O Gato E O Corvo escrita por Lara Green


Capítulo 14
O Taxista


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, o capítulo ficou meio pequeno :-( Desculpem por isso, estou um pouco apertada com as provas e além do mais minha criatividade meio que saiu de férias... Mas não se preocupem, eu já tenho bem bolado o que vai acontecer mais para frente então vai melhorar. Até.



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Diana continuou apontando a arma para a arma para a cabeça de todas as pessoas, uma por uma, ela olhava atentamente para o rosto de cada uma delas, nenhuma expressão, nenhum movimento, algo estava errado ali, até que ela viu, Diana olhava para o rosto de todas as pessoas, mas no rosto da velha senhora que se parecia com uma antiga professora ela viu um pequeno movimento com o lábio superior, ele foi ligeiramente para cima, Diana conhecia aquela expressão, era preocupação.

– Por que você está preocupada? – Diana se inclinou próxima a senhora, naquele momento ela perdeu toda a sua pose de se manter igual às outras pessoas, seus ombros relaxaram e ela olhou friamente para Diana.

– Bem, isso foi muito interessante – Diana agora falava com a Voz – você realmente estava jogando detetive, não é? Tive que eliminar as cartas que você não havia mostrado, lhe mostro agora as cartas da esposa, do antigo combatente, da faxineira, do jovem rapaz e da jovem moça. Foi realmente como no jogo, cheio de histórias isoladas para me atrapalhar, por um momento eu realmente acreditei que a esposa daquele homem o havia traído com alguém aqui desta sala, mas não poderia ter sido apenas um amante, se não ela nunca tiraria sua aliança, não poderia fingir que era solteira por muito tempo, quanto à faxineira, aposto que ela seria a próxima carta, não é? Assim como a coveiro ela só está aqui para me confundir. Um ótimo trabalho. Então você achou que eu, confiando em minha inteligência, tentaria ligar todos os personagens ao crime, não é? Não, eu não perdi nem por um segundo o pensamento que você considera tudo isso um jogo, e um jogo têm cartas “unteis”, não posso negar. Você quem que eu lhe conte minha conclusão? É o seguinte:

Diana deu a volta na sala, olhou para tudo o que fora colocado ali, naquele momento até esquecera o que acontecera antes de ir para aquela sala, ela continuou.

– Vamos falar sobre os personagens que você criou. O homem que morreu primeiro era muito rico, de verdade. Ele tinha uma mulher adúltera, ele sabia disso. Não deixaria o dinheiro com ela, não, ele queria outra pessoa. Ele tinha uma filha, que eu tenho certeza que é essa moça – Diana apontou para a jovem moça, estando conversando pelo telefone ela sabia que a pessoa do outro lado não poderia ver, mas ela também sabia que ele tinha certeza sobre quem ela estava falando – em circunstâncias normais eu poderia considerar qualquer outra pessoa que não está aqui mas... Não, as circunstâncias não são normais. Mas, aquele homem não queria deixar seu dinheiro com ela, por quê? Bem, talvez ela não fosse realmente sua filha, falo nisso mais tarde. Ele arrumou um casamento de sua filha com alguém que ele confiava e queria por herdeiro. Este seria o homem jovem que também está sentado aqui e carrega duas alianças consigo, eu não tenho provas, é apenas uma suposição que este jovem é o filho do ex-soldado, pois afinal ele é alguém na qual o morto confiava, é uma hipótese provável, mas como eu disse antes, eu não tenho provas. Voltando a moça, ela não quis se casar com o rapaz, isso é claro pelo fato de as alianças ainda estarem em seus bolsos e também pelo fato do testamento estar riscado. Não são mais tempos que os pais podem decidir com quem suas filhas devem se casar, mas o homem resolveu de um jeito simples: Ele pretendia retirar o nome da filha do testamento e colocar no lugar o nome do rapaz. Mas tem alguém que não gostou da decisão, eu disse que aquela moça poderia não ser realmente filha do homem, pois ela é filha da senhora, suas fisionomias são muito parecidas e já que eu não posso considerar nada mera coincidência... A senhora matou aquele homem, antes que ele pudesse alterar legalmente o testamento, e assim a moça ainda ficaria com a herança. Essa é a solução, corrija-me se eu estiver errada.

Houve silêncio por um tempo, mas no fim a Voz respondeu.

– Não, não está errada. Todas aquelas personagens... Todas aquelas tramas... Eu achei que lhe confundiria, mas não, no fim você jogou perfeitamente. Meus parabéns.

– Obrigada, agora como a luz se apagou e aquela senhora não conseguiria matar o coveiro no escuro eu sei que você tem mais capangas aqui, pode dizer para eles me deixarem sair, por favor?

Diana olhou para as pessoas na sala.

– Vocês fiquem aí.

– O que vai fazer? – a senhora perguntou séria – Chamar a polícia?

– Isso mesmo – Diana estava descendo as escadas.

Quando chegou novamente na rua ela fechou a porta, os guardas da pessoa no telefone a deixaram sair, mas continuaram vigiando a porta, nenhuma das pessoas que estavam na sala poderiam sair. Os guardas não eram idiotas, eles não queriam ser deixados lá sozinhos para serem presos. Diana chegou à calçada e deu cinco tiros para o alto, ela correu para o ponto de táxi e entrou em um dos carros antes que a polícia chegasse.

O Táxi corria pela rua, Diana tentou se concentrar no que acabara de acontecer, mas seus pensamentos se voltaram para seus amigos, será que eles haviam chegado bem na escola? Diana tentou não se preocupar, eles estavam bem. Ela começou a pensar nas pessoas que estavam naquela sala, o que teria acontecido com elas? Elas não estavam em seu estado normal. Era como se elas estivessem inconscientes do que acontecia, elas não se mexiam, não falavam... Eram como peças de um tabuleiro.

– Como peças em um tabuleiro... Tenho certeza que ele aplaudiria minha escolha de palavras – Diana murmurou para si mesma.

– O que disse moça? – o taxista perguntou.

– Ah não, desculpe, eu estava... Pensando alto.

O taxista ligou o rádio.

– Você viu o que aconteceu? – ele perguntou.

– Hum... Não, o que aconteceu?

– Parece que um lugar desses do governo explodiu.

Diana arqueou uma sobrancelha, o taxista não conseguia contar a história direito.

Explodiu? Como? Do nada?

– Bem... Não, parece que foi um vazamento, alguma coisa assim, eu não sei muito bem, mas foi em algum desses prédios do governo.

– Talvez seja terrorismo...

– É, talvez. Mas de qualquer forma é melhor tomar cuidado com essas coisas. Eu não confio muito nisso.

Diana sorriu.

– O senhor é americano?

O taxista riu.

– Sou, é por causa do medo de terrorismo?

– Um pouco disso, mas também o seu sotaque e... – Diana ia dizer que ela havia notado em suas roupas e também em uma bolsa de viagem no carro, mas ela não disse isso, às vezes aquilo assustava as pessoas.

– De qualquer forma é melhor tomar cuidado com essas coisas moça, é perigoso.

Diana sorriu novamente, se aquele senhor soubesse o que acabara de acontecer...

– Vamos, o que de pior pode acontecer?

Então a janela do carro explodiu.


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Notas finais do capítulo

E então? O final ficou meio cliché, eu sei. Mas eu tenho que admitir que é divertido fazer coisas clichés, hahaha. Tchau gente, até o próximo capítulo.