Rette Mich escrita por gaara do deserto


Capítulo 18
Nuvens de Tempestade - Um Desejo (Parte II)


Notas iniciais do capítulo

Olá povo que acompanha minha fic, se é que ainda tem alguém que acompanha T.T
Bem, fiquei fora um BOOOOMMMM TEMPO, desde fevereiro se não me engano e cá estou eu com um capítulo prontinho!
Não há nada de especial nele, mas espero que gostem e aguardo alguns reviews...
Vão lá, leiam!



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- Aline acorda! – exclamou Sophia descobrindo a filha e dando-lhe um beijo na testa.

- Só mais uma horinha – pediu a garota, cobrindo-se novamente.

- Vou jogar água em você se não levantar daí agora! – a mãe fingiu. Aline obedeceu, bufando.

- Ai ai, não sei para onde foi o meu sono – comentou sarcasticamente, os cabelos revoltos e a cara amarrada.

- Pro banheiro, rápido – disse Sophia rindo e dando uma palmadinha no bumbum de Aline.

Ela se arrumou e desceu, ainda bocejando.

- Guten Tag! – disse Georg que estava sentado à mesa.

- O que faz aqui? – perguntou Aline, espreguiçando-se, mas não revelando grande surpresa em ver seu vizinho na própria casa.

- Eu o convidei, Aline – disse Sophia, pondo mais um prato na mesa.

- Sua mãe me trata melhor que você! – reclamou Georg colocando língua para a menina, que sentara defronte a ele.

- Até parece que eu não te trato bem – disse ela despreocupada e aceitando uma caneca fumegante de café com leite.

Ele pegou um pedacinho de pão branco e jogou em Aline, que até tentou ficar séria e expressar alguma dignidade ou desprezo, mas não conseguiu e teve de rir.

- Sabia que iria te fazer rir! – disse Georg, apontando para ela, vitorioso.

- Não demorem ou vão se atrasar – disse Sophia, terminando de lavar louças e andando com pressa para se arrumar para o trabalho. Ao pé da escada a campainha tocou e foi com contragosto que ela foi atender.

 “Parece que Georg está melhor... Cheguei a ficar um pouco preocupada” – pensou Aline, mordiscando o pão e observando o vizinho com atenção.

- Por que está me olhando tanto? – perguntou ele meio cínico.

- Nada...

- Ah... Guten Tag – disse Gordon, aparecendo na cozinha de repente.

- Gordon? – disseram Georg e Aline, surpresos, levantando da mesa e indo até o padrasto dos Kaulitz

- Oi, Georg... Ah, Aline, será que eu poderia ir com você ver os gêmeos? – disparou ele, parecendo uma criança desconsolada e torcendo as mãos no colo.

- Ah, claro! – respondeu a garota, meio assustada - Eu já estou acabando aqui. – ela e Georg engoliram rapidamente o café e após Aline despedir-se da mãe, acompanhou-os na saída.

- Você vai direto da escola para a casa da sua mãe? – perguntou num sussurro a Georg, lembrando-se do que ele tinha decidido na noite anterior.

- Sim. – respondeu ele, inexpressivo e sem encará-la.

- Hm, boa visita então. – desejou-lhe quando chegaram à bifurcação que separaria os caminhos que tomariam.

- Obrigado, tchau – disse ele, acenando para os dois e seguindo o caminho da esquerda.

- Tchau – disseram Aline e Gordon, pegando a direita.

Eles foram andando em silêncio até a escola, mas ela percebeu que quanto mais chegavam perto da escola, mais ele ficava apreensivo; franzia a testa e resmungava.

- Ah... Não precisa ficar tão nervoso Gordon, vai dar tudo certo – disse a garota tentando acalmá-lo.

- Pode até ser, mas eu prefiro que você fale com eles primeiro. – disse ele, tentando remontar calma. Os Kaulitz tinham se tornado uma verdadeira família para Gordon, e vê-se de repente sem eles, sem os gêmeos que considerava seus próprios filhos era frustrante.

- Tá bom – concordou ela. Pensou em dizer mais alguma palavra de conforto, mas preferiu o silêncio. Acabou lembrando-se de Heike e de como o contraste dele para com Gordon era absurdo...

- Aline, é pra fingir que é uma surpresa, viu? Por favor.

