A História não contada de Apolo e Ártemis escrita por Biah


Capítulo 23
Há uma linha tênue entre uma ideia brilhante e uma loucura total


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal. Muito obrigada por lerem a história ainda, isso significa muito para mim. Sinto muito por não postar com mais frequência, estou na faculdade e está bem complicado mesmo, mas como entrei de férias agora, consegui postar. Eu estou profundamente triste porque meu cachorrinho que estava há mais de 15 anos comigo faleceu ontem, e creio que tenha sido por minha culpa. Continuo pensando que devia tê-lo tratado melhor, ele não merecia o que aconteceu. Por ele ser velhinho, não sobreviveu à anestesia do veterinário. Tô de coração partido, então me perdoem por não escrever um final melhor pra esse capítulo.

Gostaria de agradecer aos leitores que acompanham, comentam e curtem a page do Face, e queria agradecer à Gabi que me mandou mensagem na page pedindo atualização, aquilo aqueceu meu coraçãozinho gelado. Espero que gostem, me desculpem por não escrever algo melhor que isso.



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— Há uma linha tênue entre uma ideia brilhante e uma loucura total, Artie. – Diz Anya, de braços cruzados. Anya, Chrys, Gabriel, Lexis, Circe e Ártemis estão em uma das salas de música – também conhecidas entre os Caçadores como “salas de conforto” – discutindo sobre como proceder com o plano (ou ao menos pensar em algum). O clima ficou meio estranho depois que os Olimpianos apareceram no Templo das Luas Gêmeas, e agora não seria diferente.

— É uma ótima ideia. – Chrys sorri. – Essa será de longe a nossa maior aventura.

Ártemis sorri, o que faz suas olheiras profundas ficarem ressaltadas em seu rosto anormalmente fino. Ela usa roupas de couro pretas com uma capa roxa escura com detalhes em prata, a capa fora insistência de Zeus para que ela lembre-se de que não é somente uma caçadora, mas também há sangue divino correndo em suas veias.

— A aventura de nossas vidas, então? – Sugere a Olimpiana.

— Vai ser de matar. — Circe sorri diabolicamente segurando sua varinha com firmeza. A bruxa definitivamente se sentia ameaçada e, apesar de sua boa vontade, todos sempre souberam que Circe poderia ser uma agente do caos.

— Cabeças vão rolar. – Sussurra Chrys. A bruxa olha para ele com um sorriso de causar calafrios.

— Pode apostar o seu grifo que sim. – Lexis revira os olhos:

— Arranjem um quarto, vocês dois. – Ela olha para Gabriel, que está no canto da sala, ignorando o restante. – Angelie poderia vir a calhar, você sabe. – Ele a encara de soslaio:

— Deixe a minha irmã fora disso. Ela tem problemas e responsabilidades bem maiores do que nos ajudar.

— Mas ela com certeza nos ajudaria de qualquer maneira; se você pedisse a ela. – Insiste a garota de cabelo roxo. Gabriel lança-lhe um olhar severo de repreensão:

— Os Cavaleiros não irão se envolver nisso, Lexis. Ponto final. - Ela bufa:

Um príncipe e tanto, não? — Debocha e em seguida revira os olhos mais uma vez, jogando suas costas no encosto do sofá.

— Cale a boca, Lexis. – Para a surpresa de todos, é Chrys quem a repreende. Suas feições estão cobertas de seriedade. Seu característico sorriso sedutor desapareceu assim que escutou a palavra “príncipe”. Ele conhece bem a história de seu melhor amigo e o conhece o suficiente para saber que falar sobre a realeza dos Cavaleiros é uma das coisas que mais o deixa furioso.

— Príncipe? – Questiona Ártemis. Um silêncio ensurdecedor preenche a sala instantaneamente. Pela primeira vez desde a reunião com os Olimpianos, Ártemis dirige-se a Gabriel – Você é um príncipe, Gabriel?

O ruivo se mantém calado.

— Por que não me contou? – Pergunta a morena.

— Eu não devo satisfações a você. – Ele rebate. – Você não sabe nada sobre mim ou sobre a minha família, e, sinceramente, prefiro que continue assim.

