Counting Stars escrita por Petrova


Capítulo 12
Contando Estrelas


Notas iniciais do capítulo

queria pedir zilhões de desculpas, eu estou decididamente numa fase horrível
sem criatividade, sem estimulo e eu estava numa das piores fases da minha escola, um par de notas baixas, não sabia o que tava acontecendo, eu sempre sou razoavelmente boa, e de repente, por isso, fiquei triste
não estou definitivamente de volta, mas queria dizer que me esforçar pelas minhas fics. Eu estou entrando numa fase diferente agora, quero colocar mais um gênero adulto e real nas minhas fics, os garotos não falam só palavras bonitas, eles falam palavrões e tal, quero direcionar minha fic pra algo mais sério e romantico ao mesmo tempo
espero que gostem
queria agradecer ao LUXO de recomendação que ganhei da leitora Mardy Bum, você é nota 1000 garota
amo vocês
ignorem os erros, são onze horas da noite e eu escrevi agorinha mesmo e caindo de sono



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XII - Contando Estrelas

Minha cabeça parecia explodir. O som da voz de Ellie me perturbava a mente e aquela carta parecia me sugar para outra realidade, mas não quebro promessas, principalmente aquelas feitas a um amigo. Eu busquei John como combinado. Ele parecia engraçado, estava bem vestido e bem perfumado, até demais... espere, eu conhecia aquela colônia. Busquei no porta-luvas e descobri que meu Zade não se encontrava alí como eu sempre o havia deixado. Olhei de relance para John e ele deu um sorriso amarelo. Mas, milagrosamente, preferi evitar os sermões, minha cabeça já estava explodindo com a fina dor de cabeça que começava no começo do dorso do nariz.

No alto do vale de Mountown, uma cidadizinha rodeada por montanhas, um clima ameno no meio do ano e entre dezembro e fevereiro, ensolarado no rastante dos meses, brilhava uma casa branca como aquelas que vez ou outra são cenários de seriados americanos ou filmes sobre uma família “perfeita e rica”, sem vizinhos, com muitas carros, um jardim imperial e uma fonte esculpida com um anjo gorducho cuspindo água.

Quando estacionei o carro atrás de outros dezenas, eu percebi que não fora eufemismo meu. A casa de Allison realmente parecia ter sido copiada de um filme feito para as mulheres atrás de uma vida perfeita. A mansão era de andares, um alpendre enorme sustentado por uma sequencias de pilares esculpidos perfeitamente no formato de anjos com asas pequenas e gorduchos. Estava mais para um tipo diferente de claustro. Era magnifico. Tinha uma fonte redonda branca de material lembrando gesso. O anjo estava ali de olhos fechados, inclinado sobre um pé, asas pequenas, cabelos cacheados e a boca espremida cuspindo água para em volta da fonte. Era um tanto engraçado e chique. Quão rica era Allison?

Fiquei abobalhado.

O estacionamento não estava completamente cheio, mas já dava para adivinhar que na casa havia trinta a quarenta pessoas dançando ao som absurdamente alto de algum DJ muito famoso. Eu conseguia ver as luzes coloridas piscado pelas janelas.

John e eu não trocamos muitas palavras desde que o peguei em sua casa, mas eu podia perceber que ele me observava, estava verificando meu grau de arrogância para perguntar, obviamente.

– Então, - ele deu de ombros e fechou a porta do carro.

Eu olhei e esperei com as chaves na mão que ele continuasse. Passou-se longos segundos sem reposta.

O quê? – ele me olhou.

– O que, o quê?

– John, você disse “então”. Tem que haver uma concordância. Ou seja, você precisa continuar o que pretendia dizer.

Ele ficou surpreso, surpreso com o quê?

– Desde quando você presta atenção em concordância?

Ele devia deixar a boca fechada mais vezes.

– Esquece, - revirei os olhos e começamos a caminhar. Kyle, um dos caras novos do time, passou por nós e nos cumprimentou com alguma coisa que eu achei que tinha sido “e aí?”, eu apenas sorri e balancei a cabeça. Quando eu e John voltamos a caminhar de volta para a casa, eu percebi o que ele estava pensando. – se quer saber como foi meu dia, Charles me deixou uma carta. – eu disse para ele.

Ele parou, seus olhos esbugalhados.

Não precisa me esforçar muito que John havia pensado bastante sobre o telefonema do meu pai e a noticia que ele ia se casar de novo. Fora Ellie, ele era a única pessoa que eu havia contado sobre a situação do meu pai e era a única que eu confiava.

– Você, você leu?

Eu fiz que não.

– Você está bem, cara?

Houve silencio.

– Não é nada demais. – disse, inspirei fortemente sentindo o ar doer nos pulmões. – É algo estranho, é...

O que eu diria? Bem, começaria com “eu não estou nada bem, porra”, e depois soltaria toda a raiva guardada aqui dentro, toda a mágoa. Então eu passaria quase que uma vida inteira falando sobre todo esse sentimento de perda, perdi alguém antes mesmo de eu saber o que é perder.

