O Gato E O Corvo escrita por Lara Green


Capítulo 8
O telefonema


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, o Nyah saiu do ar, eu estava quase desesperada! Mas ainda bem que voltou, tudo está de volta ao normal e eu posso escrever de novo *pulos de alegria*.
"Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente."
William Shakespeare



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Sara, Zack e Diana estavam na sala de aula, havia terminado o último horário, mas eles não saíram da sala, Sara e Zack olhavam com atenção enquanto Diana rabiscava um triângulo em uma folha de caderno.

– Conseguem ver? – Diana indicava com o lápis cada uma das três vértices do triângulo – O plano original era um triângulo perfeito, Charles causa um acidente que resulta na saída de Ezequiel do time, buscando vingança Ezequiel convence Clara a roubar o veneno, Clara rouba o veneno e inconscientemente provoca a morte de Charles. Um triângulo.

Sara assentiu, agora ela compreendia o que Diana queria disser, de repente a porta se abriu, os jovens voltaram-se em direção a ela, era apenas Lucas com uma pilha de folhas na mão.

– Vocês ainda estão aqui? – ele perguntou colocando a pilha de folhas em cima de uma das mesas – A aula já acabou faz tempo.

– Nós estamos de saída – Diana se levantou da cadeira para sair, mas antes deu uma olhada na pilha de folhas – o que é isso?

Lucas suspirou e coçou a cabeça, confuso.

– Nada de muito importante, apenas alguns papeis da professora. Mas é estranho... Eu achei que tinha deixado eles aqui ontem...

Diana levantou uma sobrancelha, porém continuava com a expressão entediada de sempre.

– Você precisa de férias, tem muitos problemas na cabeça.

Lucas estava saindo pela porta.

– É, eu concordo.

Mas ele não podia tirar férias agora, tinha muitas coisas para fazer. Ele foi até a sala de aula da qual saíra para levar as folhas, ele já havia se esquecido o que estava fazendo lá, não se lembrava se era a separação das fichas dos alunos ou se estava organizando as provas... Diana tinha razão, estava com muitos problemas na cabeça.

Ele abriu a porta da sala, ela estava escura, Lucas franziu a testa, ele fechara a cortina antes de sair? Ele achava que não, ele estava indo em direção à janela quando algo em cima da mesa chamou sua atenção, estava lá uma caixa de correio bem pequena, do tamanho da sua mão, completamente embalada, Lucas não conseguiu enxergar muito bem por causa da pouca claridade, porém conseguia ver que tinha algo escrito na pequena caixa. Ele foi rapidamente até a janela, mas, bem em frente à janela, o garoto tropeçou em algo, ele abriu a cortina e viu o corpo imóvel do faxineiro da escola esfaqueado e ensanguentado aos seus pés.

**********************************************************

– Eu aposto tudo.

Diana e Zack estavam na mesa do dormitorio de Sara e Diana jogando poker, Sara também tinha jogado, mas havia perdido a tempos, Diana e Zack jogavam para valer, Sara ficou até assustada com Diana, ela era a pessoa mais competitiva que já conhecera, Sara teve que tirar todas as coisas quebráveis de perto dela. Da última vez que ela perdeu uma jogada, quebrou um copo. Zack acabara de apostar tudo.

–Eu igualo a aposta.

Diana empurra todas as suas fichas para o centro da mesa.

– Desista Diana – Zack mostrou suas cartas, ele tinha uma combinação de três seis e dois quatros, um Full House.

Diana sorriu.

– Sinto muito, não foi dessa vez – ela mostrou suas cartas, a garota tinha uma combinação de quatro noves. Aquilo era mais alto.

Diana bateu uma mão na outra e riu, Zack sorriu, ele havia perdido, mas achava engraçado como a garota ficava tão feliz ganhando um joguinho de poker.

– Isso foi muito divertido – Diana sorriu – mas agora eu quero jogar outra coisa, eu acho que eu tenho um...

