Scorpius & Rose (vol. 1) escrita por Janne Esquivel


Capítulo 11
Capitulo 10 - Um lago. A paz. O silêncio.


Notas iniciais do capítulo

Oi seus lindos! Desculpem a demora e a confusão no tempo de postagens, mas é que eu tô lotada de coisas para fazer. Porém, prometo dá um jeito nisso o quanto antes. Espero que gostem deste cap...

E, antes que me esqueça, queria agradecer de coração a Guilhermina Weasley Malfoy pela sua estimulante recomendação! A primeira de muitas, eu espero! Obrigada mesmo! Beijos e esse cap é dedicado a você, linda!

Preparem-se para fortes emoções, boa leitura ;-D



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Capitulo X - Um lago. A paz. O silêncio.

A manhã seguinte era uma ensolarada manhã de sábado. A maioria dos alunos ficavam alguns minutos a mais nos dormitórios, por isso, Rose era a única aluna sentada em uma das quatro grandes mesas bem posta para o café da manhã. Em uma das mãos segurava um exemplar do Profeta Diário e com a outra, uma caneca de café com leite. Buscava informações de Lilian Luna e também esquecer o acontecimento da noite passada.

– Se afundando no Profeta de novo, tomatinho? – uma voz masculina questionou a suas costas - Seu novo namorado agora?

Rose nem se virou, pois sabia perfeitamente de quem se tratava.

– Não estou em um bom dia, Severus.

– Pelo amor de Deus, Rose... É sábado! Como pode não estar em um bom dia no sábado? – Albus exclamou se sentando ao lado da prima e se servindo de pão e café.

– Desembucha, moreno. O que quer?

– Gosto das nossas conversas matinais, prima. Apenas relaxe, o.k? – Severus ergueu a sobrancelha. Rose revirou os olhos, mas assentiu mesmo que relutante – Pode me dizer o que aconteceu ontem no banheiro da Murta?

– Não me diga que ele já foi lhe contar? – a ruiva questionou revoltada, largando a xícara com tudo na mesa e se virando bem para o primo.

– Somos amigos, espera um comportamento diferente?

– Vocês são duas maricas, isso sim! Scorpius não tinha nada que abrir a boca sobre isso.

– Acho melhor você falar mais baixo – Albus a repreendeu fazendo um gesto com a cabeça para que Rose olhasse a sua volta, já havia um ou dois alunos a mais que eles no refeitório – A escola está começando a acordar.

– Albus. Severus. Weasley. Potter – ela continuou pausadamente olhando fundo nos olhos de Albus – Se deseja evitar um escândalo logo cedo, sugiro que cale a boca ou arranje um assunto mais interessante para falar do que a minha vida pessoal.

– Tá. Tá bom – ele se deu por vencido. Fechou a cara e voltou a atenção para comida, mas não demorou muito para falar de novo – Papai está voltando na segunda-feira e Lilian está indo para casa amanhã.

– Como sabe?!

– Recebi uma carta ontem à noite da minha mãe, Lilian vai se recuperar em casa agora, no máximo duas semanas e já vai estar de volta com a gente.

– Como me sinto aliviada em ouvir isso! – Rose suspirou – Mas por que não me contou ontem a noite mesmo?

– Você estava ocupada demais fugindo pelos corredores do castelo de um certo Malfoy – Albus deu de ombros.

– Severus!

– O que? É verdade! E tem também o fato de James, de última hora, decidir azarar os remédios da Krum. Quase fomos pegos por Madame Pomfrey ao entrarmos na enfermaria, ela já não é velha demais para nos perturbar?

– Como assim azarar? – Rose arregalou os olhos ignorando a última pergunta do primo – E como assim fomos? Quem participou disso?

– Calma aí, tomatinho – Albus riu – Foi só uma brincadeira entre mim, Fred e James. Apesar da surra que você deu na Krum, era evidente que ela precisava ser internada. Mas James não se conformou, ela merecia coisa pior por ter te chamado do que te chamou, então resolvemos colocar umas brincadeirinhas nos remedinhos que a Madame preparou para ela.

– Que tipo de brincadeirinhas, Potter?

– Digamos que ela vai passar mais um tempinho do que realmente deveria em observação. O rosto dela não se recuperou muito bem ainda, há manchas vermelhar e protuberantes por toda parte...

– Por Merlin, Severus! – a ruiva exclamou perdida – Vai ser tudo culpa minha. Vocês não pensaram nisso não?

– Ah! Não se preocupe com isso – o moreno disse debochado, engolindo uns biscoitos de abobora – Vamos interceder se a culpa cair mais do que deve pra cima de você e... Hã... Eu soube que McGonagall quer te ver no fim do dia.

– Ótimo – Rose riu sem um pingo de vontade, enfiando a cabeça nas mãos – Mal mando cartas para os meus pais e a próxima que eles vão receber será logo uma reclamação do meu péssimo comportamento ultimamente.

Albus não disse nada, apenas riu um pouco com o drama da melhor amiga, saboreando tudo o que tinha direito no café da manhã.

Pouco a pouco os espaços vazios nos longos bancos de madeira iam sendo ocupados. James, Dominique, Louis, Fred, Ellen e até mesmo Hugo se juntaram a Albus e Rose em um pouco mais das 9h30m. O grupo não demorou a achar um papo que interessasse a todos, como a volta cada vez mais próxima de Lily. Hugo ainda se mantinha um pouco na dele em relação ao assunto, mas Rose sempre o cutucava e o incentivava a falar algo, como uma boa irmã faria. Ninguém ali tinha culpa nenhuma pelo o que aconteceu e o importante era que a ruivinha estava bem e logo-logo estaria ali, o acidente já estava em um passado bem distante.