– Eu entendi, Nick. Você não precisa continuar. Você não precisa ser forte o tempo todo cara, infelizmente somos dois órfãos de pai. – e ele deu um sorriso amarelo. Era seu máximo, mas agradeci por isso.

John e eu nunca falamos muito sobre a separação dos nossos pais, era algo que sabíamos subitamente, era um elo muito forte entre nós dois, apesar de que éramos amigos antes mesmo das frustrações dentro de nossas famílias. Era confortante poder confiar em alguém de sua mesma idade, no seu melhor amigo, poder encontrar alguém que tinha as ideias parecidas.

Como foi para ele, eu precisava só de um tempo. Eu queria uma liberdade diferente, um desapego diferente.

Nós voltamos a caminhar e passamos por algumas universitárias que haviam acabado de chegar. Uma morena de olhos azuis piscou para mim, tirando isso, achei mais engraçado John secá-las estando aqui para um único objetivo: Mary.

A morena com quem havia trocado olhares se chamava Claire. Eu a conhecia por encontros casuais, ela não morava mais na cidade, havia saído do colegial e ido para Jacksonvilly estudar administração. Bem, eu não sabia se ela era boa em administrar as coisas, mas eu sabia o quão bom eu era em administrar seu corpo nas minhas mãos. Mal pude me recuperar o pensamento e Allison apareceu na porta, abrindo-a para a nossa entrada. Claire estava perto de mim no alpendre e tínhamos trocados olhares e um rápido cumprimento, mas fora cortado rispidamente por Allison.

– Você veio. – Allison pulou nos meus braços e me abraçou.

– Eu sempre venho, Allison. – eu disse um pouco alto demais pois John me cutucou com força pelas costas. O que eu havia dito demais? Era verdade, eu sempre vinha.

– É claro. – ela ruborizou, mas se recuperou rapidamente. – Oi, John, você também veio.

Ele sorriu calorosamente para ela.

– Não podíamos perder, não é?

Ele tinha recuperado todo o constrangimento com a Allison, mas, até agora, eu não conseguia compreender quais eram os motivos de John ter me dado um sinal feio e ainda tentado converter toda aquela tensão. O que eu perdi?

– Espero que se divirtam. – ela sorriu para nós.

Eu sorri de volta, um pouco mais educado do que antes. Se eu estava aqui para me divertir, que tinha que seguir o caminho todo, certo? John e eu passamos por Allison e entramos no corredor de sua casa, era tão extenso quanto os corredores da escola. Cheio de quadros, estátuas, vasos gigantes, era como ir visitar o museu ao mesmo tempo que parecia legal. Só um vaso daqueles de meio metro compraria minha casa e os móveis juntos. Passamos pelos corredores e a luz diminuiu consideravelmente para uma mistura de outras faiscantes. A musica estava bastante alta e eu quase não ouvi o que John havia me dito. Acho que ele falou sobre alguma coisa com M de Mary. Bem... quando é que o John não pensa na Mary?

Umas vinte pessoas estavam na sala dançando enlouquecidamente em volta de um altar montado para um DJ. Ele segurava com a mão direita um lado do fone e com a outra erguia os dedos para cima e levava a galera a loucura. Se não me engano, a musica era Blame do Calvin Harris, mas eu sou péssimo para musicas atuais e eletrônicas.

Duas garotas apareceram bêbadas de trás da enorme escada curva e elas passaram por mim e pelo John esbarrando.

– Oh, perdão. – a loira disse. Depois riu. – Que gatos.

A morena do seu lado se recuperou ereta.

– Eu conheço você.

– Não conhece não. – murmurei.

John ergueu as sobrancelhas.

– Ah, sim. Eu conheço. Nós nos pegamos na festa passada da Allison. – a morena sorriu, um pouco débil, estava bêbada demais. - Você foi bom. Muito bom. – e sorriu demonstrando suas segundas intenções.

– Realmente, posso lhe dar os parabéns. – eu disse. Não me lembrava dela, quer dizer, não me lembrava nitidamente, eu certamente deveria estar bastante chapado. – Mas não repito pratos.

E depois disso, eu as deixei, caminhando até uma mesa de bebidas.

John apareceu logo depois, tinha o rosto risonho.

– Do que é que você está rindo?

– Você mata as garotas, cara.

– O que você quer dizer?

– Que você não precisava ter sido grosso com a garota.

– Ela foi oferecida. – despejei um pouco de cerveja no copo descartável.

– Ela queria repetir a dose.

– Eu não repito dose. – beberiquei a cerveja. Nada mal.

– Ah, não? Esqueci que você é um irrevogável idiota.

Eu sorri.

– Eu não mandei ela abrir as pernas para mim, John. Mas só porque fez uma vez, não quer dizer que eu queira novamente. – depois disso, rolei os olhos. Queria mudar de assunto.

