Rette Mich escrita por gaara do deserto
Notas iniciais do capítulo
Perdooai esta co-autora que vos fala.
Pela falta de tempo, vai essa ideia que cobrei da autora, minha maninha.
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Como prometido e temporariamente esquecido, Tom estava afundando em matemática mais uma vez e se não interviesse logo, certamente entraria de recuperação, seu inferno pessoal que não tinha desculpas para Simone. Foi assim que, vendo o drama no qual estaria se não fizesse nada, tomou coragem e dirigiu-se à Aline no fim da aula de Frau Kneifel, o demônio da matemática.
- Aline você pode ir lá em casa hoje? – perguntou, sem jeito ao vê-la tão dedicada aos estudos.
- Hã? – sem entender o motivo, ela pôs o lápis em suspensão e virou-se para encará-lo.
- Pra aula de matemática, lembra? – acrescentou Tom, ao ver que ela não havia de todo prestado atenção às suas palavras.
- Ah!- exclamou Aline, a compreensão espalhando-se pelo rosto - Acho que dá sim
- Ótimo! – alegrou-se Tom, no que foi imitado por Bill, apesar deste não precisar de aula nenhuma, pois sempre fora mais estudioso que o irmão, mas uma ínfima característica que os distinguiam. Aline sorriu, pensando que nunca visitara a casa de colega algum, mesmo porque não tivera nem razão nem oportunidade e intimamente agradeceu mais uma vez pela escolha que seus pais haviam feito de retornarem à Alemanha.
Ao fim do dia, os três se despedirem, organizando o horário para a visita da garota e vendo se este se ajustava aos compromissos que ela talvez pudesse ter. Não havendo nenhum empecilho, concordaram de vê-la antes que anoitecesse, inclusive pelo fato de não quererem que ela encontrasse com Simone, pois a cota de risinhos e comentários sobre a relação deles já estava estourando e os gêmeos não queriam que sua melhor amiga passasse por qualquer constrangimento.
Mas isso, acabaram por decidir mentalmente, lhe omitiriam.
***
- Oi filha! – cumprimentou Sophia ao ver Aline adentrar a cozinha com sede - Como foi a aula?
- Ah... Como todas as outras... – resumiu a garota, puxando uma jarra de vidro cheia de água pra perto. Sophia lhe sorriu gentilmente e tornou ao fogão, onde preparava sopa de cebola. Aline esperou um pouco e resolveu contar-lhe o convite dos Kaulitz - Mãe, os gêmeos... Me convidaram para estudar na casa deles hoje, na verdade eu vou ajudar o Tom em matemática, eu posso ir? – perguntou num atropelo envergonhado de palavras.
- Pode ir sim – concedeu a mãe, após pensar cuidadosamente no pós e contras e, não vendo contra algum, pôs-se a acreditar que era melhor ceder, afinal, quão bom estava sendo o comportamento de Aline naqueles tempos e o que importava era sua felicidade e nada mais que isso.
- Valeu – agradeceu Aline, correndo para abraçá-la pela cintura. Um gesto simples para quem olhava de fora, mas completamente significativo para as duas.
Mais tarde, faltando pouco mais de meia hora para o horário da aula de reforço de Tom, Aline se aprontou de um jeito simples e confortável, sem ostentações, tratou de juntar exercícios básicos que achara em um de seus livros suplementares e desceu as escadas, indo encontrar a mãe deitada no sofá, lendo um pesado livro.
- Mãe tô indo – avisou, ao ver que Sophia estava bastante absorta na leitura.
- Não volta muito tarde, OK? – recomendou ela, levantando os olhos e sorrindo.
- Pode deixar – respondeu Aline, revirando os olhos com humor e depositando um beijo na bochecha da mãe saiu para a tarde crepuscular de Leipzig.
***
Na casa dos Kaulitz, Simone corria de um lado à outro, quer fosse para ajeitar o salto que lhe escapava do pé, quer fosse para observar o que seus filhos estavam aprontando, tão quietos que estavam desde depois do almoço. Vendo que eles estavam incomumente sem aprontar coisa alguma, esclareceu o programa para aquele fim de tarde.