A menina assentiu quase rindo, e assim que os portões da escola assomaram, eles combinaram que Gordon ficaria escondido atrás de uma coluna para que os gêmeos não vissem.

- Hallo! – cumprimentou Aline ao se aproximar dos gêmeos que já a esperavam – Sem Mariana hoje?

- AH! Eu espero que sim – disse Bill. Ela o abraçou e depois a Tom; quando os dois distraíram-se, fez sinal para Gordon se juntar à eles.

- Meninos, eu trouxe uma pessoa para ver vocês – anunciou a garota.

- Quem? – perguntaram. Tom pensou em Samy Deluxe, mas achou que apesar de Aline ser especial, ela não era tão influente assim.

- Pode vir! – gritou ela, pois Gordon vinha arrastando os pés, quase infantilmente. Bill e Tom o olharam, espantados e idênticos.

- Oi – disse ele receoso. Eles não falaram nada, e essa reação deixou o ar pesado. Aline resolveu intervir.

- Ah, encontrei com Gordon quando estava indo para casa ontem, e ele disse que queria ver vocês e bom, aqui está ele, né?

- Bill, Tom... – ele se agachou para ficar da altura deles – O que eu... O que eu quero dizer é que não os abandonei, por mais que eu tenha saído de casa sem falar nada a vocês, mas acho que deu perfeitamente para vocês ouvirem o motivo. Desculpem-me por deixá-los sozinhos com ela, pode não parecer justo, mas preciso que fiquem lá cuidando dela por mim. Eu a amo, mas...

- Tudo bem, Gordon – disse Bill, pousando a mão no ombro do padrasto – Acho que... – ele olhou para Tom, que tinha a mesma a coisa em mente.

- Entendemos – completaram, assentindo. Não era um pedido de perdão, afinal nada havia para se perdoar. Os gêmeos estavam cientes de que uma hora ou outra as atitudes da mãe acabariam por levar uma pessoa como Gordon – tão calmo e paciente – ao colapso.

- Agora estou mais aliviado – confessou ele sorrindo e abraçando-os.

- Então, você vai voltar, né? – perguntou Tom, embora achasse que as coisas não se resolveriam tão facilmente.

- A Simone tem que mudar para isso – Gordon pensara muito durante o afastamento e decidira que era o momento de defender um pouco seu amor próprio em vez de continuar aceitando cegamente o comportamento absurdo de Simone. Isso entristeceu os irmãos, que tinham certeza de que um milagre não aconteceria tão cedo – Eu sei que é difícil passar por isso de novo, afinal vocês ainda eram bem novos quando seus pais se separaram e...

- Conhecemos a estória, Gordon – disse Tom interrompendo-o.

- Ah... – o ar voltara a ficar tenso, mas não ocorreram novas palavras até o sinal bater. Gordon endireitou-se, encabulado - Se precisarem de algo me liguem.

- Tá. – responderam automaticamente.

- Agora eu tenho que ir e... Por favor, meninos, peguem leve com a mãe de vocês.

- Vamos tentar – disse Tom, cruzando os braços.

- Não garantimos nada – Bill apressou-se a dizer.

- Eu amo vocês – disse ele abraçando-os novamente.

- Nós também – disseram eles bagunçando o cabelo de Gordon.

- Obrigado, Aline. – disse Gordon, sorrindo para a menina, que se manteve um pouco afastada da conversa.

- De nada – murmurou. Os gêmeos juntaram-se a ela quando Gordon se foi e os três foram para a sala e sentaram-se no fundo como de costume. Frau Kneifel entrou e avisou que fariam uma atividade diferente; a turma seria dividida em trios para resolver os problemas que ela colocaria na lousa. O trio que acertasse mais problemas ganharia um ponto extra cada. Obviamente os gêmeos e Aline se juntaram. Os burros legais sempre procuram os inteligentes bonzinhos e bestas.

A professora colocou o primeiro problema no quadro e dez minutos depois Tom consegui resolver.

- Consegui! – exclamou surpreso.

- Que bom que você conseguiu entender alguma coisa do que eu te ensinei. – parabenizou-o Aline.

- Ele não é tão burro assim – comentou Bill, que ainda olhava para os próprios rabiscos sem entender o que fizera.