A festa parecia bem animada e a todo instante aparecia uma pessoa nova, a porta estava sempre em constante movimentação e as pessoas pareciam se divertir um bocado. Por um instante, me senti totalmente integre, até que fui fisgado por uma verdade. Este não era o meu lugar. Este era o lugar que o Nick ia para transar com as garotas, beber, arranjar alguma forma de diversão. Mas, no fim, este não parecia o meu maior objetivo, não parecia mais a minha melhor opção.

Parecia um lugar vazio de pessoas vazias, embora houvesse musica alta, pessoas na sala se divertindo.

Eu senti um empurrão ligeiro no ombro.

– Mas que merda, John. – ele quase me fez derrubar a cerveja na roupa. – O que é?

– Eu estava aqui falando com você, merda.

Rolei os olhos.

– Falasse mais alto.

– Talvez eu devesse socar seu rosto.

– A não ser que queria um caminho só de ida pro inferno... vai fundo. – eu o olhei com muita raiva. Por um segundo, isso parecia uma briga, mas depois, eu e ele rimos um do outro.

– Você está muito avoado. Pare de pensar demais, Nick. Você vai criar um câncer na cabeça assim

– Um câncer?

– É um aumentativo de dor de cabeça.

Fiz uma careta. John não era nada normal.

– Do que você estava falando, então? – perguntei. Bebi um longo gole da cerveja.

– Sobre a Allison e você.

– Sim, o que que tem?

– Você não sacou nada, não é?

Eu reparei numa garota de cabelos meio alourados. Meu coração quase entrou em descompasso, mas percebi que não era ninguém que eu conhecia. Ou não era alguém que eu queria que fosse.

– Saquei o quê? – olhei para John, decidi que pensar era meu ponto fraco nesse momento.

– Allison ela é caída por você?

Caída? – repeti. Depois ri para ele. – Não viaja, John.

– Você não percebe? Há uma tensão entre vocês dois, quero dizer, da parte dela, claro. Ela vem tentando te chamar a atenção há um bom tempo.

– Somos amigos. Desde criança. Eu olho para a Allison e vejo aquela menina de dentes de leite correndo na aula de artes. É estranho.

– Pra você.

– Não viaja.

– Ela quase te comeu pelos olhos.

– Você não sabe usar duplo sentido nas frases, John. Isso fico melhor comigo.

E nisso, esperei que ele percebesse que eu não queria falar mais disso. Eu nunca imaginei ficar com a Allison, ela era bonita, havia ficado no ensino médio. Era rica e me convidava para suas festas, era natural, era a ordem das coisas. Nos conhecíamos desde crianças e nada além disso.

E ela não me comeu pelos olhos, é sempre o mesmo olhar, como de quando nos encontramos na escola, quando nos esbarramos, quando faço um gol, nas aulas normais do dia.

É amizade e isso ainda existe.

– Você simplesmente não enxerga as coisas.

Eu bufei. Achei que ele tinha entendido o recado.

– Ao contrário de você, consigo observar , consigo perceber as coisas óbvias.

– Irei guardar essa confissão no lado esquerdo do peito. Agora você pode simplesmente calar a boca? – eu rolei os olhos para ele. Mas ele me ignorou.

– Onde será que está a Mary?

Eu responderia alguma coisa que o fizesse ficar mais nervoso do que estava a espera da garota, poderia dizer alguma coisa sobre Mary estar escondida em algum lugar com medo de encontrá-lo depois de saber que ele viria. Ou a possibilidade dela estar presa em algum banheiro da mansão com um cara tão rico quanto ela e ágil com as mãos, e que pareça com um Chuck Bass da vida. Mas não fiz, nada verdade, eu arranjei outra coisa para dizer, outra coisa que iria fazê-lo ficar com certeza nervoso, mas de certo modo abobalhado.

– Você está falando daquela ali? – e apontei para o alto da escada.

Mary estava cercada por duas garotas e as três desciam a escada.

Ela estava maravilhosa, vestia um vestido branco, de seda, alças finas e sem manga, marcava seu corpo magro, seios médios, seu cabelo escuro alisado e preso de lado mostrando sua pele limpa e sensual. Ela estava realmente deslumbrante, mas, para mim, era como se ela sempre fosse assim, como se ela fosse algo que eu já estava acostumado e enjoado de ver. Porém, diferente para John, ele tinha a boca levemente aberta, os olhos cínicos e ao mesmo tempo atordoados. Ele deveria estar imaginando várias coisas ao mesmo tempo que nada. Sua mente em confusão e seu coração saindo pela boca. Era uma das desvantagens do amor. Ele confunde muito.

Havia uma parte de mim que sabia exatamente como a imagem dela se formara na cabeça de John. Apenas ela, descendo lentamente pela escada, num fundo fosco, descartável, apenas os dois no cômodo entreolhando-se e admirando um ao outro, apaixonados. Era como se o mundo, imprevisivelmente, parasse apenas para prolongar os segundos, como se o universo desta vez conspirasse a favor deles.

