Fall Back On You

One Month Later

Eu não parava de corar quando pensava no beijo. Mesmo após um mês eu ainda não sabia como agir. Aquelas trocas de olhares, sorrisos cúmplices, eu não aguentava mais.

– Eu não sei o que fazer!- resmunguei.

– Menina, se eu fosse você jogava ele na parede e fazia coisas vulgares nele.- Gale disse com voz de mulher. Gargalhei com sua performance.

– Para, eu to muito triste pra rir.- tentei fazer uma cara triste, mas meus lábios se curvaram em um sorriso.

– Não, meu Conselho é tentar conversar. Fala com ele, o chame pra tomar um café. Vocês estão atraídos um pelo outro, se conheçam melhor.

– Não é tão fácil, ele pode não ser tão atraído por mim assim. E outra, ele é meu professor!

– Quando eu cheguei aqui naquela noite me arrepiei com tanta eletricidade no ar. O Cara segurou seu cabelo pra você vomitar, escutou você, e te abraçou enquanto chorava e ainda por. cima correspondeu o beijo.

– Ai, Gale você acha? Eu to esperando um bebê, como ele pode querer logo eu? Dois pelo preço de um.

– Bebê, você é linda, ele seria um idiota se não ficasse de joelhos por vc, e ainda fará parte da vida desse pequeno milagre, se ele não gostar disso, ele Não merece você.

– Eu não sei como vou fazer isso, mas vou chamá-lo pra tomar um café, acho que seria bom conversarmos e esclarecer as coisas.

– Isso mesmo! Fale com ele hoje, vai que ele concorda.- Gale sorriu, lhe dei um beijo na bochecha e fui pra Universidade.

***

As aulas já haviam acabado, e agora eu estava em frente a sala de Peeta. Sabia que ele não estaria em aula, mas muito provavelmente estava corrigindo algum trabalho. Bati levemente má porta e ouvi um quase inaudível "entre". Passei a mão no meu pequeno volume de três meses e sorri entrando.

– Com licença Peeta, posso falar com você? - Perguntei quando entrei.

– Sim,sim claro, algo errado.- eu ri da ruga de preocupação que se formou entre suas sobrancelhas.

– Não, eu só queria saber se você quer ir tomar um café comigo.

– Olha Katniss, não quero te dar a...- ele continuou lá em pé em frente a mesa falando e falando e eu só conseguia prestar atenção naquela boca maravilhosa, não consegui me segurar então andei até ele é o beijei. Sua boca tinha aquele sabor de menta que me fazia esquecer meu nome. Minhas mãos involuntáriamente foram para seus cabelos e as suas apertaram minha cintura contra seu corpo, não queríamos que o beijo se quebrasse e com ele o encanto também, trilhei beijos por todo seu maxilar pra poder respirar, porém logo voltei para sua boca, ele nos virou e me colocou sentada na mesa se enfiando entre minhas pernas, o beijo não foi interrompido com seu ato. Sua língua fazia explorava minha boca sentindo meu sabor e eu fazia o mesmo com ele. Logo o ar se fez necessário e ele saiu de nosso beijo colando nossas testas.

– Ainda vai recusar meu pedido?- falei roçando meus lábios enxados nos seus.

– Ah garota você sabe como provocar um homem.

–Yes or not?- refiz a pergunta.

– S-Sim.- ele gaguejou. Sorri lhe dando um casto beijo. Peeta sorriu durante o beijo, sua língua querendo invadir, mas eu não deixei. Me afastei descendo da mesa e indo até a porta.

– Nos vemos as Seis na Starbucks.

***

– O fato é... eu gosto de você. E eu sei que acha errado que saiamos juntos, mas podemos sei lá ir devagar e ainda tem o fato de eu estar grávida, Oh meu Deus eu nem deixei você se expressar...merda, como ele vai me querer assim.- eu dizia coisa com coisa.

– Hey, eu quero você, nossa você não tem ideia, quero você desde que pus meus olhos em você, mas o fato de eu ser seu professor complica muito. E sobre o bebê, eu não vejo problema algum, é um bebê não uma doença! - Eu olhava Peeta tão maravilhada que não pude evitar sorrir com suas palavras. O café estava cheio, mesmo as Seis e poucas da noite, porém eu não conseguia desviar meu olhar do Peeta, ele era simplismente lindo.

