Rette Mich escrita por gaara do deserto


Capítulo 19
Nuvens de Tempestade - Um Desejo (Parte III)


Notas iniciais do capítulo

Hey! Dessa vez não demorei muito!
Achei que o capitulo ficou beeeem grande, mas não conseguir corta-lo.
De qualquer jeito, por favor, leiam.



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Ao chegar em casa Aline procurou pela mãe e encontrou uma Sophia perdendo de 10 a 0 para o sapato que tentava colocar nos pés.

- Ah... Quer uma ajudinha? – perguntou a garota sorrindo e segurando a alça da mochila que escorregava.

- Não... Eu já estou quase conseguindo – disse Sophia com dificuldade, mas depois de alguns segundinhos finalmente conseguiu colocar o sapato – Sempre tive problemas com esse – explicou a mãe – Eu estou atrasada filha, acho que esqueci de te falar ontem, mas nessa primeira semana eu vou ficar no turno da tarde, mas a partir da semana que vem eu irei trabalhar o dia inteiro e só voltarei a noite.

- O que?

- Acha que pode se cuidar sozinha?

- Claro, mas...

- Ótimo filha, agora tenho que ir, tem comida no microondas – disse Sophia dando-lhe um beijo na testa. – Tchau!

- Tchau mãe... – Sophia saiu e Aline a observou ir pela janela – Eu te amo. – disse ela um pouco triste.

***

Enquanto isso Georg estava indo à casa da mãe, ela se mudara para ficar mais perto do filho, mas até então ainda não tinha ido visitá-lo.

Não foi complicado chegar ao endereço que ele tinha em um pequeno papel, que guardará desde que seus pais se separaram; apenas pegou um ônibus e andou algumas quadras até chegar a rua indicada. Apressou-se a procurar pelo numero da casa, pois o céu estava nublado.

Quando achou, ficou um tempo parado pensando no que diria a sua mãe, respirou fundo e finalmente apertou a campainha. Começou a ficar agoniado com a demora em abrirem a porta, então apertou outra vez a campainha.

Depois de conseguir ouvir barulhos de chaves na porta, colocou seu melhor sorriso no rosto, mas que se desmanchou quando viu que não era sua mãe que abrira a porta.

Um homem alto e de cabelos grisalhos abriu a porta e Georg pensou ter errado de casa.

- Pois não – disse o homem.

- Ah, você mora aqui? – perguntou.

- Sim e quem é você? – perguntou o homem.

No momento em que Georg ia responder sua mãe apareceu. Ela tinha cabelos curtos e cacheados e os olhos que Georg herdara.

- Filho? – falou a mãe exibindo um sorriso enorme nos lábios.

- Filho?! – repetiu o homem parecendo bastante surpreso – Você não me disse que tinha filhos.

- E quem é você? – perguntou Georg que não gostou nem um pouco do tom de voz do homem parado a sua frente.

- Eu sou Lars

- Lars? – falou Georg com uma cara engraçada, quase rindo – Que espécie de nome é esse?

- Querido! – exclamou a mãe. – Ele é meu namorado – disse ela sem encarar o filho.

- Isso mesmo – disse Lars.

- Como é que é? Você está na mesma cidade do que eu e ao invés de ir me visitar para saber se ao menos estou bem, você fica farreando com um cara com um nome ridículo!

- Filho eu estava resolvendo minha situação e é claro que logo iria te visitar!

- Logo quando?! – perguntou Georg sem paciência, e sua mãe nem respondeu - Bem, parece que você já não se importa se estou na sua vida ou não.

- De onde você tirou isso Georg?!

- Você não tinha dito a ele que tinha filho – disse olhando com desprezo quando se referiu a Lars.

- Mas é porque nos conhecemos faz pouco tempo e...

- Isso não tem desculpa para mim! – disse Georg

- Tudo bem eu gosto de crianças – disse Lars

- Eu já vou indo – falou o garoto indo embora.

- Georg! – chamou a mãe, mas o filho não voltou.

