Scorpius & Rose (vol. 1) escrita por Janne Esquivel


Capítulo 36
Capitulo 35 - Amanhã já é férias!


Notas iniciais do capítulo

E levando em conta que as nossas férias estão acabando (as minha não porque tô de greve, mas pelo menos a de vocês), eu vou postar esse cap assim só pra alegrar a semana de vocês (espero). Rsrsrsrs

Galera! Amo vocês e seus comentários lindos! Fiquem com um beijão bem grandão meu e um cap novinho!

Boa Leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/501617/chapter/36

Scorpius & Rose

Capitulo XXXV - Amanhã já é férias!

James e Fred quase tiveram um treco quando entraram na Sala Precisa e virão toda a decoração especial de uma festa clandestina. O lugar no fim exalava o cheiro de coisa errada. Duas festas clandestinas já tinham sido realizadas naquele salão sem que ninguém, exceto os convidados, suspeitasse, fora todos os encontros românticos de alunos depois do horário, e nada se comparava ao clima daquela festa.

Era um grande salão, com colunas rusticas e falhas na parede, bem parecido com os demais do castelo, exceto talvez por uma parede de espelhos encantados que de hora ou outra transformava o reflexo de algo um tanto bizarro, mas engraçado. As luzes que banhavam o salão saiam de canhões do chão, fazendo as cores dançar e girar nas trevas do ambiente. A mesa do buffet, composto por bastante comida e diversas bebidas, desde trouxas a bruxas, estava contra a parede do fundo, iluminado por holofotes azuis. A pista de dança, construída ao centro no intuito de ser a alma do espetáculo era redonda, com desenhos geométricos piscando freneticamente em cores diferentes, uma leve camada de fumaça cobria o chão, ofuscando as cores e as misturando. E, por fim, em um dos cantos do salão havia um controle de som trouxa distribuindo toda a música pelo ambiente, estrategicamente colocado lá para que nenhum acidente acorresse, como, por exemplo, alguém derrubar bebida em aparelhos eletrônicos com tensão suficiente para deixar uma pessoa bastante ferida.

Uma programação tinha sido estudada e preparada. Não havia muito o que se fazer se não curtir, mas alguém precisava dizer algumas palavras, algumas brincadeiras precisavam ser feitas e outras atividades precisavam ser realizadas. Afinal era a festa de despedida de mais uma dupla de marotos que fizeram os dias na escola de magia e bruxaria mais famosa do mundo muito melhores. Na parede de fundo, contra a porta de entrada, havia então uma faixa enorme e bem elabora enunciando o seguinte: “I solemnly swear I am up to no good!”.

Não estava lotada, mas não perdia o seu charme de badalada, porque também só tinha peça lá dentro.

Os primos estavam todos lá, é claro. Roxanne foi quem ficou de arrastar Fred alegando que Ellen precisava de ajuda, Ellen já estava arrastando James ao lado de Lily e Louis dizendo que Dominique havia sofrido um acidente tentando aprender um passo de dança e com tempos milimetricamente marcado, Fred entrou na Sala no momento em que Jay virava o corredor com sua comitiva de socorro. É claro que Nick, assim como Albus já estavam a espera deles e das suas caras surpresas dentro da festa, ao lado Lara e Scorpius.

Depois de reclamarem e choramigarem por terem sido enganados com um papo tão sem noção, James urrou seguido de Fred e a farra teve início.

Al estava de jaqueta de couro preta, uma calça jeans largada e rasgada, botas de combate e um cabelo negro sobre os olhos verdes que deixaria qualquer garota ao seus pés. Apesar de que, é claro, ele só queria uma garota. Lara estava espetacular, com uma maquiagem que realçava perigosamente a sua boca com um batom vermelho de tirar o folego. O vestido que escolhera era negro, no estilo princesinha, mas só descia até o fim da cocha, usando um all-star desbotado como calçado. Albus Severus, observando tudo de um canto com um copo na mão, talvez fosse ficar louco até o fim da noite se ela continuasse dançando daquele jeito.

Scorpius preferiu uma camiseta social verde por fora da calça jeans um tanto apertada, mas bem gasta e desbotada e um sapa-tênis cinza. O cabelo loiro e espetado, estava inclinado levemente para um lado, como por um movimento rápido de mão na frente do espelho. Gel não era sua praia. Estava preocupado com Rose, ela ainda não havia aparecido, e mesmo que fosse premeditado, já que ela que ficara responsável por enfeitiçar todos os arredores da sala para que ninguém do lado de fora ouvisse nada e que se alguém quisesse entrar, subitamente lembrasse de fazer alguma coisa importante em outro lugar, ela estava bastante atrasada.

E em frente a porta, a ruiva finalizava o último feitiço, quando alguém pigarreou nas suas costas. Devagar ela se virou e quase quis vomitar quando encarou Zabini de braços cruzados, limitou-se a revirar os olhos e bufar.

