Counting Stars escrita por Petrova


Capítulo 5
Suco de Maracujá e Sutiãs


Notas iniciais do capítulo

Ganhei uns reviews maravilhosoooooooossssssssss
estou tão feliz por terem gostado da minha fic, fico muito feliz pelos novos leitores e com pouco menos de cinco capítulos eu já tenha ganhado tantas visualizações!
Vou tentar postar duas vezes por semana, mas ainda sem data prevista, continuem comentando e lendo!
adoraria saber quem voces imaginam como nick e diana :DD
eu amo esse capitulo e o 7 se nao me engano!
eu estou querendo realmente publicar esse livro para mandá-lo para uma editora, por isso se perceberem qualquer erro eu aceitarei com toda atenção
boa leitura!



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CAPITULO V - Suco de Maracujá e Sutiãs

As três primeiras aulas passaram quase como um borrão. Eu não vi Diana, mas queria vê-la e sabia que o horário mais óbvio para finalmente encontrá-la seria a hora do intervalo, no refeitório. O time de futebol se reunia em três mesas, eu ficava com aqueles que estavam tentando ser titulares como John e eu. Após o fim da segunda aula, fomos interrompidos para que os novos jogadores fossem para o campo de futebol, é por esse motivo que as aulas passaram rapidamente. Eu estive correndo de um lado a outro com John, Seth, Sam, o Bill e o Carl, treinamentos que testavam nossa velocidade. Eu era veloz como o Sam, por isso nos saíamos bem nessas posições, enquanto o John já tinha um bom chute, um pé direito certeiro de dar inveja, por isso ele e o Seth se davam bem. Após uma hora de corrida e chutes, nós fomos para o vestuário tomar banho.

Meu corpo estava dolorido, mas eu gostava dessa adrenalina que tinha em campo, apesar de a escolha de entrar para o time tenha sido, de primeira, para evitar voltar para casa, acabei amando tudo isso. Peguei minha toalha branca e andei em direção a um dos chuveiros livres, ouvindo algum garoto gritando do corredor.

– Parece que alguém foi acertado por uma toalha molhada bem naquele lugar. – John passou por mim se divertindo.

Ignorei essa brincadeira estupida e me foquei no banho.

Após me vestir e colocar minha roupa do treino e a roupa que eu usava quando cheguei na escola dentro da bolsa para levar para casa, me juntei a John e os outros garotos para irmos em direção ao refeitório. Eu estava definitivamente faminto.

– Então, você viu ela? – John inclinou o corpo para perto de mim no intuito de falarmos baixo.

– Ela quem?

– A vovozinha. – ele resmungou. – A Diana, seu idiota.

Eu ri debochando dele.

– Ainda não.

– Você está com um sorriso um pouco grande demais. – ela me observou. – Não acredito que você está interessado nela.

– Cala a boca, John, você é mais legal quando está em silêncio. – resmunguei e andei mais apressado em direção ao refeitório.

– Só não assuste a garota.

– Assustar? – arqueei minha sobrancelha.

– Sim, cara, você tem fama na escola do tipo que uma novata como ela não iria gostar.

Eu olhei para ele.

Fama?

– Vocês se conheceram quando o Sr. Garret estava puto da vida com você na diretoria, vá com calma, Diana parece ser o tipo de garota que não gosta de coisas rápidas.

Eu pensei no que ele disse, e surpreendentemente, John estava certo.

– Apenas não tente ser o garoto problema.

Bufei.

– Parece que ultimamente todo mundo resolveu me dizer isso.

– Eu vou ser sincero, Nick. – John se virou para mim. – Ambos sabemos quem tem as chances de fazer uma boa faculdade quando terminarmos o colegial, ambos sabemos quem tem chance de conseguir sair em primeiro no boletim, e ambos sabemos que não sou eu.

Desviei tão rápido quanto eu o ouvi, não queria processar isso agora.

Empurramos a porta do refeitório e fomos engolidos por dezenas de vozes que vinham por todos os lados. Entrei na fila com a minha bandeja conversando por alto sobre alguma coisa que Seth tinha começado. Escolhi hambúrguer e batata, já John preferiu uma fatia de pizza.

Em seis, voltamos para a nossa habitual mesa perto da porta que vai em direção a quadra de esportes. Seth sentou na outra ponta, perto da porta e depois de John, Sam e Bill pegarem o banco, eu sentei na extremidade que faltava, perto das outras mesas e da passagem de pessoas. Lucas, Isaac e Ethan estavam a nossa frente há algum tempo, eles não tinham sido chamados porque já eram titulares desde o começo do ano, enquanto isso John e eu o restante nos esforçava para entrar nas ultimas vagas. E restava infelizmente apenas quatro e éramos em seis. Abri minha lata de soda e dei um gole, esperando me enturmar no assunto.

