O Gato E O Corvo escrita por Lara Green


Capítulo 20
Investigação Policial


Notas iniciais do capítulo

Ooooi povos e povas, eu sei que demoro, admito, mas em minha defesa, se eu não posto é porque não tenho tempo, está um ano cheio para mim. Sinto muito mesmo.
"Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes".
William Shakespeare



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Sara e Diana não trocaram uma única palavra a viajem inteira, as duas estavam imersas em pensamentos e quase se esqueceram da companhia uma da outra, o tempo estranhamente passou num piscar de olhos, o carro rapidamente chegou ao lugar desejado, Diana e Sara saltaram do carro, Diana se aproximou do policial que as havia abordado na escola.

– Quem é o encarregado do caso? – Diana perguntou.

– Lewis – respondeu o policial.

Diana franziu os lábios.

– Ah, que por...

– Diana! – Sara repreendeu, não sabia se era crime falar palavrões na frente de policiais, então era melhor não deixa-la arriscar, daria muito trabalho tira-la da cadeia novamente.

– Que por... caria... – Diana tentou consertar a frase.

Naquele instante um homem com rosto mal-humorado apareceu, ele olhou para Diana de cara feia, Sara presumiu que fosse esse o Lewis. Ele se dirigiu à Diana.

– Escute bem, esse é o meu caso, eu só quero que você vá, dê uma olhada, conte o que sabe e vá embora, entendeu bem?

Diana sorriu ligeiramente, Sara percebeu que a cena realmente era um pouco engraçada, Lewis era baixo, do tamanho de Sara, e Sara era menor que Diana, então consequentemente o homem tinha que olhar para cima enquanto falava com ela, o que o tornava muito menos ameaçador.

– Okay, vou me lembrar disso – Diana disse indo embora.

Diana estava no meio da rua, que havia sido fechada para a investigação policial, em cima do asfalto estava o corpo de uma mulher, Diana se aproximou dela, a primeira coisa que ela notou foram seus olhos abertos, era como se ela estivesse preocupada antes de ter morrido, Diana voltou sua atenção para o resto do corpo, não viu nada de mais, notou que a mulher não era casada, afinal ela não tinha aliança, se o marido tivesse morrido a aliança provavelmente ainda estaria lá, a mulher usava roupas normais e estavam limpas, porém pareciam velhas, como se ela as lavasse todo dia para coloca-las de novo. Diana se abaixou perto do corpo, Sara, que conseguira driblar os policiais, apareceu ao lado dela.

– Ela tem uma marca estranha no pescoço – Sara comentou.

– Sim – Diana resmungou distraída.

Diana franziu a testa e depois fungou como se cheirasse algo.

– Cheiro estranho...

– Hum, Diana... – Sara disse – Ela está morta, sabe...

– Não, não é isso.

Diana ficou para da um momento analisando um cheiro que a intrigava, depois sua expressão iluminou, e ela disse:

– Consegue perceber esse cheiro, Sara?

– Não, não estou sentindo cheiro de nada – Pior, a noite estava fria, Sara estava começando a gripar, assim ela não iria sentir cheiro de nada mesmo.

– Está muito fraco, mas consegui distinguir cheiro de enxofre.

– Enxofre? Não tem enxofre aqui perto.

Diana olhou para Sara com seus olhos de gato.

– Exatamente.

– Ela pode não ser daqui – Lewis se meteu no meio da conversa com uma cara convencida de quem poderia esclarecer toda a questão – enxofre pode ser encontrado em áreas vulcânicas, talvez ela estivesse em uma dessas áreas e então pegou um jato, voltou para cá, por que talvez tenha acontecido alguma coisa lá, talvez então deveríamos investigar...

– Ah, sim, muito obrigada por sua ajuda – Diana disse sarcástica - talvez você devesse ir ver se o coelhinho da páscoa não está em um desses vulcões também, você poderia ir cuidar do caso dele.

Lewis parecia ter ficado furioso.

– Olhe aqui, sua...

– Ah, pare com isso – Diana olhou para ele – Não foi nada disso que aconteceu, eu tenho uma explicação mais razoável. Simples, ela estava em um laboratório, você pode ver isso olhando para a sua blusa, havia um crachá pendurado ali, eu consigo reconhecer pelas marcas, e além do mais...

Diana interrompeu sua fala, ela se lembrou de algo que a intrigava.

– Por que me chamaram?

Lewis olhou para ela sério,

– Ela estava indo procurar você.