– O que você quer? – Rose perguntou erguendo bem o olhar.

– Sei muito bem o que está rolando aí dentro – respondeu Amanda com um sorrisinho cínico –, e também sei que McGonagall não vai gostar nadinha de tomar conhecimento.

– Então não conte a ela, ora. Bem simples, não acha? – A ruiva rebateu indiferente.

– Você entendeu bem o que quero dizer – ameaçou a outra.

– Na verdade não. Eu não consigo entender nem porque você está aqui, você não foi convidada.

– Não sou eu que está numa situação delicada aqui, florzinha. Se eu fosse você baixava esse nariz.

– E quem é que está em perigo aqui?

– Provoque-me só mais um pouco e irei contar a McGonagall sobre a festinha mirrada de vocês. – Amanda rosnou avançando um ou dois paços.

– Bom, talvez ela fique chateada por não ter sido convidada, mas aposto que ela ficará bem mais desapontada por não ter sido avisada da sua comemoração com mais de sessenta pessoas nessa sala... – Respondeu Rose na calma, erguendo apenas uma sobrancelha. Amanda recuou, fora atingida. – O que é até admirável, uma garota como você conseguir esconder uma festa tão grande das autoridades daqui.

– Você não tem como provar! – A loira levantou a voz.

– Então parece que encerramos o assunto porque você também não terá como provar que essa também aconteceu.

– Se pensa que...

– Então está disposta a ferrar você e mais de sessenta alunos que você diz serem seus amigos? – A ruiva interrompeu, se cansando daquele papo – Não parece muito amigável, mesmo que eu ainda ache que você não consegue pensar em muito mais que seu umbigo.

Rose não esperou que Amanda revidasse, esperneasse ou fizesse qualquer coisa parecida, ela apenas rodou os calcanhares nos altos saltos branco perola e adentrou na Sala Precisa, fazendo a porta sumir quando a fechou.

As coisas já estavam bem movimentadas. Todo mundo tinha um copo de bebida na mão, sorrisos bobos e alegres no rosto e pés desajeitados na pista de dança, tirando Al e Scorpius, que conversavam perto da mesa do buffet. Rose atravessou a sala em direção a eles, mas foi parada na pista de dança ao cumprimentar os homenageados da noite, que a fizeram rodar um pouco.

Os cabelos ruivos, ondulados e brilhosos chamaram atenção de Scorpius e ele parou o copo no ar no meio do ato de beber. Ela estava bela, magnificamente bela. O vestido sem alças de fundo de cetim salmão coberto por renda branca caia-lhe até os joelhos de forma delicada, elegante e perfeita. Suas pernas bem torneadas tinham um destaque maior com os saltos brancos com amarras em fitas igualmente brancas. Ela parecia uma princesa, uma garota de outro planeta. Era a moça mais linda rodopiando com o restante, com um sorriso tão belo que era difícil para Scorpius acreditar que ela era só dele e melhor, aceitara ser só dele.

Ao vê-lo, Rose caminhou graciosamente em sua direção e Albus abriu um grande sorriso zombeteiro para o queixo caído de Scorpius.

– Você está babando, amor. – A garota brincou se aproximando e enlaçando os braços no pescoço do namorado.

– Vou atrás da minha princesa, melhor dançar do que segurar vela. – E dizendo isso, Al se retirou.

– Você demorou – Scorpius resmungou apertando a cintura de Rose.

– Era muito feitiço pra uma pessoa só e...

– E?

– E que eu tive um probleminha com Zabini, mas já esta tudo em paz.

– O que? O que ela aprontou?

– Tentou aprontar, quis nos dedurar. Mas ela também deu uma festa semana passada e ameacei fazer o mesmo.

– Como você sabe que ela deu uma festa semana passada? – Scorpius perguntou, mas só por perguntar. Seu novo interesse era a boca coberta de brilho labial de Rose.

– Hm... – ela praticamente ronronou, seus interesses completamente diferentes agora. – Eu fiquei com o Mapa lembra? Pela última semana inteira pra monitorar a circulação de materiais.

– Eu já disse que amo você? – ele sussurrou, a centímetros da boca dela.

– Hoje não...

Selaram os lábios com um misto de urgência e carinho. Era o primeiro beijo em semanas em que Rose não parecia distante. Estava beijando com vontade, se entregando inteiramente ao ato e Scorpius estava amando aquilo. A língua dele passou pelo céu da boca dela fazendo-a a gemer, Scorpius aprofundou com mais fome e...

– EI! – Jay gritou do meio da pista, com Dominique junto em um dos braços e um copo na mão livre. – Não estraguem minha festa, vão para um quarto!

Rose riu e se escondeu de vergonha no peito de Scorpius, que respirava com dificuldade enquanto conservava um sorriso idiota no rosto.

– Você está diferente – ele sussurrou ao ouvido dela quando uma música lenta começou a tocar e os dois se juntaram ao restante na pista.

