Scorpius & Rose (vol. 1) escrita por Janne Esquivel


Capítulo 10
Capitulo 9 - O que estamos fazendo?


Notas iniciais do capítulo

Oi jujubas! Desculpem a demora, mas é que eu estava super doente. Gripe não é brincadeira e o novo semestre está me tirando a paciência em todos os sentidos.
Consegui finalizar esse capitulo e espero que gostem do que vão ler, mas eu gostaria de perguntar antes:
A história parece muito confusa para você??? Por favor respondam, é importante. Beijocas e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/501617/chapter/10

Scorpius & Rose

Capitulo IX - O que estamos fazendo?

Era um alivio para Rose e o resto dos alunos que Albus e James, junto com os outros primos, estivessem voltado para Hogwarts. Isso significava que Lily estava fora de perigo e se recuperando rápido. Os dias passaram mais tranquilamente para todos, estar na companhia dos amigos era um grande remédio.

Havia um grupinho sentado em uma roda debaixo de uma das grandes arvores a beira do Lago Negro. Rose lia serenamente um livro trouxa muito antigo, no qual possuía uma história que ela amava ler várias vezes. Scorpius a observava discretamente sentando do lado oposto ao dela. James, com as costas apoiadas no tronco da grande árvore que os protegia do sol, abraçava de leve Dominique, ambos olhavam sem foco para o lago. Albus estava ao lado de Rose, puxando uma graminha aqui e ali. E por fim, havia Fred, que jogava sem animo um yo-yo que ganhara de Lily em um dos natais da Toca.

– Então... O papo morreu mesmo? – Dominique quebrou o silêncio.

– Acho que temporariamente sim – Fred murmurou.

– O que está lendo, Rose? – James puxou assunto.

– Orgulho e Preconceito de Jane Austen – respondeu a ruiva.

– E é bom?

– É maravilhoso, Sirius. Mas acho que não será tão bom para você, sabe? Tem romance demais.

– Eu já o li, Lily tem um exemplar dele e me emprestou – Albus comentou, lavando os braços atrás da cabeça e se jogando na grama – E, de fato, James iria vomitar mais do que ler esse livro. Eu quase o fiz. Não é bem uma leitura que atrai os meninos, mas é bem legal.

– Não curto nem leitura de ação, quanto mais romance – James disse por fim – Agradeço por me prevenirem de longas horas de blá-blá-blá.

– Você devia se interessar mais por livros, Sirius - Rose indicou - Vou arranjar uns bem a sua cara. Mas serão trouxas, eu os considero os melhores.

– Vocês são muito ligados ao mundo trouxa, não é? – Scorpius perguntou.

– Sim – Fred respondeu - Por uns motivos aí.

– E quais são eles?

– Bem – o ruivo continuou – A família inteira interage entre si de uma forma muito legal para sua grandeza, então os motivos que temos para conhecer bem o mundo trouxa pode vir de um único derivado, mas mesmo assim atinge todo mundo. Tipo a família da tia Hermione, eles tem muito mais contato com o mundo trouxa e tudo que acontece de legal por lá eles compartilham com o resto dos Weasleys, entende?

– Mais ou menos... Continue – o loiro fez uma careta.

– Por exemplo, Scorpius – James tomou a vez – Meu pai passou a infância e boa parte da adolescência em uma sociedade trouxa e ele faz questão que seus filhos saibam como funciona uma, para que todo esse preconceito desnecessário não exista entre nós e a gente, por nossa vez, compartilha tudo com os nossos primos. Gera mais assunto entre a gente e além de as vezes ser bem útil.

– Eu acabei conhecendo mais do que Hogwarts ensina sobre os trouxas, graças a Ted, James e claro, meu avô – Dominique disse orgulhosa – Eles não são tão tolos quanto parecem. Vovô diz que a cada vez mais eles conseguem fazer coisas incríveis sem magia, como o aparelho celular, que fornece as informações mais rapidamente do que as corujas e as cartas.

– A minha mãe é uma nascida trouxa. Ele sempre conta alguma coisa sobre o seu outro lado nos almoços de domingo na Toca, meu avô fica fascinado – Rose se viu falando pensativa – Cresci convivendo em uma sociedade trouxa, há férias em que passo na Austrália e não na Toca e as pessoas são na maioria das vezes muito simpáticas. A maioria dos meus romances favoritos são trouxas, sem falar dos filmes. Ainda tenho a pulguinha do vovô atrás da orelha sobre como uma TV funciona de verdade. Sem magia é quase impossível, não?

– Eu pesquisei uma vez sobre como elas funcionam – Albus disse – É uma coisa bem complicada, mas não há nenhum vestígio de magia, a não ser o nome popular. Mas isso é só um detalhe.

– Que nome? – Scorpius intrigou-se.

– Caixa mágica – foi Fred que respondeu.

– Enfim... Quando estamos em casa, eu e Hugo adoramos passar a tarde assistindo os filmes que há na TV.

– Por falar em Hugo, Rose. Você não o convidou para se juntar com a gente essa tarde? – Nick perguntou.

Rose baixou um pouco a cabeça antes de responder.

