Uma vida nova escrita por Luiza


Capítulo 48
Nunca pensei ser tão difícil dizer adeus Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Deixe recadoss *o*



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–Minha noticia não é nada boa seu marido esta em estado gravíssimo, vou ser bem sincero com a senhora para salvar ele só um milagre. – Disse o medico, e o logo a mãe do Miguel desmoronou ele a segurou pelos braços tentando ampara-la ela chorava demais o medico falou a verdade mas aquilo machucou muito ela, ela não esperava aquilo tão cedo não agora.

–Calma mãe. – Dizia o Miguel, ele também queria chorar mas ele precisava cuidar dela precisava neste momento agora ser mais forte não podia deixar ela na mão precisava ser forte, e eu sabia que para ele aquilo era difícil era uma grande responsabilidade e que ele não estava acostumado com isso.

–Perdoe-me não queria deixar a senhora desta maneira em prantos mas esta noticia não podia ser dita mais tarde seu marido não passara de hoje. – Disse o medico indo para sua sala novamente, ele saiu de vista e a mãe do Miguel começou a tremer ele botou ela sentada em uma cadeira para que ela se acalmasse, ele saiu para pegar uma água com açúcar para ela. Eu sentei ao lado dela para tentar acalma-la.

Ela se tremia muito e aquilo me deixou mal tentava abraçar mas eu não a conhecia tão bem não tinha como eu estava meio sem jeito, e logo o Miguel chegou com a água e eu levantei para ele sentar junto a mãe dele, e depois que ela tomou a água e o Miguel a abraçava tentando fazer ela parar de tremer.

–Vocês podem ir eu vou ficar. – Disse o Miguel abraçando a mãe dele.

–Não filho, é melhor você não ver isso. – Disse a mãe do Miguel.

–Mas mãe eu quero pelo menos me despedir dele. – Disse o Miguel.

–Pesa ao medico mas não quero que esteja aqui quando ele partir, eu sei como isso machuca e tenho certeza que essa não é uma dor agradável. – Disse a mãe do Miguel.

–Vou falar com o medico. – Disse o Miguel indo até a recepicionista ela parecia falar algo para ele, e logo depois ele entrou a dentro em um corredor.

POV Miguel

Uma mulher me levou até o quarto de meu pai ela abriu devagar, e depois fechou meu pai estava deitado numa maca seus olhos fechados e tinha um aparelho que mostrava suas batidas e eram fracas, cheguei mais perto dele sentei em sua maca peguei sua mão e comecei a chorar. Ouvi um sussurro como se ele estivesse gemendo algo como se ele quisesse falar comigo.

–Filho..

–Pai! – Eu disse assustado, ele fala baixo muito baixo quase não dava para ouvir precisava se esforçar para ouvir.

–Cuide de sua mãe...

–Pai. – Eu disse apertando sua mão. –Vou cuidar pai não se preocupe. – Eu disse minhas lagrimas caiam de meus olho enchendo o lençol de gotas.

–Filho...

–Sim? – Perguntei ainda segurando sua mão, sua mão era gelada como se ele já estivesse morto era congelante.

–Eu te amo...

–Pai, eu também te amo. – Ouvi um piiiiiii e na mesma hora olhei para aquela pequena maquina onde vários cabinhos estavam ligados, e ela tinha parado, eu soltei a mão de meu pai e corri para porta para pedir ajuda o medico chegou e falou.

–Ele se foi. – Disse o medico se virando para mim para a dar a terrível noticia.

Eu sai da sala o medico estava logo atrás de mim eu olhei para minha mãe sua cara era fria triste não sabia como dar aquela noticia a ela, ela nem teve tempo de se despedir ela ficaria arrasada mais do que ela já estava ela estava sentada e me olhou com uma cara triste sua cara era como se ela fosse uma criança assustada e que precisava que a consolasse ou que acalmasse mas eu não sabia mais o que fazer eu só tenho 16 anos não sei lidar com isso, só queria poder fazer que essa dor sumisse ou que ela nunca existisse.

–Mãe vá se despedir dele eu vou para casa. – Eu não tive coragem para falar a ela sabia como ela ia ficar e aquilo iria me matar então resolvi deixar isso a conta para o medico dei um beijo em sua testa e fui com meus amigos até a rua do hospital todos calados a espera de um taxi para pegarmos.

–Vai dormir lá em casa né? – Perguntou Catarina para mim.