– Pois bem – James se destacou no meio da conversa – Como não podemos usar o campo para treinos ou qualquer coisa relacionada a quadribol em respeito à minha queria irmã, temos que arranjar outras coisas para fazer, e rápido!

– E o que sugerem? – Louis quis saber olhando para todos.

– Eu topo um trote de boas-vindas para os alunos novos! – Fred levantou a mão.

– Até que umas brincadeiras seriam legais – Ellen comentou.

– A gente bem que podia organizar uma festinha de boas-vindas para Lily, o que acham? – Dominique foi quem deu a ideia.

– Acho que não vai ser fácil convencer a Professora McGonagall – Rose disse enquanto passava manteiga em uma fatia de pão – Mas podemos tentar...

Albus estava abrindo a boca para dizer alguma coisa quando umas risadinhas histéricas explodiram duas mesas atrás deles. A turma inteira se virou para investigar o porquê daquele alvoroço, ficando boquiabertos logo em seguida.

Scorpius Malfoy estava imóvel com as costas presas na mesa da sonserina e uma loira do seu mesmo tom de cabelo se encontrava bem inclinada em cima dele. Ao redor dos dois, um grupinho meninas riam sem parar. A loira tinha uma expressão ameaçadora e Scorpius tinha as mãos erguidas acima da cabeça, como sinal de rendição. Ela falou alguma coisa bem baixinho, apenas para ele ouvir. Todos que viam o que estavam acontecendo de repente fora invadidos pela curiosidade do que eram aquelas palavras e então aconteceu o que ninguém esperava de fato. A garota o beijou.

O beijo de repente se aprofundou e todo o salão congelou.

Albus estava de queixo caído, James e Nick arregalaram os olhos ao máximo, Fred e Ellen se entreolhavam assustados, Louis ficou branco. Hugo quase caiu do acento e Rose... Ela não tinha expressão.

Scorpius não reagia. Na verdade, ele reagia sim, porém, a favor. A loira agora se encontrava quase deitada em cima dele, as mãos de ambos espalmavam por todos os lugares. Parecia uma situação incontrolável, com tudo para passar dos limites. Todos os alunos que ali se encontravam estavam completamente em choque, foram pegos de surpresa. Afinal, não é todo dia que dois alunos decidem ser vulgares em pleno café da manhã de sábado. Nenhum professor se encontrava presente e apenas um estrondo muito forte, vindo da mesa da Grifinória, foi capaz de acordou todo mundo.

Rose, de proposito, arrastou seu braço que descansava sobre a superfície da madeira para junto de seu corpo, derrubando todos os pratos, copos e comidas pela frente. O casal se separou em um pulo, ficou cada um de pé bem longe do outro, arfando como se tivessem acabado de correr uma maratona.

Os olhares da ruiva e do loiro se encontraram. Havia decepção e tristeza no fundo do mar azul e confusão e culpa na imensidão nublada.

Rose se levantou, desviando seus olhos bruscamente, se livrou de todos os farelos de sua roupa e se retirou a passos largos e em silêncio. Ninguém sabia o que fazer diante de tal cena, exceto um moreno que tinha um incêndio na floresta de verão que era seu olhar.

– QUE PORRA ACONTECEU AQUI, MALFOY? – Albus gritou se levantando.

Silêncio.

– Potter! Não grite! – a loira exclamou passando os dedos lentamente nos lábios – Foi só um beijo, que mal a nisso?

– Cala a boca, Zabini, eu não falei com você. E eu GRITO quando quiser e com que EU quiser! Entendeu? Estou esperando, Malfoy!

– Albus... Eu... Ela... – Scorpius parecia profundamente perdido.

– Quer saber, Malfoy? Fica calado que é o melhor que você faz depois dessa merda – foi Hugo quem falou – Seu idiota!

– Mas...

Enquanto uma discussão começava sem cerimônia diante de um monte de alunos no Salão Principal, Rose corria sem rumo pelos terrenos do castelo.

Sua cabeça estava uma bagunça. Perguntas sem respostas giravam pela sua mente, sentimentos sem explicação a atormentava. Ela estava com raiva, com raiva da cena que acabou de presenciar e com raiva de como agiu de ante dela. Estava triste, triste por ter visto Scorpius se agarrando sem vergonha nenhuma com a garota que ela mais odeia em pleno café da manhã, na frente de toda escola. Ela queria fugir de tudo aquilo, queria fugir da realidade, queria se livrar da dor que estava sentindo, da confusão que parecia não ter solução.

Rose se viu na frente do lago negro e sem pensar, se livrou dos tênis que usava e entrou na água. Ela precisava esquecer, se distrair de qualquer forma, não importava como. Nadou ferozmente o mais longe e mais fundo que conseguiu da borda. Quando suas pernas relutaram em subir e descer ela parou e as abraçou junto ao peito. Com o folego preso, ela aproveitou um pouco da paz e do silêncio que a água profunda lhe oferecia. Seus pensamentos, de repente se dissolveram e pareciam se perder rapidamente na imensidão do lago.

Ela ainda olhou para a superfície quando viu que seu folego havia começado a faltar e apesar de haver tempo suficiente para voltar a margem, ela não queria. De repente ali talvez fosse o melhor lugar para se estar no meio da tempestade que sua vida tinha se tornado, ela não se controlava mais quando estava do lado de fora e talvez não estivesse nem perto do controle no momento em que decidiu não sair do lado de dentro.

O tempo parecia ter se esgotado. A escuridão a envolveu como um lençol grosso e pesado.


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Notas finais do capítulo

E aí? Tenso, né? Vou tentar postar o próximo assim que der.

Se tiver algum erro de digitação, me perdoem.

Até a próxima!