— Você poderia ter nos ajudado! – Exclama Ártemis. – Todo esse tempo, você poderia ter me ajudado a encontrar o meu irmão!

— Eu não devo nada a você! – A Olimpiana se cala. – Vocês Olimpianos são como uma praga maldita! Essa luta não cabe ao meu povo! - Ela olha no fundo dos olhos de Gabe, como sempre, um verde e outro azul. Ártemis tem dificuldade em decifrar os sentimentos do Cavaleiro. Antes pensava que ele realmente tinha algum sentimento por ela, que ao menos gostava dela, bem no fundo. Agora ela não tem mais tanta certeza disso. Sente a raiva fluindo em suas veias. Ártemis olha para Chrys e diz, em um tom perigosamente baixo, porém firme:

— Preparem-se. Reúnam a equipe. Peguem suas armas. Em breve iremos ao Reino Inferior.

Ártemis olha para Gabriel uma última vez antes de dar as costas e sair da sala, sem dizer mais uma palavra sequer.

{...}

Hera olha para as criaturas ao seu redor com curiosidade. Sem dúvidas ficar em seu esplêndido jardim no Olimpo é uma de suas atividades favoritas. A grande estufa do Templo das Luas Gêmeas é mais exótica se comparada ao seu jardim. Ela suspira. Está cansada da maneira como todos sempre a olham – ela sempre é vista como “a traída”, “a ciumenta” e “a vingativa”. Sim, ela exerce sua vingança sobre as amantes de Zeus, porém ela sabe que ele é o verdadeiro culpado. Quanto aos filhos ilegítimos do Rei do Olimpo, do ponto de vista de Hera, sua vingança é um dano colateral – afinal, muitas vezes Zeus se importa bem mais com os bastardos do que com suas amantes. Antes gostava da sensação de ser temida, das histórias sobre sua fúria ser espalhada aos quatro ventos para que todos soubessem o quão poderosa era; no entanto, passou a sentir alguma coisa se agitar dentro de si quando descobriu os Caçadores. Não sabe o que é, nem como descrever tal sensação.

Seus olhos chegam até um pássaro peculiar, com grandes olhos vermelhos e uma penugem azul cintilante. Ela sorri. O pássaro pousa perto dela e seu canto é diferente, acalentador. Seu bico fino e longo não condiz com seu canto, elegante e poderoso ao mesmo tempo.

Singer... — Ela ouve uma voz masculina ao longe, na direção da porta da estufa. – Singer, venha aqui... — O pássaro ao seu lado canta mais alto. Quando a rainha se dá conta, ela leva um susto ao ver um garoto de cabelos castanhos ao lado do pássaro. Ele acaricia a cabeça do pássaro. – Então é aqui que você estava, seu pequeno... – Seus olhos encontram os de Hera e o garoto fica desconcertado. – Ah! O-Olá, Majestade.

Hera franze o cenho o analisando. Tem cabelos e olhos castanhos, suas feições são joviais e seu porte físico é impressionante, principalmente pelo garoto ser forte e esguio. Ele sorri envergonhado mais uma vez, o que faz com que Hera tenha curiosidade o suficiente para observá-lo por um longo tempo, um tempo bem maior que o apropriado. No começo, o garoto se sente constrangido, porém ele logo passa a retribuir o olhar da rainha, admirando sua infinita beleza. O pássaro canta mais uma vez e o feitiço entre os dois é quebrado, ambos desviam os olhares para qualquer outra coisa.

— Há quanto tempo você é um Caçador? – pergunta Hera, sem se conter.

— Venho de uma família de Caçadores por parte de mãe, milady. – Ele sorri. A deusa se senta mais para o lado do banco e dá uma batidinha leve ao seu lado, para que o garoto se sente. Ele hesita por um momento, porém acaba cedendo e senta ao lado da Rainha dos Deuses.

— É isso o que quer para o seu futuro? Ser um guerreiro? – O castanho assente.