– Só estou feliz.

– Estava preocupado com você... Estava distante esses últimos dias.

Rose agradeceu por Scorpius não poder ver o seu rosto e sua expressão confusa. Não sabia se contaria o porque do seu temor, talvez fosse melhor não, afinal, nada mudaria.

– Eu só estava pilhada com todos os compromissos – ela resolveu responder. – Mas já estudei bastante, ajudei o pessoal e a festa está correndo bem. Só falta derrotar você no quadribol, mas nunca me preocupei com isso.

– Pois devia. Não é só porque é a namorada mais linda e perfeita do mundo que eu vou deixar você ganhar.

Ele tinha esquecido o assunto que a incomodava. Ainda bem.

– Ah meu bem... Pois fique com o mesmo pensamento bem fixado na sua cabeça.

– Isso quer dizer que eu sou lindo e perfeito? – Scorpius se afastou apenas para olhar nos olhos dela, com o canto da boca elevado provocativamente.

– Eu até prometi que casaríamos, não prometi? Só fiz isso porque não aceito menos que a perfeição na minha vida, Sr. Malfoy.

E o resto da noite também não foi nada menos do que perfeita, cheia de graça, risadas, danças e muita, muita zueira.

Primeiro porque Albus fez um discurso pra lá de sem noção para o primo e o irmão, segundo porque Dominique e Lilian beberam tanta cerveja amanteigada que desceram até o chão numa música eletrônica, depois tem Lara passando mal (o que é compreensível porque ela nunca tinha bebido tanto). Aí teve Rose tentando controlar e cuidar de todos porque já estava todo mundo pra lá do limite, exceto Scorpius, que teve a dor de cabeça de colocar todo mundo seguramente em um canto pra dormir, junto a namorada.

No geral, a festa foi bem aproveitada e saiu nos conformes. No final, uma semana se passou e ninguém ficou sabendo de nada, tinha sido bem sucedidos mais uma vez, como sempre foram, porque aquela turma não fazia nada se não estivesse completa. Iria ser difícil se acostumar com a saída de James e Fred, que aliás não tinha do que reclamar, porque foram os melhores sete anos de suas vidas.

.:x:.

As provas estavam a caminho, mas a prioridade de todo mundo era outra: a final do campeonato escolar de Quadribol, que rendeu um ótimo jogo. Isso porque James, Lily e Louis marcaram trezentos e cinquenta pontos quase um atrás do outro contra cento e cinquenta da Sonserina. E o trabalho da Sonserina triplicou porque eles não podiam pegar o pomo com aquele placar, mas também não podiam deixar que Rose o alcançasse. As cobras estavam fazendo um bom trabalho quanto a manter os resultados e manter Rose distante, ela era rápida para fugir das marcações corpo a corpo, mas em um momento que o pomo surgiu e ela disparou a frente com Scorpius a sua cola, um balaço a atingiu em cheio e para não cair junto, Scorpius se atrapalhou e bolou no ar com a vassoura, o pomo foi parar no espaço perfeito entre a sua mão e o cabo.

Mesmo com a Sonserina pegando o pomo, a Grifinória ainda ganhou por 50 pontos a frente. Todo mundo vibrou e comemorou, exceto, é claro, a Sonserina e Rose, porque Rose passou duas horas sem conseguir respirar direito.

As provas vieram. A única que de fato preocupou em massa foi a Disciplina de Defesa Contra as Artes das Trevas, uma prova diferente de tudo aquilo que já passara, porque afinal nenhum outro professor tinha tomado liberdade de levar suas turmas para completar um trajeto na floresta proibida individualmente. Porém, surpreendentemente, o resultado foi que nunca houve tantas notas altas nessa matéria. McGonagall parabenizou Potter pelo seu método, mas alertou que os pais poderiam não ter a mesma opinião.

O fim do ano chegou tão rápido com a última rotina pilhada, que Lara, Albus, Scorpius e Rose tiveram que decidir sobre o calendário de férias quase que na cabine de volta a Londres. Ficou decidido que a primeira semana seria na casa dos Potters e eles contariam com a companhia de Lilian, Hugo, James e Dominique. Depois seria uma semana na Mansão Malfoy e então o resto das férias ficava por conta de cada um. Lara decidiu que depois da estadia na casa de Scorpius, ela também passariam alguns dias com Rose na casa dos Weasleys assim ficaria mais perto de Al sem deixar seus pais loucos.

Tudo tinha corrido bem afinal. Eles tinham finalmente se encontrado naquele ano. Tinha enfrentado fantasmas e achado um par perfeito. Nada mais poderia acontecer aqueles quatro, não é mesmo?

Errado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

PAN PAN PAN PAN!

Rá! Não fiquem tensos? Atritos acontecem... Mas tudo vai ser colocado a prova... Pelo menos eu acho!

Beijocas! E até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Scorpius & Rose (vol. 1)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.