– O lance é o seguinte, - Lucas se inclinou para frente onde John e eu estávamos sentado, ele tinha um cabelo loiro encaracolado e olhos azuis. - Lydia e Allison vão dar uma festa esse final de semana.

– Quando é que elas não dão?

– Não estrague o barato, Nick. – Lucas resmungou.

Eu dei de ombros. A maior parte de nós ia porque Allison tinha amigas universitárias gostosas enquanto o John iria porque a Mary certamente estaria lá, maravilhosa em algum vestido caro o suficiente que pagaria a minha alma e a do John juntos. Era patético vê-lo sofrendo por ela, bebia freneticamente até sair escoltado por mim e pelo Seth, para depois chorar no banco do carro o quanto era estupidamente apaixonado pela Mary Kathe.

Eu até podia estar reclamando e contando o obvio dessa festa, mas eu sempre fui a todas elas, Allison fazia questão de me cercar e me prometer estar lá sem falta, e dificilmente eu dizia não a uma garota com seios fartos como a Allison.

– Qual é o lugar dessa vez? – alguém perguntou e eu despertei. Tinha sido o Keaton, ele é maior do que todos nós e é um dos goleiros do nosso time. Cabelo curto, preto e olhos castanhos, ele tem uma tatuagem nas costas de uma boca de jacaré e no braço uma tribal.

– Lydia disse que os pais da Allison vão viajar. – Lucas respondeu. – O que quer dizer que teremos aquela mansão nas colinas somente para nós. – continua quase babando igual a um cachorro que ganha sua ração favorita.

Allison e Lydia são do tipo de garotas que não são famosas por serem lideres de torcida, mas porque são ricas. Muito ricas. O pai da Allison é médico geral da cidade e ambos os pais de Lydia são advogados com nome famoso na região, o que fazem ficar no topo da lista de mais importantes da cidade. Já Mary, digamos que a vida tenha sido justa com ela, o seu pai é dono de inumeras lojas de roupas femininas íntimas, cuja sua mãe também tem maior parte do dinheiro, e com a separação dos seus pais e de acordo com o que as pessoas comentam, a Sra. Berkeley ganhou um bom dinheiro com isso. Mas não é com isso que me importo, muito menos John, porque a Mary não sai desfilando em suas roupas de grifes ou não depende de festas para ficar popular, ela é estudiosa e quieta, talvez tenha sido isso que chamou a atenção dele.

– Isso vai ser louco. – Isaac disse devorando seu pedaço de pizza.

Após um surto de animação deles, começaram a relembrar das antigas festas, da antiga turma e inclusive os videos que vazavam nos emails alheios, como a de uma universitária que foi pega fazendo sexo no banheiro com namorado de uma das meninas que estavam na festa. A cidade passou quatro meses relembrando esse ridículo momento. Eu concordo que tenha sido estupido fazer o que eles estavam fazendo numa casa publica em clima de festa, mas alguém chegar lá e filmar é ainda mais horrível.

John me cutucou com o cotovelo e espreitou meu rosto.

– O que acha?

– Do quê?

John estava comendo sua fatia de pizza ao mesmo tempo que falava. Era uma imagem dos Deuses.

– Da festa, claro.

– Bem, eu diria que não, mas no fim eu vou de qualquer jeito. – dei de ombros e depois tomei um gole da minha soda.

– Como nos velhos tempos. – cantarolou baixo para mim.

Deixei escapar uma risada ironica.

– Do que está rindo?

– Estou rindo de você. – relaxei no banco. – Será que você se lembra de beber em todas as festas por causa da Mary e chorar no banco do meu carro por não ter tido coragem de falar com ela?

John me mostrou seu dedo do meio.

– Talvez você devesse se lembrar das inúmeras universitárias que você deixava chorando na escada depois de dar um fora nela.

– Pelo menos não era que estava chorando.

John deixou seu sorriso sumir quando terminei, me fulminou com os olhos e depois engoliu seu pedaço de pizza.

– Ou pelo menos eu não estava vomitando nos meus próprios pés. – completei.

– Agora você foi longe demais.

John acertou meu ombro com força, tinha sido o suficiente para me fazer cessar a risada e cair de bunda no chão. A mesa rapidamente se silenciou para me observar tombado no chão antes de começarem um alvoroço de risadas e xingamentos. John ria feito um louco até ficar vermelho.

