Rette Mich escrita por gaara do deserto


Capítulo 10
Sobre os Céus de Leipzig - Ruína do Mundo Azul


Notas iniciais do capítulo

Esse é o cap. 9 verdadeiro... Realmente...
 
Aproveitem, pois as coisas começaram a melhorar (pra pior... ¬&not agora!
 
', palavra de co-autora...



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- Querem uma carona para casa? – perguntou Sophia quando foi buscar Aline no colégio, depois de um dia particularmente cheio por causa de um teste surpresa de Matemática.

- Se não incomodarmos – falou Bill, fazendo cara de inocente junto com Tom.

- Que nada! – exclamou Sophia abraçando-os, pois os achara muito fofos.

- Mãe...

Eles entraram no carro, os três no banco de trás e Aline no meio deles, enquanto Sophia dirigia, colocando uma música dos anos 80 como fundo.

- Nunca conheci os pais de vocês (N/A: pra quê?), acho que já tá na hora – disse Sophia, olhando-os pelo retrovisor – Afinal vocês conseguiram fazer a vida da Aline mais feliz, vocês são os únicos amigos dela e olha que ela fala de vocês o tempo inteiro.

- Mãe! – sibilou Aline, corando.

- Aiiiiii, que foooooooofaaaaaaaaa! – gritaram os gêmeos apertando as bochechas da garota, um de cada lado.

- Sai! – ela empurrou-os, constrangida. (N/A: Que judiação)

- Ah, é aqui, tia Sophia! – disse Bill, apontando a casa dos Kaulitz, dois quarteirões depois da escola.

Sophia parou o carro no meio-fio e eles destrancaram as portas, saindo do carro acompanhados por ela e Aline.

- Vocês podiam vir jantar aqui qualquer dia desses. – convidou Bill, sem pensar.

- Seria legal, mas eu preciso falar com os seus pais primeiro. – respondeu Sophia, toda sorrisos para os gêmeos; a filha também concordara, mudamente, ainda corada pelos comentários da mãe no carro.

- Não seja por isso. – disse Tom abrindo a porta da casa e gritando – Mãe! Pai!

Gordon e Simone apareceram na porta, assustados com o repentino chamado.

- O que foi Tom? – perguntou Gordon, os olhos arregalados.

- Mãe, pai, essa é Sophia, a mãe da Aline – apresentou Tom.

- Como vai? – perguntou Sophia apertando a mão de Simone e depois a de Gordon.

- E essa é a Aline – apresentou Bill

- Oi – falou a garota, tímida.

- A mãe da Aline queria conhecer vocês... – explicou Bill, respondendo aos olhares indagativos dos pais.

-... Então nada melhor do que um jantar – completou Tom – Pode ser hoje?

- Ah... – hesitou Simone, mas Gordon pareceu não achar má idéia.

- Então está combinado, às 8 da noite – decidiu Tom, ignorando mãe.

- Bom, então estamos todos combinados, até a noite – sorriu Sophia, pousando as mãos no ombro da filha, antes de se dirigir mais uma vez ao gêmeo mais velho – Ah, Tom você tem um cabelo muito maneiro, viu? Você também, Bill!

Os dois pareceram bem cheios de si pelo elogio pouco comum.

- Ah... Thau – despediu-se Aline.

- Se cuida – falaram Bill e Tom.

Sophia e Aline foram embora e os Kaulitz e Gordon entraram em casa.

- Xii! Quer um paninho para enxugar essa baba que tá escorrendo aí? – debochou Bill, olhando para o irmão.

Tom tinha os olhos vidrados e a boca meio aberta por causa do elogio de Sophia.

- Tom, TOM! – gritou Bill.

- Quê? – balbuciou ele, ainda letárgico.

- Te enxerga pirralho – avisou o irmão, balançando a cabeça.

- Cê acha que ela não vai me dar bola? Ela já tá caidinha por mim, esse gêmeo aqui é puro charme.