- Vamos sair – falou Simone, cruzando os braços e chamando a atenção dos dois pelo vestido vermelho que usava.
- Sair? – repetiu Tom, mal crendo na oportuna sorte que lhe aparecia de vez em quando.
- É – afirmou ela - Gordon e eu vamos sair.
- Por que algum problema? – perguntou Gordon, preocupado, subitamente aparecendo por uma fresta da porta, o rosto recém-barbado.
- Não, podem ir – apressou-se em dizer Bill, receando que a animação do gêmeo pudesse denunciá-los.
A mãe ficou observando-os durante um tempo, em duvida. Mas sem ver qualquer segunda intenção nos olhos dos filhos, deu o ultimato de sempre antes de sair do quarto.
- Juízo, hein? – e seguiu Gordon, que ainda não terminara de se arrumar.
- Sempre – falaram eles.
Após a saída dos pais, Bill e Tom rumaram para a sala, ligaram a Tv e ficaram contando os minutos para a chegada de Aline.
A campainha não demorou a soar e trair suas expectativas ao vê-la tão bonita em algo que não fosse o uniforme da escola..
- Oi! – exclamaram eles, juntos.
- Oi! – respondeu ela, animada.
- Entra. – pediram eles, desbloqueando a entrada para que Aline pudesse entrar na casa.
- Oi Bill.
- Oi! (mas que seqüência de oi)
Eles se sentaram à mesa da sala de estar e começaram a estudar. Tom encarava Aline, e ela o percebeu, mas ficou meio incomodada, até que parou de explicar.
- Dá pra parar? – pediu, descansando o lápis dos muitos rabiscos que fazia numa folha á parte, onde tentava ensinar coisas básicas de matemática para o gêmeo mais velho.
- Com o quê? – perguntou Tom, fazendo-se de desentendido.
Ela olhou séria e ele deu de ombros, sorrindo.
- É engraçado ver essa sua carinha quando eu olho pra você – explicou por fim.
- Não vejo graça nenhuma nisso – retrucou Aline.
- O seu olhar desvia do meu – insistiu Tom.
- Tom... Você não iria gosta se alguém ficasse te encarando. –pronunciou-se Bill, irritado com o comportamento infantil do irmão.
- Não me importaria – admitiu o outro, que estava adorando a confusão - Se fosse um garoto, só iria perguntar o que ele tá olhando. Mas se fosse uma garota, eu iria adorar.
- Até mesmo se ela fosse um tribufu? – perguntou Aline, fingindo espanto.
Tom se calou, olhando-a torto.
- Se você não prestar atenção no que eu estou te ensinando, nunca vai aprender – repreendeu-o a garota, nada intimidada.
- Tá bom! – reclamou ele, dando-se por vencido - Não precisa brigar!
Conforme as horas foram passando e o crepúsculo veio e se foi, Aline começou a ficar preocupada que não conseguisse ensinar tudo quanto possível para seu relutante aluno, mas até que Tom facilitou as coisas e com a ajuda de Bill o trabalho progrediu o suficiente quando ela verificou seu relógio de pulso e notou que faltava pouco para a hora de chegar em casa que combinara com Sophia.
- Tá na minha hora – disse ela, ao fim de um exercício espinhoso em Tom, para sua surpresa, saíra-se extremamente bem.
- A gente se vê amanhã, então – falou Bill, esfregando os olhos e borrando um pouco a maquiagem em torno deles. Sem se importar com isso, levantou-se e Tom fez o mesmo, bocejando. Aline bocejou também, juntamente com Bill.
Eles riram enquanto levavam-na até a porta.
- Espero que pelo menos alguma coisa do que eu te ensinei hoje fiquei na sua cabeça – pediu Aline, sarcástica.
- Pode deixar – prometeu Tom – Quer que a gente te acompanhe até em casa?
- Não precisa – falou ela, descendo os degraus – Thau, meninos.
- Pass auf Dich auf! (Se cuida!) – falaram eles, em coro.
Aline voltou para casa, feliz por estar cada vez mais próxima deles.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Juro que o verdadeiro não vai demorar pra sair, mas por enquanto... É isso aí.
Reviews?
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