Eu devia escolher melhor meus amigos.

Apoiei minhas mãos no chão e me levantei com tudo, esbarrando em uma bandeja que suspeito que tenha sido erguida por alguma pessoa que passava. Coloquei-me de pé e tentei pensar rapidamente numa maneira de pedir desculpas a pessoa que acidentalmente esbarrei. Enquanto eu massageava a cabeça, eu percebi que, acidentalmente, a pessoa que eu havia derrubado a bandeja tinha sido nada mais nada menos do que a própriaDiana.

Devo ter ficado roxo de vergonha.

– Eu sinto muito, Diana. – eu digo aparentemente frustrado.

O refeitório por um segundo ficou quieto olhando a blusa bege de Diana sendo molhada aos poucos com suco de maracujá. Eu pensei em inúmeras maneiras de tentar me desculpar, mas neste exato momento eu só tinha olhos para os seios de Diana. Eu sei o quão mal educado e infeliz eu estava sendo percebendo esse detalhe, mas não consegui evitar. O sutiã de renda que deveria ser do mesmo tom de sua blusa estava cada vez mais a mostra, e apesar de que essa fosse uma das visões mais tentadoras que eu tinha presenciado, dezenas de garotos estariam também tendo a mesma visão que eu, e por esse milésimo de segundo, fiquei enciumado.

Diana se inclinou para frente tentando ajustar a bagunça que eu fiz pegando sua bandeja de volta. Rapidamente me aproximei e me agachei ao seu lado.

– Sua blusa. – sussurrei ao mesmo tempo que tentava evitar que todos tivessem a mesma visão que a minha.

– O quê? – ela me perguntou, suas bochechas rosadas, talvez com vergonha, mas tinha uma expressão de confusão.

– Diana... – disse baixinho, sentindo minha garganta secar só por lembrar desse fato. – Seu sutiã, ahm, ele está aparecendo.

– O quê? – dessa vez ela arfou. – Mas que inferno... – ela xingou sem me olhar, observando diretamente sua roupa.

Pisquei algumas vezes e decidi que impedir que a galera masculina visse qualquer parte intima de Diana era o mais importante.

– É melhor darmos um fora daqui.

Ela piscou algumas vezes olhando ao seu redor vendo que todos estavam olhando e sabia exatamente para onde.

– Que inferno! – ela resmungou de novo.

– Venha. – segurei sua mão e levantamos, tentei rapidamente tampar sua blusa com meu corpo, depois a puxei dali, saindo apressadamente do refeitório.

Em alguns segundos, o barulho do refeitório, que até então estava em silêncio, voltou a imperar. Eu sabia exatamente sobre o que eles estariam falando e ficava um pouco zangado por estarem comentando logo de Diana, eu não queria essa atenção à ela, me senti enfurecido por parte desse desastre ser minha culpa. Neste exato momento, eu só tinha uma coisa mente: me desculpar com ela.

– Sinto muito, Diana, sinto muito mesmo.

Ela ficou calada enquanto corríamos. Passamos por alguns corredores e eu não tinha nada em mente agora.

– Eu não ia imaginar que você estaria atrás de mim naquele exato momento. – tentei novamente. – John simplesmente me empurrou do banco e eu caí, não queria que nada disso tivesse acontecido.

Eu olhei para trás e Diana estava encarando a blusa, tentando de maneiras falhas limpar ou impedir que a mancha de espalhasse. Ela tinha os olhos vermelhos. Não vermelho, mas como quem tinha acabado de chorar. Eu fiquei cismado, eu não cheguei a perceber que ela estava chorando no refeitório? Ou ela tinha chorado um pouco antes do intervalo?

Nós dobramos a direita e vi o nome Banheiro Masculino logo ali.

– Eu não vou entrar ai. – ela parou e eu entrei, depois voltei com tudo para trás.

– Por que você parou?

– Nick esse é o banheiro masculino. – ela resmungou.

Soltei um suspiro pesado.

– Você tem outro plano?

– Banheiro feminino. – ela disse.

– Mas eu não posso entrar.

– Fique na porta, então. – ela cruzou os braços.

Eu bufei, mas aceitei.

– Okay, então vamos.

Ela passou a minha frente e entrou no banheiro. Era esse o limite. Encostei-me na parede e fiquei observando a movimentação do corredor. Tudo bem que eu não estava imaginando terminar minha refeição levando Diana para o banheiro depois de derrubar suco na sua roupa, mas pelo menos ela não estava chateada comigo. Mas ela tinha chorado e isso ainda estava na minha cabeça como a cada martelada. O corredor continuou deserto. Cruzei os braços e acho que esperei um segundo antes de respirar fundo e entrar no banheiro feminino me dando de cara com Diana Grey sem blusa.

