e boa leitura!

P.S.: Espero não tê-los decepcionado com a forma que eu escolhi pra finalizar essa etapa. Bjs.
2º P.S.: E quero agradecer a @BeatriceBlackRiddle pela sua fofa recomendação de ontem! Um beijo grande e muito obrigada Beatrice ^-^



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Scorpius & Rose

Capitulo XXXVI – Amor, a magia mais poderosa do mundo

Rose pulou do sono com um grito de raiva vindo do andar de baixo, olhou para o lugar da cama de casal ao seu lado e franziu o cenho quando não viu Lara. Estavam na primeira semana de férias na residência dos Potters, a casa mais tranquila que Rose conhecia, mais tranquila até que a sua própria casa. Talvez o grito tenha vindo de um pesadelo que não conseguia recordar de imediato e talvez já estivesse tão tarde que Lara já estivesse descido, porque era impossível ter alguém brigando naquela casa. O sol estava bastante forte lá fora, mas ainda assim o dia parecia fresco. As janelas do quarto de hospedes estavam bem abertas e o ambiente estava bem refrescante.

A ruiva se dirigiu ao amplo banheiro de hospedes despreocupada no fim das contas, para tratar de sua higiene matinal, mal sabia ela da confusão na sala de visitas no andar de baixo.

No cômodo mencionado haviam oito pessoas: Harry e Gina, os anfitriões; Albus e Lara, especialmente solicitados; o Sr. e Sra. Finnigan junto ao filho mais novo, e o motivo de estarem ali repentinamente sedo ainda desconhecido; e Scorpius, que insistiu em ficar pelos amigos pela situação previamente delicada, levando em consideração que Simas estava com uma cara de poucos amigos.

A família estava no início de um café da manhã, com exceção de Rose e James – porque acordar esses dois era uma verdadeira batalha – quando Simas apareceu na sala dos Potter e solicitou uma reunião urgente com os mencionados no parágrafo anterior. Harry e Gina não puderam comparar com nada situação mais estranha que aquela, mas obviamente os conduziu até a sala de visitas. Lara estava totalmente perdida, perguntando ao irmão com quase desespero através de uma conversa por olhares, o problema era que Jack era péssimo nesse diálogo.

Simas foi o primeiro a falar, mas ele parecia nervoso demais, então o que era pra ser uma frase saiu meio que como um rugido, alto o bastante pra assustar todo mundo. Gina captou algo como “desrespeitar a minha filha” e logo foi a próxima a se anunciar.

– Ora Simas, somos amigos de longa data! Me ofende que você pense que nós trataríamos mal algum de seus filhos! – Rebateu ela magoada. – Principalmente Lara, uma menina tão especial para o meu Al.

– Se seu filho tivesse um pingo de consideração por Lara, não teria feito o que fez! – Simas rosnou para o garoto.

– Desculpe, senhor? – Al questionou confuso, apertando a mão de uma Lara tremula. – Mas o que eu fiz?

Ela sabia o que estava por vir. Sabia porque o seu pai estava tão furioso e sua mãe tão preocupada em mantê-lo no lugar que os dois pareciam dois colegas numa briga de bar. Sabia porque o seu irmão a encarava com uma expressão desesperada em pedir desculpas. O teste. Seu pai havia descoberto sobre o teste de alguma maneira e estava ali para matar Albus. Droga! O que faria para explicar tudo sem contar o segredo de Rose? Sim, porque ela havia prometido que aquele episódio no banheiro nunca aconteceu. Não contaria a ninguém, muito menos a Scorpius e nem para o namorado. Não podia dizer a verdade, mas também não sabia como mentir sobre aquilo. Se confirmasse que era seu, os pais ficariam desapontados por ela não ser mais virgem e provavelmente lhe dariam um sermão sobre segurança, mas não passaria disso. O problema era que ela era virgem e Al sabia disso e ele a odiaria, por tê-lo “traído” e “mentido”.

Mas e se ela mentisse e explicasse para ele depois? Ele acreditaria, mesmo que ainda tivesse que omitir a participação de Rose? Confiaria nela? Merlin! O que fazer?! Como contar a verdade sem trair ninguém?

– Não se faça de desentendido, garoto! – Simas tornou a atacar.