— Eu quero ajudar as pessoas. Nunca fui muito inteligente, por mais que me esforçasse. Nunca fui o corajoso ou o forte da família, nem nada disso. – Balança a cabeça levemente em negação. – Eu só... Não tenho mais nada para treinar, entende? – Seus olhos encontram os de Hera. – A única coisa que posso oferecer é o meu corpo.

As bochechas de Hera ficam levemente rosadas de vergonha. O menino arregala os olhos ao perceber o que disse e gagueja um pedido de desculpas desajeitado. A Olimpiana ri, divertindo-se com as reações do garoto. Ele coloca o rosto nas mãos ocultando sua face corada para que a rainha não o ache um idiota. Hera ri mais uma vez e instintivamente afaga as costas do garoto para consolá-lo, porém, ao fazê-lo, sente como se uma onda de eletricidade percorresse seu corpo. Ela tira apressadamente as mãos dele e tenta se recompor.

— Qual é o seu nome, Caçador? – Pergunta, tentando soar calma.

— Eu sou Fred. – O garoto sorri, o que faz com que suas covinhas fiquem aparentes. A deusa sorri de volta, estranhamente entretida pela figura à sua frente.

— É um prazer conhecê-lo. Sou Hera, Rainha do... – Ele interrompe e continua:

— Rainha do Olimpo, deusa do casamento, protetora das crianças e das mulheres. – Hera sorri.

— Bom, vejo que conhece bem os meus títulos. – O pássaro peculiar pousa no colo dela, então começa a acariciá-lo distraidamente com um sorriso suave em sua face.

— Vejo que o Singer gostou de você.

— Estou familiarizada com as mais diversas aves. Tenho pavões em meu jardim, já que simbolizam a mim. A companhia é agradável. – Ela coloca uma mecha do cabelo castanho atrás da orelha.

— Deve ser bem solitário. – Fred sussurra. Ela o encara:

 - O que disse?

— Deve ser solitário... Ter um cargo como o seu. – Ele inclina a cabeça levemente para o lado, parecendo um cachorrinho confuso. – Não é? Ainda mais fazendo tantos inimigos quanto você faz. A vingança tem um preço, não? Um bem alto, a julgar pela sua...

— Você pode parar, por favor?! – Interrompe ela, sentindo-se enjoada. Ninguém nunca a havia confrontado daquela forma, nem fora tão sincera quanto às suas atitudes. A pior parte é que ela nem consegue se sentir ofendida porque Fred fala tudo aquilo com a ingenuidade de uma criança. Hera reflete sobre o que dizer a ele, quando ele a surpreende, colocando a mão sobre a dela.

— Sinto muito, Majestade. Não quis ofendê-la. – A rainha o fita com incredulidade. Por alguma razão, ela não sente a urgência de ser hostil para com o garoto, ou de ameaçá-lo, como faria com qualquer outra pessoa. Ele sorri enquanto aperta levemente a mão de Hera, tudo no moreno indica sinceridade e clareza. Ela se sente diferente em relação a ele, porque Fred é tão simples e ingênuo que Hera não precisa se esforçar para desvendar suas intenções. – Quero que saiba que você não deve ver a mim como um inimigo, entende? – Seu sorriso cativante prende totalmente a atenção da deusa. – Pelo contrário, eu entendo que o cargo de rainha tenha muitos traidores e inimigos por perto, e que deve ser difícil lidar com isso... – Fred se perde por um instante nas orbes verdes de Hera, porém rapidamente recobra sua razão. – O-O que quero dizer é que pode me considerar um amigo, entende? – Atrapalhado, o garoto acaba por tirar a mão da de Hera e dar dois tapinhas leves em suas costas. – Sempre que precisar, camarada!

O Caçador, atrapalhado e atordoado pela deusa, sai apressadamente da estufa para não fazer mais nenhuma besteira, deixando uma Olimpiana intrigada e confusa para trás. Hera franze o cenho e olha para o pássaro:

Camarada?— Sussurra ela.

Singer sai voando para fora do recinto.

{...}

Enquanto isso, no castelo dos Alados...