- Ai! Eu tenho medo de como você vai ser quando crescer! – murmurou Bill, enquanto subiam as escadas.(n/a:muito pior)

À tarde, os gêmeos se recolheram no quarto, Bill ajudando Tom nos novos assuntos de matemática que Aline ainda não pudera explicar. No andar inferior, Simone estava novamente procurando pincéis na sala quando o telefone tocou e ela abandonou sua busca para atendê-lo. Em dois segundo, no entanto, identificou a quem pertencia aquela voz marota.

- Bill! Telefone pra você! – gritou ela em direção as escadas.

O gêmeo mais novo desceu, meio surpreso, mas pensando se não seria Aline.

- Alô? – falou ele, pegando o fone que a mãe lhe passara rapidamente, um sorriso misterioso que o deixou desconfiado.

- Oi Bill!  - saudou-o Georg Listing do outro lado da linha.

- Georg?! – exclamou Bill, a expressão surpresa - Cara faz um bom tempo que a gente não se fala!

- É... Eu tenho uma novidade. – disse Georg, e Bill soube, mesmo sem vê-lo, que ele também estava sorrindo.

- Qual?

- Me mudei pra cá.

- Quê? Para Leipzig?

- É cara!

- Quando?

- Faz um tempo, só que eu tive que me adaptar com algumas coisas e por isso andei um pouco ocupado – explicou, baixando a voz - Diz pro Tom que da próxima vez que a gente se encontrar, eu levo as revistas pornôs dele.

- Pode deixar que eu digo – prometeu o outro rindo.

- Então... Thau, Bill!

- Thau, Georg!

Bill desligou o telefone e subiu novamente para o seu quarto.

- Quem era? – perguntou Tom, fingindo que não estava cabulando os estudos.

- Era o Georg!

- O que ele queria? – o mais velho levantou-se da cama, imitando a expressão de contentamento do gêmeo.

- Disse que se mudou para Leipzig.

- Por quê?

- Não sei... Ele disse que a próxima vez que a gente se encontrar, ele te devolve as suas preciosas revistas pornôs – puxando o irmão de volta para a mesa de estudos.

- Acho bom mesmo! – exclamou o outro, fingindo irritação.

Bill riu e jogou um travesseiro em Tom.

 

***

Era tarde, mas o crepúsculo ainda não chegara. Aline olhou pela janela de seu quarto e reparou no carro do pai parado em frente a sua casa. Uns segundos depois uma mulher com um vestido azul e curto e cabelos loiros e ondulados em cachos perfeitos até o meio das costas desceu do carro acompanhada por Heike, e lhe falou alguma coisa no ouvido antes de beijá-lo.

A garota ficou paralisada ao ver o que acabara de acontecer, não conseguia acreditar que o pai está traindo a mãe e em um impulso desceu as escadas para ir ao encontro de Heike, que fechava a porta às costas, ajeitando a gravata de um jeito monótono que pareceu teatral à Aline.

- Oi filha – disse Heike a abraçando, sem ter o abraço retribuído. – Tá tudo bem Aline? – perguntou para a filha, estranhando o comportamento frio dela.

- Tá – respondeu Aline, tentando acobertar sua fúria com um sorriso fraco que lhe custava muito.

- Oi, amor – falou Sophia, entrando na sala de repente.

- Oi – respondeu ele, largando Aline e se dirigindo à esposa.

- Você fica para almoçar? – perguntou Sophia, depois de beijá-lo no rosto.

- Ah... Não vai dar, eu só vim buscar uns papeis que eu esqueci e vou voltar para o trabalho – explicou ele de modo banal. Aline estreitou os olhos, sem, contudo, ter sido percebida.

- Hm... Hoje nós temos um jantar para ir – contou Sophia.

- Jantar de quem? – perguntou Heike, sem parecer realmente interessado.

- É um jantar para nós conhecermos os pais dos amigos da Aline.

- Sei... Mas infelizmente eu não vou poder ir, eu tenho que trabalhar até mais tarde hoje.