– Desculpe, Simas. Mas se está acusando Severus de alguma coisa na minha casa, seria bom eu saber o porquê antes de tudo. – Harry interveio, pacientemente.

– Eles não lhes contaram? - Finnigan encarava a filha e o namorado dela com um misto de raiva e decepção. – É claro que não lhes contaram! Estavam esperando o que? Um jantar? Reunir a todos? Que patético!

– Contar o que? – Scorpius questionou aos amigos, curioso.

– É uma boa pergunta, parceiro. – Respondeu Al ao loiro, virando-se em seguida para Lara e depois para o pai dela. – O que temos a contar?

– Quando? Quando iriam nos contar que você engravidou a minha filha!

E o choque daquela pergunta atingiu todos. O primeiro foi Scorpius que começou a torci de um jeito um tanto descontrolado, como se o questionamento tivesse entrado pela sua garganta e o tivesse feito engasgas. Gina arregalou os olhos para o filho enquanto Harry lhe dirigia um olhar assustador. Lara apertou ainda mais a mão de Albus e baixou os olhos pro chão, esperando. E por fim Albus, tinha uma expressão tão confusa e pálida que parecia que todo seu sangue tinha deixado o seu corpo.

– Eu posso explicar... – disse Lara baixinho depois de um tempo.

E como se tivesse acabado de saber que ela estava ali, Al se afastou um pouco para encará-la bem, mas não largou a mão dela, o que a deixou imensamente aliviada.

– Eu sinceramente espero que você possa – ele tentou sorrir despreocupado, mas sua cabeça estava girando demais. Severus costumava a lidar com situação complicadas com um bom humor indestrutível, mas aquele momento era tão inusitado quanto confuso.

– Como o senhor descobriu sobre o teste? – Lara questionou, ainda com a voz baixa.

– E-ele... E-eu... Eu esqueci sua carta em algum lugar e mamãe achou enquanto limpava a casa. – Jack se pronunciou. – Me desculpe, Lara... Eu não...

– E o senhor não leu a carta? – A morena interrompeu o irmão, encarando os pais com uma expressão que nunca ousara usar, mas que combinava muito bem com o seu rosto. Determinação.

– Ora, querida. Não espera que acreditemos que você pediu um teste de gravidez ao seu irmão para o uso de uma amiga. – Foi a vez da mãe dela, visivelmente brava também.

– Bom, você são meus pais, é normal de um filho esperar que os pais confiem neles.

O tempo em silêncio foi o suficiente para Al chegar no poço da dúvida em sua cabeça e tropeçar nele, ele não estava escutando nada desde que a namorada disse que podia explicar. Mas se ele e Lara nunca foram tão longe, então se ela estivesse mesmo grávida, o bebê não era dele e... Não! Lara não o trairia? Ainda mais dessa forma e não depois de tudo! Não!

O moreno largou a mão dela e se afastou um pouco pelo baque do pensamento. A confiança nela não o deixava acreditar naquela teoria, mas a mesma estava lutando em cima de uma corda bamba sem rede, pois a explicação de Lara ainda não viera. A morena não o culpava, tinha todo direito de estar confuso e batalhando entre o certo e errado. Ela estava sozinha então. Oh Rose! Por que diabos você dorme tanto!

– Ora, mocinha! Se você pensa que vai mentir para mim está muito enganada! Você e esse moleque ultrapassaram os limites, agora vão arcar com as consequências! Farei arcarem ou eu não me chamo Simas Finnigan!

– O teste não era pra mim, caramba! – Lara se fez ouvir perdendo a paciência, coisa que ela nunca tinha feito. – Acreditem ou não, mas o teste não era pra mim.

Al a olhou perplexo. Se não era pra ela, então pra quem era?

– E pra quem era? – Harry tomou a liberdade de perguntar.

– Não posso dizer, Sr. Potter. Desculpe, mas prometi que não diria.

– Então está mentindo! – Simas vociferou. – Não existe outra garota nessa história. Você está mentindo para nós!

– Qual é o problema do senhor? – A voz de Albus tinha voltado, agora era firme. Sua postura voltou para o lado de Lara, de forma protetora. Ele acreditava nela, afinal. Acreditava sem nem mesmo piscar e naquele momento, vendo-o a um passo a sua frente com uma cara seria pronto para enfrentar quem fosse, ela descobriu que o amava mais do que poderia ter imaginado. E com essa certeza, Lara adquiriu o restante da determinação que lhe faltava.