Georg sentia um misto de raiva e tristeza e não pensou duas vezes em quem procurar para se acalmar e se animar, aquela vizinha irritante, mas que ele tanto adorava.

***

Na casa de Aline a campainha tocava loucamente e mesmo ela gritando o “já vai” várias vezes, a campainha não parava de ser apertada. Quando ela olhou pela janela e viu que era Georg a única coisa lhe que veio a cabeça foi o que Tom dissera sobre o amigo, então mesmo um pouco receosa ela abriu a porta e Georg irrompeu pela porta furioso.

- O que deu em você? Está bem?

- Pareço bem?! – gritou ele.

- Não precisa falar assim – disse ela não acostumada a ver Georg naquele estado. – Senta – disse Aline indicando o sofá; ela foi até a cozinha e buscou um copo d’água e entregou-o a Georg. – Tá mais calmo agora?

- Não.

- Pode ao menos me contar o que você tem? – perguntou Aline e ele assentiu, então ela pegou uma cadeira e sentou-se longe de Georg.

- Eu não mordo – disse ele sem entender por que ela não sentara ao seu lado – Senta aqui – disse ele indicando o lugar vago no sofá.

Sem argumentos, Aline fez o que ele pediu.

- O que você tem? – perguntou ele estranhando o comportamento dela.

- Nada, me conta o que aconteceu – respondeu ela mudando rapidamente de assunto.

- Fui visitar minha mãe – contou ele cabisbaixo.

- E como foi?

- Horrível! Eu não gostei nada da idéia de ela ter um namorado. Ela liga mais para ele do que para mim.

- Está sendo ridículo – disse Aline calmamente após entender o motivo do estresse de Georg.

- O que?

- Georg, sua mãe tem todo direito de recomeçar a vida dela com outro homem.

- Mas não faz muito tempo que ela se separou do meu pai e já colocou outro homem na casa dela! Ela não está nem aí se estou bem ou não.

- Está confundindo as coisas.

- Ela nem contou que tinha filho – disse Georg parecendo nem ouvir Aline.

- Vai ver ela estava preparando ele para contar, homens não gostam muito de mulheres que já tenham filhos.

- Não fica defendendo ela não, você sabe que ela está errada! Minha mãe já está a um tempão na cidade e nem veio me visitar.

- Talvez ela não queira encontrar com Henry.

- Aline! – exclamou ele irritado por ela não estar do seu lado.

- O que?

- Nada... Não quero mais falar desse assunto por hoje tá?

- Tudo bem, mas ainda acho que você está errado.

- Dane-se! – gritou Georg e Aline achou melhor nem tentar “gritar mais alto”, apenas esperou que ele se acalma-se.

– O que quer fazer? – perguntou Georg depois de um longo silêncio.

Chegou mais perto de Aline porque ela distância por menor que fosse estava o incomodando, mas ela se levantou subitamente. – Sinceramente Aline, fiz algo a você? – perguntou ele caminhando até a garota que se afastava mais e mais.

- N-Não.

- O que foi? Eu disse alguma coisa que você não gostou?

- Não.

- Então qual o problema de eu chegar perto de você?

- É que hoje... – disse ela decidida a contar o motivo bobo por estar agindo daquele jeito – Hoje os gêmeos me contaram que você é meio safado sabe? Mulherengo. – Georg começou a rir descontroladamente – Para Georg!

 - É que isso é totalmente ridículo! Aline eu não vou fazer nada com você, a não ser que você queira é claro – explicou Georg bem humorado – Eu já fiquei com algumas garotas, nada muito sério e eu espero que essa estória idiota não mude em nada na nossa amizade. Agora tira essa idéia da sua cabeça e para de se afastar de mim – ele a puxou pela cintura e a abraçou – Apenas amigos.

- Estou me sentindo idiota. – disse ela cobrindo enquanto o abraçava.

- E você é. – ela riu.

- Você que é.

- Não importa o que eu seja com tanto que eu esteja com você.