Diante do olhar confuso de Diana ele continuou.

– Encontramos com ela o seu nome e o nome da sua escola anotados em um papel.

Diana e Sara olharam para a mulher simultaneamente.

– Tem certeza de que não a reconhece, Diana?

– Não. Não a conheço.

Dois médicos legistas se aproximaram e pediram licença para retirar o corpo. Diana continuou um tempo parada olhando para o espaço vazio, pensativa. O que aquela poderia querer com ela? Viktor, quando foi ao seu dormitório, havia dito que a policio a procuraria, isso teria a ver com ele? Será que ele não havia pedido aquele mulher para que a procurasse? Mas, isso não explicava uma coisa: A expressão de desespero em seu rosto.

– Diana! – Diana não percebera, mas Sara já havia chamado por seu nome três vezes.

– Hum, o que foi?

– Estão nos pedindo para ir embora.

– Ah, sim, claro.

Diana começou a andar para a beirada da estrada onde ela e Sara pegaria um taxi.

“É cheia de taxis, a minha vida” Diana pesou enquanto andava, sua expressão demonstrava uma singela preocupação.

– Se está preocupada com o fato de aquela mulher ter ido procura-la antes de morrer, não se preocupe. Tenho certeza de que vamos resolver isso – Sara disse para Diana.

– Não é nisso que eu estou pensando, eu penso na expressão de desespero no rosto daquela mulher. Se pensarmos bem, não é injusto que ela tenha que morrer em desespero? – Diana olhou para seu pulso e braço, que estavam cobertos pela manga de sua jaqueta preta favorita – Por que afinal, a morte, apesar de triste, também não deveria significar paz?

Sara olhou para Diana, a garota piscou e balançou a cabeça.

– Desculpe, de vez em quanto umas coisas assim escapam... Deixa para lá.

Um carro preto parou na rua próximo de onde as garotas se dirigiam. De dentro dele saiu Vivian.

– Será possível que você sempre aparece, assim, do nada? – Diana perguntou a irmã.

Vivian nem se importou em responder, estava com uma expressão furiosa no rosto, então ela segurou com as pontas dos dedos uma das orelhas de Diana e começou a arrasta-la enquanto dava sermão.

“Diana, você sabe que não pode mais fazer isso”. “O que você estava pensando?” “Você tinha uma proibição, faça o favor de cumpri-la”.

Enquanto Vivian falava Diana soltava uma sequência de “ai’s” um atrás do outro, as duas pareciam crianças novamente.

Vivian arrastou Diana até mais distante do lugar onde teve a investigação.

– Veio aqui só para me dar sermão? – Diana perguntou massageando a orelha.

A expressão de Vivian mudou.

– Diana... Seu amigo Zack corre sério risco de vida.

Diana e Sara olharam para ela.

– O que aconteceu? – Sara foi a primeira a perguntar.

– Foi atropelado – Vivian respondeu diretamente – porém o que mais me intriga é que os médicos me disseram que todo momento ele murmurava uma sequência de números que não pareciam fazer sentido.

Sara olhou para Diana, ele olhava para o chão intrigada, com uma das mãos mexendo na boca.

– Tem alguma ideia, Diana?

Diana olhou surpresa para Sara.

– Claro que eu tenho! Mas se ele morrer não posso fazer nada – Diana começou a andar para o carro de onde Vivian saíra, mas virou para Sara novamente – Além do quê, a culpa vai toda para mim! Tinha que ser agora que ele é atropelado, agora! Justo quando... Ah, deixa para lá, venham vamos para o hospital.

Diana entrou no carro, mesmo nem sabendo quem estava dirigindo. Sara começou a segui-la.

– Diana! O que está acontecendo “agora”? Por que a culpa é sua? Por que só eu não entendo nada nessa droga? – Sara entrou no carro.

Vivian olhou para os dois lados confusa, o carro era seu, não é? Bem, parece que agora ela iria ser obrigada a ir para o hospital.

Vivian entrou no carro.

– Deus meu – Diana já no carro em movimento levou as mãos à cabeça – que-dia-bizarro.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Não entenderam nada? Kkkkkk é essa a ideia.
Gente, eu estava pensando em um dos capítulos colocar nas notas só coisas que eu não conto na história, mas que eu posso revelar, algumas características de personagens que eu não revelei, mais detalhes sobre a vida e família de uns, ou talvez características físicas mesmo. Acham que é uma boa ideia? Se for eu falo de uma coisa em cada capítulo.



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