Era como estar sendo dirigindo por um diretor de filme, mas, na realidade, a coisa era totalmente diferente. John não se moveu, Mary chegou ao andar de baixo e riu-se com suas amigas enquanto eu tentava adivinhar qual seria o próximo passo do meu amigo. Ele nem parecia respirar, não foi cortejá-la, não foi lhe chamar a atenção, não foi lhe dizer nenhuma palavra confortante, não distribuiu flertes. Ele ficou apenas parado como se sua coragem tivesse se esvaído na mesma velocidade que se encontrava encantado.

O amor, ele, bem, ele confunde mesmo e na pior das hipóteses, ele amedronta.

– John. – eu o cutuquei. – John.

Finalmente, ele se moveu. Virou-se para mim.

– Vá falar com ela.

– Com quem?

– Com a Kristen Stewart. – eu estapeei sua cabeça. – Com a Mary, não é seu idiota?

Ele gemeu baixinho.

– E-eu não acho uma boa ideia.

– Vá logo, John. É sua chance. – eu o empurrei para frente. – Você ensaiou isso um bilhão de vezes, não há como dar errado.

John parecia tremer nos meus braços e quando Mary cruzou os olhos para nós, eu o soltei e acenei para ela. Mary retribui o aceno, sorrindo mais descontraída que o normal. Isso era um sinal. Eu estava quase sentindo esperança quando, um pouco tarde, alguém pareceu ter sido mais esperto e mais rápido. John e eu paramos.

Eu o conhecia, era um dos primos de Allison, Guy. Deve ser atleta pelo físico dele, - o que John também é, mas, infelizmente, apenas um tem mais coragem – ele tem cabelos louros, meio melequentos por sinal, de quem ainda usa gel. Achei ele um babaca para falar a verdade. Podia quebrar a cara dele nesse momento, mas não fiz.

– Nick! – John murmurou.

– Eu sei.

– Ele nem gosta dela.

E era verdade, porque se Guy gostasse de Mary, ele estaria como John, faltando as palavras, as penas bambas, salivando muito. Era ridículo. Por que as mulheres sempre escolhiam errado? Por que elas tem um faro péssimo para escolher os homens que não a amam e que vão machucá-la ao invés dos que realmente a merecem?

Era ridículo.

Fiquei furioso por John, ele não ficou, talvez esteja decepcionado. Ainda em choque, talvez. Mas, eu não. Eu teria saído dali e socado o rosto do Guy, teria quebrado aquele nariz de plástica e cuspido naquele rosto de boneco Ken. E eu teria gostado muito. Mas não fiz, não vou fazer, eu pensei, fui mais racional nesse momento. John não estava pronto, mesmo que ele se obrigasse a estar, a ter coragem, ele não estava e ele não tinha, e não seria meu trabalho obrigá-lo a fazer algo de que não é capaz, por enquanto. Eu queria poder ajudá-lo, queria fazer alguma diferença, mas quem sou para correr atrás de alguma coisa?

Eu pensei rapidamente em Diana. Eu queria ser diferente para ela, queria ser aquela pessoa que fosse capaz de confortá-la em todos os momentos, de ser quem ela deveria estar sempre, queria ser alguém que valesse a pena estar perto. Mas, não, sou tão fraco, eu não tenho nada a oferecer. Tenho problemas, cigarros, brigas com meu pai, uma forte sequencia de fatos bipolares nas minhas reações, impulsividade e um tesão para problemas. Era isso que Diana merecia? Ah, não, ela merecia algo muito melhor. Eu não podia tê-la, havia uma parte minha, uma parte cínica, que a queria, mas a outra, a que sentiu uma forte compatibilidade de apreço com ela que me impedia.

Eu não posso dar algo a ela se eu não sou capaz de sentir.

– John? – perguntei, ele havia se calado por um tempo. – Você está bem?

Ele estava bastante decepcionado.

– Pode me dizer que sou um idiota?

– Você é um idiota. – eu disse. – Mas você é um idiota melhor do que aquele idiota.

John não estava cem por cento, mas pareceu melhor. Na verdade, por um segundo eu achei que ele estava melhor, até que ele fez algo que queria dizer “de novo não”. John agarrou meu corpo e num só gole bebeu toda a cerveja.

– Estou ótimo.

E antes que eu pudesse impedi-lo, ele encheu o meu copo que agora parecia ter se apossado e bebeu outra vez. E mais outra.

– Pare, John, você não quer sair escoltado daqui, não é?

– Quero morrer por dentro.

– Isso é complicado. Se você morrer por dentro, não vive por fora.

John piscou, parecia mais alterado.

– Me perdi. – sibilou. – Não importa. Eu vou morrer esta noite.

– Então... então vai fundo, amigo.