Seus cabelos ruivos e ondulados cintilam como ondas de fogo selvagem à luz do sol. Suas grandes asas brancas são abertas, mantendo o mistério de sua face oculto. Dizem que a beleza da Rainha dos Alados é tamanha que já fez inúmeros inimigos caírem aos seus pés. Ela caminha a pés descalços para dentro da Floresta das Criaturas Perdidas, mentalmente saudando a Natureza e todos os Seres Vivos. Murmura uma saudação ao Sol, à Lua e às Estrelas, como sempre faz antes de entrar na Floresta, e logo dois pequenos homenzinhos surgem das árvores para recebê-la.

— Majestade. – Os dois dizem em uníssono, em seguida fazem uma reverência.

— O pequeno se recuperou? – Pergunta ela, seguindo pela grama azul que brilha marcando suas pegadas. Os homenzinhos a acompanham sem dificuldade, já que a ruiva faz questão de caminhar sem pressa.

— O pequeno pégaso conseguiu andar sim, Majestade, porém... – A Rainha o observa de longe, um pequeno filhote trotando em círculos na vasta clareira, enquanto outros alçam vôo. Ela comprime os lábios com frustração ao perceber que, apesar dele se impulsionar, não consegue ficar nem cinco segundos pairando no ar. Barulhos guturais saem da criaturinha, como lamúrias, como se estivesse implorando por ajuda.

— Suas asas estão tortas. Ele não conseguirá acompanhar o restante. – A Rainha então se aproxima do animal calmamente, o pégaso instintivamente a reverencia, o que faz com que ela sorria minimamente. Pégasos, há muitos séculos atrás, eram usados como a única montaria apropriada para a realeza. Os Alados acreditam que algo no cerne de tais criaturas os fazem reconhecer naturalmente um membro puro da realeza, e elas automaticamente o reverenciam como forma de demonstrar lealdade e respeito.

A ruiva se aproxima e começa a acariciar suavemente a cabeça do animal, que se mantém parado, totalmente calmo. Ela então, após ganhar sua confiança, começa a acariciar suas asas de uma forma mais delicada ainda, apenas deslizando os dedos, tocando levemente para que ele não se assuste. Quando ele se aproxima ainda mais dela, as pontas dos dedos dela começam a emitir um brilho azulado enquanto ela permanece acariciando o animal. Gradativamente, as asas do filhote vão se esticando e ficando cada vez mais firmes e retas, até ficarem totalmente planas. Depois disso, ela para de acariciar o animal e sorri por um momento, observando as asas do pequeno.

— Acredito que esteja melhor agora, não? – Ela o acaricia uma última vez e se afasta. O animal de imediato bate as asas, tentando se adaptar aos ajustes feitos pela Alada. Quando percebe que suas asas agora podem ser usadas corretamente para voo, ele relincha e logo segue em direção ao céu, atrás de seus semelhantes. A Rainha sorri, abre suas asas e retorna ao glorioso castelo. Ela adentra a Sala do Trono, surpreendendo-se com uma visita inesperada. Suas bochechas coram imediatamente.

— L-Lyra? O que faz aqui? – A morena sorri e corre até a ruiva, a abraçando fortemente.

Angels... — A morena se afasta e sorri quando percebe o rosto da Rainha ainda mais corado. – Também senti saudades. – A Alada respira fundo e finalmente encara O Lobo, o sorriso esvai-se de seus lábios:

— Suponho que não seja por isso que veio me ver, não é? – Há um tom de desapontamento em sua voz.

— Angelie... – Lyra toca o rosto da Rainha suavemente, olhando em seus olhos. – Sinto muito. De verdade. – A Alada se afasta, endireita sua postura e segue até o trono. Lyra suspira. Angelie se senta, erguendo o rosto seriamente e observando O Lobo, sem mais corar. O coração de Lyra se acelera ao perceber o quanto Angelie mudara desde a última vez que se viram, na Cerimônia de Coroação. Depois, Lyra desapareceu, sem dar notícias. Agora ela percebe que não devia ter abandonado Angelie, mesmo que, em seu ponto de vista, tivesse sido para o bem da Alada.

