Rette Mich escrita por gaara do deserto


Capítulo 4
Sobre os Céus de Leipzig - Sobre Quatro Paredes


Notas iniciais do capítulo

Valew pelos coments, em especial a manu_k_r e a Ram... (tia, te ama, tá?)

Gaara do deserto: ¬¬'



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A aula finalmente chegara ao fim.

Enquanto todos guardavam às pressas suas coisas para sair o mais rápido possível da sala de aula, Bill e Tom preferiram serem os últimos as sair, para evitar mais brigas na altura do campeonato.

Quando acharam que era seguro também correram para fora do prédio, mais calmos e esperançosos de não terem que agüentar mais nenhuma provocação. Foi a deixa para Tom levantar novamente o assunto:

- Bem, no final a gente tem só uma pulseira e não temos idéia de quem seja a garota.

- É – falou Bill, desviando o olhar para Aline, que ia mais à frente - Vamo’ embora porque não agüento mais ficar aqui.

- Tá – concordou, apressando o passo.

Até que a voz de Aline chegou à eles.

- Ai, merda, perdi minha pulseira! – reclamou a garota, parando e olhando pros lados.

Eles, que estavam perto, estacaram, abismados com o que ouviram.

- Tom – disse Bill – Tá pensando o mesmo que eu?

- Acho que sim – respondeu ele e os dois se entreolharam.

- É ELA! – exclamaram ao mesmo tempo (n/a: sou mesmo fã de gêmeos.)

- É aí? A gente fala com ela ou não? – perguntou Tom.

- Vamo’ lá – encorajou-o Bill e os dois se aproximaram.

Então lá estava o anjo da guarda deles? Não parecia realmente forte.

Até frágil, pensou Bill, mas suficientemente corajosa a ponto de enfrentar Greg e a sala toda ao denunciar a briga da manhã para a Frau Marburg, apesar de não ter dado em nada...

- Cadê essa m...?

- É essa aqui? – disse ele ao chegar perto dela.

E mostrou a pulseira bem diante dos olhos de Aline.

- É sim! – ela riu e Bill devolveu-lhe o objeto – Vielen Dank! – e quando viu quem abriu mais o sorriso, ainda que não soubesse que eles já sabiam quem era ela.

- Eu sou o Tom – apresentou-se o garoto, puxando o irmão pro lado – E essa figurinha repetida é meu irmão, Bill – e apontando pra ela com firmeza – E você é a garota que ajudou a gente, né?

- Erm... Eu prefiro que me chame de Aline, se não se importa.

Eles riram.

- Aline! – gritou uma voz feminina ao longe. Os três se viraram e olharam uma mulher de estatura média, rosto pálido, cabelos curtos e ondulados e um ar de quem é apressada.

- Sua mãe? – perguntou Tom à Aline.

A garota confirmou e ele soltou um assovio baixo.

- Para com isso – reclamou Bill, dando um pescotapa no irmão.

- Eu... Eu vou nessa – disse ela, correndo pra mãe – Thau! – e acenou para os Kaulitz, que ficaram pra trás.

- Thau – disseram os dois, juntos.

Mas depois resolveram correr atrás dela.

- Aline, espera aí! – gritou Bill e eles pararam quase derrapando e colidindo com ela.

- Q-que foi? – espantou-se, ao vê-los ofegantes.

- Ah... – Bill pareceu encabulado e coçou a cabeça antes de dizer – Obrigado... Obrigado mesmo por hoje...

Tom assentiu, preferindo não dizer nada. Poucas eram as vezes que ele realmente dizia “Obrigado”, então, achou que seria pouco sincero se repetisse o mesmo que o irmão.

 - Toca aê – e bateu a palma da mão na de Aline.

Ela voltou pra perto da mãe e as duas se foram em um bonito carro, que, pelo menos, não tinha nenhum anuncio de academia ou fast-food.

- Quem eram aqueles gêmeos? – perguntou a mãe de Aline, Sophia Marback, ao volante.

- Amigos – responde Aline, que não estava muito a fim de conversar.

- Hm... Pensei que eram pretendentes... – brincou Sophia, olhando-a pelo espelho.

A garota corou.

- Mãe!

Mas ela apenas riu.

- E quais eram os nomes deles?

- O de cabelo preto, Bill – informou, colando o rosto na janela – O de dreads, Tom.

- Bill e Tom, é? Nomes simples, mas bonitos...

Não demorou muito para que elas chegassem em casa, considerando que Sophia era uma motorista muito habilidosa e costurava pelo trânsito com rapidez (e nunca era pega...).

- Tome um banho enquanto eu faço o almoço – mandou ela quando as duas cruzaram a soleira da porta e Aline jogou a mochila em cima do sofá branco de três lugares da sala bem iluminada.

- Tá – disse Aline, subindo as escadas e indo pro quarto.

- Quer lasanha, filha?! – gritou a mãe lá da cozinha.

- Quero! – berrou Aline, em resposta.

Ela fechou a porta com estrondo.

***

Na casa dos Kaulitz:

- CHEGAMOS! – exclamaram Bill e Tom, abrindo a porta teatralmente.

Mas um furacão os esperava.

Simone pigarreou, parada hall de entrada e encarando-os com um olhar fulminante.

- Ah – deixou escapar Tom – Oi, mãezinha do meu coração!

- Não vem com essa pra cima de mim, Tom Kaulitz – repreendeu a mãe, séria – Vocês sabem muito bem o que fizeram.