E depois de um sorriso abobalhado, ele bebeu outra vez. Eu desisti de procurar outro copo para mim, já bastava John bebendo por nós dois. Um de nós teria que estar sóbrio para voltar para casa sem causar algum acidente.

Em pouco mais de dez minutos, John tinha esvaziado três garrafas de cervejas que estavam escondidas atrás da mesa. Ele cambaleou de um lado a outro e flertava com qualquer garoto que entrava em seu caminho. Era um pouco engraçado, mas nada saudável. Tentei impedi-lo e tudo que ganhei foi um dedo do meio.

Voxê não mandja em mim cara, eu quero que voxê se fouda! – essa foi a única frase audível e compreensível que consegui ouvir deles, as outras em sua maioria eram chorosas. Acho que era sobre Mary.

Então, desisti, tinha falado umas doze vezes para ele que isso era totalmente errado e que ele estava se matando com tanta álcool.

Se ele queria se matar, que vai fundo, eu posso imaginar o tamanho da dor que ele está sentindo, seria quase que uma válvula de escape, uma forma de sentir alívio pela dor.

Morrer de uma vez no lugar de morrer todos os dias.

Depois de mais de vinte minutos, decidi que não iria ficar de guarda do John. Se ele queria ter uma overdose ou uma convulsão, ele que tivesse. Eu não era babá, já tinha meus problemas e um deles era que eu estava sentindo falta de Diana. Tentei expurga-la da minha cabeça, consegui umas três vezes.

Andei pela casa, andei pelos corredores, cumprimentei os rostos conhecidos e as pessoas que sorriam para mim, mas, era como se eu estivesse sozinho. Que sensação estranha. Coloquei meu copo em algum lugar da casa quando John tentou me fazer beber só para que ele não se sentisse um inútil – pelo menos não sozinho - e idiota por sofrer por uma garota que deve estar na cara que gosta dele e não tem coragem – e coincidentemente igual a ele – de dizer. John e Mary são patéticos.

Queria procurar sentido nos dois, mas não adiantou muito, só fez minha dor de cabeça aumentar para quase explodindo.

Desisti, é isso mesmo, desisti de compreender as pessoas, desisti de me fazer encaixar, quero que elas se danem, não quero me comprometer agora, não quero relacionamentos, afazeres e obrigações, eu quero ser livre. Pronto.

Eu avistei um jardim incrível atrás da porta dos fundo da casa de Allison. A cozinha dela é quase que do mesmo tamanho da minha casa inteira com coragem. E, para melhorar, tinha uma enorme porta de vidro com paisagem para o jardim e o quintal. Eu precisava chegar lá o mais rápido que podia, uma válvula de escape, uma maneira de ficar sozinho definitivamente.

– Você está aí. – alguém havia me alcançado antes.

Percebi, rapidamente, que era Allison me empurrando novamente para o centro da cozinha. Ele sorria animadamente.

– Ah, oi Allison. – sorri casualmente.

Ela tinha que aparecer exatamente alí?

– Você estava saindo? Eu te interrompi? – e sua expressão mudou de animada para consternada.

– Não, está tudo bem.

Allison fez que sim com a cabeça.

– Não estava procurando alguém? Ou estava?

– Eu?

– Yeah, quer dizer, você estava indo atrás da Diana? Porque foi o que eu imaginei já que vejo vocês andando juntos ultimamente, é até curioso. Então meio que presumi que estivesse procurando por ela.

Eu pisquei.

– Ela está aqui? – e eu fiquei feliz... depois triste. – Diana está aqui?

Um emaranhado se sentimentos brotou dentro de mim. Eu estava feliz, eu estava soltando fogos. Eu queria vê-la, queria muito vê-la, era um desejo quase humanamente próprio, mas, por outra parte, eu não podia vê-la. Eu não podia dar uma chance a nós. Eu não podia... porque eu não merecia.

Sou tão errado ao ponto de pensar em fazê-la triste só para me auto satisfazer, porque é uma satisfação estar ao lado dela.

– Bem, ela está, quero dizer, você não sabia?

Os olhos de Allison são tão azuis a certo ponto de parecerem mais profundos quando ela está triste. Eu fiquei mal por sei-lá-o-que que deve ter feito-a ficar triste.

– Ah, não, não sabia. Não estava a procura dela. Estava apenas caminhando.

Allison se recuperou do desolamento no mesmo segundo. Que impressionante.

– Oh, por que não dançamos um pouco?

Dançar... nesta minha depressão?

– Ou podemos caminhar juntos.

O que eu diria? Bem, eu diria... sim? E a parte do “não me importar com mais ninguém”? Eu estava falhando feio, mas, no entanto, antes que eu pudesse dizer alguma coisa, uma garota de cabelo castanho muito longo apareceu de trás de nós e falando ao encontrar a Allison:

– Estão te chamando lá na porta. – a morena era várias cabeças mais baixa do que eu, usava salto altíssimo e um batom cor de sangue, mas era sexy, sem contar que seu decote me desconcentrava todinho.