— Seja bem vinda ao Reino dos Alados, Lyra, O Lobo. – A voz de Angelie é tão imponente que parece ecoar pelo salão vazio. Diferentemente de outros reinos, que deixam sempre guardas à espreita, os Alados são perfeitamente capazes de protegerem a si mesmos, e a Rainha deve se provar a mais forte e habilidosa de todas para ser digna de herdar o trono; logo, guardas jamais foram usados para proteger a realeza. – A que devo a honra de sua visita? – A expressão no rosto de Lyra se torna séria, agora as duas estão em seus “modos profissionais”, deixando os acontecimentos do passado de lado.

— Precisamos de reforços. – Angelie franze o cenho:

— Os Caçadores jamais na História recorreram aos Alados para alcançar a vitória. – Ela inclina-se levemente para frente em seu trono. – Então, o que mudou, Caçadora?

— Não venho em nome de Nyx, Majestade. – Angelie ergue uma sobrancelha. – Venho em meu próprio nome e em nome do Destino para alertá-la que vosso irmão necessita de reforços.

— Gabriel? – Angelie arregala os olhos, genuinamente surpresa. – O que ele fez para que você viesse a mim, Lyra? – O Lobo suspira e fecha os olhos.

— Ele se envolveu com Olimpianos, Majestade. – Os olhos de Angelie se tornam gélidos e ela cerra o punho sem notar.

— Por que ele faria tal estupidez? Já lhe disse milhares de vezes que, além dos Olimpianos não serem de confiança, estão frequentemente brigando entre si, o que sempre custa a vida de nossos Cavaleiros.

— Ele está entretido pela nova geração, Angels. Principalmente pela Caçadora Olimpiana. – O rosto da Rainha se empalidece instantaneamente.

— Caçadora Olimpiana? – Murmura ela, em seguida, num átimo de segundo, levanta-se do trono, abre suas asas e em menos de dois segundos já está em pé à frente de Lyra. Ela agarra o braço do Lobo. – Lyra, isso é uma questão de emergência, porém não posso deixar que meu povo se envolva nisso. – Lyra ergue as sobrancelhas:

— Angelie, não estaria mesmo insinuando...

— Preciso proteger o meu irmão mais novo, Lyra.

— Não, eu não permitirei que você coloque sua vida em risco como na última vez! – Lyra avança sobre Angelie e rasga o vestido da Alada no ombro esquerdo, revelando uma enorme cicatriz alaranjada, que vai de seu pescoço até abaixo da clavícula, parecida com as raízes de uma grande árvore. Abaixo dela, uma tatuagem com o símbolo do Templo das Luas Gêmeas é destacada na pele branca da Alada. – Não esqueça do que aquele maldito Conjurador de Raios fez a você! – Angelie se desvencilha das mãos de Lyra a empurrando com força.

— Não deixe ser levada pelos sentimentos, loba. – Angelie ergue o queixo, seus olhos queimam com determinação. – O medo está te cegando, a afastando da realidade.

— Realidade?...

— Eu sou a Fênix, a Rainha dos Alados, a primeira e única Regente dos Cavaleiros dos Deuses. Fui treinada desde meu nascimento para este cargo e há muito tempo não passava de uma Caçadora ingênua. Acredite quando digo que isso mudou, Lyra. – Lyra respira fundo e cerra os punhos, se segurando para não protestar novamente, pois no fundo sabe que Angelie está certa. A mulher de olhos verdes suspira, derrotada:

— Então reuniremos a nossa antiga equipe, Fênix?

— Como eu estava dizendo, Lobo... – O vestido de Angelie é incendiado em um segundo, logo dando lugar ao familiar uniforme preto dos Caçadores. Os cabelos ruivos são presos em uma trança e uma expressão tranquila porém determinada surge em sua bela face. – Preciso proteger Gabriel.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Por favor, comentem, favoritem e principalmente, leiam a história. Espero que estejam gostando. Muito obrigada pelo apoio. Um beijo.


R.I.P. Nikki, 2019. Me desculpe por não ter cuidado melhor de você. Te amo, garoto. Você sempre vai estar na minha memória e no meu coração.



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