O Beijo do Anjo. escrita por Anjinha Herondale Uchiha


Capítulo 17
Décimo Terceiro Capítulo.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey, JaceCóticaaas!
Hoje tem Mistério, Ação, ciúmes e um possível Clace.
Tipo, tenho certeza de que tem gente que acha que a história está correndo rápido demais. Mas, pessoal, se você já leu Cidade dos Ossos, você sabe que a história toda desse livro se passa em uma semana e meia, mais ou menos. E, em uma semana e meia, Alec descobre que é Gay, Jace se apaixona por Clary, Simon é sequestrado e vira um rato, Jocelyn quase morre e A Clary tem seu mundo perfeito em fragalhos, tendo que aprender a se virar em um completamente distinto (Metaforicamente, é Claro. Pq a terra não é destruída.)

Aconselho a quem não gosta de rock não escutar a trilha sonora do capítulo. É sério, já vou logo avisando. Não quero ver reclamações nos reviews das pessoas que acham que esse tipo musical é do Capeta (Porque, acreditem, tem muito retardado que acha isso).

Só pra repassar, pessoal: Rock não é coisa do diabo. E mesmo que fosse, todos temos que respeitar. Afinal, gosto é igual a cú: Cada um tem o seu.

Beijoos
Psicoticamente, A.



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POV Clary.

Depois daquele momento, hã, digamos afetuoso, eu me levanto e ajudo Jace a fazer o mesmo. Ele ainda estava sentido, o fogo celestial ainda queimava em suas veias. Eu podia sentir, mesmo que ele não me contasse isso.

– Clary, nós temos que encontrar o pessoal. - Disse, segurando em minha mão para poder me guiar até o local de onde havíamos saído.

Eu só assenti e não ofereci resistência. Afinal, eu não tinha mesmo resistência perto de Jace.

Praticamente corremos até onde havíamos deixado Alec, Izzy e Sebastian. Mas eles não estavam lá. Havia apenas um rastro de sangue que indicava para outra ruela.

Eu engoli em seco sentindo meu corpo tremer de medo e olhei para Jace em busca de possíveis respostas. Mas ele também estava temeroso, logo me encarou e deu de ombros minimamente, seguindo aquele rastro.

Senti meu sensor vibrar suavemente no bolso da calça e me apavorei. Não era possível. Não, deveria ser algum problema técnico.

Jace me tirou de meu topor parando no meio do caminho - na esquina da viela - e, coincidentemente, me fazendo bater com força de encontro ao seu braço. Eu soltei um granido de dor, mas Jace apenas tapou minha boca com sua mão e me alertou com os olhos que havia algo de errado. Depois de tirar a mão da minha boca, ele levou o indicador até os próprios lábios e pediu silêncio. Assenti, puxando a adaga Mongestern da minha bota. Tirei a capa que a embalava e ergui minha Heosphoros.

Como Alec era o mais velho, Phosphorus pertencia a ele. As adagas gêmeas, que juntas formavam a Estrela do Amanhã.

Jace olhou para a adaga que desembalsei e puxou uma lâmina serafim de seu cinto de armas. Percebi, então, vozes. Vozes conhecidas, tanto para mim quanto para Jace.

Você nunca vai descobrir. À essa hora ela já deve estar bem longe daqui. - Era a voz de Isabelle, com aquele tom de desdém que ela tinha quando estava com medo.

E então veio um som de um tapa sendo recebido por alguém. Engoli em seco temendo ser Izzy quem o recebera.

– Eu. Quero. Saber. Onde. Ela. Está. - A voz de Castiel se fez presente, trazendo os temores em mim novamente. Se ele estava aqui...

Ouvi Izzi tossir um pouco, mas logo sua voz voltou ao normal.

E eu queria ser mais baixa. Fazer o que, né? Você perdeu, Castiel. Admita.

Ouvi Castiel rosnar e sabia que Isabelle estava encrencada. Será que ela estava ferida? De quem era aquele sangue todo? E onde estava Alec? Ah, meu Raziel! Alec!

Antes de Jace sequer ter noção do que eu estava fazendo, saí correndo em direção àquelas vozes. Virei a esquina daquela viela e me deparei com a cena: Isabelle estava com os braços amarrados às suas costas com uma corda 'amaldiçoada', tinha um corte no nariz e dali o sangue escorria. Ela estava ajoelhada no chão, sentada em seus próprios calcanhares, enquanto Alec estava desacordado ao seu lado. Sebastian estava com um corte no peito e sua camisa estava rasgada, sangrenta. Ele também estava desacordado. Mas ambos não estavam mortos, eu podia sentir.