– Então, será que você vai nos dar uma chance?

–Eu não posso, realmente. Mas eu sou fraco demais para não fazê-lo.- ele sorriu.- Então vamos devagar. Quer ir ao cinema comigo Katniss?

– Eu adoraria.- sorri. Fomos para o carro de mãos dadas, algo tão simples porém eu me senti especial só por ser Peeta ali ao meu lado.

***

– Então, o que você mais gosta num relacionamento? Ações, não sentimentos.

Estávamos num restaurante fora do Centro de Ohio. Era confortável e ninguém nos conhecia, mas por via das dúvidas, nos sentamos afastados das pessoas. Percebemos que foi um descuido nos encontrarmos na Starbucks. Poderíamos ter sido vistos, então não fomos ao cinema, e Peeta sugeriu este pequeno restaurante.

– Ah...- corei.

– O quê? É tão vergonhoso assim?

– Não é isso, é só que...- suspirei.- É algo bobo.

– Vai, eu preciso saber disso, eu não vou rir, eu juro.

– Ta, ta... Eu gosto que me de apelidos. Coisas bestas, porém nada de amoreco, ou palavras inventadas. E também gosto de sentar no colo, me sinto protegida. Pronto falei.- Escondi meu rosto entre minhas mãos corando de vergonha. Peeta não parecia do tipo de apelidos, de colo talvez, mas de apelido? Não, não mesmo.

– Hey,- levantou meu rosto das minhas mãos e me deu um leve beijo.- Algo como: Bebê, amor, linda, princesa, anjo e o meu favorito pra você: bonequinha, minha bonequinha.- sorri quando ele me puxou pra seu colo e me beijou.

– Pensei que fosse me achar idiota.

– Eu nunca vou te achar idiota bonequinha, seus desejos são coisas tão simples, não tem como negar. Quando perguntei, achei que iria responder, presentes, flores ou coisas do tipo, nunca imaginei isso.

– Nunca vou te pedir coisas desse tipo, mas sempre que quiser me presentiar, não importa se for uma cartinha, ou apenas uma mensagem no celular, eu irei me sentir especial, porque é você.- elê sorriu e me beijou mais longamente, porém fomos interrompidos por meu estômago roncando.

– Parece que alguém quer comer.- ele passou a mão ternamente no volume evidente na minha barriga.- Hey amiguinho, fique calminho já vou alimentar sua mamãe.- era a primeira vez que ele tocava minha barriga, e ele falou também, foi tão especial.

– Obrigada por ser tão bom com meu bebê e comigo também.

– Eu nunca té trataria mal Katniss, nem você, nem esse bebê.- e daí iniciou-se uma conversa calarosa em meio a garfadas na deliciosa comida. Descobri várias coisas sobre o Peeta e também lhe contei várias coisas.

– Temos alergias em comum então.

– Mas ou menos, você é alérgico a camarão, e pode morrer se eu tiver ingerido camarão e eu te beijar, mesmo que no rosto. E eu posso ter ataque anafilatico se comer amendoim ou derivados.- eu disse.

– É isso, morro de medo de pensar em algo acontecendo com você.

– Quando eu estiver com você, nada de camarões.- pensei bem e falei.- ou melhor, o estoque de camarões do Gale vai sumir la de casa.

– Não faz isso com ele, ele vai ficar com raiva de mim.

– Vai nada baby. Ele supera, aliás, à Maddie, sempre faz pra ele.

– Que bom por que nada de manteiga de amendoim na minha casa, ainda mais com você grávida.

– Não precisa bebê.

– Eu realmente não ligo, não queremos que um acidente aconteça não é?

– Não, não queremos...

Mal sabia eles que algo os esperava mais adiante.

"I won't tell nobody
I won't tell my friend
We'll just drive down this road and pray it doesn't end
And we'll tell each other things, like I love you..."

vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv Spoiler vvvvvvvvvvvvvvvvvvvv