- Quando eu quero algo Aline, eu consigo – disse Tom, piscando.

- Nossa... – debocharam Bill e Aline, rindo da indireta do garoto.

- Acabamos professora! – disse Tom, ignorando-os.

- Pois muito bem, pode vir aqui na lousa – ele foi até lá e resolveu, sob um coro de “Ooohh” da turma muito surpresa com sua manifestação de inteligência.

Frau Kneifel passou mais alguns problemas, a maioria Aline resolvia e ao fim da atividade, não foi novidade o trio que ganhou e, por isso ganharam o ponto extra, o que deixou Mariana furiosa.

Como ela pode ser melhor que eu?!” – pensou.

No intervalo.

- Nem acredito que é hoje! – disse Bill.

- O que é hoje? – perguntou Aline sem entender a euforia do Kaulitz mais novo.

- Hoje é ultimo dia que limpamos essa merda de refeitório – responderam os gêmeos, Aline riu.

Por um lado aquela detenção irritava profundamente os Kaulitz, mas depois que Aline passou a ficar todos os dias com eles até terminarem isso teve um lado bom, assim poderiam passar mais tempo com ela.

Depois de um pouco mais de 20 minutos os Kaulitz e Aline terminaram de limpar tudo.

- Estamos livres! - gritou Tom subindo em cima de uma das mesas e colocando as mãos para o alto.

- Você acabou de limpar – disse Aline.

- Tô nem aí! – Bill e Aline riram.

- Temos que ir – disse Bill – A aula de Ed. física. – lembrou ele, o que fez Tom descer da mesa rapidamente e se juntar aos dois.

Correram rapidamente ao vestiário – vestiários diferentes, é claro – e depois se dirigiram a quadra.

De todas as aulas que tinham naquele colégio sem duvida Ed. física era a que os três mais detestavam.

- Estão atrasados – disse o professor.

- Sabemos disso – disseram os gêmeos.

- Para a arquibancada! – gritou o professor. Eles obedeceram de bom grado – As garotas jogam queimada, vamos formem times! – as garotas que estavam na quadra começaram a se dividir rapidamente, enquanto que Aline fingiu não ser uma menina – Você também Marback!

- Eu? – perguntou a garota.

- Não, eu! – ironizou o professor. – Desce logo daí!

- Boa sorte – desejaram os gêmeos rindo.

- Valeu – ela desceu e se juntou ao time do lado esquerdo da quadra. O time do lado direito era liderado por Mariana.

- As duas representantes no centro da quadra pra decidir quem fica com a bola. – depois de um impar ou par, o time de Mariana venceu. – Prontas?

- Sim – respondeu Mariana.

O jogo começou e Mariana apenas mirava em Aline que se desviava com muito esforço, até que a bola acertou em cheio seu rosto e por causa do impacto caiu no chão. Os gêmeos se levantaram juntos ao ver a amiga no chão.

- Eu estou bem – falou ela ao ver que uma roda de garotas se formara em volta dela. Aline se levantou devagar e o jogo continuou.

Mariana persistia em “queimar” Aline, mas a agilidade da garota a estava cansando e deixando-a quase sem paciência. As pessoas foram sendo “mortas” pouco a pouco até que restou apenas Aline e Mariana.

- Agora é só você e eu. – disse Mariana.

Depois de um corre corre pra lá e para cá Aline “matou” Mariana.

Os gêmeos e o time de Aline a ovacionaram o que a fez corar de leve.

- Vamos, saiam da quadra, é a vez dos garotos – gritou o professor.

- Vamos beber água? – perguntou Aline quando os gêmeos desceram da arquibancada para parabenizá-la pela partida ganha.

- Ahan – disseram os dois – Não estamos nem um pouco a fim de jogar – disse Tom – Mesmo porque o Bill iria quebrar com uma bolada daquelas. – Aline riu.

- Você hein? Cheio de piadinhas – disse Bill saindo com eles da quadra.

- Ei Aline! – chamou Mariana correndo para alcançar os três – Eu queria falar com você.

- Quer pedir desculpas pela bolada? – perguntou Tom

- Isso também, mas eu vim pedir para que você aceite ser minha amiga.

- O que? Mas como assim? Do nada? – perguntou Aline.