Allison deve ter percebido meu olhar e o olhar aprovado da garota para mim, pois a primeira coisa que disse foi:

– Vamos comigo, Faith? – e o sorriso que apareceu nos seus lábios é parecido com uma declaração de guerra.

Sabe se sentir completamente fora de sintonia com a troca de olhares entre garotas? Elas eram amigas ou aquele sinal queria dizer que uma odiava a outra?

– Eu vejo você depois, está bem? – Allison apontou para mim a uns dois passos depois de mim, como quem obriga e não somente uma forma de dizer para ficar.

Eu fiz que sim com a cabeça e a morena, chamada Faith, sorriu para mim e acenou antes de se encontrar com Allison e saírem rebolando para fora da cozinha.

Respirei em alivio depois de finalmente desse tensão entre elas se esvair. Agradeceria se existisse um manual de como sair de situações completamente estranhas que uma mulher pode lhe colocar.

Era detestável tentar entendê-la, então, por sorte, decidi encontrar um atalho para meus pensamentos. Eu atravessei a cozinha e abri a porta de vidro, saindo para o quintal de casa de Allison. Atrás de mim, fechei a porta, sentindo uma brisa calma tomar conta do meu rosto. Era muito bom.

Mountown não é tão frio nessa época do ano, mas esta noite, parecia que tudo estava combinando para uma noite de luar perfeita.

Caminhei adentrando numa vegetação um pouco mais selvagem que o jardim principal. Bem iluminado, uma piscina quadrada estava bem posta num piso de madeira ladeado por uma grama que encostava na sola dos pés. Além disso, uma roseira se encontrava alguns passos dali. Eu fiquei observando o cenário até chegar em um ponto que eu não podia mais me mover, já estava no limite do terreno. Depois da piscina, subindo no gramado e saindo da piso de madeira, eu pude ver toda a cidade daqui. Os prédios, as casas, o parque. Era uma das visões mais privilegiadas da cidade e me passou pela cabeça quanto o pai de Allison havia pago por este terreno.

A cidade brilhava lá embaixo como brilhava aqui. Brilhava tão curioso como o céu nesta noite.

O céu estava mais estrelado do que a noite passada com Diana e isso me fez lembrar como eu conhecia tão pouca das coisas.

Percebi que gostava mais da noite do que do dia. Começava, extraordinariamente com o crepúsculo, com o contraste das cores sendo pinceladas no céu pouco a pouco até se escurecerem e formarem a escuridão da noite. Eu podia culpar Diana por isso.

Depois da separação dos meus pais, era como se a minha visão tivesse se tornado unilateral, eu só via aquilo a minha frente, sem lados, sem voltas, era uma única visão de um único caminho. Nos últimos meses, nesses últimos dias, parecia que Diana havia tirado o que prendia minha visão e agora eu conseguia ver tudo aquilo que eu havia perdido.

Eu sabia que se não podia merecê-la como alguém que devesse merecer algo realmente bom, pelo menos eu ainda podia compartilhar minhas horas com ela. Eu gostava dela, gostava de sua companhia, não podia perdê-la, não, sem sombra de duvidas. Eu não queria.

Eu olhei de soslaio para trás e observei a festa atrás de mim continuar no mesmo entusiasmo de minutos atrás, um pouco antes de perceber que eu não estava sozinho. Ao lado, menos coberto pela vegetação e em cima de um assoalho de elevação um pouco a frente da piscina onde se encontrava algumas cadeiras, estava alguém tão bem posicionado a ver a vista quanto eu. Diana estava quieta, não havia prestado atenção na minha chegada da mesma forma como não percebi que ela estava ali há muito tempo, mas pelo menos fui rápido para avistá-la. Estava tão silenciosa que me fez suspeitar que não parecia ter ido até lá apenas para um telefonema afim de fugir do barulho lá de dentro. Certo que ela parecia ter fugido do barulho de lá de dentro, mas era por um motivo bem diferente, talvez ela se estivesse se sentindo tão sobrecarregada quanto eu. Não temos o mesmo problema, mas não deixo de me lembrar que a vida de Diana não é tão diferente da minha, enquanto meu pai sumira e minha mãe me implorava a dar uma segunda chance ao meu pai, Diana sofria com a impossibilidade de voltar a falar com pai quando sua mãe a impedia disso.

Não parecia ser suportável, parecia tão complicado quanto o meu. E eu senti doer mais ainda dentro de mim por sermos tão iguais e ao mesmo tempo tão diferentes. Diana tinha problemas demais para ter que enfrentar os meus, seria errado da minha parte fazê-la lidar comigo como um problema, ela devia ser feliz e eu não sou a sua ideia de felicidade.

– Coincidência. – sussurrei.