Havia uma orla de Demônios de tipos variados em um canto daquele beco sem saída. Chase não estava ali.

– Droga, Clary! - Jace resmungou atrás de mim, pousando a mão possessivamente em minha cintura.

Isso atraiu a atenção de Castiel, que se virou com uma expressão duvidosa. Porém, assim que me viu, abriu um sorriso.

– Ora, Ora. Que surpresa agradável. - Castiel falou, olhando de relance para Isabelle com um sorriso irônico e depois virando-se para nós dois novamente, predador.

– Clary, suma daqui! Ele não... - Izzy começou.

Castiel virou-se e deferiu um tapa na cara de Isabelle, o que me fez rosnar e Jace apertar o aperto em minha cintura.

– Fique quieta, sua vadiazinha suja.

Eu pensei que Izzy fosse gritar, xingar ou fazer qualquer escândalo e chamá-lo de covarde, mas ela apenas riu. Ela riu.

Castiel olhou para ela de uma maneira assustada. Podia ver que ele não estava esperando por uma risada.

Isabelle virou o rosto para ele e tinha um aspecto sombrio em seus olhos.

– Você chama isso de tapa? - Desdenhou. - Até meu irmão caçula bate mais forte que você, babaca.

Castiel rosnou bem alto e fez um gesto de mãos para um demônio. O Demônio a desacordou e eu iria saltar nele... se Jace ainda não me segurasse.

– Me. Solta. - Ordenei ao loiro, mas ele apenas passou o outro braço pela minha cintura e me colou ao seu corpo. Eu juro que eu mato esse Loiro artificial.

– Uhu-huu! Parece que a dona anjinha encontrou um novo amor. Deixe só Chase saber disso... Aposto que esse aí não dura três dias.

– Ah, vá se foder, Castiel! - Xinguei. - Ou vai querer que eu fale com a Becky?

Ele rosnou e caminhou alguns passos em nossa direção, tentando parecer desafiador. Eu só soltei uma risada verdadeira. Ele era ridículo. Sempre fora ridículo.

– Não ria ainda, Clarissa. Deixe essa risada para o momento em que eu enfiar uma adaga nesse seu coração frio.

Fiz um gesto desdenhoso com a mão.

– Não seja tão convencido, Castiel. Não aja como se você não soubesse que eu sou bem melhor que você na luta. Nós já testamos e... puxa vida, eu ganhei de você!

Senti o peito de Jace tremer em uma breve risada. O moreno à minha frente se irritou.

– Aquela não valeu! Minha espada era medíocre demais.

– Eu lutei com uma faca de cozinha! - Berrei, possessa. - Você estava com Hodge e mesmo assim não ganhou de mim. Eu fui treinada sem armas apropriadas, em um lugar horrível para se viver. Você deveria ter vergonha de perder para uma garota de treze anos.

Ah, eu vou te matar, coisa ruiva..! - Murmurou, entredentes.

– Castiel, eu tentei segui-los, mas eles não estão mais... Clary? - Chase imergiu ao lado de Castiel, olhando para mim de uma forma assombrada. - Você está aqui mesmo? Sem truques dessa vez? - Na sua voz havia esperança, mas ela morreu assim que ele subiu o olhar e viu a figura que me embalava. - Quem é ele?

Senti o aperto de Jace ficar mais forte e possessivo.

– Eu acho que ele pode responder por si próprio, IronStorm. Ao contrário de você. - Respondi, com o coração quicando nas costelas. Ainda doía ficar perto dele, doía muito vê-lo assim.

(Trilha sonora: Nightmare - Avenged Sevenfold)– Para Chase.

Pesadelo

Pesadelo!