–Seu pai não permitiria. – Eu disse, continuava cabisbaixo.

–Dane-se meu pai, você precisa de mim não vou te deixar sozinho. – Disse ela, eu a olhei e ela falava serio como se estivesse decidida.

–Você esta certa eu preciso de você. – Eu cheguei bem perto dela e falei bem baixo para que só ela ouvisse, eu peguei a mão dela e ficamos de mãos dadas.

Nos entramos num taxi eu a Mô o Diego e a Catarina, ele estavam calados não sabia o que falar para mim a Monica estava do meu lado a Catarina do outro e o Diego estava la na frente a Monica chegou perto do meu ouvido bem discretamente e falou.

–Se precisar conversar, amanhã va la pra casa. – Disse ela sussurrando, num tom que só eu e ela ouvimos, eu só assenti com a cabeça.

A Monica e o Diego desceram na casa da Monica pagaram uma parte do taxi, e eu e a Catarina descemos na casa da Catarina e pagamos o resto do taxi eu estava meio sem graça e não sei como o pai da Cat agiria ele não vai com a minha cara e hoje eu não estou muito bem e não iria levar desaforo pra casa, ela pegou na minha mão segurando forte ela abriu a porta entramos estava tudo escuro era realmente uma mansão nunca avia ido na casa dela pela porta da frente realmente é linda, nós fomos direto pro quarto dela bem divagar para não acordar as pessoas e fechamos o quarto dela trancamos para que ninguém incomodasse. Ela arrumou sua cama e ficou me olhando.

–O que tanto me olha? – Perguntei.

–Por que não desabafa, por que quer ser forte sempre não precisa fingir não precisa ser forte agora chore eu não vou te julgar por causa disso. – Ela disse, pegando minhas mãos e botando na cintura dela. –Feche os olhos e ouça a musica. – Ela botou uma musica baixinha que era linda e tranqüila, ela botou suas mãos envolta do meu pescoço e dançamos devagar, nossos olhos fechados e sua boca encostava algumas vezes na minha.

–Não quero que fique assim. – Disse ela me abraçando, nossos olhos continuavam fechados.

–Não podemos escolher se vai dor ou não. – Eu disse.

–Eu sei. – Disse ela agora nossos olhos estavam abertos e olhávamos um no olho do outro.

–Você é perfeita. – Eu disse arrumando uma mecha do meu cabelo que estava fora do lugar.

–Você é perfeito. – Disse ela me beijando.

–Para, por favor eu não to bem. – Eu disse a empurrando de leve para que ela parece de me beijar.

–Desculpe. – Disse ela.

–Vamos dormir. – Eu disse.

POV Monica

Eu entrei em casa e fechei a porta, fiquei olhando o Diego.

–Por que ta me encarando? – Perguntou ele.

–Eu to com medo que você me agarre. – Eu disse.

–Sai daqui, eu não faço nada que não queiram. – Ele disse.

–To me sentindo um lixo. – Eu disse me atirando no sofá.

–Por que? – Disse o Diego se atirando do meu lado.

–Queria poder ter ajudado ele, mas não pude fazer nada para que essa dor parasse ou que seila eu só queria poder ter ajudado ele de alguma forma. – Eu disse pondo minhas mãos na minha cabeça.

–Calma Mô, você não podia fazer nada para que isso mudasse não adianta se culpar. – Disse o Diego, me abraçando. –Ele vai ficar bem ele é forte. – Disse o Diego.

–É disso que tenho medo de que todo mundo ache que ele é forte o bastante, e talvez ele não seja tanto quanto dizem talvez ele precise de consolo. – Eu disse.

–Mas Monica quem vai dar esse “consolo” pra ele é a Catarina, deixa que ela sabe cuidar dele. – Disse o Diego.

–Vamos dormir vem. – Eu disse, me levantando e pondo minha mão para que ele puxasse para se levantar.

–Vamos dormir aqui. – Disse ele me puxando para ele eu cai em cima dele e ele riu. –Como você é fraca garota! – Disse ele rindo.

–Você que é um ogro! – Eu disse.

–Se comporta vai marrentinha. – Disse ele pondo sua cabeça em minhas pernas.

Nós dormimos ali mesmo “deitados” no sofá, mas não consegui dormir tranqüila com o Miguel naquele estado que ele saiu do hospital ele estava mal e sei o que isso eu já passei por isso sei que a Cat vai fazer de tudo pra deixar ele melhor, mas ela não vai entender tanto quanto eu quanto alguém que já passou pela mesma situação ele precisava de um ombro amigo e a Cat vai querer fazer ele ficar melhor e pah e isso só vai piorar.