***

Na casa dos Kaulitz uma grande onda de tédio foi quebrada por um telefonema.

- Alô? – disse Tom que desceu rapidamente até a sala.

- Oi Tom, sou eu Gordon.

- Gordon! E aí, como é que ‘cê tá? – perguntou o garoto contente em ouvir a voz do pai.

- Eu estou bem, mas com saudade de vocês.

- Nós também estamos...

- Por isso que eu liguei para perguntar se você e o Bill querem passar o final de semana comigo em Magdeburg – disse Gordon animado.

- É claro que queremos!

- Mas vocês sabem que tem de avisar Simone primeiro – avisou Gordon.

- Sem problemas – disse Tom confiante de que convenceria a mãe.

- Falando nela, ela está bem? – perguntou Gordon tentando fingir o máximo possível que não estava tão preocupado com ela.

- Na medida do possível.

- Ah, não diga a ela que perguntei se estava bem – sabendo que não tinha convencido o garoto.

- Se fazendo de difícil é? – perguntou Tom rindo.

- O convite tá feito, me ligue se ela deixar – disse Gordon tentando escapar das gracinhas do filho.

- Com certeza! – disse o garoto rindo da atitude do pai.

- Tchau, mande um beijo para o Bill.

- Tchau. – eles desligaram e Tom subiu correndo para contar a novidade a Bill.

- Quem era? – perguntou Bill analisando alguns rascunhos de canções que fizera no dia anterior.

- Gordon.

- Sério?! O que ele queria? – indagou o irmão se ajeitando na cama.

- Convidou a gente para passar o final de semana com ele em Magdeburg!

- Isso é ótimo!

- Mas temos que pedi para mamãe – disse Tom fazendo uma careta.

- Ah sério? – perguntou Bill desanimado.

- É.

- Não podemos só fingir que pedimos?

- Claro que não né idiota! Como vamos passar com malas pela porta sem ela perceber?! E acha mesmo que ela não vai notar nossa falta? – disse Tom batendo no irmão.

- Aaah que chato! Vamos lá então – disse Bill puxando o outro.

Batidas de leve foram dadas no quarto de Simone para o caso de ela estar dormindo – Podemos entrar? – perguntaram eles.

- Claro – respondeu ela e eles o fizeram.

- Mãe o Gordon ligou e... – apressou-se Tom a dizer

- Quando ele ligou?! – perguntou ela interrompendo de súbito o filho.

- Ainda pouco, a senhora não ouviu o telefone?

- Não, ele perguntou por mim?

- Ah, não – mentiu Tom como Gordon havia mandado.

- Ele nos convidou para passarmos o final de semana com ele em Magdeburg, podemos ir? – perguntou Bill.

- Podem sim – respondeu ela sorrindo ao ver enormes sorrisos formando-se no rosto dos filhos.

- Você vai ficar bem? – perguntou Bill.

- Vou sim.

- Se quiser podemos ficar, não queremos deixar você sozinha, mas também estamos com saudades do Gordon – disse Tom.

- Não, vão tranqüilos, eu provoquei tudo isso agora tenho que agüentar as conseqüências não é?

- Mãe... – disse Bill.

- Deixem a mamãe sozinha, por favor. – eles obedeceram e voltaram a seus quartos.

- Seria legal se Aline fosse com a gente não é? – perguntou Bill a Tom

- Isso Bill, vamos convidar ela!

- Ia ser legal também se Georg fosse junto né?

- Ah, isso eu já não sei... – disse Tom sério enquanto procurava o telefone da amiga.

- As vezes acho que você tem ciú...

- Vamos ligar para Aline então? – disse Tom cortando o irmão assim que achou o numero de Aline.

- Alô?

- Aline aqui é Tom

- Oi Tom, que surpresa ligar pra mim, aconteceu algo?

- Não, Não – respondeu o garoto tentando afastar Bill que queria escutar a conversa dos dois – Só liguei para te fazer um convite.

- Convite?

- É, queria saber se você não gostaria de passar o fim de semana com a gente em Magdeburg.