- É... Eu sei que tanto trabalho é esse. – murmurou Aline para si mesma.

- Bom... Eu vou pegar os papeis – disse Heike, subindo as escadas, sem demorar muito, tornando a descer com uma braçada de papeis, se despedindo de Sophia e Aline e embarcando no carro, a mulher ao seu lado.

- Você tá bem filha? – perguntou Sophia, reparando no semblante fixo da garota, que se mantinha parada, atônita com tudo aquilo.

- Hã?

- Você tá bem? – repetiu a mãe, se aproximando e colocando a mão na testa dela.

- Tô, porque não estaria? – mentia; estava longe de se sentir bem. Uma tontura se apoderou de seu corpo, fazendo o aposento encolher e girar e o rosto da mãe lhe parecer borrado.

Aline voltou para o quarto, tentando se acalmar e por os pensamentos em ordem.

“Será que eu conto? Não, minha mãe iria sofrer muito... Mas ela não merece ser enganada dessa maneira!” – Aline pensava andando de um lado para o outro, até que parou e se sentou na cama e colocou as mãos entre os cabelos.

- Ai! O que eu faço? – perguntou para as paredes, que nada lhe disseram.

 

***

 

Faltava pouco para as 8 da noite quando Sophia entrou no quarto de Aline, depois dela mesmo ter demorado muito para achar a “roupa certa” para o jantar.

- Aline? – chamou, após ter batido na porta e não ter tido resposta.

- Oi – falou Aline, distraída, terminando de amarrar cadarço de seu All-Star.

- Aline você está linda! – exclamou Sophia, puxando-a para um abraço.

- Ai, para com isso – pediu a garota, lembrando-se com desespero dos gêmeos.

- Bom, então vamos logo – disse ela, empurrando a filha para fora do quarto – Mal posso esperar para ver de novo aquelas gracinhas de gêmeos.

- Mãe...

 

***

Na casa do Kaulitz Bill e Tom se revezavam, empurrando um ao outro na frente do espelho, tentando ver se estavam perfeitos em suas roupas.

Foi então que a campainha tocou e eles pararam, saindo correndo do quarto. À porta, Simone ajeitou as dobras do vestido, olhando com reprovação para Gordon, que terminava de ver um documentário sobre bandas na TV e vestia-se de modo descontraído e informal.

- Sejam bem vindas – falou ela, abrindo a porta e sorrindo para Sophia e Aline – Entrem.

- A sua casa é muito bonita – elogiou Sophia, olhando a sala de estar e a decoração com os quadros que a própria Simone pintara.

- Obrigada – agradeceu ela – Sabe, às vezes eu tenho a impressão que te conheço de algum lugar – acrescentou pensativa.

- Sério? Eu tenho essa mesma impressão – concordou Sophia, que não comentara está coincidência no encontro da manhã.

- Haha... Eu vou chamar os gêmeos, viu? – disse Simone, olhando para Aline, que se escondia sem querer atrás da mãe - Bill, Tom, venham aqui!

Os gêmeos desceram o que faltava dos degraus, esbaforidos e correram para a amiga.

- Oi! – exclamou Bill abraçando Aline e quase tirando-a do chão.

- Cê tá gatinha, hein? – elogiou Tom (N/A: Se é que isso pode se chamar de elogio).

- Ah... Obrigada – falou Aline, se soltando do abraço repentino de Bill.

Sophia cumprimentou os gêmeos com um sorriso tilintante e Tom teve que se conter para não agir feito um idiota.

- Você conhecer o nosso quarto? – perguntou Tom automaticamente para Aline.

- Sem maldade – acrescentou Bill, olhando para o irmão.

Aline riu e aceitou, deixando os adultos se entenderem na sala.

Ela os acompanhou, rindo mais um pouco quando chegaram a uma porta que tinha uma placa amarela escrita “Keep Out!”.

- Bem que a mamãe podia respeitar esse aviso...

Eles entraram e Aline surpreendeu-se em como o quarto acomodava tanta coisa.

