O Beijo do Anjo. escrita por Anjinha Herondale Uchiha


Capítulo 16
Décimo Segundo Capítulo.


Notas iniciais do capítulo

Hey, JaceCóticaaaaas!
Esse vai ser o último dessa semana, pq eu vou postar alguns em No Ritmo da Paixão. Estou revezando nas fics por semanas.
O próximo capítulo de A Aposta vai ser escrito po Jaky Fray, por isso eu não estou postando lá, ok?

A música dessa fic foi sugerida por Naah Herondale - Sua Herondiva *-*
E eu ameeeeeeei, tipo Ameeeei mesmo. É super a cara da fic.
Ouça enquanto lê, vai ficar mais simbolico.
Então.... Enjoy'



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POV Clary.

Goo Goo Dolls - Iris.

"A ferida de Jace já estava cicatrizando, o dente expelindo.

Mas havia uma ferida no meu coração."

Jace estranhou quando eu me encolhi no canto. Eu pude sentir que sim.

Sua aura estava exalando um sentimento confuso, algo sem foco.

Eu era tão burra... Como pude deixar isso acontecer? Eu deveria ter deixado as intenções bem claras antes de o beijar. Mas a vontade foi mais forte do que o senso de responsabilidade. E eu não me arrependia de tê-lo beijado.

Me arrependia de deixar meu lado carente no controle. Isso não poderia mais acontecer. Eu tinha que ser fria, ou pelo menos tentar não estragar mais merda nenhuma com essa versão maluca. Da próxima vez, se houvesse próxima vez, eu jogaria meu sangue por cima da ferida de Jace. Ou até mesmo cuspiria.

Nada de beijos. Por mais que eu queira muito, nada de beijos. Alguém aqui precisa ser a responsável.

– Clary, o que foi isso? - Ele perguntou, com a voz rouca. E então olhou para baixo, vendo que já estava tudo bem com seu corpo. - Raziel, o que é isso?

Me encolhi ainda mais e virei o rosto - esperando ele gritar comigo, assustado, e depois me chamar de algum dos nomes que costumavam me chamar... Aberração, monstro, E.T (Por mais que eu não saiba o que é isso...)...

Eu entendia Jace. Tudo bem eu ter asas, Anjos tem asas. Mas outra coisa é algum tipo de beijo que cura (Meu Deus, nem eu conseguiria ficar tranquila com isso).

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

E eu não quero que o mundo me veja
Porque eu não acho que eles entenderiam
Quando tudo é feito para não durar
Eu só quero que você saiba quem sou eu

Esperei a fúria de Jace, mas ela não veio. Ele estranhou o fato de eu estar quieta, mas eu não queria falar. Eu só queria que meu irmão chegasse logo e que Isabelle estivesse junto para me levar daqui.

– Clary... está tudo bem? - Jace perguntou, com a voz baixa. - Você se machucou?

Me virei para ele novamente.

– Eu estou bem. - Respondi, com a coragem que me restava.

And you can't fight the tears that ain't coming
Or the moment of truth in your lies
When everything feels like the movies
Yeah, you bleed just to know you're alive

E você não pode lutar contra as lágrimas que não virão
Ou o momento de verdade em suas mentiras
Quando tudo se parece como nos filmes
É, você sangra apenas para saber que está viva

– Então qual é o problema? Por que você está muda?

Suspirei, mas preferi admitir a verdade.

– Eu estou esperando o seu escândalo. - Respondi, cabisbaixa.

– E por que eu faria um escândalo? - Perguntou, sentando-se no chão.

Continuei olhando para meus pés.

– Porque você está bravo...? - Soou como uma pergunta.

– E por que eu ficaria bravo, Clary?

– Ai, cacete! Eu te beijei e nem comuniquei antes de fazer isso. Você deveria estar se sentindo... sei lá, violado.

Jace jogou a cabeça para trás e gargalhou, expondo algumas runas em sua garganta.

– Meu Deus, você fez isso para me salvar, Clary! Pare e ouça o que você está dizendo! É um absurdo!

– Você deveria estar bravo!

– Mas quem disse que eu estou bravo? - Havia um tom de desafio em sua voz. - Quem se acha tão bom ao ponto de falar por mim? Dizer que eu estou bravo, quando na verdade não estou?