- Magdeburg? Poxa ia ser muito legal e eu adoraria, mas isso depende de minha mãe. Ah, vocês vão sozinhos?

- Não, vamos com Gordon e estamos pensando em convidar o Georg.

- Ah seria ótimo!

- Daqui a pouco vamos ligar para ele – “também não precisava ficar tão animada quando falei do Georg” – pensou o Kaulitz mais velho.

- Ah! Não precisa, ele está bem aqui do meu lado.

­- O que ele está fazendo aí? Estão sozinhos?!

- Sim, ele está aqui me fazendo companhia, ia ser um tédio ficar aqui sozinha até minha mãe chegar.

- Sei... Deixe-me falar com ele, por favor – o gêmeo mais velho não gostou muito disso, mas mesmo assim deixou de lado. Ele esperou um pouco, mas logo a voz de Georg soou do outro lado da linha.

- Alô?

- Queríamos te convidar para passar o final de semana em Magdeburg com a gente, acabamos de convidar a Aline, quer ir? – perguntou Tom colocando no viva-voz para que Bill pudesse escutar sem se jogar em cima dele.

- Tenho que falar com meu pai, mas por mim ‘tô dentro!

- Ei Georg não está dando em cima da Aline né? – perguntou Bill entrando na conversa.

- Ah... Claro...

- O QUE?!! – gritaram os gêmeos fazendo Georg afastar o aparelho do ouvido.

- Como eu ia dizendo, claro que não.

- Quem bom, se não eu matava você – disse Tom

- Calma que eu não mexo no que não é meu.

- Bem, te ligamos para saber a resposta depois – disse Bill tentando acabar com aquela conversa e com aquele clima estranho que se seguiu.

- Ok, tchau para vocês.

- Tchau – disseram os gêmeos desligando.

***

Na maior parte do tempo que Georg e Aline passavam sozinhos, eles conversavam bastante e por isso aos poucos ele se tornava a pessoa que mais a conhecia.

- Que tal jogarmos hoje hein? – perguntou Aline com as mãos na cintura

- Por mim... – disse Georg dando de ombros.

- Ótimo! Prepare-se para perder! – disse a garota subindo as escadas correndo e quase caindo quando chegava ao andar de cima. Georg riu.

Um tempo depois ela voltou com alguns jogos em mãos.

- Vejamos... – disse ela olhando jogo por jogo

- O que você tem ai?

- Praticamente só jogo de luta – respondeu ela rindo

- Tudo bem, eu gosto.

Aline colocou o jogo no console, eles escolheram seus lutadores e começaram a lutar.

Depois de um tempo jogando...

- Cadê o “prepare-se para perder”? – disse Georg.

- Ah cala a boca! – disse Aline se jogando no sofá depois de mais uma partida perdida – Eu vou querer revanche!

- Pode pedir quantas vezes quiser que você não vai ganhar de mim – disse ele.

- Seu convencido! – disse ela batendo nele e depois os dois tiveram um ataque de riso.

- Ah... Aline – disse Georg tentando falar rindo – Já está na minha hora.

- Sério? Mas ainda tá claro.

- Tá cega é? – perguntou Georg – Olha para a janela, já está escuro e meu pai já deve estar em casa.

- Nossa, eu nem vi o tempo passar – ele riu.

- A gente se ver amanhã – falou ele sorrindo e abraçando tirando-a do chão. Ela despediu-se e o levou até a porta.

***

No casa do vizinho da frente...

- Oi pai!

- Boa noite, agora você vive na casa da Aline é?

- Por que não posso?

- Claro que pode, mas o que parece é que vocês dois estão namorando, ‘tá gostando dela filho? – perguntou Henry sem rodeios.

- Não pai, por que todo mundo acha isso hein?! Não posso ter amiga mulher?

- Se tratando de você e conhecendo você como eu conheço, eu acho que não pode não – respondeu Henry bem humorado.

- Eu vou subir tá?

- Espera Georg – disse ele tendo uma súbita mudança no tom de voz.