POV Miguel

Deixe um bilhete pra Cat dizendo

“Bom dia, desculpe por não acordar com você mas minha mãe precisa de mim não posso deixar ela sozinha num dos momentos mais difíceis que a gente já passou ela precisa de mim tanto quanto eu dela te amo e obrigada por tudo a gente se vê mais tarde não procure por mim deixa que eu apareço beijo e um bom dia pra você!” Com amor Miguel.

Isso era umas 07:21 sabia que minha mãe deveria estar horrível não deveria ter deixado ela sozinha mas eu não saberia consolar-la do jeito que eu estava ontem precisava descansar a cabeça e a alma para mais um dia terrível, precisávamos arrumar o enterro dele isso seria horrível tanto para mim quanto para minha mãe mas precisávamos fazer isso logo para que a gente não sofresse mais com isso. Cheguei la e a mulher falou que minha mãe não saiu do lado dele a noite toda eu entrei na porta em devagar e suas mãos ainda estavam entrelaçadas a da minha mãe e do meu pai uma na outra era lindo, deu uma pontada no meu peito me lembrei de todos os momentos que eu meu pai e minha mãe fomos felizes os momentos que fazíamos piquiniques no parque e o meu pai me ensinava a jogar futebol, ele era horrível mas adorava jogar comigo, me bateu uma tristeza por que eles tem que ir embora por que tão cedo ele nunca vai poder conhecer meu filhos nunca vai poder ensinar eles a jogar bola a ama-los como ele me amou, ele foi meu herói ele sai de casa e sempre trazia o pão nunca deixou passarmos fome ele era o pai perfeito duro rígido nunca falava um te amo mas não precisava ele demonstrava em seus pequenos detalhes em seu amor e carinho em sua dedicação ele sempre falava estuda para não ser igual a mim, um cara sem rumo. Pai você é meu herói, e mesmo sem perceber eu já chorava (Autora falando: pior que eu chorei de verdade. Ta vamos continuar). O que vou fazer cara meu pai era meu caminho estou sem rumo estou, sem rumo. Cheguei perto da minha mãe e empurrei ela de leve e ela abriu os olhos assustada.

–Filho. – Disse ela baixinho como se não quisesse acordar alguém.

–Mãe vem vamos. – Eu puxei ela para fora da sala.

–O que ouve, quero ficar perto de seu pai. – Dizia ela.

–Mãe ele precisa ser enterrado. – Eu disse, eu sei que estava me machucando cada vez que falava nisso mas eu precisava falar fazer alguma coisa.

–Filho seu pai não precisa de nada disso ele só quer que eu fique perto dele ele só precisa de mim. – Dizia ela, aquilo me assustou ela não dizia nada com nada.

–Mãe meu pai esta morto! – Eu disse pra ela meu rosto era rígido é eu estava muito serio ela estava se fazendo ou ela quer me ver sofrer mesmo.

–Filho não pense assim. – Disse ela olhando para a janela que dava para dentro do quarto de meu pai.

–Chega eu estou enlouquecendo! – Eu disse, chamei um medico e falei para ele o que estava ocorrendo ele falou que ela podia não querer aceitar que meu pai estava morto e então falou para ela mesma que ele estava vivo, mas que era pra eu não me preocupar que ela não estava louca e sim estava tensa e que precisava dormir direito. –Mãe vamos pra casa, vem você precisa dormir. – Eu disse.

–Mas alguém tem que ficar com seu pai. – Disse ela.

–Eu fico mãe só vou te botar em um taxi. – Eu disse.

–Ta se for assim, cuide de seu pai. – Disse ela, eu a botei num taxi e falei para o cara onde era para ele leva-la.

Eu fui para sala junto ao meu pai e fiquei vendo ele da porta sua pele estava branca ele já não era muito moreninho né era bem pardo e agora assim estava quase papel, quando olhei seu rosto me veio mais lembranças da infância e aquilo me destruiu por dentro.

Continua....

Proximo Capitulo

O triste enterro do pai do Miguel, e uma viagem pra onde será desta vez?


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Notas finais do capítulo

Tomara que gostem deixe recado favoritem recomendem acompanhem valeu ai, Beijos! Obrigada por ler.



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