– Como disse garoto?

– Ele quer saber porque é tão difícil acreditar em mim, na sua própria filha?!

– Por quê?! É obvio, não?! Essa história está deveras mal contada! Você pede ao seu irmão que arrume um teste de gravidez alegando que é para uma amiga, que não nos diz quem é, o que espera realmente que eu conclua?! Não lhe julgaria por ter conhecido o prazeres da carne, mas não se cuidar e esconder isso de nós já é outra história! Por que não nos diz logo o resultado, ou melhor, afirma que o teste era seu?!

– Porque o teste era pra mim.

E todos os olhos se viraram para a entrada da sala, onde uma Rose inexpressiva estava posicionada. Ninguém disse nada em primeiro momento, na verdade o primeiro momento foi usado para o processamento da informação.

Lara respirou fundo e seus olhos não deixaram os de Rose. Albus franziu a testa e se voltou para Scorpius com os olhos questionadores. Por sua vez, Scorpius, por entre tantas pessoas, tinha uma visão bem clara da namorada, e a encarava profundamente surpreso, foi como ter levado um soco.

A reviravolta empalidecesse todos e Rose podia até ouvir os pensamentos dos adultos – Ronald Weasley vai enfartar –, mas ela não se intimidou.

– E com todo respeito aos meus tios e aos Finnigan, acho que essa discussão se encerra aqui já que o assunto só diz respeito a mim e a Scorpius. – A ruiva continuou, sem tirar os olhos do mesmo. – Sei que é confuso para vocês tios, mas não chamem meus pais ainda. Gostaria de conversar a sós com o meu namorado antes de mais nada.

Sabiamente, Harry concordou e conduziu todo o restante para fora, oferecendo um café aos Finnigan para reaver a paz.

A sós e de portas fechadas, os dois se mantinham estáticos no mesmo lugar, um de cada lado da sala, olhando um para o outro. O clima estava estranho, quase palpável. Scorpius tinha algo de muita confusão em seus olhos e Rose não o culpava. Mesmo que não fosse mais real, Scorpius ainda não tinha conhecimento disso, ela só sabia de um teste de gravidez. A ideia era tão assustadoramente maravilhosa, que ele se surpreendeu. Era jovem, eles eram jovens, mas que problema havia de fato se era ela que ele sempre via ao seu lado?

– V-você está... – Scorpius tentou perguntar, mas tremia demais, um sorriso quase brincava em seus lábios.

– Não. – Ela disse num sussurro.

Silêncio

– E-então...

– Eu só suspeitei e pedi ajuda a Lara. Fiz o teste e deu negativo. – Rose adiantou com o misto tom de tranquilidade e chateação. – Foi apenas isso.

Uma longa pausa em completo silêncio.

– Eu sinto muito... – Scorpius se aproximou por fim, mas não a tocou.

– Não sinta. É cedo demais de qualquer forma. E como diria minha mãe, ainda somos duas crianças.

– Você sabe que eu te apoiaria, não sabe? Que estaria sempre ao seu lado, não é? Sabe que eu jamais daria as costas pra você também, não é?

– Sim, eu sei...

– Então por que não me contou antes? – Scorpius a olhou profundamente, agora com uma das mãos segurando o seu rosto. Rose deitou a cabeça naquele toque e fechou os olhos, uma lágrima caiu. – Rose, eu não estava flertando ou indo pelo calor do momento quando te propus que ficasse ao meu lado pra sempre. Eu entendo que somos jovens e que talvez pudéssemos ter tido o maior deslizes de nossas vidas, mas se tivesse acontecido eu jamais sairia do seu lado, entendeu? Jamais a deixaria!

– Eu teria ficado tão contente quanto aflita, acho que eu ainda estou assim... – choramingou, depois passou a falar rápido demais em meio a lágrimas. – Eu nunca senti tanto medo, tanta esperança, aflição e monte de outras coisas juntas na vida. Eu quero isso com você, Scorpius! Nossa! Naquela tarde eu soube que eu queria muito isso com você, mas eu também quero uma carreira, quero construir uma base segura antes de tudo...