- O que foi? – disse ele descendo do degrau que acabara de subir.

- Por que não me disse que foi à casa de sua mãe hoje? – a pergunta foi como um soco no estômago de Georg.

- Como sabe disso? - perguntou confuso.

- Ela me ligou no trabalho.

- Tentei te ligar, mas...

- Ahan, não caio nessa não tá? Você não acha que devíamos conversar um pouco?

- Para falar a verdade não – disse Georg numa tentativa de se livrar do pai.

- Boa tentativa – disse Henry levantando-se de sua confortável poltrona para puxar Georg para perto de si. O filho sentou-se ao lado de seu pai no sofá – Filho, sua mãe eu já não estamos mais juntos e ela pode namorar com quem quiser, agora sua mãe é livre. Se ela está feliz com aquele cara não há nada de mal em apoiá-la certo? – Georg permaneceu calado apenas lançou um olhar ao pai, este que entendeu tudo.

- Olha filho, se está com ciúmes a única coisa que tenho a lhe dizer é que isso é ridículo e extremamente infantil. Se quiser conquistar Aline vai ter que mudar sua postura.

- Já disse que somos só amigos por que não acredita em mim?!

- Por que nem você quer acreditar em si mesmo, mas voltando ao assunto seu aborrecente, vai pedir desculpas a sua mãe e aceitar aquele cara?

- Não mesmo, não gostei dele.

- Se você não for por vontade própria eu te obrigo e Georg Moritz Hagen Listing você sabe muito bem que se eu digo, eu faço.  Certo?

- Ok ok, eu faço o que está pedindo... Ah, os gêmeos me convidaram para passar o final de semana em Magdeburg.

- Ótimo! Você está sem escapatórias Listing, vai ter que passar pela casa de sua mãe se quiser ir até lá – disse Henry e depois riu de ter vencido a “briga” entre os dois.

***

Enquanto isso na casa da Aline, Sophia chegou do trabalho, tirou o sapato alto que lhe davam uma bela dor nas costas, mas que infelizmente era obrigada a usá-los; tirou o blazer preto que vestia e se jogou no sofá.

- Parece cansada – disse Aline que estava sentada ao pé da escada.

- Que susto Aline! – disse Sophia colocando a mão no peito.

- Quer um café? – perguntou Aline depois de rir da reação da mãe.

- Seria ótimo!

- Então você não acha melhor tomar um banho enquanto eu preparo seu café?

- Sim, eu acho isso uma boa – disse Sophia levantando-se do sofá e dando um beijo demorando na cabeça de sua filha, depois subiu para seu quarto.

Aline foi para a cozinha, preparou um café bem forte do jeito que Sophia gostava e colocou em um prato alguns biscoitos de polvilho que sua mãe adorava.

Não demorou muito e Sophia desceu enrolada em um roupão e os cabelos amarrados em um coque; sentou-se ao lado de Aline que a esperava. Sophia levou a xícara de café à boca.

- Está do jeitinho que eu gosto, obrigada.

- De nada.

Aline apoiou o queixo no dorso da mão e ficou a observar sua mãe enquanto comia.

- O que foi? – perguntou Sophia.

- Sinto falta do tempo que passávamos juntas, passávamos a tarde inteira grudada uma na outra.

- Eu também sinto falta, mas eu sei que você arrumou uma ótima companhia para passar a tarde – disse Sophia rindo.

- Georg é só um amigo.

- Seeeeeiiii – disse Sophia cutucando a filha na barriga.

- Mãe, por favor, pare com isso – pediu a garota.

- Só quero que você passe por todas as fases da adolescência e experimente tudo.

- Só não posso ir tão longe como você foi né? – perguntou Aline sorrindo.

- Olha lá como você fala comigo – disse Sophia ficando séria.

- Bom, então já que você quer que eu experimente tudo...

- Ih lá vem! – disse Sophia revirando os olhos e tomando um gole do café quente – Manda.

- Os gêmeos me convidaram para passar o final de semana com eles em Magdeburg.