– É claro que convidei, Nick. Acontece que a rotina de Hugo agora é essa, do dormitório para aula e vice-versa. Ele não vai estar bem até ver Luna pelos corredores da escola.

– Ele não pode se culpar pelo resto da vida pelo que aconteceu – Fred exclamou olhando para o Lago Negro – Foi só um acidente, ninguém podia ter feito nada.

– Ele acha que estar brigado com ela no dia do jogo pode ter influenciado em alguma coisa – Rose explicou – Eles passaram a partida se provocando.

– A culpa não é de ninguém, de qualquer forma – Jay concluiu – Foi um acidente e ela já-já estará aqui conosco de novo. Seu pai mandou alguma carta Scorpius?

– Ainda não, mas acho que alguma deve chegar a qualquer hora. A última é da semana passada, quando vocês voltaram – o loiro respondeu se pondo de pé – Bom.. Eu tenho que ir, tenho um compromisso antes de escurecer.

– Eu tenho que ir com você? – Albus ergueu a sobrancelha.

– Isso soa meio gay, não acham? – Fred zuou.

– Tenho que concordar com você, Fred – Scorpius riu – E não Albus, não terá ninguém segurando vela para você consolar, sendo assim, sua companhia é dispensável.

– Que compromisso é esse? – Rose não pôde controlar a pergunta, nem a dose de ciúme que veio com ela.

James e Nick riram baixinho. Scorpius se agachou ficando bem próximo de Rose, que não se mexeu, seus olhos azuis continuaram fixos. Se a pergunta já tinha sido feita, ela não ia amarelar no resto do caminho até a resposta.

– Com ciúmes, ruiva? – ele provocou.

– É só curiosidade – ela mentiu.

– Gosto da sua curiosidade – ele sussurrou e se aproximou um pouco mais, Rose fez o mesmo, mas quando os lábios estavam para se unir, ela se levantou bruscamente e saiu, deixando todo mundo frustrado.

– Mais que merda, Rose! – foi Albus quem gritou.

– Não se brinca assim com as pessoas! – Nick se sentou exclamando.

– Deixem ela, pessoas – Scorpius murmurou com um meio sorriso, olhando fixamente para as costas da ruiva, que a cada vez mais diminuía na tarde – Ele está aprendendo a jogar.

Lá na frente, Rose ria abraçado ao seu exemplar de Orgulho e Preconceito. Merlin sabia como ela queria aquela boca, mas nada poderia ser fácil demais. Seus sentimentos ainda não eram claros e lhe amedrontava o clima que poderia ficar depois daquele possível beijo.

Scorpius tinha se tornado uma pessoa melhor aos olhos de Rose depois do tempo que passaram praticamente sozinhos em Hogwarts, quando tinham que se contentar um com a companhia do outro, o que não era difícil. Era muito agradecida pelo seu apoio e informações em relação a Lily quando quase ninguém o fez. Mas nada que fosse esclarecedor quanto o necessário para ruiva.

Ela queria o conhecer melhor, queria um amigo, não um namorado. Não ainda.

– Você viu o Scorpius? – uma morena da sonserina a interrompeu na estrada do castelo.

– Ele está as margens do Lago Negro – Rose respondeu serenamente, um pouco aérea a pergunta.

Talvez seja por isso que ela não tenha intendido a risada maliciosa da morena.

– Scorpius está desesperado mesmo!

– Oi?

– Não percebe, querida? Você é uma Granger!

A ruiva estreitou os olhos e desejou que um meteoro pegando fogo caísse em cima daquela garota. A última vez que alguém a insultou por causa das origens da sua mãe não acabou muito bem.

– Poderia repetir o que acabou de dizer? – pediu com o ódio já tomando conta de seu ser.

– Você é uma sangue-ruim, garota. Se toca!

De repente o livro de Rose deslizou pelo hall do castelo enquanto sua dona, sem demora, derrubava uma morena no chão, a imobilizando logo em seguida. A ruiva não demorou a deferir socos no rosto da sonserina, enquanto esta se contorcia debaixo da sua agressora.

– Você é louca? – a morena berrou enquanto recebia um soco abaixo do queixo.

– Você ainda não me viu louca – a voz de Rose estava bem controlada, quase calma, e tinha uma pitada de prazer, porém, suas mãos não tinham controle algum.

– Você pelos menos sabe quem eu sou?!

– Não.

– Você está batendo em Anya Krum, sua idiota! – mais um soco – A filha de um grande jogador e de uma grande escritora.

– Se lhe serve de consolo, Anya – agora os tapas – Você está apanhando. Da filha. De um dos melhores aurores que. O mundo bruxo já viu. E da melhor e mais bem paga. Agente que o Ministério já contratou. Okey?

E depois de um último soco de esquerda, Rose se levantou graciosamente. Se surpreendeu com o fato de ainda não ter prestado atenção na rodinha de alunos que tinha se formado para ver a cena, mas logo ignorou. Respirando rapidamente, ela rodou buscado seu livro em meio aos pés de seus colegas, mas o achou nas mãos de Scorpius, que a olhava incrédulo, ao lado de James, Nick, Albus, Fred.

