– Você! – Diana agarrou o braço de Zack – Você vai me ajudar.

Diana arrastou Zack de volta para o corredor, mas antes se virou para Sara e Lucas.

– Vocês também! Por que estão parados aí? Venham logo.

Sara e Lucas seguiram Diana até uma porta fechada no final do corredor, Zack abriu a porta, Diana entrou depressa no quarto e pegou um notebook sobre a mesa, o quarto em questão não era muito arrumado, haviam alguns livros de escola e cadernos espalhados, Lucas quase tropeçou em um skate perto da porta, Sara viu uns posters colados na parede atrás da primeira cama do beliche, não reconheceu todos os posters mas dentre os que reconheceu estavam um do Led Zeppelin e um dos Beatlles.

– Esse é o seu quarto? – Sara perguntou para Zack.

Zack assentiu, ele estava olhando para o notebook na mão de Diana, nem percebeu que Lucas tinha chutado seu skate para fora do quarto discretamente.

– O que está fazendo com isso? – Zack perguntou para Diana enquanto ela se sentava na beirada da cama e mexia no computador sobre seu colo.

– Eu preciso entrar no site da escola para dar uma olhada em um aluno em particular...

Zack arqueou uma sobrancelha e foi até Diana.

– Como você ligou? Está protegido com senha!

– Não levei muito tempo para descobrir... – Diana disse distraída enquanto entrava no site da escola – Não é exatamente uma fortaleza... Até o de Sara foi um pouco mais complicado...

– Você mexeu no meu computador?! – Sara se espantou.

– É, o meu estava ficando sem bateria...

– Você não pode ficar invadindo as coisas dos outros assim!

Diana riu de deboche.

– Ah, tá. Eu não estou invadindo o site da escola, okay?

– Você está o quê?! – dessa vez foi Lucas quem exclamou.

– E por que você precisa do meu computador? – Zack perguntou.

Diana olhou para ele confusa.

– Eu já disse, o meu está sem bateria...

– M-mas, mas, é... Ah! Faz o que você quiser.

Diana olhou com cuidado para a tela do computador, ela começou a olhar para as fichas dos alunos, ela olhou para a imagem de um dos alunos, embaixo o nome: John Jones.

– Quem é? – Lucas perguntou.

– Na aula de história a professora brigou com ele por causa da nota.

– Diana... – Zack começou – Eu não acho que isso tenha muito a var com o enigma... Foi só mero acaso.

Diana olhou para ele de cara fechada.

– O cara no telefone disse para prestar atenção na aula de história. Eu não posso considerar nada mero acaso.

Ela voltou sua atenção para a tela do computador, séria e com a testa franzida.

– Você está bem? – Zack pareceu preocupado.

– Eu estou ótima, Zack! – Diana gritou, deixando bem claro que ela não estava bem. Ela pressionou as têmporas – Eu preciso que vocês três me ajudem em uma coisa.

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Sara, Zack e Lucas olhavam em seus celulares, Diana pediu que eles lessem para ela as noticias atuais que eles encontrassem, enquanto ela olhava o site da escola.

– Time de futebol espanhol chaga ao aeroporto de Cannes – leu Lucas que estava sentada na poltrona em frente à escrivaninha.

– Não... – Diana murmurou.

– Navio desaparecido há dois dias retorna para o porto em segurança – Leu Sara, que estava sentada no chão perto de Diana.

– Também não.

– Quadrilha criminosa é presa em subúrbio de Londres – leu Zack, que estava deitado na cama de cima do beliche.

Diana balançou a cabeça, ela tentou se lembrar de tudo o que acontecera naquele dia, será que ela perdera alguma coisa? Sua cabeça começou a pulsar e ela viu vários pontos escuros na sua frente, ela mal dormira a noite e foi um dia estressante.

– Hum...Helicóptero militar da Ucrânia é derrubado por rebeldes pró-rússos sobre Slaviansk...? – Zack leu um pouco entediado.

– Não! – Diana gritou e se levantou, mas então sua cabeça começou a girar e ela se ajoelhou no chão, completamente tonta. Sara – que já estava sentada no chão – ajudou Diana a se levantar.

– Diana, você não esta bem... Não mesmo.

Diana colocou a mão na própria cabeça, bagunçando os cabelos negros que estavam soltos.