Arregalei os olhos diante de tal frase e o olhei, mas não nos olhos - eu não conseguia olhá-lo nos olhos. Como assim ele não estava bravo?

– Você não está? - Perguntei, com um fio de voz.

Ele negou com a cabeça e depois subiu o olhar para conectar seus olhos dourados ao verde dos meus.

– Confuso? Sim, eu estou muito confuso. Mas bravo não. - Afirmou. - Você vai me explicar o que foi isso?

Eu bufei e me sentei ao seu lado, já admitindo a derrota. Eu teria de contar tudo.

– Quando eu morava na cidade do silêncio, ou cidade dos ossos - chame como preferir, quando eu fazia algo errado ou simplesmente... não conseguia conter meus dons, eles me castigavam. Isso foi mais frequente dos sete aos doze anos - acho. Em um dos castigos, certa vez, o irmão Ezequiel notou algo estranho enquanto me... punia, por assim dizer. Quando o meu sangue escorria, ele curava as demais feridas que estavam abaixo. Então eles tiveram que adaptar meu castigo, de modo que não acabava com a dor, mas pelo menos eu conseguia dormir à noite.

Ouvi Jace engolir em seco.

– Como eles... - A voz dele falhou, então Jace pigarreou e então prosseguiu. - Como eles te castigavam?

– Com varas de metal finas e cheias de pequenos espinhos. - Respondi, dando de ombros. - E, quando descobriram que eu tinha o fogo celestial no sangue, trocaram por aço banhado no sangue de um demônio maior.

Jace passou a fitar os pés, em silêncio. Provavelmente tendo pena de mim. Estávamos ambos em silêncio, de modo com que eu conseguia ouvir a batida de seu coração. Não era uma batida normal, era mais acelerada do que as comuns. Mais forte também, e mais marcante. Era única.

Do nada, ele se aproximou de mim. Eu fiquei assustada, pondo na minha cabeça que - se ele me desse um abraço de pena - eu com certeza iria causar um estrago naquele rostinho bonito.

Mas ele não me abraçou, apenas usou as mãos para tirar o meu cabelo de cima das minhas costas, os repousando suavemente por sobre o ombro esquerdo.

Eu fiquei tensa e toda dura.

– O que você pensa que está fazendo? - Perguntei, perplexa.

– Shhh! Fica calminha aí, anjinha. Eu só vou ver se Isabelle fez os curativos do modo certo. - Declarou, passando a ponta dos dedos por cima das omoplatas.

Eu estremeci e senti os pelos da minha nuca arrepiarem. Merda, Raziel! Mantenha-o longe de mim antes que eu faça um estrago.

E Jace ainda estava sem camisa! Ai Meu Deus, eu vou morrer!

– Você não tem cicatrizes do metal demoníaco? - ele perguntou, arrastando preguiçosamente os dedos pelas minhas costas.

– Tenho... - Respondi, perdendo o fôlego ao sentir sua respiração contra o meu pescoço. O que ele estava fazendo. - Mas eu uso um simbolo para escondê-las.

– Eu não acho isso muito justo... - Ele sussurrou, encostando a boca no topo na minha coluna, bem perto da nuca. Os arrepios me estupravam.

– Pare com isso. - Ordenei, com a voz fraca.

– Eu acho... - Murmurou contra a minha pele, descendo um pouco os lábios. - Que você me deve uma... - Tocou com a boca na omoplata direita, deixando cada terminação nervosa do meu corpo acesa. - Por ter me beijado... - E foi arrastando aquela boca maldita por ali enquanto falava. - Sem me avisar antes que ia fazer isso...

Eu tremi e me afastei, não sabendo o motivo de ter ficado sem reação.

– E é agora a parte que você me obriga a ficar fazendo massagem no seu pé para não contar pro meu irmão que eu te beijei? - Perguntei, com tom de desdém.

– Não, é agora a parte que você fica me devendo uma. - Respondeu, revidando o tom de desdém. - Mas saiba que foi muito emocionante.

– Muito emocionante o que, criatura?

– Foi muito emocionante ver você implorando pelos meus lábios...

Bati a mão contra a testa e bufei.

Eu mereço...!


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Notas finais do capítulo

E ae? Mereço reviews??

Beijinhuuuus
Psicoticamente, A.