Zumbis á solta- Interativa escrita por Frost Nightmare


Capítulo 10
A Menina dos Óculos


Notas iniciais do capítulo

E ai leitores do meu heart? Levei menos de uma semana para postar, e o capitulo ficou generoso, então... Enfim, espero que gostem. Esse capítulo é especialmente dedicada á Le mie tante facce e a fofa e top da Emily Loncher.



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A Menina dos Óculos

– Uma criança? – Jake perguntou erguendo uma sobrancelha, apoiado em sua arma. A menina possuía olhos azuis, cabelo loiro que ia até seu ombro, tinha um óculos vermelho e redondo, e uma pedra colorida pendia em seu pescoço, sustentada por um cordão. Ela nos olhou com os olhos arregalados, ainda átonita, segurando firmemente um casaco preto, pendurado no cabide.

Todos ficamos olhando para a pequena, que estava pálida. John se aproximou do cabide, se agachou e ficou em frente à ela.

– Calma, não vamos lhe machucar. Está tudo bem agora. – Ele disse calmamente, com as mãos no ombro da garota. Ela assentiu e abraçou John, em seguida começou a chorar, e nós nos entreolhamos. John se levantou, acariciando as costas da menina e repetindo um “tudo bem” ou um “já passou”.

– Nem parece que se recusou a parar aqui. – Bill disse e John olhou para ele com cara de poucos amigos. Bill deu de ombros.

– Qual é o seu nome? – Savannah perguntou se ajoelhando na frente da menina, depois que ela saiu do abraço de John.

– E- Emily Loncher. – Ela disse enxugando as lágrimas sob o óculos. Savannah sorriu, se levantou e estendeu a mão para ela. Emily olhou para ela, e deu a mão para Savannah.

– Vamos levar você para um lugar seguro. – Ela disse e a menina assentiu.

– Primeiro precisamos achar um lugar seguro. – Alex disse dando ênfase na palavra, o que fez John e Savannah lançarem um olhar reprovador para ele.

Olhei para as peças de roupas da loja. Tinham algumas, mas a maioria provavelmente foi roubada no inicio do apocalipse. Fui até o caixa, peguei uma enorme sacola (não sem antes dar uma olhada na caixa registradora, que por sinal estava vazia), e fui até os cabides e gavetas, colocando praticamente todas as roupas que encontrava na sacola.

– O que você está fazendo? – James perguntou como se eu fosse louca, enquanto eu colocava roupas intimas na sacola. Ri com desdém.

– Até parece que eu vou passar uma semana com a mesma calcinha. – Disse já indo até uma arara e colocando blusas na sacola.

Sue colocando a mão sobre o rosto e, sorrindo, fez sinal negativo com a cabeça. Becca pegou outra sacola e veio me ajudar nas “compras”.

– Se não quiserem criar fungos com essas roupas fedorentas, acho melhor virem nos ajudar. – Becca disse jogando meias na sacola.

– É, podemos precisar. – Alex disse pondo sapatos em outra sacola.

Kenai avaliou um chapéu country em uma prateleira, o pegou e o colocou na cabeça, assentindo depois de se olhar no espelho ao lado. Revirei os olhos.

Ouvi um barulho e olhei para Emily, que cutucava John e apontava para a rua, onde um zumbi vinha em nossa direção.

Sel bufou, largando os ombros e jogando a cabeça para trás.

– Eles não dão mesmo um descanso.

– Vamos, não estou com paciência para mais zumbis agora. – Bill disse colocando sua espingarda por sobre os ombros. Saímos da loja, obviamente com sacolas cheias de produtos, e nos apresamos em entrar no ônibus.

Entramos, jogamos as sacolas de roupas no mesmo lugar das outras malas, e John pegou no volante. O zumbi que Emily vira agora estava batendo com a cabeça na porta do ônibus.

John bufou, abriu a porta e quando o zumbi ia entrar, John atirou em seu olho esquerdo.

– Eles estão me enchendo. – Ele disse dando a partida. Passaram-se algumas horas e o silêncio reinava (uma coisa rara, se tratando desse grupo). Os que não estavam dormindo, estavam olhando para a janela, onde devido ao sol nascer há pouco tempo, uma névoa levantava-se do chão.

Fechei meus olhos, e quando os abri, percebi que já deviam ser quase meio dia. Sue, Sel, Savannah e Emily, conversavam animadas nos bancos de trás, ao lado de Becca, que ainda dormia. Bill estava dando um trato em sua arma, e Kenai rodava seu machado no corredor livre. Jake estava se espreguiçando, Alex estava roncando entre dois bancos e James estava absorto em seus pensamentos.

Olhei para John, e vi sua cabeça pender de um lado para o outro. Ficou claro que ele estava cansado quando quase bateu em um caminhão parado do outro lado da pista.

– Mas que droga foi essa?! – Becca perguntou quando quase caiu no chão, depois da virada brusca de John, que devia ter fechado os olhos. Ele diminuiu a velocidade e olhou para trás.

– Algum de vocês poderia pegar no volante? – Ele perguntou, em seguida bocejando. James se levantou, junto de John, estralou os dedos e sentou a cadeira do motorista. John se jogou no banco em que James estava e em segundos adormeceu. James acelerou e voltamos ao nosso ritmo normal.