– Eu tenho que pensar... – ela murmurou – em que eu não prestei atenção?

Diana pensou por um momento quando uma luz de compreensão passou pelos seus olhos, ela olhou para Sara.

– É isso! – ela abraçou Sara – Você descobriu, Sara!

– Ah, que ótimo... – Sara disse confusa – O que eu descobri?

Diana sorriu, mas então se lembrou: Quantas horas eram? Ela olhou no relógio:

– 22:29! Precisamos ir agora!

Diana saiu correndo pela porta, Sara, Zack e Lucas foram atrás, sem saber ao certo para onde iriam. Diana chegou até o corredor principal e parou, estava começando a ficar tonta de novo, mas ela se lembrou da voz daquela pessoa que ela ouvira no telefone, Diana não podia parar naquele momento, ela tinha que continuar. Suas forças voltaram e ela continuou correndo, chegou até o estacionamento da escola. Um vigia noturno bebia café tranquilamente na cabine, estava quase na hora da troca de turnos, nada acontecia na escola mesmo. Mas foi quando Diana passou correndo pelo estacionamento ao lado da cabine do vigia.

– Boa noite – ela murmurou enquanto saltava a barreira para carros, Lucas, Zack e Sara seguiram a garota.

Diana correu um pouco pela rua e depois parou, ela não estava se sentindo bem – apesar de não admitir – e não poderia pensar em fazer todo o trajeto correndo. Foi quando, para a sua sorte, ela viu uma das coisas mais comuns nas ruas de nas ruas de Londres:

– Táxi! – ela gritou para o carro, que parou ao lado dela.

Diana entrou no Táxi e Lucas, Sara e Zack entraram junto com ela.

– Para o porto, por favor – Diana disse ao taxista que arrancou o carro.

– Você quer ir para o porto? – Sara perguntou – Será que você pode nos explicar o que está fazendo?

– Claro – Diana concordou. Estava feliz de poder se sentar, assim sua cabeça parava de girar – você se lembra da notícia que leu, Sara?

– Alguma coisa sobre um navio desaparecido que retorna para o porto, não é?

– Exatamente, isso fazia parte do poema no livro de história: “Volta o navio ao porto, em segurança, Desafiando o mar e as tempestades”.

– Ah, então você vai ver aquele navio no porto... – Zack disse – E o que tem lá?

–... “Que a bordo estavam os poderosos gêmeos”. – Diana continuou – Eu tenho uma ideia quanto a isso... Mas não vou falar, ainda não tenho certeza.

– E quanto àquela história de que o assassino estava na escola? – Lucas perguntou – Quem é?

Diana fechou a cara.

– Eu não sei – ela resmungou, odiava não saber. Conseguira descobrir que o assassino estava na escola, mas não descobrira quem era. E isso a deixava furiosa.

O carro parou em frente ao porto, os quatro dividiram o dinheiro para pagar o motorista e saíram do carro. Diana parou no porto e olhou para um enorme navio, bem maltratado, olha de novo para o relógio, ela tinha apenas vinte minutos até a meia noite, Diana correu até o navio, mas parou quando viu que havia um homem guardando a entrada.

– Boa... Noite? – Diana cumprimentou

O homem estreitou os olhos.

– Ah, sim. Então é você? Eu recebi ordens diretas para deixa-la entrar caso a visse.

O homem arredou-se para o lado dando passagem para a garota, Diana franziu a testa e entrou lentamente no navio, Zack, Lucas e Sara começaram a segui-la, mas o homem que guardava a entrada bloqueou a passagem.

– Eu recebi ordens para deixar apenas ela entrar. Vocês não.

Sara, Zack e Lucas olharam para Diana, esta olhou para eles e depois assentiu.

– Fiquem aí – Diana começou a entrar, Zack segurou seu braço.

– O que pensa que está fazendo?! Você sabe que pode morrer, não é?

– Você não está em condições de entrar aí sozinha! – Sara protestou.

– Você está pálida e suando frio. Pode desmaiar antes de dar dez passos lá dentro – Lucas concordou.

Diana puxou seu braço que Zack segurava para liberta-lo. Olhou para os quatro zangada, mas viu seus rostos preocupados e sua expressão aliviou. Ela sorriu.

– Eu vou ficar bem, não se preocupem.

E entrou no navio.