(Agora seu pesadelo ganha vida)

Te arrastou lá para baixo
Até o show do diabo
Para ser seu convidado para sempre
(A paz de espírito está menor do que nunca)

Odeio distorcer sua mente
Mas Deus não está do seu lado
Uma velha crença dilacerada
(Grave no mundo seu último esforço)

Carne queimando, você pode sentir o cheiro no ar
Porque homens como você têm uma alma tão fácil de roubar (roubar)

Então fique na fila enquanto eles escrevem os números em sua cabeça
Você agora é um escravo até o fim dos tempos
E nada impede a loucura voltando
Assombrando, ansiando, puxe o gatilho

Você deveria saber o preço do mal
E dói saber que você pertence a esse lugar, sim
Ooh, é o seu maldito pesadelo!
(Enquanto o seu pesadelo ganha vida)

– Clary, não seja assim! - Ele murmurou, daquele jeito calmo que era único. - Você sabe o porquê disso. Sabe tão bem quanto eu que eu não tinha escolha.

Nós poderíamos ter fugido juntos!– Gritei, totalmente enfurecida.

– E viver como covardes? Não poder me casar com você? Não poder ser um bom caçador de sombras? - Ele retrucou, ainda mantendo a calma. - Não, Clary. Eu não poderia ter feito isso com você, ter feito isso comigo mesmo. Você não merece uma vida sem honra.

– Isso não teria acontecido se eu pudesse confiar em você! - Declarei. - A culpa é toda sua e agora você vai arder no inferno, porque, acredite, Deus não está do seu lado nessa.

Chase revirou os olhos e soltou uma gargalhada alta.

– A cada dia que passa você vai ficando mais marrenta, minha garota. - Afirmou, dando de ombros. - Você acha que a Clave vai nos pegar? Acha mesmo isso? Puxa, Clary... Pensei que você fosse mais inteligente que isso.

– Eu não tenho fé na Clave. - Respondi, tentando me soltar do aperto de ferro de Jace - que estava estranhamente quieto. - Mas tenho fé em mim mesma, em Izzy, em Alec. Nós vamos te deter. Você e o ventriloco que te controla, seu pau-mandado.

– Eu estou fazendo isso por nós, pelo nosso futuro.

– Nós não temos futuro, Chase. Você deveria saber o preço do mal. Me dói ver que você caiu no plano deles, me dói de verdade. Mas o que você fez já está concretizado. Você me teve em seu coração enquanto ainda o mantinha puro. Agora você só tem sua vingança, a vingança contra o meu pai.

Não consigo acordar e suar
Porque não acabou ainda
Ainda estou dançando com seus demônios
(Vítima de sua própria criação)

Além da vontade de lutar
Onde tudo o que há de errado está certo
Onde o ódio não precisa de uma razão
(Repugnando o suícidio)

Mentiram para você só pra te livrar da sua visão
E agora eles têm a audácia de te dizer como se sentir (sentir)
Tão sedado enquanto eles medicam seu cérebro
E enquanto você lentamente enlouquece, eles te dizem
"Com as melhores intenções
Te ajuda com suas complicações"

Você deveria saber o preço do mal
E dói saber que você pertence aqui, sim
Ninguém para chamar
Todos para temer
Seu trágico destino está tão claro, sim
Ooh, é seu maldito pesadelo
Ha, ha, ha, ha!

– Não faça assim, meu amor...

Eu não sou seu amor!

Chase então pareceu despertar de seu topor, levantando o olhar para o loiro atrás de mim. Não gostei da sua expressão felina e irritada.

– A culpa é sua, não é? Você convenceu ela de que não está apaixonada por mim? - Perguntou retoricamente a Jace. - Eu vou matar você - Chase deu um passo em nossa direção, totalmente tomado pelo ódio, falando pausadamente e entredentes. - E depois eu vou tirar - outro passo - todos os seus órgãos e - outro passo - comer no dia em que - outro passo, agora ele já estava perto. Mas Jace não se intimidou. - eu me casar com ela.

Só pude ouvir a risada de Jace e sentir seus tremores em minhas costas. Esse parecia um assunto divertido para ele. Tanto que o loiro tirou os braços que estavam ao meu redor e deixou a lâmina serafim novamente no cinto de armas.

– Clary, você que manja das artes, me responda uma coisa. - Pediu Jace, com um tom irônico na voz. - O cabelo dele combina com a tapeçaria do meu quarto ou eu vou ter que arrumar outro lugar para pendurar a cabeça?

– Você está confiante demais para o cara que não tem coragem de revelar o próprio nome. Depois que eu acabar com você, vou te deixar esse teu rosto tão detonado que vão te enterrar como indigente. - Chase rosnou.

– Não me confunda, Chase. Você deve estar pensando que eu sou essa garotinha ao seu lado - apontou para Castiel - com quem você vive seu "Bromance". Mas quero que saiba que Jonathan Christopher vai ser o nome que você vai gritar antes de pedir a clemência que eu não vou lhe dar.