– Para onde estamos indo, exatamente? – James perguntou depois de alguns minutos dirigindo.

– Nosso objetivo principal é chegar até Atlanta. Mas é uma má ideia ir assim, direto. – Sel disse de joelhos em cima de um banco, esticando o pescoço para encarar James.

– Concordo, acho que devíamos parar em algum lugar. – Savannah disse virando-se para o irmão.

– Mas onde? Nós nem sabemos onde estamos. – Ele disse, ora olhando para a pista, ora olhando para trás, através do retrovisor.

– Estamos em Dakota do Sul. - Emily disse, e James ergueu uma sobrancelha. A menina apontou para um arco de metal a nossa frente, onde tinha uma placa dourada.

– “Seja bem-vindo à Dakota do Sul.” – Jake leu rindo da inscrição da placa.

– Parece que os óculos funcionam muito bem. – Comentou Bill, então a menina os ajeitou e voltou sua atenção para o banco a sua frente.

– Eu ouvi falar que os cassinos daqui são tão bons quanto os de Las Vegas. – Alex disse se levantando e estralando as costas.

– Você não está achando que vamos parar em um cassino, né? – Sue perguntou o encarando. Ele deu de ombros, sugestivo.

– Vamos procurar um lugar para ficar por alguns dias. Passamos muito tempo saindo de um lugar para outro. – Bill disse colocando os pés em cima do banco à sua frente.

– Mas precisa ser um lugar discreto, e que tenha poucos, ou se possível, nenhum zumbi. – Kenai completou. A cidade parecia fantasma, com carros abandonados pelas ruas. Já se podiam ver algumas ruínas nas construções e vez ou outra se via algum zumbi cambaleando pela rua.

– Será que não tem ninguém aqui? - Savannah perguntou olhando para a janela, a procura de algum sinal de vida. Nessa hora todos olhamos para uma enorme placa ao longe, que ao contrário das demais, estava ligada, e piscava multicor. Não se podia ler direito o que estava escrito, pois faltavam algumas letras, mas provavelmente era a palavra cassino.

– Estão vendo? Isso é um sinal! – Alex disse jogando os braços para o alto, o que fez todos nós, inclusive Emily, revirarmos os olhos.

– Ou depois que a energia acabou, um gerador foi ligado automaticamente. – Jake disse olhando para a enorme placa.

– Duvido. A maioria dos geradores precisa de um botão de ignição. Acho que deve ter alguém lá, alguém vivo. – Becca disse dando ênfase na palavra, sentando de pernas cruzadas.

– Um zumbi pode ter esbarrado nesse “botão”. – Bill disse fazendo aspas com as mãos. Ficamos pensando por alguns segundos, enquanto James decidiu passar pelo tal cassino, somente para verificação.

– Vamos, bela adormecida, vamos fazer uma paradinha. – Bill disse dando um empurrãozinho em John, que caiu no chão e acordou exaltado.

– O quê? Por quê? Aonde? – John perguntou se levantando e olhando de um lado para outro, com os olhos ainda vermelhos. Sel explicou a situação para ele, e quando eu perguntei o que ele achava, ele apenas deu de ombros e resmungou um “tanto faz”.

Levamos quase uma hora e meia para chegar ao cassino, que era mais longe do que aparentava. Ele ficava quinze quilômetros afastados do resto da cidade. James parou o ônibus bem na porta do cassino, e ele era enorme, e mesmo com as paredes vermelhas e douradas desbotadas, ainda era imponente e incrível.

– Nossa, é incrível. – Emily disse como se lesse meus pensamentos. Descemos do ônibus e paramos todos em frente da enorme porta de carvalho, obviamente segurando nossas armas.

– Quem gostaria de fazer as honras? – Kenai perguntou apontando para a porta. Dei de ombros e me aproximei.

Levantei a mão na direção da porta, e todos ergueram as armas em minha direção, e Emily pôs a mão num tipo de carteira, presa à sua cintura, também atenta. Respirei fundo e empurrei a porta, rapidamente tirando a arma da calça. Não tinha nada na frente da porta. Respirei aliviada e entrei, logo em seguida fazendo sinal para o resto do grupo.

Tinham dezenas de caça-níqueis, um mais diferente do outro, que se estendiam por metros dos dois lados do extenso espaço do local e também algumas mesas de jogos. Entramos em silêncio e com armas ainda em punho, fomos vasculhar o salão.

Depois de não achar nada, fomos mais para dentro do cassino, onde numa porta de vidro, dava para uma área externa, com mais caça níqueis, jogos de mesa, brinquedos, piscinas e bares. A porta também estava aberta, e quando entramos nessa área aberta, vimos alguns zumbis rondando por ali.

Mas antes que pudéssemos matá-los, todos nós, inclusive os zumbis, direcionamos nossa atenção para um enorme palco perto de uma piscina em forma do nipe de espadas. Luzes e lasers começaram a brilhar.

– Sejam bem-vindos ao meu reino! Que a festa comece!


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Notas finais do capítulo

Se gostara, não gostaram, amaram, adoraram, odiaram, querem jogar pedras ou chocolates/flores, comentem! Quase não tive tempo para escrever, por isso ainda não respondi os comentários, mas logo responderei todos eles. Até o próximo.
Kissus ^-^