Diana deu um pulinho de susto e metade do seu rosto se iluminou quando olhou para trás, frente a luz. Seus olhos estavam fascinantes, ela conseguia a faceta de ambos serem verdes e castanhos ao mesmo tempo. Como é dizer não para Diana? Sinto meu coração doer mais do que a própria dor de me odiar.

Juro, Diana, juro mesmo que eu queria ser aquele a quem você pudesse merecer, mas neste caso, eu não mereço você, e no seu caso, você merece alguém melhor que eu.

– Está me perseguindo? – ela diz sorrindo.

Perseguição seria a desculpa ideal para meus pensamentos, estou sempre perseguindo lembranças dela na minha cabeça para me fazer feliz só por ter feito algo bom na minha vida.

– Não me acuse, não se esqueça que é você gosta do perigo. – então me aproximei e coloquei as mãos lado a lado nos bolsos da minha calça. Olhamos juntos para a vista da cidade.

– É lindo não é?

– É. – ela respondeu.

Houve silencio.

– O que é que você estava fazendo?

Fazendo?

– Aqui.

– Estava contando. – ela sorriu.

Contando? Você está contando, Diana?

– Não são apenas números, Nicolas. – ela sorriu lindamente. – São estrelas. Eu junto a combinação das estrelas do meu campo de visão que formam coisas, seja quais formas elas fundem. E no final, tenho números.

– Ah, então você conta as estrelas.

Ela riu.

– E no que isso vai dar?

– Tenho trinta e seis combinações de estrelas. É como contar dinheiro, trinta e seis dólares, trinta e seis coisas valiosas. Trinta seis desejos. Trinta e seis segundos que podem mudar uma vida.

– É fantástico.

(silêncio absoluto)

Era mais difícil do que eu imaginava dizer não. Estava até correto nos meus pensamentos em dizer a ela que não tinha como ficarmos juntos, mas agora, é como se eu e ela – nós - parecêssemos certo, como se devêssemos dar uma chance um para o outro.

Quando eu não quis estragar o momento, decidi adiar a dor.

– Não está gostando da festa? – eu perguntei para ela, sentindo de vez em quando seu braço roçar no meu. Como eu disse, Diana é alta e ficamos quase que na mesma altura quando está de salto.

Para falar a verdade, ela estava irradiante. Seu vestido preto caia tão perfeitamente no seu corpo que parecia pecado olhar. Beleza demais atrai e ao mesmo tempo trai. Ela pode se superar cada vez que eu estou com ela.

– Na verdade, ela está bem legal. – ela sorriu, não olhando nos meus olhos, mas ainda encarando a cidade e eu trapaceando ao olhar suas curvas.

– Mas...?

Ela riu dessa vez e me olhou.

– Mas acho que é eu que estou chata. – seu sorriso é tão irradiante quanto sua roupa.

– Nós estamos.

Eu estava quase ao ponto de contar a ela sobre meus problemas, ela me entenderia. Mas eu não fiz. Me prendi no pensamento de que eu deveria enfrentar isso sozinho e não queria que isso fosse uma desculpa para nós. Por não haver nós.

– E você? O primeiro nome que ouvi da boca daquelas universitárias foi o seu. – e seu sorriso cresceu, mas não de forma legal, estava sendo sarcástica.

– Eu não ligo. – eu dei de ombros como geralmente dou quando um assunto não me interessa. – Eu acho que neste momento eu estava precisando de um pouco de silêncio. – eu a olhei.

Diana ficou constrangida, então percebi o que eu disse.

– Não esse tipo de silêncio, estava dizendo sobre aquelas pessoas dançando, bebendo, reclamando e cantando. – eu a expliquei.

– É um pouco difícil de acreditar, como jogador do time você deveria ser igual a eles. – ela defendeu.

Eu concordei com ela, se isso fosse há duas semanas atrás eu estava exatamente bebendo, dançando, reclamando e cantando. E no dia seguinte não lembraria de nada.

– As coisas mudam, é o lema da vida.

Diana concordou e empurrou levemente meu ombro, mas não propositadamente, ela se desequilibrou ao trocar o peso do corpo. Eu segurei seus braços a tempo e ela sorriu constrangida, mas fui incapaz de tirá-la do meu aperto. Todo aquele medo de não ser o cara para ela sumiu e eu só pensei no agora, que eu deveria beijá-la e esquecer dos problemas. Ela tinha um cheiro convidativo, uma boca sedutora e aquelas malditos olhos hipnotizadores.

Oh, que merda estou fazendo? Lembra-se, você não merece.

Fazer alguém sofrer não é de orgulhar, é uma escolha e uma consequência, e eu não podia ter o direto dessa escolha com ela.

– O que está acontecendo com a gente, Nicolas?

Essa era A Pergunta.

Se eu pudesse respondê-la com a mesma convicção que eu queria, eu diria. Mas não posso. Não sei nada sobre isso, apenas sei que é errado.

