Three Weeks Later

– Não Peeta não!!- gritava entre risadas.- Você é um chato.

– Que você ama, não é? - Disse me dando um beijinho.

– Sim, amo, mas isso não vem ao acaso, eu estou com fome.- falei e ele beijou minha protuberante barriga de quatro meses.

– Vem, vou alimentar meus dois bebês e depois nós podemos pegar a estrada.- ele disse e fomos em direção a sua cozinha.

Haviam se passado três semanas desde que eu Peeta começamos a sair, e estávamos bem sérios agora que ele me pediu em namoro oficialmente, lembro-me de suas palavras exatamente uma semana e meia atrás, fecho os olhos com a lembrança.

– Bem-vinda ao meu apartamento! - Ele abriu a porta. Era lindo, decorado com muitas pinturas de pessoas famosas, uma televisão colada a parede e um sofá escuro e longo, as paredes eram em tom pastel, e tinha uma porta que dava para sacada. A sala era acoplada a cozinha, que era uma cozinha americana de cores branco, preto e vermelho, amei está parte, ele me mostrou os quartos o dele era a suíte, grande com paredes verde escura. O quarto era lindo e os outros quartos, os dois de hospede também eram lindos um era branco e amarelo, e o outro era branco e azul bebê, o apartamento era lindo, limpo e arrumado. Eu sinceramente amei, me sentia em casa.

– Seu apartamento é lindo Peeta, eu realmente amei, tudo, você tem muito bom gosto.- falei passando a mão pelos móveis, Vi várias fotos na estante, provavelmente de pais, irmãos, reconheci a maioria, pelo o que o Peeta me contou nos últimos dias. Mas dentre todas as fotos havia uma foto minha com a blusa levantada e as mãos na barriga, minha leve protuberância de três meses aparecendo minimamente, ele me pediu para tirar essa foto, foi na semana passada no meu apartamento. Ao lado da foto tinha outra, minha com ele, sorrindo, no dia em que começamos a sair naquele restaurante, meus olhos encheram d'água.

– Você está linda nessa foto, tem outra só sua na cabeceira da minha cama.- ele disse atrás de mim. Eu olhei em seus olhos não acreditando no que via.

– Eu não sou tão importante na sua vida para ter uma foto minha ao lado da sua família.

– Tem, tem sim. - Ele se ajoelhou na minha frente tirou uma caixinha em formato de Rosa do bolso.- Não saímos há muito tempo, mas você é importante para mim. Estou apaixonado por você, e quero avançar nosso relacionamento bonequinha.- ele abriu e havia duas lindas alianças uma de ouro branco dentro, com uma pedrinha de diamante em cima, e a outra era de ouro por fora e por dentro Prata. Consegui enxergar que dentro estava escrito "Peeta” e o dele escrito "Katniss" em letras minúsculas.- É cedo, mas eu amo você bonequinha e quero namorar com você, você me aceita como seu namorado?

– Sim, sim, - falei e ele colocou a aliança no meu dedo e eu na dele. Havia lágrimas nos meus olhos quando eu o beijei sussurrando: - Eu também te amo.

E foi assim que ele me pediu em namoro, e apesar de estarmos namorando com anel de compromisso e tudo ainda estamos nos conhecendo, procurando saber mais um do outro a cada dia. Mas lindo mesmo foi quando o Peeta pediu Mmnha mão em namoro ao Gale, já que o Finnick, mora longe e o Gale é meu "responsável". Gale comemorou, e nos desejou felicidades, aceitando totalmente nosso namoro.

Mas não significa que não vamos contar para minha mãe e irmão mais velho. Peeta é meu professor, dez anos mais velho que eu, e eu estou grávida, o que pode gerar desentendimentos. Por isso hoje vamos para minha casa. Tenho uma consulta com minha amiga e cunhada Annie que também é obstetra, então vamos aproveitar para ficar o feriadão por lá. Ficaremos quatro dias lá, assim que chegarmos vamos direto para a clínica da Annie, quero dar a notícia pra todos de uma vez.

– Meu Amor.- falou Peeta. Meu amor, palavras tão simples, porém tão lindas na sua voz.- Você está quietinha, está sentindo alguma coisa?

–Não, um pouco enjoada, mas só isso.

– Esses enjoos já não eram pra ter passado? - Perguntou preocupado.

– Eu sei, mas sentada nesse carro, nesse engarrafamento horrível a uma hora, o bebê não aguenta mais.- ele aproveitou o trânsito parado e abaixou beijando minha barriga e passando a mão ternamente mantendo-a ali.

– Hey, eu sei que está ruim aí dentro, mas mamãe fica dodói. Eu te dou bolo de chocolate se prometer se comportar okay? -Como resposta o bebê deu um chute nem onde a mão de Peeta estava.

– Chutou Peeta! Fala com ele.- eu disse emocionada, era o primeiro chute, e ele respondia ao Peeta.

– Eu amo você bebê, e se sua mãe deixar, eu quero ser seu papai, você ia querer isso? - O neném chutou novamente.- Acho que isso é um sim.