(N/A: Para quem não sabe, Bromance, guy love ("amor entre caras" en inglês) ou man-crush ("atração masculina") é uma expressão em língua inglesa utilizada para designar um relacionamento íntimo, mas não-sexual, entre dois (ou mais) homens, uma forma de intimidade homossocial.)

Chase avançou para cima de Jace, totalmente imposto pela fúria. Eu gritei, ciente de que aquela não seria uma briga justa. Chase tinha um exército e um parceiro chamado Castiel que com certeza jogaria sujo. Mas, ao ver os dois embolados ao chão e Castiel pegando uma espada da bainha, eu não pude evitar. Entrei na briga. Empunhei minha Heosphoros e pulei em Castiel antes dele ter chance dele ter a chance de ferir Jace. De ferir meu Jace.

Acabei abrindo um corte na lateral de seu corpo.

– Fique onde está, Castiella! - Rosnei para o covarde.

Ele apenas sorriu e abriu os braços. Do nada, os Demônios começaram a atacar. A me atacar.

Mais que covarde!

Eu sabia que não poderia acabar com um pequeno exército sozinha. Ainda mais com Castiel para me ferir.

Eu me enchi de raiva. Ele nunca iria crescer, nunca viraria homem. O impulso de acabar com a raça dele possuiu meu corpo e eu me deixei levar pelo ódio por alguns instantes. Porém foram instantes suficientes para libertar minhas asas.

Os curativos soltara e, mais rápido que a batida do meu coração no momento em que beijei Jace, elas nasceram. Mas eu estava com raiva demais para sentir dor. Não, dor não.

Senti algo queimar em mim, de dentro para fora. Algo urgente e preciso, algo sólido. E então, eu explodi em fogo celestial, aquele brilho emanando de mim como fogos de artifício, queimando todos os seres demoníacos ao meu redor, levando-os para suas próprias dimensões.

Castiel me olhou assustado, pegando sua espada e a empunhando com temor. Era mesmo uma garotinha amedrontada. Uma garotinha patética.

– Vo-Vo-Vo-Cê t-tem... Asas. – Sussurrou.

– Um anjo precisa de suas asas, não acha? - Perguntei, permitindo-as baterem suavemente e me elevarem do chão.

Eu o deixei temer por alguns instantes, até que reclinei minhas asas e parti com tudo para cima dele. Minha espada tocou a sua em um tilintar explosivo. Castiel ergueu a perna e me chutou na boca do estômago. Eu caí e rolei por sobre meu corpo antes de me erguer, com um pouco de dor. Mas ele não me deu muita chance, avançando sobre mim e me prendendo no chão com seu peso.

Rolei o corpo para o lado, agora distante da minha espada, e usei o braço como alavanca para jogá-lo para longe. Rolei novamente e tateei o chão em busca de Heosphoros. Quando à encontrei, não dei tempo para Castiel reagir e me joguei contra ele, usando minhas asas para me dar o impulso.

Atingi Castiel enquanto ele procurava por sua espada, por isso eu peguei ele de surpresa. Ele rolou e deferiu um soco em minha direção, atingindo meu ombro - que começou a latejar. Rosnei e usei os joelhos e os cotovelos para atingi-lo e machucá-lo. Nós rolamos e Castiel acabou por baixo, comigo pressionando a minha espada cintilante em seu pescoço. Fiz um corte bem fino pelo fato da Adaga estar afiada, mas nada de matar... Castiel tossiu um pouco e a Adaga cortou mais um pouquinho.

– Puxa vida, Clarissa. - Ele murmurou, com o olhar raivoso. - Eu já sabia que você mandava em Chase, mas nunca soube que você preferia ficar por cima.

Revirei os olhos diante da sua malícia.

– Isso tudo é ciúmes? - Perguntei, com um quê de ironia. Pude vê-lo engolir a seco. - Ah, não, Cass! Não me diga que você ainda não superou sua "quedinha" por mim! Chase sabe disso?

– Cale a boca! - Ele berrou. - Chase não sabe de nada e nunca saberá. Ele é só um brinquedinho. Um brinquedinho que está prestes a matar o seu namoradinho imbecil.

Levantei a mão e dei um belo de um tapa na cara dele. A marca dos meus dedos mancharam sua bochecha.