Ela foi interrompida por várias batidas fortes na porta, Diana foi até lá e a abriu, do outro lado estava Lucas, ofegante com uma massa de cabelos loiros cobrindo o seu rosto, estava com uma expressão assustada.

– Acho que você tem uma ou duas coisas para contar – Diana disse séria, fazendo o garoto entrar e fechando a porta.

Lucas contou tudo o que acontecera, Diana ouvia com atenção, sentada na poltrona com as duas mãos juntas sobre a boca. Lucas continuou:

– Foi isso o que eu achei na mesa – Ele estendeu a pequena caixa para Diana.

Diana observou com cuidado a caixa, mas não a pegou.

– Por que trouxe isso até mim? – Ela perguntou, finalmente pegando a caixinha.

– Está endereçada a você.

Diana olhou com cautela para a caixa.

“Para Diana”

Era só, não estava escrito mais nada.

A garota examinou com cuidado a caixa antes de abrir, Sara e Zack observavam com atenção, cada um sobre um dos ombros da garota. Por fim, Diana abriu a caixa, de dentro dela a garota tirou um celular.

– Um... Celular? – Sara perguntou.

–Hum... – Diana olhou para Sara, confusa – Bem óbvio que sim.

Diana girou o aparelho nas mãos, não tinha nada de especial, um telefone preto, como qualquer outro. Diana levou um susto quando o celular começou a tocar, “número bloqueado”.

Os jovens se entreolharam, Diana levou o dedo indicador aos lábios pedindo silêncio e colocou o aparelho no viva-voz.

–... Alô? – Diana disse.

– Olá. – respondeu uma voz, claramente modificada de modo que não fosse reconhecida.

– Quem é você?

A voz riu.

– Isso não vem ao caso no momento. O que interessa agora é você, Diana. Eu vi o que você vez para descobrir o ladrão no laboratório, brilhante, eu adorei.

– Ah – Diana balançou a cabeça ponderando o assunto – então você estava espionando?

– Basicamente sim – a voz concordou –foi bem interessante, mas você não deveria se preocupar em resolver crimezinhos na escola, existem coisas mais emocionantes por aí.

– Eu compreendo... Então é isso que você está propondo?

A voz riu novamente.

– Você estende as coisas rápido, vamos nos dar muito bem.

– Eu não penso da mesma forma...

– Ainda dá tempo de mudar de opinião. Veja bem, você gosta de jogos, não é? Ótimo, eu vou te propor um jogo, você e eu.

– Eu não quero jogar.

– Você não tem escolha. Ou você joga, ou você perde de qualquer jeito.

Diana pensou por um instante.

– Que tipo de jogo?

– Ah, não se preocupe, vou fazer um enigmazinho bem simples no início, só para você pegar o jeito.

Diana não falou nada, a voz continuou.

– Você terá até à meia-noite de amanhã para resolvê-lo, e... Ah, já ia me esquecendo: Preste bastante atenção nas aulas de história.

Ouve-se um clique e a ligação acaba, no quarto, um silêncio mortal.

– O-o que foi isso? – Lucas gaguejou.

– Parece que eu estou em um joguinho – Diana estava distraída.

– Foi ele quem matou aquele homem? – Lucas estava confuso – Por quê? O que o faxineiro da escola fez?

– O faxineiro não fez nada – Diana respondeu soturna – aquilo faz parte de seu jogo.

– Como? – Zack perguntou.

– É um aviso. Ele está nos dizendo o que vai acontecer se eu não resolver o seu enigma até o horário proposto.

– Ele fará uma carnificina na escola – Zack disse, compreendendo a garota.

Diana se levantou, foi devagar até a porta.

– Isso é um jogo – ela murmurou para si mesma – Nós somos os jogadores, as vidas de pessoas inocentes são as apostas, e o objetivo é escapar da morte...

Diana olhou para frente, encarando a porta.

– Eu vou jogar – Os olhos de Diana brilhavam – e eu vou ganhar.


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Notas finais do capítulo

E aí pessoal, o que acharam? Curiosos? Quem é esse cara maluco? Vocês tem que esperar para descobrir hihihihihi



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