– Mas que diabos você está fazendo aqui? – ela gritou tampando o máximo que podia seu corpo.

Pisquei três vezes, mas não adiantou de nada, não conseguia desviar o olhar e muito menos fazer minha boca fechar, ela estava levemente aberta e meus olhos fissurados na pele branca de Diana. Eu estava excitado.

– Pelo amor de Deus, Nicolas, se vire!

Uma certa educação gritou na minha cabeça e lembrei que eu não podia encarar os seios de uma garota seminua assim. Então me virei, talvez um pouco vermelho.

– Droga, me desculpe Diana, me desculpe.

Ela fungou. Eu estava tentado a virar o rosto e encarar o espelho, mas fui forte e fiquei quieto, tentando acalmar meu corpo. Três segundos e ela estava vestida.

– Me desculpe.

– Pare de falar isso, está me deixando nervosa. – ela resmungou, suas mãos tremulas.

Pela sua blusa eu ainda podia ver a desenvoltura do seu sutiã e a imagem do seu seio na minha mente. Eu podia ser o cara tarado outra hora, mas não agora.

– Desculpe, sinto... – Diana me olhou feio e percebi que eu estava me desculpando outra vez. – Conseguiu alguma coisa?

Diana estava olhando feio para sua blusa.

– Nada ainda, parece que a deixei mais molhada do que normal. – resmungou. – Nunca mais volto a beber um suco de maracujá.

Eu tive que rir. Diana procurou na pia algum pano que a ajudasse, olhou por debaixo e não viu nenhum acessório de limpeza. Ela fungou com as mãos apoiadas na pia e o suor na sua testa enquanto se encarava no espelho. Ela pegou um papel reciclável dentro da caixa e molhou somente a ponta para tentar esfregar na sua blusa. Eu me aproximei na tentativa de pelo menos ajudá-la com alguma coisa. Eu tentei tocar sua blusa na região, dessa vez não pensando maliciosamente, mas Diana mesmo assim estapeou minha mão.

– Eu cuido disso.

Revirei os olhos.

– Eu podia pelo menos tentar fazer alguma coisa? – perguntei frustrado.

Diana rolou os olhos para mim.

– Você sabe que não pode entrar no banheiro feminino?

Funguei.

– Eu sei disso. – estreitei o olhar.

– Então o que fez você entrar aqui mesmo sabendo disso?

– Eu, eu estava nervoso, eu precisava te perguntar uma coisa. – encostei-me na pia e a observei manchar outra vez o papel com água e passar pela blusa, esfarelando tudo e ela xingando baixinho.

– O que era?

– Você estava chorando?

Ela parou de repente e me encarou. Olhando seu rosto, seu nariz estava suavemente vermelho, ninguém notaria, mas eu notei, porque eu sei da tonalidade perfeita do seu rosto, guardo todo detalhe dele.

– Por que está dizendo isso?

– Não fuja da minha pergunta, Diana. – eu me aproximei. – Por que estava chorando?

Ela virou o rosto e começou a limpar novamente sua blusa, talvez ela estivesse pensando na possibilidade de contar para mim o que houve, e fiquei feliz por ela não me dar um não logo de cara.

– Eu chorei no filme Um Amor para Recordar. – eu disse de repente.

Diana me encarou.

– Eu chorei trinta minutos seguidos pelo maldito final daquele filme. Porra, a garota não precisava morrer, Jamie poderia muito bem ter conseguido uma cura e ficado com o Landon.

Diana soltou uma risada abafada.

– Por que está me contando isso?

– Para o caso de você sentir vergonha de chorar na frente de outras pessoas, queria que soubesse que eu também tenho vergonha de contar que chorei no final desse filme.

Diana sorriu. De certa forma eu tinha uma atração mais por esse sorriso do que pelos seus seios, apesar de que o conjunto fosse extremamente tentador. Ela mordeu o lábio inferior e ficou se olhando no espelho por três segundos.

– Você sabe que não é obrigada a me dizer nada, não sabe, Diana? – tentei facilitar as coisas. – Eu só estava preocupado, por incrível que pareça, sou um ótimo observador.

Ela balançou a cabeça, mas não me encarou.

– Eu estava falando ao telefone com meu pai. – ela disse sem me olhar. – Você sabe... A separação, tudo.