Isso foi por chamar meu namoradinho de imbecil. - Deferi um soco em seu nariz e ele gritou de dor. - Isso foi pelo meu irmão, pela minha irmã e pelo amigo deles. - E então me levantei e dei um chute nas suas costelas que o fez lamuriar-se de dor. - E isso foi por mim.

Eu sabia que ele não conseguiria levantar, não com uma dor lancinante em suas costelas.

Corri para ver como Jace estava. Ele e Chase ainda rolavam pelo chão, mas agora havia sangue. Sangue de ambos os lados.

Me virei para ver se Castiel continuava parado, mas ele não estava mais lá. Ele havia sumido, deixando apenas o rastro de sangue. Aquele Maldito!

Fui em direção a Chase e puxei sua camisa, o jogando para longe e deixando Jace sozinho e possesso. Ele olhou para mim e viu que eu estava suja com um pouco do meu sangue e o sangue de Castiel. Ele se levantou e veio até mim.

Chase olhou ao redor e se assustou.

– Castiel! - Gritou. - Castiel, onde está meu exército? - E então olhou para mim e tomou um susto. - Meu Santo Lúcifer, você é um... Anjo. Você tem asas de verdade.

Eu sorri de canto e limpei o sangue que escorrida da lateral da minha boca.

– Bom, eu sou um Anjo vingador, não sou? - Desdenhei. - Você está sozinho, Chase. Exatamente como eu disse que iria ficar. Eu destruí seu exército e quase matei Castiel, mas tive clemência e o covarde fugiu. Você virá conosco e ficará preso em Idris.

Chase riu diabolicamente.

– Nem em um milhão de anos. - E girou o anel que estava em seu dedo, sumindo no ar como o ar de dentro dos pulmões de um morto que morre afogado. (Que metáfora...).

Mais que droga! - Jace tossiu e chamou minha atenção. Havia um corte na sua sobrancelha e no peito - Não fundo o suficiente para deixá-lo fraco. Seu braço direito aparentava estar quebrado e seu tornozelo torcido.

Ele levara uma surra, mas Chase também apanhou bastante. Sua única vantagem foi a de Jace guardar sua lâmina serafim enquanto Chase carregava sua adaga.

Ele passou o dedo pela minha bochecha e limpou um pouco do sangue que escorria da minha boca. Tossi algumas vezes e limpei com a mão - O sangue manchou o dorso.

Puta que pariu.– Resmunguei.

– O que aconteceu com você? - Perguntou, apavorado.

– Eu sabia que Castiel iria jogar sujo, então fui para cima deles. - Retraí minhas asas e elas voltaram de onde tinham saído. - Ele me recebeu com um chute na boca do estômago, tenho certeza de que estou com hemorragia interna. Preciso de algumas iratzes...

Antes de me deixar falar mais alguma coisa, ele me puxou e me deu um beijo daqueles que desentopem a pia da minha falecida avozinha. Quando o ar se fez necessário e ele se afastou, vi um sorriso cafajeste em seu rosto.

– Posso não curar feito você, mas o que vale é a intenção...

Sorri para ele, ainda sem reação, e assenti. Pesquei a estela no bolso e desenhei alguns Iratzes em mim mesma antes de desenhar em Jace. Sinceramente, minha hemorragia era mais mortal que alguns cortes e ossos quebrados.

Depois de nos 'curarmos', desenhei um portal na parede para nos levar diretamente pro instituto. Jace ficou meio apreensivo, mas aceitou. Ele desenhou um símbolo de força em si mesmo e carregou Sebastian e Alec enquanto eu levava Isabelle de volta para o instituto. Maryse nos ajudou levando todos para a enfermaria e, depois de algumas horas, todos acordaram. Mas ela não deixou que eu e Jace víssemos eles. Mandou que nós comêssemos algo e descansássemos antes. Depois que contamos tudo que havia acontecido a Robert Lightwood, ficamos na sala de armas, apreensivos. Eu ainda estava um pouco constrangida pelo segundo beijo, um beijo repentino e... apaixonante.

– Clary? - Jace me tirou de meu topor. - O que nós teremos que fazer agora?

Suspirei e olhei para ele.

– Nós temos que avisar à Clave. - Respondi. - Temos que ir para Idris.


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Notas finais do capítulo

E então? Mereço reviews?

Beijooos
Psicoticamente, A.