- Então o que achou? – perguntou Bill, as mãos na cintura.

- Ah... É bem espaçoso e parece que tem um pouco do estilo de cada um... – respondeu ela, olhando para todos os cantos - Aquela é a sua guitarra, Tom?

- É. – respondeu o garoto, orgulhoso.

- Ela é bonita – elogiou Aline, chegando perto da Fender Telecaster vermelha.

- Qualquer dia eu toco pra você. – prometeu ele, enquanto os três se acomodavam nos pufes - Sabe... Foi legal nós termos virado amigos – disse, de repente.

- Isso é verdade. – concordou Bill.

Eles ficaram conversando por um tempo, mas Aline gradualmente foi perdendo a atenção no que eles diziam, porque sua cabeça estava longe, naquela cena que vira mais cedo.

- Aline? – chamou Bill, preocupado.

- Aline?– Tom cutucou-a no braço (N/A: Quem já viu o 1º episódio do Ouran, imagine o Honey-sempai fazendo isso...).

- O quê? – falou ela, espantando-se.

- Você já ouviu dizer que coração de amigo não se engana? – perguntou Tom, sorrindo.

- Não, eu já ouvir dizer que coração de mãe não se engana – respondeu ela, sem entender.

- Ah... Mas tá ouvindo agora – retrucou ele, os braços cruzados.

Ela riu, baixando o rosto.

- Sabe o que o nosso diz? – insistiu Tom.

- O quê?

- Que alguma coisa te preocupa – completou Bill, franzindo a testa.

- O quê? – sobressaltou-se ela - Isso é besteira, e-eu t-tô bem.

- Gaguejando desse jeito?

- O quê tá acontecendo? – perguntou Bill, se ajoelhando perto dela.

- Tá bem... – desistiu ela, segurando as mãos do amigo - Já vi que não vou conseguir escapar de vocês mesmo.

- Isso mesmo! – falaram eles rindo.

- Hoje mais cedo, eu vi o meu pai – contou ela, a voz ficando chorosa – Beijando outra mulher.

- O quê?! – exclamaram eles, ao mesmo tempo.

- Isso mesmo, eu quase não acreditei quando vi. – ela começou a chorar e os gêmeos a abraçaram (N/A: Ooooh!). Mas o abraço foi interrompido por gritos que vinham do andar de baixo.

- O que tá acontecendo? – falou Aline, limpando os olhos com as costas das mãos.

- Sai da minha casa agora! – era o que se ouvia Simone dizer.

Sophia gritava pelo nome de Aline, a voz furiosa.

- É a minha mãe!

Os três desceram para ver o que se passava.

- Mãe, o que tá acontecendo? – perguntou Aline.

- Aline, vamos embora daqui agora! – berrou Sophia, ao vê-la – Eu nunca fui tão humilhada em toda a minha vida!

- Pois é isso mesmo que você merece! – gritou Simone, ficando vermelha de raiva.

- Simone, menos - pediu Gordon, tentando contê-la.

- Que menos o quê? Eu quero você e essa sua filhinha fora da minha casa agora!

- Mãe! – gritaram os gêmeos, sem entender nada.

- Você não pode tratá-las dessa maneira – disse Bill, enraivecendo-se.

- Bill, não se mete! – retrucou Simone.

- Como não se mete? Ela é nossa amiga! – sibilou Tom, também irritado.

Sophia puxou Aline pelo braço.

- Vamos sair daqui agora. – falou, arrastando-a sem ouvir suas palavras.

Elas saíram da casa e entraram no carro.

- Mãe você pode me explicar o que foi aquilo lá dentro? – pediu Aline, quase chorando.

- Fica quieta, Aline! – mandou Sophia, fora de si, ligando o carro e acelerando-o.

- Mas, mãe...

- Aline, CALA A BOCA!


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Notas finais do capítulo

OHHHHHHHHHHHHHH, TENSO.
 
Até o próximo, galera!
 
Palavra de autora.
E co-autora também (¬&not