Diana inclinou o corpo para mim e aproximou os lábios, eu estava a procura disso há tanto tempo – exatamente três dias – e quando veio parecia que eu estava sendo um idiota o tempo todo. Estava tentando conquistar essa garota como um troféu só porque ela era diferente, só porque era um alguém novo para olhar, para conhecer.

E eu acabei gostando tanto dela, mesmo tão desconhecida.

Esta cidade está cheia de garotos que são cultos, que prestam atenção nas aulas, que não têm os mesmos problemas que os meus, só os que envolve uma tarefa de cálculo ainda não resolvida com quem Diana se daria tão bem. Alguém com quem ela compartilharia os mesmos gostos, as mesmas vontades e os mesmos anseios. Eles seriam felizes sem esforço.

– Não podemos, Diana. – eu sussurrei com os olhos fechados.

– O que você quer dizer com isso? – nós dois abrimos bem os olhos.

Por que agora as minhas explicações não faziam mais tão sentido?

– Eu, eu acho que isso não é certo. – eu decidi dizer.

Explica para ela que ela é boa demais, maravilhosa demais para alguém tão pouco como você, vai, explica para ela!

– Você chegou nessa conclusão sozinho?

– Não é uma conclusão fácil.

Ela sorriu, mas não era nada sincero.

– Mas pelo jeito conseguiu chegar a uma conclusão, não deve ter sido tão difícil. Se dê seus devidos créditos, Nicolas. – ela murmurou.

– Me deixe pelo menos explicar.

Ela balançou a cabeça.

– Está difícil aceitar agora. Céus, sou tão idiota. – e ela deu dois passos para trás e começou a se afastar.

Eu corri até ela e lhe segurei o braço para me olhar.

– Não, você não é idiota. Não é você, sou eu. – eu abri a boca e não terminei, percebi o que eu disse.

Era a mesma desculpa usada por milhões de pessoas quando não estão nem aí para seus relacionamentos e para seus sentimentos.

– Ah, claro, isso é muito criativo da sua parte para me dar um fora. Não enche, Nick.

Ela disse Nick? Ela realmente disse isso? Parecia que meu nome estava sendo cuspido para fora. Eu a segurei novamente.

– Por que me chamou de Nick?

– É o seu nome.

– É Nicolas na verdade.

– Você nem gosta. – ela retrucou.

– Mas quando é você que fala, eu adoro.

– Obrigada, isso foi reconfortante.

Ela tentou escapar, mas eu a peguei novamente.

– Espere. Está complicado para mim e, - conta para ela que seu pai vai se casar de novo e que você descobriu que amor é uma droga e está tentando não sentir isso por ninguém, vamos lá, seja homem e confesse sua fraqueza.

– E...?

E que eu não tive coragem de dizer. Sou tão fraco.

– E que você é igual a todos os outros jogadores dessa escola. Eu vejo como vocês são, eu vejo as garotas que vocês pegam e pisam depois que elas se apaixonam por vocês.

– Você está apaixonada por mim?

Houve silencio.

Diana engoliu secamente minhas palavras e disse como se rasgasse o coração. Mas não o dela, e sim o meu:

– Não, felizmente não estou apaixonada por você.

Isso me atingiu com mais impacto do que todos os foras que John já levou de Mary. Parecia que eu tinha ido para guerra e levado uma surra. Não é normal, para minha auto satisfação eu achava que Diana estava apaixonada por mim e por isso seria difícil de não estarmos juntos, mas acabei percebendo que eu era tão ingênuo quanto dei crédito a ela.

– O quê? Que cara é essa? Não se conforma por ter perdido essa? – ela me olhou imponente e furiosa. – É ótimo essa sensação não é? Eu estava te dando a chance e você fez a mesma coisa, mas era cedo demais. Sorte a minha não é?

E ela saiu pisando duro.

Eu me despertei do meu desastre interior e corri até ela.

– Diana, me escute. – a segurei novamente, queria tê-la olhando para mim. – Está acontecendo muitas coisas comigo. Eu não estou b... Eu não posso mentir que está tudo bem, é por isso que não damos certo. – não damos certo porque você merece ser feliz. Já eu, o cara errado, tem que se sacrificar pela garota certa.

Por que eu não digo isso em voz alta?

– Você tem algo a me contar? – ela sussurrou. Se eu a conhecesse melhor, jurava que ela estava prestes a chorar, mas Diana era forte, ela não parecia abalada. – Algo que possa mudar minha opinião sobre você agora?

Tem, meu pai está se casando, queria que você ficasse ao meu lado, mas não queria que você criasse expectativas por um pessoa sem jeito.

– Neste momento eu só preciso de um amigo. Preciso de sua amizade. – eu resolvi dizer.

Silencio.

– Certo, amigos. Eu entendi. – e ela deu meia volta e saiu.

Não, ela não entendeu, por isso foi embora.


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Notas finais do capítulo

o que acharam??? Obrigada desde já, respondo os comentários atrasados amanhã, beijossss



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