O Gato E O Corvo escrita por Lara Green


Capítulo 19
Encontro


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpem a demora, mas acontece que eu estou fazendo dois cursos e eles me tomaram a semana toda mais o sábado, então eu só poderei postar aos domingos agora, okay?
"Creia em si, mas não duvide sempre dos outros".
Machado de Assis



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Sabe, tem uma coisa que eu ainda não entendi...

Sara estava deitada na cama de baixo do beliche enquanto Diana estava deitada na parte de cima.

– O que você não entendeu, Sara? – Diana perguntou para Sara.

– Como você está aqui?

Diana franziu a testa e ficou de cabeça para baixo com a cabeça na beirada da cama, seus cabelos quase se encostaram ao chão.

– Ahn?

– Eu quero dizer... – Sara consertou sua pergunta – Como você ainda está na escola? Depois de ter sido... Presa.

Diana sorriu e voltou a se deitar normalmente.

– Alguns amigos meus provaram a minha inocência.

– Mas você não é inocente.

– Não seja tão curiosa – Diana disse – isso não importa agora, se você tiver que saber disso você saberá.

– Não vou discutir... – Sara murmurou um pouco irritada.

– Não faça essa cara – Diana saltou da cama – eu ainda acho que...

Ela não completou a frase, ficou parada de repente, imóvel.

– Está ouvindo isso, Sara?

– Não...

– Passos de três pessoas, provavelmente duas delas são maiores, quase não consigo ouvir os passos da terceira.

Diana se atirou no chão e colou uma das orelhas ao assoalho.

– Sim, são três pessoas, uma delas está andando mais silenciosamente do que o normal, os outros dois não parecem preocupados com isso...

Diana gritou rapidamente em protesto, Sara colocara um dos pés em suas costas.

– Por que você não pode simplesmente abrir a porta e olhar como as pessoas normais? – Sara sugeriu.

Diana se levantou num salto e olhou para Sara.

– Está dizendo que eu não sou normal? – perguntou com falsa preocupação.

Antes que Sara pudesse responder alguém bateu na porta, Sara se virou e abriu, do outro lado estavam um jovem vestido com um terno aparentemente muito caro e dois homes um pouco brutamontes de cada lado.

– Olá – o jovem disse enquanto entrava, sem esperar convite.

– Q-quem é você? - Sara perguntou.

O jovem olhou para ela com uma expressão divertida no rosto.

– Quem sou eu?

–Sara... – Diana chamou com voz de censura.

Sara conseguiu compreender o que estava acontecendo pela expressão de Diana.

– Está aproveitando sua liberdade? – o rapaz deu a volta no quarto examinando o ambiente, Diana não respondeu.

– Tem razão... Vamos deixar de lado essas partes chatas – ele pegou uma cadeira para se sentar e olhou para Diana – conte-me o que descobriu.

– Quer que eu te conte o que já sebe?

– Não, eu quero que você prove que sabe. É diferente.

Diana começou a andar pela sala.

– Eu sei que você contrata criminosos, foi só esses os fatos que eu descobri, mas eu pude deduzir muito mais daí.

– O que, por exemplo?

Diana olhou para ele por cima do ombro e sorriu, disse:

– É um terno caro.

O rapaz sorriu.

– É uma boa escolha de palavras.

Sara olhou para os dois, estava confusa.

– Eu não entendo...

– Escreva isso em uma camiseta – o rapaz se voltou para ela e depois voltou sua atenção para Diana novamente, deixando encerrada sua conversa com Sara.

– Eu não preciso te falar nada além disso – Diana andou para o outro lado da sala.

– Bem, nesse caso – o rapaz se levantou da cadeira – vou explicar para você, pequena Sara.

Ele se virou para Sara e disse:

– Isso tudo é o meu trabalho, veja bem, as pessoas veem até mim com seus pequenos probleminhas, me dão o seu dinheiro, e os resolvo. Só isso.

Ele sorriu enquanto se lembrava de algo.

– Quer um exemplo? Lembra-se daquelas explosões que preocupava a irmã de Diana? Uma coisinha simples, um pequeno grupo de extremistas Islâmicos me encontraram um tempo atrás, eu apenas encaminhei o caso deles para o meu pessoal que cuida de casos terroristas e bum, problema resolvido.

– E você... – Sara gaguejou um pouco – ganha muito dinheiro com isso?

O rapaz riu, desamarrou a sua gravata e a segurou em frente os olhos de Sara.

– Está vendo essa gravata, Sara? Apenas essa grava custa mais do que aquilo que seu pai ganhará em dois anos de trabalho trabalhando mais duro que um burro puxando uma carroça. E eu a usei para enforcar o faxineiro da sua escola e depois a joguei no lixo.

Diana havia ficado calada o tempo todo, mas desta vez se virou e falou:

– O faxineiro morreu a facadas.

– O primeiro – o rapaz respondeu, Diana ergueu as sobrancelhas – não faça essa cara, Diana, você ficou muito tempo fora.

– Quem te pagou para mata-lo? – Sara perguntou.

O rapaz pareceu surpreso.

– Até que em fim uma pergunta inteligente vindo de você. Não, desta vez ninguém me pagou, ele era um dos meus funcionários... Mas não fez um trabalho muito bom... Tentou fugir, é claro, mas não é tão fácil assim. Estamos com muitos problemas desse tipo...,

Ele se interrompeu, falou um pouco de mais, porém, então ele ouviu um barulho de carro do lado de fora.

– Oh, é mesmo eu me esqueci de falar sobre isso. Você terá uma visita da polícia sobre um caso, você vai achar interessante.

– E porque a polícia vem me ver? – Diana perguntou.

– Esse caso tem uma coisinha em especial – ele sorriu – eu vou embora agora, até mais.

Ele saiu da sala, Diana não disse nada, apenas ficou parada esperando, pareceu uma eternidade, mas na verdade foram apenas doze minutos até que a polícia chegou ao quarto.

Um policial entrou no quarto, seguido de uma das mulheres que trabalham na escola, está estava com uma cara muito irritada, o policial falou se dirigindo a Diana:

– Eu preciso que você venha comigo.

– O que ela fez agora? –perguntou a mulher irritada – ela aprontou de novo, foi?

– Senhora, será que você pode, por favor, nos dar licença? – o policial disse irritado, desesperadamente tentando ser educado.

A mulher se retirou pisando duro. Diana se voltou para o policial.

– Tem certeza que quer a minha ajuda depois do que aconteceu dois anos atrás?

o policial apenas repetiu sua frase:

– Eu preciso que você venha comigo.

– Boa noite para você também, Greg – Diana cumprimentou – e você precisa que eu vá para...?

– Greg? – Sara estranhou.

– Eu explicarei para você depois Diana, estamos com pressa, mas foi um assassinato. Vai vir ou não?

Diana pensou por um instante.

– Não no carro da polícia, vou atrás.

– Ótimo – o policial murmurou e saiu pela porta.

Diana começou a segui-lo, mas parou na porta e olhou para Sara.

– Vai ficar parada aí?

Sara se surpreendeu.

– Você quer que eu vá também?

Diana assentiu, Sara continuou falando.

– Você acha que a polícia vai aceitar numa boa que a gente vá xeretar a cena de crime?

Diana cogitou a pergunta.

– Talvez eles reclamem um pouco, mas eu serei gentil – Diana sorriu – e deixarei que eles contem com a minha ajuda.

Diana saiu do quarto e Sara a seguiu.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Até domingo que vem, se eu tiver alguma oportunidade eu posto antes. Apesar de tudo eu só espero que vocês tenham gostado.