Bill saiu pisando forte, como se nada tivesse acontecido e decidido a ignorar a mãe.

- Bill, volte já aqui! – exclamou Simone, mas o gêmeo mais novo continuou subindo as escadas, imperturbável.

- Não vou ouvir o que você tem a dizer – disse Bill, voltando-se para ela.

- Você já está passando dos limites! – continuou ela, estressando-se.

- Não quero ouvir você nos acusar de uma coisa que não fizemos.

- Como não fizeram? Não adianta tentar desmentir, a própria Frau Marburg me ligou e me contou tudo.

- Tudo do que ela acha que aconteceu, você quer dizer – disse Tom, tão irritado quanto o irmão.

Se já não bastassem todas as agressões que eles sofriam na escola, ainda tinha que aturar a mãe lhes dizendo que foram garotos maus quando na verdade só queriam se defender. E não adiantava tentar mostrar-lhe que ela estava errada.

Simone acreditava somente nos adultos. Só adultos dizem a verdade, não é mesmo?

Crianças tem motivos para mentir, pois não querem ser castigadas...

E Frau Marburg era um adulto sem qualquer suspeita se comparada com Bill e Tom Kaulitz.

- Ela me contou que vocês arranjaram uma briga logo de manhã cedo – disse Simone, ríspida com os dois – E que você – e olhou para Bill – gritou com ela.

Bill resolveu descer as escadas e conversar (?) com a mãe cara a cara.

- A parte que gritei com ela é verdade – assumiu – Mas o resto é tudo mentira.

- Você vai mentir pra mim olhando nos meus olhos? – acusou Simone, encarando o filho com feroz reprovação – Sempre deixei você fazerem tudo o que quisessem, não é? Onde foi que errei nisso tudo?

- Quer parar de ser dramática? – resmungou Tom, indo para perto de Bill e apoiando-o contra as acusações de Frau Marburg – Olha, mãe, a gente chegou na escola, bateram em nós e depois colocaram a culpa em nós e ficamos de castigo. Entendeu?

Mas Simone parecia enlouquecida.

- Pro quarto de vocês, AGORA! Sem Tv, sem nada! – e foi para a cozinha, resmungando – Eu não acredito nisso!

- Você não acredita na gente? – exclamou Bill, querendo briga.

- Acho que já disse pra irem pro quarto – cortou a mãe – Não vou repetir de novo.

Os dois resolveram obedecê-la, mas de modo algum perdoariam tamanha injustiça. Enquanto subiam as escadas e batiam a porta violentamente, Tom pensava em uma ou duas coisas que envolvesse insetos e cachorros latindo no quarto da mãe e Bill pensava em coisas mais horríveis, que preferiu reprimir a planejar realmente.

- Bill? – chamou Tom, com a voz abafada porque estava de cara pro travesseiro.

- What? – perguntou ele, querendo fazer graça.

- O quê?

- É isso mesmo.

- Hã?

- Esquece – e voltou a olhar pro teto, deitado na própria cama – Só os inteligentes entendem. (n/a: Vocês entenderam? Se sim, deixem reviews. Aí eu dou pontinhos pra vocês.)

Tom preferiu deixar essa passar.

- Eu não acredito que nem a nossa mãe acredita na gente – disse Tom.

- Pois é, acho que na outra encarnação eu era o capeta. Devo estar pagando agora.

- Quer parar de falar besteira? – protestou o irmão, levantando-se da cama.

- Pelo menos uma coisa boa aconteceu – acrescentou Bill, piscando e tentando entender formas geométricas imaginárias no teto.

- É, encontramos a garota – concordou Tom – Alice ou sei lá o quê – e voltou a se deitar – A mãe dela é bonitona, tá...

Bill abafou uma risada.

***

- Tá pronto? – perguntou Aline, entrando na cozinha ao sentir o cheiro de lasanha recém-saída do forno.

- Tá, pode vim comer – disse Sophia – Mas cuidado, acabei de tirar do forno.

Aline olhou pra mesa e reparou que só haviam sido postos dois pratos. Sentou-se no lugar que lhe pertencia e comentou:

- Papai não vem almoçar com a gente, né?

- Ah... Hoje não deu pra ele vir – desconversou a mãe, sentando e depositando a travessa de lasanha aos quatro queijos na frente da garota.

- E também não deu ontem, nem anteontem, nem semana passada e por aí vai, né? – disse Aline, sarcasticamente – Pensando bem, nem lembro a ultima vez que o vi.

A mãe resolveu não entrar no jogo dela.

- Come seu almoço, filha – e serviu uma porção grande no prato dela para que a mantivesse calada.

- Mãe...

- Por favor, só coma, está bem?

Aline fechou a cara e não disse mais nada até terminar de comer.

- Quer ajuda com a louça? – ofereceu, desanimada.

- Não, querida – dispensou Sophia – Volte pro seu quarto, tá?

- Tem certeza? – insistiu ela, ainda menos animada (n/a: é uma menina prestativa, não?)

- Tenho – e sorriu, levando a louça suja de volta á cozinha.

Aline foi pro quarto, sentou em um pufe e puxou o caderno de desenhos, retomando o desenho inacabado da aula.


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Notas finais do capítulo

Se alguém entendeu mesmo a piada de humor negro do Bill, escreva.
Você é uma pessoa inteligente!!!
E ganha pontinhos!