– Shhhh... – Ele envolveu o rosto dela nas mãos e colou suas testas. Rose quase nunca chorava, era tão raro quanto notícias sobre aparecimento de unicórnios. – Sei o que você está sentindo meu bem. Está tudo bem, eu quero isso também, quero tudo que eu tiver direito com você. Teremos todo tempo do mundo pra isso. Apenas respire.

– Desculpa não ter te contado...

– Está tudo bem.

– E-eu... E-eu amo você.

– Também amo você, minha flor.

Selaram os lábios lentamente, com muita devoção as palavras ditas. Depois trocaram um forte abraço, mas com papeis como numa peça de teatro. Até aquele momento Rose desconhecia o seu temor quanto a reação de Scorpius sobre a ideia de uma gravidez, até então ela tinha quase certeza que ele não fugiria, mas quando o momento de mencionar chegou, sua coluna gelou, ela tinha medo de descobrir sua verdadeira reação. Então era quase avassalador saber dos lábios dele que sempre estariam juntos, independente do que acontecesse. Ela abraçava Scorpius com um amor que só crescia, com um profundo agradecimento por ele ter virado seu porto seguro. E por sua vez, Scorpius a abraçava como tal, como o cara que estaria ali pra ela quando e onde ela precisasse e para o que ela precisasse. Estava ali para amá-la e provaria aquilo sempre que necessário. Ele a amava, tinha tanta certeza disso naquele momento em que a segurava nos braços.

Eram enfim dois jovens mostrando um para o outro e para eles mesmo que se amavam verdadeiramente. Dois jovens que conheciam o sentimento mais lindo do mundo, o sentimento que era pra todos, mas nem todos eram pra ele. O amor é um grade jogo de sorte, sorte aqueles que o tem sempre consigo e que sabem lidar com seus pros e contras, azar daqueles que o temem e o ignoram pelo medo e pela incapacidade de lidar com ele. Amar não é só o lindo, não é só o sorriso, não é só o calor. Amar também é o feio, a lágrima e o frio. É a escuridão que te atinge, mas também é a felicidade que te liberta. Não se pode conhecer o bom de se amar sem experimentar do ruim. Porque se não doer não é amor. Se não arder, se seu coração não palpitar, se não acelerar ou errar uma batida, então nada é amor.

Rose e Scorpius eram dois jovens, talvez julgados inexperientes e novinhos demais para tal responsabilidade que esse sentimento carrega, mas acreditem, em só um ano eles aprenderam a amar, melhor do que muitos casais que levam anos por ai e ainda assim não aprenderam.

O amor é a única coisa que transcende o tempo e o espaço* e é a magia mais poderosa que alguém pode possuir. Lembrem-se é importante recordar que todos temos magia dentro de nós*, então sejamos aqueles que tem sorte e vamos usar dessa magia pra viver.


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Notas finais do capítulo

AGRADECIMENTOS – Notas iniciais e finais

*Interestelar, filme de 2015.
** J.K Rowling

Escrever Scorpius & Rose não foi uma tarefa fácil, foi até mais difícil que escrever minha primeira fanfic, Harry & Gina. Isso se deve a vários problemas pessoais numa época de muitas desilusões, mas eu consegui, na verdade, nós conseguimos. Porque se não fosse as demonstrações de afeto e de admiração por parte de quem ler essas palavras, talvez eu não tivesse ido muito longe. Escrever e ver que há pessoas que realmente curtem seu trabalho é gratificante.

Então galera, agradeço mais uma vez por tudo. Agradeço pelos comentários, acompanhamentos, favoritações, mensagens e especialmente as recomendações. Pra mim, nesse caminho de quase dois anos, os números não fizeram a menor diferença ou importância, porque o conteúdo de suas palavras foi o que mais pesou pra mim. Nunca recebi tantos textos, tantas ideias, tantos gritos e ‘continuas’ com tanta veracidade.

Escrever Scorpius & Rose foi a melhor experiência até agora e por causa disso e em agradecimento a vocês, lhe concedo presentes. Primeiro, confirmo o lançamento do segundo volume da minha humilde visão sobre esse casal pra lá de clicado e segundo, em poucos dias postarei um bônus de Severus & Lara (porém ainda não sei se em one-short ou ainda nessa fic, de qualquer forma fiquem me acompanhando e não percam!).

Um beijo bem grande galera e até o volume 2!



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