–É isso mesmo que você quer? - Perguntei segurando seu rosto com minhas mãos, fazendo-o me encarar.

– É o que eu mais quero no mundo.- ele me deu um selinho e continuou: - Eu sei que estamos juntos oficialmente a pouco tempo amor, e que temos muito o que conhecer um do outro ainda, temos segredos não contados, temos coisas a falar, mas o que eu sinto por você… Se existe alguém que eu quero na minha vida para sempre, que eu quero ter uma família, esse alguém é você, só você, ele falou e me deu um beijo, meus olhos estavam molhados em lágrimas contidas.

– Eu amo você! E se você quer assumir o papel de pai do meu filho, você pode fazer isso, mas não quero que se sinta obrigado a nada só por que estamos em um relacionamento.

– Não me sinto obrigado a nada meu amor, é o que eu quero, uma família minha. Eu amo vocês dois.- ele disse e me beijou, porém fomos interrompidos por um som estridente de buzina.

– Acho melhor andarmos.- ele sorriu pegando minha mão enquanto dirigia. Fomos num silêncio confortável pelo caminho, as vezes Peeta olhava para mim, pegava minha mão, acariciando minha barriga. Quando parávamos no sinal ele me beijava e traçava seu nariz na linha do meu maxilar, hábito que ele amava fazer.

Peeta era muito carinhoso, diferente da pessoa que é na Universidade. Ele é muito rigoroso, as vezes brigava com os alunos por bobeiras, eu procurava não me envolver no trabalho dele, quando estávamos juntos esquecia o que ele fazia em sala, mas houve um par de vezes que brigamos feio por bobeiras que aconteceram na sala.

Uma delas foi quando Jacob, um colega de classe sorriu para mim depois de eu ter emprestado uma caneta para ele. Peeta viu e na maior ignorância, falou pra gente que se quiséssemos namorar era pra saímos de sala. Quando ele apareceu no meu apartamento naquela noite, briguei feio com ele, ele falou que eu estava sendo infantil por esta brigando com ele por causa disso. O que acabou comigo em lágrimas e Peeta implorando meu perdão dizendo ser um idiota. Da outra vez que brigamos foi porque Cashmere Evans, a garota mais piranha que eu já conheci escancarou seu decote na cara dele e ele sorriu pra ela. Já estávamos namorando, isso foi semana passada. Eu fui na casa dele aos prantos falando que ele não me amava por eu estar gorda e que ele iria me trocar pela Cashmere. Ele me pediu perdão por ter sorriso e disse que arrancará os dentes se aquilo me fizesse parar chorar. Na hora eu só assenti, mas agora vejo o quanto foi engraçado.

– Bonequinha chegamos, é hora de descobrirmos o que é esse bebê...- ele parecia animado com a ideia de saber o sexo do bebê.

– Então vamos né! - Saímos do carro rumo a entrada da clínica, falei com a recepcionista, ela gentilmente me pediu para sentar e aguardar ser chamada. Logo Annie saiu e me viu, seus olhos encheram d'água quando ela olhou para minha barriga de quatro meses debaixo do vestido florido.

– Niss... - ela sussurrou vindo para meus braços, - senti tanto a sua falta, tanta.

– Eu também Ann, muita.- sorri para ela. Peguei a mão de Peeta e sorri para ele.- Ann, esse é meu namorado Peeta, Amor essa é minha cunhada e amiga Annie.

–É um prazer conhecê-la Annie, Katniss falou muito bem de você, ela fala mais de você do que comigo.- ele brincou e ela riu.

– O prazer é todo meu Peeta, e sim, Katniss é dessas.- rimos. Logo ela nos encaminhou pra sala de ultra som, me deitou na maca e eu levantei o vestido, corei quando Peeta involuntariamente olhou pra minha calcinha de renda branca, Annie percebeu o desconforto e cobriu minhas pernas com um lençol. Ela começou a passar o aparelho de ultrassom na minha barriga, passou, passou e por fim sorriu.

–Então? - perguntei. Minha voz embargada, meu bebê.

–É Katniss, os Everdeen continuam a tradição, é uma menina! - Peeta me beijou com tanto carinho.

– Você não é mais minha bonequinha.

– Quem é então? - Sorri entrando na brincadeira.

– É a nossa menininha, uma menina amor, uma bonequinha.- ele me beijou novamente.

– Querem ouvir o coraçãozinho? - Annie perguntou sorrindo.

– Sim, claro.- Peeta falou. Ele ainda não havia ouvido, eu já, na minha primeira consulta, o melhor som de todos.

Quando o som começou a ecoar pela sala, eu não pude deixar de olhar pra Peeta, ele tinha aquele brilho nos olhos, aquele sorriso bobo. Aquele som que ecoava pela sala e os olhos de Peeta eram a combinação perfeita, e vendo isso eu percebi que Peeta e meu filho, foram as melhores escolhas que eu fiz.

“Do you remember all the city lights on the water

You saw me start to believe for the first time…

You are the best thing that's ever been mine…”