Juntei os pontos. Ela deve sentir a mesma repulsão e raiva do pai como eu sinto em relação ao meu, por causa da separação. No final das contas, Diana e eu não éramos tão diferentes assim, claro que nela havia uma grande quantidade de prudência e responsabilidade, enquanto eu estava tentando não ser arrastado nessa caminhada, não ser derrubado e nem pisoteado, como dizem, estava apenas tentando sobreviver. Mas até mesmo nas pessoas que aparentemente são totalmente opostas, há algo que pode uni-las.

– É tudo que eu posso falar.

– Tudo bem. – balancei a cabeça. – Obrigado por confiar em mim.

Eu não tinha notado isso desde a hora que me aproximei, mas se Diana inclinasse sua cabeça em cento e oitenta graus, ela estaria me beijando nesse exato momento. E por incrivel que pareça, eu vi nos seus olhos que ela estava pensando na mesma coisa que eu. Seus olhos faíscavam.

– O que você está fazendo?

– Agora? Nada. – deixei escapar um sorriso.

– Não, não... – ela murmurou baixinho. – Por que está perto?

– É realmente essa pergunta que você quer fazer agora, Diana?

Ela fez que não com a cabeça.

– Ótimo, então faça o pedido.

– Pedido?

Aproximei-me um pouco mais e nossos narizes se tocaram.

– Faça o pedido, Diana, por favor, peça-me, eu te imploro, eu só farei alguma coisa se você pedir.

– Eu sei, – ela umedeceu seu lábio inferior com a língua. – por favor, Nicolas, me beije.

Gemi de satisfação.

Deslizei minhas costas pela pia e finalmente me juntei a ela, corpo a corpo, segurei seu rosto e a beijei. Nossos lábios ficaram comprimidos por alguns milesimos de segundos, sentindo o sabor, sentindo que meu corpo estava queimando, sentindo que eu precisava urgentemente ir mais além, sentindo o desejo de ir mais longe, esse sentimento foi avassalador.

Segurei seu quadril e encostei a lingua no seu lábio inferior, Diana abriu ele lentamente e me deixou beijá-la, como deveria ter sido nosso primeiro beijo. Pressionei seu quadril na pia e me coloquei de frente a ela, invadindo sua boca formidavelmente, sentindo que o prazer que percorria meu corpo também passava pelo dela. Não me contive e agarrei suas pernas, erguendo-a sentada na pia e sentindo seus braços me envolver e me puxar para perto dela, suas pernas tomando de conta do meu quadril. Eu a beijei com força, seus dedos passearam pelo meu cabelo e senti arrepios ligeiros, ela sabia exatamente os pontos para me tocar. Minha mão circulou pelo pano de sua blusa e se pousaram na mancha molhada em volta dos seus seios, eu não pude me conter, a tentação de tocá-la é mais forte. Diana soltou um gemido de satisfação na minha boca e descobri que ela estava tão em êxtase quanto eu. Firmei minhas mãos em sua cintura e apertei, tentando de algum modo diminuir os centimetros que ainda nos afastava se não fosse o irritante barulho do sinal.

Afastei-me deslumbrado dela sentindo que o folego tinha faltado apenas agora enquanto Diana tentava se recuperar do meu beijo.

– Isso sim agora foi um beijo. – eu disse.

Ela corou.

– Não venha me dizer que ainda beijo mal?

Diana riu.

– Um pouco bom demais.

Eu a ajeitei em pé, desfrutando em ter minhas mãos pela sua pele novamente até afastar e sentir falta do toque novamente.

– O que faremos com a sua blusa?

Ela olhou para a mancha e fez uma carranca.

– Eu trouxe um echarpe, vou conseguir cobri-lo até que seque definitivamente. – ela disse. – Qual é a proxima aula?

Eu tive que sorrir.

– Biologia.

– Por que está sorrindo?

– Você é minha parceira de biologia. – tentei disfarçar o sorriso, mas não consegui.

– O quê? – ela franziu o cenho. – Meu parceiro tem Ethan no nome, não Nicolas.

– Tecnicamente meu nome é Nick, mas o Ethan agora não é mais o seu parceiro.

– O que você fez com ele?

Joguei minha cabeça para trás numa risada.

– Eu não matei o garoto, alguém apenas decidiu trocar de parceiro e acabei ficando sozinho.

Diana arqueou a sobrancelha. Nós fomos interrompidos por um barulho de vozes.

– Você sabe que está no banheiro feminino?

Eu me aproximei.

– Você sabe que tem seios bonitos?

Diana abriu a boca e me empurrou com raiva.

– Dê uma fora daqui.

Andei apressadamente para fora dando-lhe um ultimo sorriso e vendo que ela estava se segurando para não rir também


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Notas finais do capítulo

o que acharam?