– Me lembre de nunca brigar com você – ele disse estendendo o exemplar.

Rose apenas pegou seu livro, pôs uma mecha do longo cabelo em seu lugar e se retirou sem nenhuma palavra, deixando para trás uma garota agonizante e com o rosto cheio de sangue.

Ninguém conseguia se mexer para ir de socorro a sonserina no chão, que gemia de dor. Scorpius ainda olhava para a cena perplexo e teria continuado assim se Albus não o cutucasse.

– Scorpius! – o moreno sussurrou – Acho melhor você ir atrás dela.

– Ah, sim! Claro, claro.

O loiro correu tentando alcançar a ruiva. A encontrou em passos apressados no corredor do banheiro da Murta que geme.

– Ei, Rose. Espere!

– O que quer Scorpius? Me deixe em paz por favor. – Rose parou, mas não se virou.

– Pode me contar o que aconteceu?

– Aconteceu que seu compromisso falou coisas que não devia para mim.

– Compromisso?

– É Scorpius, era com ela que você ia se encontrar, não era?

– Não que eu saiba. Rose, eu só ia estudar com um amigo meu que está precisando de ajuda em História da Magia.

– E por que ela perguntou por você?

– Muitas garotas perguntam por mim.

– Não brinque comigo, Malfoy – ela cuspiu, finalmente se virando.

– Seria tão mais fácil se admitisse que está com ciúmes, Weasley – ele falou sério. Caminhando debochado até ela.

– Eu não bati nela por ciúmes, se é isso que quer saber.

– Eu sei que não o fez. Ela, no mínimo, deve ter insinuado algo contra seu sangue.

– Como sabe?

– É a sua marca, ruiva – ele sussurrou, já bem perto – Lembra do terceiro ano?

– Eu agredi Zabini no terceiro ano porque ela foi idiota com Luna – Rose tentou se explicar, mas já estava ofegante com a aproximação de Scorpius.

– Mas você não teria batido tanto nela se ela não começasse a berrar coisas contra sua mãe. Eu pediria para tentar contar até dez se situação parecida se repetisse, mas eu gosto desse seu jeito explosivo.

Ele se aproximou o bastante para fazer suas respirações se misturarem e as pernas de Rose falharem, o obrigado a segura-la com os braços em volta de sua cintura. O nariz de Scorpius roçou lentamente o pescoço de Rose, o cheiro doce de cereja o embriagava. Ela não se impôs contra o contato e involuntariamente inclinou a cabeça para trás para que ele tivesse mais acesso. O livro foi largado mais uma vez no chão, um gemido escapou da boca da boca dela e Scorpius soube que ela estava entregue.

– Scorpius...

– Oh Rose – ele murmurou beijando seu pescoço e depois voltando para encarar seus lábios – Você assim, só me deixa mais louco.

E então a beijo. Primeiro foi apenas dois lábios se roçando com carinho, mas depois as línguas desejaram uma a outra e tudo ficou mais feroz. Cambalearam juntos até a parede mais próxima para manterem o equilíbrio. Scorpius imprensou Rose no concreto, espalmando suas mãos pelas laterais do corpo dela e ela, por sua vez, permitiu que seus dedos sentissem as costas musculosas dele através do tecido da camisa.

Continuaram em movimento, se beijando em todos os lugares do rosto e tentando achar uma posição confortável. Entraram no banheiro da Murta e fecharam a porta atrás de si. Scorpius, com as costas coladas na porta, era submisso aos beijos de Rose. A aproximação extrema de ambos, a fez senti o quanto ele a desejava e sem pensar duas vezes ela montou nele enlaçando sua cintura com as pernas.

– Rose... – o loiro tentou dizer a sustentando nos braços, mas a ruiva parecia fora de si e não lhe dava ouvidos.

Desistindo de impedir o que estavam prestes a fazer, ele segurou Rose com uma só mão pela base das costas dela e com a outra começou a desabotoar sua camiseta.

Teriam continuado até o fim se passos ouvidos de longe não tivessem ativado a sanidade da ruiva, a trazendo de volta para a realidade.

Rose pulou para longe de Scorpius. O movimento fez ambos esquecerem por um momento do que estava acontecendo. Estavam arfando muito, se encarando assutados.

– O que estamos fazendo? – ele conseguiu dizer, mas com dificuldade, sua respiração estava descontrolada.

– Eu não sei... Eu... Desculpe-me – ela disse com a mesma dificuldade, saindo em disparada do banheiro logo em seguida.

Scorpius olhou para forma como foi jogado para o lado na hora que a porta foi brutalmente aberta pelo furacão Rose e ficou repassando minuciosamente o que tinha acabado de acontecer.

As coisas estavam ficando cada vez mais confusas. Eles estavam cada vez mais próximos, mas também, cada vez mais instáveis. E por mais que ele gostasse do ritmo que a relação estava seguindo, não poderia continuar assim. Rose não seria mais um de seus casinhos.

Rose não seria mais uma na sua vida. Rose seria a última na sua vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Reviews???