- Não.

- Mãe! Gordon vai junto.

- Não sei Aline, eu não vou estar com você e com certeza vou te encher o saco ligando.

- Não tem problema, pode me ligar quando quiser,

- Ainda não sei.

- Por favor! Prometo que vou me comportar, ah e Georg também foi convidado.

- São homens Aline, você não podia ter uma amiga mulher?

- Mãe... Vai apelar para isso agora? Se serve de consolo o Bill usa maquiagem – Sophia riu.

- Você vai insistir até a morte né?

- Ahan!

- Ok, você pode ir...

- AH SÉRIO?! Obrigada, obrigada!! – disse a garota enchendo a mãe de beijos.

- Certo mocinha, mas aonde você vai ficar?

- Boa pergunta – disse Aline.

- Só pode ficar em um hotel se Gordon e os gêmeos ficarem nele.

- Vou ligar para eles então – Aline correu para discar o numero de Bill.

- Alô? – disse a voz calma de Bill.

- Oi! É a Aline.

- Aline! – depois disso a garota só ouviu um baque do outro lado da linha.

- Ah, tudo bem aí?

- Sim, sim! Tudo ótimo! – disse Tom que acabara de empurrar o irmão para pegar o celular.

- Oi Tom! – disse ela rindo – Liguei para perguntar onde vocês vão ficar em Magdeburg.

- Espera, então quer dizer que você vai?

- Quase 100% que sim.

- Que ótimo! – exclamou Tom, e Aline pode ouvir um “rezar deu certo” que pareceu não sair da boca de Tom e sim da de Bill que estava ao lado do irmão ouvindo a conversa.

- Como assim rezar? – perguntou ela rindo.

- Ah, é que Bill está indo dormir

-Ok...

- Bem, nós vamos ficar em um hotel. Nada muito luxuoso, mas é bem legal lá – disse Tom interrompendo-a.

- Ok, então vou dizer a minha mãe.

- Certo, voltamos domingo a noite.

- Ahan, tenham uma boa noite – desejou ela.

- Obrigado, boa noite para você também.

- Boa noite! – desejou Bill tirando da mão de Tom o celular – Sonhe comigo.

- E comigo! – disse o gêmeo mais velho pegando de volta o celular.

- Tudo bem – falou entre risadas.

- Tchau! – disseram em uníssono.

Aline desligou o telefone e voltou para a cozinha.

- Demorou todo esse tempo só para perguntar onde eles vão ficar?

- Eles vão ficar em um hotel – disse ignorando a pergunta da mãe.

- Certo, então de manhã te dou o dinheiro necessário para estadia do hotel, para refeições e mais um pouco extra ok?

- Obrigada.

- Agora vai dormir – mandou Sophia batendo na bunda de Aline.

A garota subiu, trocou de roupa e deitou-se na cama pronta para dormir. No entanto ela não conseguiu, pois a felicidade lhe tomara conta e espantara o sono. Ela começou a imaginar como aquele fim de semana ia ser bom e tudo aquilo que poderiam fazer juntos.

- Posso entrar? – perguntou Sophia batendo na porta do quarto.

- Claro mãe! – ela o fez – Que foi? – perguntou a menina quando percebeu que sua mãe a encarava.

- Que carinha boba é essa?

- Boba? – Aline colocou as mãos no rosto – Não é nada – disse ela com a voz abafada.

- Ai, ai minha filha – Sophia sentou-se ao lado dela – Posso dormi com você hoje sua bobinha?

- Se parar de me chamar de bobinha sim – Sophia riu e se deitou abraçando a filha.

Não demorou muito e seus olhos começaram a pesar, no entanto Aline relutou mais um pouquinho para ficar olhando Sophia dormir.


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Notas finais do capítulo

Quer lhes dizer que nessa viajem vai aparecer uma pessoinha muito fofa, que tenho certeza que vocês a conhecem...
*Desculpe se cansei vocês com esse capitulo ok?*
Mandem reviews, por favooor!