- Sei que não começamos bem, mas não quer dizer que não podemos ser amigas, não é? – os gêmeos olharam para Aline e ela não soube o que dizer.

- Acho que o fato de você ser irmã do Greg não significa que seja igual a ele, certo? – disse Aline olhando para os gêmeos.

- Não sei não – disse Tom bem baixo.

- Não sou igual a ele, isso eu te garanto – respondeu Mariana – Eu sei que sou muito competitiva, mas acho que exagerei esses dias e..

- É claro que você pode ser minha amiga. – disse Aline interrompendo-a e exibindo um sincero sorriso.

- Que ótimo! E será que posso começar de novo com vocês? – perguntou ela para os gêmeos, que ficaram calados olhando para lados diferentes, fingindo-se de desentendidos. Aline os cutucou por ver que Mariana desmanchava seu sorriso pouco a pouco.

- Sim – responderam eles entre tossidas.

- Obrigada pela segunda chance! – disse ela sorrindo - Eu vou indo – disse acenando. Os três retribuíram o aceno e seguiram caminho para o bebedouro da escola, depois daí decidiram não voltar à aula, então foram para os fundos da escola.

Aline e os gêmeos sentaram-se nos bancos e passaram o tempo conversando até que a aula de educação física terminasse, depois voltaram para a sala e não prestaram nenhuma atenção na aula porque ficaram trocando bilhetes.

***

Ao final da aula os três saíram da sala e Mariana foi até eles para se despedir, estranharam um pouco, mas tentaram se ajustar ao jeito da menina. Depois de alguns cumprimentos de despedidas Bill, Tom e Aline foram embora.

- Ainda estou com um pé atrás com essa estória de amizade – disse Bill.

- Eu também, como ela pode ter mudado do nada? – perguntou Tom.

- Não tenho resposta para isso, mas não tem mal nenhum em dar uma segunda chance – disse Aline.

- Para mim, ela é bipolar – Tom disse e Bill riu - Só espero que vocês não fiquem sempre juntas falando de meninos e esqueça-se da gente. – Aline riu.

- É sério? – perguntou ela.

- É claro, afinal vocês são meninas! – disseram em uníssono parecendo realmente preocupados.

- Só para vocês ficarem sabendo, esse nunca foi meu assunto preferido e não é agora que vai ser e eu jamais vou deixar vocês de lado, vocês são meus melhores amigos, são os únicos garotos no meu coração. – disse ela sorrindo.

- Sei... – disse Tom segurando as alças da mochila e ainda não convencido.

- Deixa de ser desconfiado garoto! – disse ela batendo em sua cabeça, fazendo-o rir. – Ah! O Georg também está no meu coração – disse ela sorrindo ao imaginar o jeito dele

- Georg?! – disseram os gêmeos.

- Sim, ele também é meu amigo oras! – afirmou ela não vendo problema algum nisso.

- Só amigo? – perguntou Tom sorrindo sarcasticamente.

- Claro! – respondeu ela indignada com a insinuação de Tom.

- Cuidado com ele – alertou.

- Porque ele me faria algum mal? – perguntou a garota.

- Digamos que ele seja um mulherengo...

- Mirim – completou Bill entrando na brincadeira do irmão.

- Conta outra! Com aquela cara não pega nem resfriado – disse ela.

- ‘Cê que sabe se acredita ou não – disseram eles – Tá avisada – completaram eles dando de ombros.

– Mas o Tom está indo no mesmo caminho por causa da convivência – disse Bill e Tom riu.

- Podem para com isso! – disse Aline rindo, tentando convencer-se mentalmente de que aquilo era mais uma brincadeira dos Kaulitz – Bem, até! - disse ela quando chegaram ao ponto em que se separavam; abraçou-os ao mesmo tempo, beijando uma bochecha de cada e depois deu as costas para os Kaulitz seguindo pelo caminho de casa.

- Cuidado com aquele tarado! – gritou Tom rindo.

- Era só uma brincadeira, não era? – perguntou Aline a si mesma.


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Notas finais do capítulo

Não é uma volta, até porque ando muito ocupada para postar, mas eu mesma gostaria de postar outro em breve.
Acho que o nome do capitulo não combinou, mas tinha que dar continuidade com o mesmo nome do outro ^^ Mas o proximo combina, hehehehe.
o/



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